Quando pensamos em Beethoven, frequentemente, vem à mente as poderosas nove sinfonias, os elétricos quartetos de cordas ou as enigmáticas sonatas para piano. No entanto, o compositor alemão escreveu outras poderosas. Entre elas, podemos colocar suas inquietantes Aberturas - Abertura de Fidelio (ópera), Leonore nº 3, Abertura Coriolano, Egmont ou As Ruínas de Atenas. São obras visionárias e também poderosas.
Destaco, por exemplo, a Abertura Coriolano, inspirada na peça de Heinrich von Collin, que retrata o conflito interno de um herói romano dividido entre orgulho e dever. Aqui, Beethoven transforma esse dilema em música com contrastes violentos entre passagens impetuosas e momentos de lirismo sombrio. Além disso, gosto de Egmont, composta para ilustrar a peça de Goethe. Nela o compositor atinge talvez seu auge dramático: a luta contra a opressão e a vitória do espírito livre ressoam com força quase revolucionária. A obra foi adotada, inclusive, como símbolo de resistência em tempos de guerra.
Essas pequenas galáxias beethoveanas são espaços amostrais de como o compositor conseguia construir narrativas completas. O compositor conseguia, a partir dessa escrita, apresentar um conflito, construir uma tensão e sugerir uma resolução com um controle orquestral absoluto.
Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Ludwig van Beethoven (1770-1827) -
01. Fidelio, Op. 72 - Overture
02. Die Geschöpfe des Prometheus (the Creatures of Prometheus), Op. 43, Overture - Die Geschopfe des Prometheus , Op. 43 - Overture
03. Coriolan Overture, Op. 62
04. Die Ruinen von Athen, Op. 113 - Overture
05. Egmont, Op. 84 - Overture
06. Die Weihe des Hauses, Op. 124
07. Leonore Overture No. 3, Op. 72b
Slovak Philhermonic Orchestra
Stephen Gunzenhauser, regente
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