quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Robert Schumann (1810-1856) - 4 Sinfonias - Concerto para piano - Concerto para cello (200 anos!!!)

Volto, mais uma vez, a materializar a minha homenagem a Robert Schumann, ícone imortal do Romantismo musical. Este ano, o mundo comemora 200 anos do nascimento de Schumann. Não vi muitas homenagens ao compositor. Por isso, resolvi fazer a minha. Segue dessa vez a sinfonias do alemão, conduzidas por Leonard Bernstein, um dos grandes nomes da regência no século XX. A qualidade do material é indiscutível. Situa-se entre as melhores versões que já ouvi para o material sinfônico de Schumann. Gosto particularmente das gravações feitas por Gardiner e de Szell - que postarei em alguns dias. Mas esta integral com Bernstein despertou um grande interesse e admiração. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Robert Schumann (1810-1856) - 4 Sinfonias - Concerto para piano - Concerto para cello

DISCO 1

Symphony No. 1 in B flat major 'Spring'
01. I. Andante un poco maestoso - Allegro
02. II. Larghetto - attacca
03. III. Scherzo - Molto vivace
04. IV. Allegro animato e grazioso

Symphony No. 4 in D minor
05. I. Ziemlich langsam - Lebhaft - attacca
06. II. Romanze. Ziemlich langsam - attacca
07. III. Scherzo.Lebhaft - Trio - attacca
08. IV. Langsam - Lebhaft

DISCO 2

Symphony No. 2 in C major
01. I. Sostenuto assai-Allegro ma non troppo
02. II. Scherzo.Allegro vivace
03. III. Adagio espressivo
04. IV. Allegro molto vivace

Concerto for Violoncello and Orchestra in A minor*
05. I. Pas trop vite
06. II. Lentement
07. III. Avec vivacité

DISCO 3

Symphonie Nr. 3 Es-dur op. 97 'Rheinische'
01. 1. Lebhaft
02. 2. Scherzo, Sehr mäßig
03. 3. Nicht schnell
04. 4. Feierlich - 4. Feierlich (qua
05. 5. Lebhaft

Konzert für Klavier und Orchester a-moll op. 54**
06. 1. Allegro affettuoso
07. 2. Intermezzo, Andantino gr
08. 3. Allegro vivace

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Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein, regente
*Mischa Maisky, cello
**Justus Frantz, piano

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Edvard Grieg (1843-1907) - Peer Gynt, Op. 23 e Sigurd Jorsalfar, Op. 22

Sou apaixonado pela obra incidental Peer Gynt de Grieg. É de uma beleza triste, agreste. Todas as vezes que a escuto fico com a sensação de que fui atropelado por uma tropa de anjos tristes. Sensações à parte, Peer Gynt, baseado numa obra de Henrik Ibsen, é uma obra extraordinária. É uma sátira sobre a fraqueza humana. O protagonista, um aventureiro atrevido, arrogante e sonhador, possui uma fértil imaginação para dizer mentiras. Porém, Ibsen não quis mostrá-lo como alguém pérfido mas sim contraditório, com um misto de força e debilidade, ao mesmo tempo rude e carinhoso. Para alguns, a personagem representa a Noruega, que à época procurava definir a sua personalidade enquanto nação - apesar de estar unida à Suécia, o povo ambicionava a independência. Peer Gynt pode também ser visto como uma alegoria poética do ser humano, uma trajetória de vida em que um homem percorre o seu caminho desde o berço até o túmulo, empreendendo uma aprendizagem acerca de si próprio jamais concluída.

Edvard Grieg (1843-1907) - Peer Gynt, Op. 23 e Sigurd Jorsalfar, Op. 22

Peer Gynt, Op. 23

DISCO 1

01 - Im Hochzeitshof
02 - Halling
03 - Springar
04 - Der Brautraub-Ingrids Klage
05 - Peer Gynt und die Säterinnen
06 - Peer Gynt und die Grüngekleidete
07 - Am Reitzeug erkennt man die fürnehmen Leute
08 - In der Halle des Bergkönigs
09 - Tanz der Bergkönigstochter
10 - Peer Gynt von Trollen gejagt
11 - Peer Gynt und der Krumme
12 - Ases Tod
13 - Vorspiel zu Akt III
14 - Morgenstimmung
15 - Dieb und Hehler
16 - Arabischer Tanz
17 - Anitras Tanz
18 - Peer Gynts Serenade
19 - Peer Gynt und Anitra

DISCO 2

01 - Solveigs Lied
02 - Peer Gynt vor der Memnonsäule
03 - Peer Gynts Heimkehr
04 - Der Schiffbruch
05 - Solveig singt in der Hütte
06 - Nachtszene
07 - Pfingstlied O Morgenstunde
08 - Solveigs Wiegenlied

*Música Incidental para o drama de Henrik Ibsen

Sigurd Jorsalfar, Op. 22

09 - Fanfaren
10 - Vorspiel zu Akt I
11 - Borghilds Traum
12 - In der Königshalle
13 - Das Nordlandvolk
14 - Huldigungsmarsch
15 - Zwischenspiel I
16 - Zwischenspiel II
17 - Königslied

*Música incidental para a obra de Bjornstjerne Bjornson

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Göteborgs Symfoniker
Gösta Ohlin's Vocal Ensemble

Pro Musica Chamber Choir

Neeme Järvi, regente
Barbara Bonney, soprano
Marianne Eklöf, mezzo-soprano
Urban Malmberg, barítono
Carl Gustaf Holmgren, barítono
Kjell Magnus Sandve, tenor

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 5 em Si bemol maior (CDs 3 e 4 de 12)

Que frêmito extraordinário me invade todas as vezes que escuto Bruckner. A Sinfonia No. 5 é grande, enorme. Não me refiro apenas ao tempo cronológico, mas às dimensões e profundidade do trabalho. É uma das obras mais arrebatadores de Bruckner. Ao ouvir a Quinta Sinfonia, alçamos galáxias e realidades para além do mundo. A seguir, alguns dados importantes sobre a Quinta Sinfonia:

"Bruckner iniciou a composição de sua Quinta Sinfonia, em fevereiro de 1875, uma época de grandes dificuldades pessoais e econômicas para ele. Por causa disso, não causa admiração que esta sua obra inicie com um adagio, tempo sempre reflexivo e melancólico, presença constante na obra do músico. É a única sinfonia de Bruckner onde a lenta introdução influenciará, tanto tonal quanto tematicamente, em toda esta obra. A singulariedade do primeiro movimento, um complexo arranjo de temas e formas, com grandes espaços preenchidos separados por espaços abertos, tal qual uma "catedral sonora", nas palavras do músico Halbreich. A constante mudança do tema, os constantes contrastes entre fortíssimos e pianíssimos, trazendo inovação à estrutura sinfônica, culminando com os belíssimos ostinati da coda. A aparência simples do adagio, só o é a primeira vista, pois possui como de costume nos adágios de Bruckner, uma bela riqueza composicional, começando de um início austero , evoluindo melodicamente através do desdobramento de modulações e mutações harmônicas, começando por um sentimento trágico que transforma-se em esperança. O scherzo que compõe o terceiro movimento demonstra toda a genialidade composicional de Bruckner, que partindo de um simples ländler, transforma-se em um dos maiores compostos pelo músico, cheio de crescendos seguidos de ríspidas paradas, uma grande demonstração da arte de conjugar extremos. O gigantesco quarto e último movimento, utilizando-se da forma sonata acrescida de uma dupla fuga onde aparecem os temas anteriores da sinfonia, transmutados em formas estranhas e imaginativas , sendo executados em uma gigantesca peça polifônica. A coda, com seus contrapontos e harmonias, utiliza-se enormemente da polifonia orquestral, que conduzirá à um dos maiores climax da música sinfônica".

Extraído DAQUI

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 5 em Si bemol maiorDISCO 3

01. Applause
02. I. Introduction. Adagio - Allegro
03. II. Adagio. Sehr lagsam

Total time: 48:03

DISCO 4

01. III. Scherzo. Molto vivace (Schnell) - Trio
02. IV. Finale. Adagio - Allegro moderato
03. Applause

Total time: 41:50
 
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Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - As Criaturas de Prometeu, Op. 43 - Die Geschöpfe des Prometheus

Em 1800, o mestre de balé na Hoftheater Viena Salvatore Vigano pediu Beethoven a compor a música para seu novo balé sobre a astúcia grego Prometeu Deus, que roubou o fogo de Zeus e deu aos mortais. E Beethoven escreveu de forma primorosa a obra ora postada. Não deixe de ouvir esta maravilhosa peça do mestre alemão. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - As Crituras de Prometeu, Op. 43 - Die Geschöpfe des Prometheus

01. Overture Adagio - Allegro molto con brio -
02. Introduction 'La Tempesta' Allegro non troppo

Ato I

03. Poco adagio
04. Adagio - Allegro con brio
05. Allegro vivace

Ato II

06. Maestoso - Andante
07. Adagio - Andante quasi allegretto
08. Un poco adagio - Allegro
09. Grave
10. Allegro con brio - Presto
11. Adagio - Allegro molto
12. Pastorale Allegro
13. Andante
14. Solo di Gioia Maestoso - Allegro
15. Allegro - Comodo
16. Solo della Casentini Andante - Adagio - Allegro
17. Solo di Vigan Andantino - Adagio - Allegro
18. Finale Allegretto - Allegro molto

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Scottish Chamber Orchestra
Sir Charles Mackerras, regente

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

The Russian Opera Experience - Rimsky-Korsakov, Rachmaninov, Mussorgsky

Estava há pouco ouvindo este delicioso CD. Chama-se mais ou menos "A Experiência operística russa". Traz uma significativa seleção do repertório operístico russo. Confesso que sou um ardoroso admirador dos russos. Acho a música russa imponente, repleta de força, pujança. Aparecem nomes como Korsakov, Rachmaninov, Glinka e Mussorgsky. Destacam-se ao meu modo de ver, os fragmentos das obras de Nikolai Rimsky-Korsakov pelo colorido orquestral e pela beleza das obras. Não deixe de ouvir mais este importante disco com obras russas. Boa apreciação!

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) - Snegurochka
01. Tanz der Spielleute (3:41)

Schneeflöckchen
02. Blumenchor (4:48)

Mainacht
03. He! Burschen (2:04)
04. Ukrainische Nacht (2:42)
05. Chor der Nixen (4:27)

Das Märchen vom Zaren Saltan
06. Opernsuite op 57 (4:50)

Die Boyarin Vera Sheloga
07. Wiegenlied (4:18)

Der goldene Hahn
08. König Dodons Tod (7:48)

Sergei Rachmaninov (1873-1943) - Aleko
09. Tanz der Männer (4:49)
10. Chor der Zigeuner (2:57)
11. Cavatine des Aleko (5:51)

Modest Mussorgsky (1839-1881) - Khovanshchina
12. Tanz der persischen Sklaven (6:52)
13. Weissagung der Marfa (4:57)

Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857 - Ivan Susanin
14. Polonaise (4:29)
15. Rezitativ und Arie (5:23)
16. Finale (3:59)

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Rundfunk Sinfonieorchester Berlin – Michail Jurowsky (1 & 6)
Bulgarian Radio Symphony Orchestra – Stoyan Angelov (2 & 7)
Kölner Rundfunk Sinfonieorchester – Alexander Lazarew (3, 4 & 5)
Sofia National Opera Chorus & Orchestra – Dimiter Manolov (8)
Plovdic Philharmonic Orchestra – Rouslan Raychev (9,10 & 11)
Sofia National Opera Orchestra – Atanas Margaritov (12 & 13)
Sofia National Opera Orchestra – Ivan Marinov (14,15 & 26)

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Antonin Dvorak (1841-1904) - Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, Op. 104

De todos os grandes compositores, Antonin Dvorák (nascido em Nelahozeves, 8/9/1841; falecido em Praga, 1/5/1904) foi o mais diretamente inspirado por temas e idiomas folclóricos que ele havia assimilado quando ainda era uma criança talentosa no interior da Boêmia, antes de conhecer os grandes mestres clássicos. Estas características simplesmente constituiam a linguagem de Dvorak; sua realização consistiu em utilizá-las de modo convincente em grandes formas sinfônicas.

São 2 os Cello Concertos

Ele já alimentava a idéia de um concerto para violoncelo havia trinta anos quando finalmente compôs a obra que conhecemos hoje, o Concerto para Violoncelo e Orquestra em Si menor, Op. 104, obra em 3 movimentos: Allegro, Adagio ma non troppo, Finale (Allegro moderato), composto no inverno de 1894, quando o compositor estava nos Estados Unidos. Este concerto está fortemente associado a um dos amores da vida do compositor, sua cunhada Josephina.

Embora esse seja o único concerto de Dvorák para violoncelo e orquestra correntemente executado, existe ainda um concerto anterior, escrito por ele em 1865 para seu amigo e celista Ludevit Peer, mas que jamais foi orquestrado como Dvorák pretendia. Trata-se de um concerto em Lá Maior, em 3 movimentos, cujos manuscritos se encontram no Museu Britânico. As casas de concerto nunca conheceram essa obra executada com orquestra, mas apenas na orquestração para piano feita em 1930 por Jamil Burghauser. Desse concerto existem 2 gravações, por Milos Sádlo e por Werner Thomas-Mifune.

Extraído DAQUI

Antonin Dvorak (1841-1904) - Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, Op. 104
01. I. Allegro
02. II. Adagio, ma non troppo
02. III. Finale. Allegro moderato

Estocolmo, Konserthus, noviembre de 1967
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Swedish Radio Symphony Orchestra
Sergiu Celibidache, regente
Jacqueline du Pré, violoncelo

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sábado, 18 de setembro de 2010

Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 4 in E-flat major - "Romântica" (CD2 de 12)

Mais uma sinfonia dessa imperdível integral. A "Romântica" de Bruckner, como também é conhecida a Quarta Sinfonia, foi gravada em 1874 e passou por inúmeras revisões até o ano de 1888. Revisionismo era uma palavra que seguiu a carreira de Bruckner. Muitas das suas sinfonias passaram por imensas revisões. Talvez isso fosse uma traço da insegurança do compositor. Embora a Sinfonia No. 4 tenha o nome de "Romântica", ela não segue o ideário do "amor romântico" do século XVIII. Bruckner segue um programa medieval, inspirado nas óperas Lohengrin e Siegfried de Richard Wagner. Esqueçamos Wagner e nos fixemos em Bruckner, num dos trabalhos mais belos e populares do seu repertório. Confesso que não gostei tanto da versão do Celibidache. A versão com o Abbado e com o Harnoncourt ficou bem melhor. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 4 in E-flat major - "Romântica"
01 - I - Bewegt, nicht zu schnell
02 - II - Andante quasi Allegretto
03 - III - Scherzo. Bewegt - Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend
04 - IV - Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell

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Edition: Robert Haas

Total time: 79:11

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Piano concerto No. 1 em Si bemol menor, op. 23

O Concerto para piano e orquestra de em si bemol menor de Tchaikovsky foi entre novembro de 1874 e fevereiro de 1875. Passou por uma primeira revisão em 1879 e uma segunda em 1888. O compositor dedicou a obra a Hans von Bülow. Particularmente, tenho uma grande paixão por este concerto. É magnífico. Grandioso. Pararei por aqui de forma tão banal e simplória. Minha mente está cansada. Estudei o dia inteiro. O juízo ferve. Ia esquecendo de avisar: a dupla presente neste post é magnífica - Richter e Karajan. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Piano concerto No. 1 em Si bemol menor, op. 23

Concerto para piano e orquestra No. 1 em Si bemol menor, op. 23
01. I. Allegro non troppo e molto maestoso
02. II. Andantino semplice
03. III. Allegro con fuoco

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Wiener Symphoniker
Herbert von Karajan, regente
Svjatoslav Richter, piano

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Igor Stravinsky (1882-1871) - Les Noces III (The Wedding) - "As Bodas" e Mass, for chorus & double wind quintet

Les Noces (em português: As Núpcias; em russo: Свадебка) é um balé com cantores (cantata dançada) de Ígor Stravinski. Estreou em 13 de junho de 1923 pela Ballets Russes no Théâtre de la Gaîté-Lyrique, com coreografia de Bronislava Nijinska e condução por Ernest Ansermet.

Descrevendo a preparação duma festa camponesa de casamento típica da Rússia, a obra combina o folclore russo, ritmos irregulares, a sensibilidade modernista ou cubista. Está dividida em duas partes, quatro cenas: na primeira parte, a bênção da noiva (ou, na casa da noiva), a bênção do noivo (ou, na casa do noivo) e a saída da noiva; na segunda parte, a festa de casamento. Les Noces marca a transição do período russo para o neoclássico de Stravinski. Sua música influenciou diversos artistas contemporâneos.

Stravinski começou a compor em 1913, sob comissão de Sergei Diaguilev. Escreveu o libreto por conta própria a partir de letras de canções russas de casamento coletadas por Pyotr Kireevsky (1911). As partituras para voz foram completadas na Suíça em meados de 1917. Durante seu desenvolvimento, a orquestração foi alterada dramaticamente. Foi primeiramente concebida para uma orquestra sinfônica estendida de 150 instrumentos similar a usada em A Sagração da Primavera, passou por diversas variações, incluindo a adição de uma pianola, cimbalons e um harmônio. Terminada em 1919, essa versão da obra só estreou em 1981 em Paris, conduzida por Pierre Boulez. Entretanto, essa versão foi abandonada. A estrutura final foi finalmente montada em torno de 1921, resultando em soprano, mezzosoprano, tenor, baixo, coral misto, e dois grupos de instrumentos de percussão, e quatro pianos.

A influência da música de Les Noces é identificada em obras de Philip Glass, John Adams (Short Ride in a Fast Machine), George Antheil (Ballet mecanique), Carl Orff (Carmina Burana) e Leonard Bernstein (West Side Story). Por exemplo, em Carmina Burana também se destaca o coral, uma percussão rica na orquestra e harmonias que seguem os ritmos acentuados das vozes. Melodias extensas são substituídas por formas básicas que geram efeitos de abandono repentino.

Extraído DAQUI

Igor Stravinsky (1882-1871) - Les Noces III (The Wedding) - "As Bodas" e Mass, for chorus & double wind quintet

Les Noces III (The Wedding) - "As Bodas"
01. Svadebka: First Tableau
02. Svadebka: Second Tableau
03. Svadebka: Third Tableau
04. Svadebka: Fourth Tableau

Mass, for chorus & double wind quintet
05. Mass: Kyrie
06. Mass: Gloria
07. Mass: Credo
08. Mass: Sanctus
09. Mass: Agnus Dei

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English Bach Festival Chorus English Bach Percussion Ensemble
Trinity Boys' Choir

Leonard Bernstein, regente
Martha Argerich, piano
Krystian Zimerman, piano
Cyprien Katsaris, piano
Homero Francesch, piano
Anny Mory, soprano
Patricia Parker, mezzo-soprano
John Mitchinson, tenor
Paul Hudson, bass

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Giuseppe Verdi (1813-1901) - La Traviata (ópera em três atos)

Como estou numa preguiça danada para escrever, decidi utilizar o texto da wikipédia. Já fazia um certo tempo que eu tencionava postar esta ópera. Não sou muito afeito às óperas, mas abrirei uma exceção a esta linda e comovente obra de Verdi.

La traviata (em português A transviada) é uma ópera em quatro cenas (três ou quatro atos) de Giuseppe Verdi com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Foi estreada em 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, em Veneza.

Ato I

É noite de festa na casa da socialite Violetta Valéry. Violetta, prometida ao Barão Douphol, é apresentada por seu amigo Gastone de Letorières a seu amigo Alfredo Germont. Gastone conta que ele já conhecia Violetta há algum tempo e a amava em segredo. Alfredo, então, ergue um brinde a Violetta e lhe faz uma declaração de amor. Violetta responde a Alfredo que, sendo uma mulher mundana, não sabe amar e que só lhe poderia oferecer a amizade, sendo que Alfredo deveria procurar outra mulher. Mas ainda assim, entrega-lhe uma camélia que carrega entre os seios e solicita a ele que volte no dia seguinte. Após o fim da festa, Violetta permanece só e começa a se dar conta do quão profundamente lhe tocaram as palavras de Alfredo, um amor que ela jamais conheceu anteriormente.

Ato II

Violetta e Alfredo iniciam um relacionamento amoroso e vão morar numa casa de campo, nos arredores de Paris. Aninna, a criada de Violetta, conta a Alfredo que Violetta tem ido constantemente a Paris vender seus bens, para custear as despesas da casa de campo. Giorgio Germont, pai de Alfredo, visita Violetta e lhe suplica que abandone Alfredo para sempre. Giorgio conta-lhe sobre sua família e especialmente sua filha, na Provença, e acredita que ver Alfredo envolvido com uma mulher mundana destruiria sua reputação. Contrariada, Violetta atende as súplicas de Giorgio e lacra um envelope endereçado a Alfredo. Violetta parte para uma festa na casa de sua amiga Flora Bervoix e Alfredo lê a carta. Desconfiado de que Violetta possa tê-lo traído, Alfredo vai até a casa de Flora, para se vingar.

Ato III

A festa tem início com um grupo de mascarados que lhes proporcionam um divertimento. Violetta chega à festa acompanhada do Barão Douphol. Alfredo surge logo em seguida. Alfredo começa a jogar com o Barão e ganha. Em um momento em que o jantar é servido, Violetta e Alfredo permanecem a sós no salão e Alfredo força-a a confessar a verdade. Violetta, mentindo, diz amar o barão. Furioso, Alfredo convoca todos para o salão e atira na cara de Violetta todo o dinheiro conseguido no jogo e desafia Douphol para um duelo. Violetta desmaia, Alfredo é reprimido por todos e a festa termina.

Ato IV
Violetta está doente e empobrecida, depois de se desfazer de todos os bens. Tomada pela tuberculose, recebe cartas de vários amigos e uma, em especial, chama a atenção. É de Giorgio Germont, arrependido por ter colocado Violetta contra Alfredo. Giorgio e Alfredo visitam Violetta, e eles todos se reconciliam. Violetta e Alfredo começam a fazer planos para a vida depois de que Violetta se recuperar. Entretanto, Violetta está muito debilitada fisicamente e começa a sentir o corpo falhar. Entrega a Alfredo um retrato seu e avisa-o para que o entregue à próxima mulher por quem ele se apaixonar. Violetta sente os espasmos da dor cessarem, mas em seguida expira.

Importante: Observação: em algumas montagens, o terceiro ato é representado como sendo a segunda cena do segundo ato. O quarto ato, nesse caso, corresponderia ao terceiro. É o caso desta gravação.

Giuseppe Verdi (1813-1901) - La Traviata (ópera em três atos)

DISCO 1

01. Preludio

Ato I
02. Introduzione. Dell'invito trascorsa è già l'ora
03. Brindisi. Libiamo ne' lieti calici
04. Valzer e Duetto. Che è ciò?
05. Valzer e Duetto. Un dì felice, eterea
06. Valzer e Duetto. Ebben? che diavol fate?
07. Stretta dell'Introduzione. Si ridesta in ciel l'aurora
08. Scena ed Aria - Finale. È strano! - Ah, fors'è lui
09. Scena ed Aria - Finale. Follie! Follie! Delirio vano è questo! - Sempre libera

Ato II

10. Scene 1. Scena ed Aria. Lunge da lei - De' miei bollenti spiriti
11. Scene 1. Scena ed Aria. Annina, donde vieni? - Oh mio rimorso!
12. Scene 1. Scena e Duetto. Alfredo? / Per Parigi or or partiva
13. Scene 1. Scena e Duetto. Pura siccome un angelo
14. Scene 1. Scena e Duetto. Non sapete quale affetto
15. Scene 1. Scena e Duetto. Un dì, quando le veneri
16. Scene 1. Scena e Duetto. Ah! Dite alla giovine
17. Scene 1. Scena e Duetto. Imponete / Non amarlo ditegli
18. Scene 1. Scena. Dammi tu forza, o cielo!
19. Scene 1. Scena. Che fai? / Nulla
20. Scene 1. Scena ed Aria. Ah, vive sol quel core
21. Scene 1. Scena ed Aria. Di Provenza il mar, il suol
22. Scene 1. Scena ed Aria. Né rispondi d'un padre all'affetto? - No, non udrai rimproveri

DISCO 2

01. Scene 2. Finale 2. Avrem lieta di maschere la notte
02. Scene 2. Finale 2. Noi siam zingarelle
03. Scene 2. Finale 2. Di Madride noi siam mattadori
04. Scene 2. Finale 2. Alfredo! Voi!
05. Scene 2. Finale 2. Invitato a qui seguirmi
06. Scene 2. Finale 2. Ogni suo aver tal femmina
07. Scene 2. Finale 2. Di sprezzo degno se stesso rende
08. Scene 2. Finale 2. Alfredo, Alfredo, di questo core

Ato III
09. Preludio
10. Scena ed Aria. Annina? / Comandate?
11. Scena ed Aria. Teneste la promessa - Attendo, attendo, né a me giungon mai! - Addio del pass
12. Baccanale. Largo al quadrupede
13. Scena e Duetto. Signora... / Che t'accadde? / Parigi, o cara, noi lasceremo
14. Scena e Duetto. Ah, non più! - Ah, gran Dio! Morir sì giovine
15. Finale ultimo. Ah, Violetta! - Voi, Signor?
16. Finale ultimo. Prendi, quest'è l'immagine

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Bayerisches Staatsorchester Bayerischer Staatsopernchor
Ileana Cotrubas----------Violetta Valery
Placido Domingos--------Alfredo Germont
Sherrill Milnes----------Giorgio Germont
Carlos Kleiber, regente

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Charles Ives (1874-1954) - Sinfonia No. 2 e Sinfonia No. 3, S. 3 (K.1A3) - The Camp Meeting

Temos aqui, certamente, um dos maiores compositores das Américas (e do século XX) ao lado de Villa-Lobos, Copland, Ginastera, Piazolla, Gershwin entre outros as quais a memória não consegue coar neste momento. O fato é que Charles Ives é um compositor difícil de traduzir. Por exemplo, a Sinfonia no. 3 que aparece neste post, escrita entre os anos de 1908 e 1910, utiliza uma orquestra de câmara. Inovações como estas sugerem uma maior atenção àquilo que o compositor escreveu. Postarei em alguns dias suas quatro sinfonias que receberam numeração. Por agora ouçamos as sinfonias 2 e 3 conduzidas por Bernstein. Ou seja, um belo post. Importante para que apreciemos esse relevante compositor. Percebemos nestas duas sinfonias uma forte presença do espírito americano. Na última faixa temos Bernstein falando sobre Ives. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Charles Ives (1874-1954) - Sinfonia No. 2 e Sinfonia No. 3, S. 3 (K.1A3) - The Camp Meeting

Sinfonia No. 2
01. I. Allegro moderato
02. II. Allegro
03. III. Adagio cantabile
04. IV. Lento maestoso
05. V. Allegro molto vivace

Sinfonia No. 3, S. 3 (K.1A3) - The Camp Meeting
06. I. 'Old Folks Gatherin'_ Andante maestoso
07. II. 'Children's Day'_ Allegro
08. III. 'Communion'_ Largo

Leonard Berstein Discusses Charles Ives
09. Leonard Berstein Discusses Charles Ives

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New York Philharmonic
Leonard Bernstein, regente

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Franz Schubert (1797-1828) - Quinteto em Dó maior, Op. 163 - "O Último Quinteto"

Parece sintomático, mas todas as vezes que me refiro a Schubert, faço rasgados elógios. Faça-o, creio, com razão. Afinal, sua obra é grandiosa. E toda às vezes que o escuto, fico com impressão de que preciso ouvi-lo ainda mais. É uma necessidade por conta das melodias grandiosas, gloriosas, que fazem bem. Este Quinteto em Dó de Schubert, figura como uma das últimas peças escritas pelo compositor. Foi descoberta após a morte de Schubert. É trabalho denso com temáticas que vão da reflexão profunda a uma incursão pelo trágico; e tudo isso vestido por uma beleza indescritível. Na versão que ora posto, o trabalho recebeu ainda orquestração, o que confere certa singularidade. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Franz Schubert (1797-1828) - Quinteto em Dó maior, Op. 163 - "O Último Quinteto"
01. Allegro ma non Troppo
02. Adagio (solo violin: Robert Canetti)
03. Scherzo
04. Allegretto

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*Arranged for string orchestra by Dalia Atlas

Atlas Camerata
Dali Atlas, regente

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sábado, 11 de setembro de 2010

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 3 em Ré menor - "Sinfonia Wagner" (CD 1 de 12)

Passei muito tempo alimentando a vontade de iniciar uma integral com as sinfonias de Anton Bruckner. A princípio a tarefa me pareceu inexpugnável, mas em outros momentos fiquei com a uma sensação de lassidão. Hoje, após verificar qual o regente seria interessante, resolvi-me por Sergiu Celibidache. E por quê? Primeiro, porque as sinfonias de Bruckner são trabalhos densos, enormes; repletas de um espírito de onipotência. Após ouvirmos Bruckner ficamos com aquela sensação de que fomos visitados por sentimentos, eflúvios, divinos. Segundo, gosto da condução "pachorrenta" de Celibidache. Ainda não ouvi a caixa com os 12 CDs, mas acredito que um Bruckner denso, enorme, sendo conduzido por um Celibidache, deve resultar num casamento interessante. Então está justificado o porquê de minha escolha. Curiosamente, a caixa com 12 CDs começa pela Sinfonia No. 3, também conhecida como Sinfonia Wagner. O trabalho é do ano de 1873. Não deixe de ouvir, de apreciar este extraordinário post. Bom deleite!

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 3 em Ré menor - "Sinfonia Wagner"

01 - I. Mehr langsam. Misterioso
02 - II. Adagio, bewegt, quasi Andante
03 - III. Ziemlich schnell
04 - IV. Allegro
05 - Applaudissements

Version: 1888/89
Edition: Leopold Nowak


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Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750) - Organ Works (CDs 5 e 6 - final)

Chegamos, finalmente, aos dois últimos CDs dessa fenomenal caixa com trabalhos para órgão de Johann Sebastian Bach. Ouçamos mais dois desses "sacralizantes" Cds. Apenas uma historinha: ontem, fui dormir por volta da meia noite. Para dormir mais rápido e ser embalado por bons sonhos, resolvi colocar o primeiro CD dessa série. Foi uma experiência curiosa. Pouco a pouco as pálpebras foram pesando; os olhos, mortiços. A música foi se estacando, tornando-se distante, quase imperceptível. Em dado momento, senti metade do meu corpo na terra e a outra metade numa galáxia de luzes brancas. Curioso. Seria uma revelação bachiana? Deixa pra la! Apreciemos. Bom deleite!

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750) - Organ Works

DISCO 5

01 - Toccata, Adagio, and Fugue for organ in C major, BWV 564
02 - Trio sonata for organ No. 1 in E flat major, BWV 525
03 - Prelude and Fugue, for organ in C major (Acht kleine Praeludien und Fugen No. 1; doubtful), BWV 553 (BC J28)
04 - Prelude and Fugue for organ in D minor, BWV 554 (doubtful)
05 - Prelude and Fugue for organ in E minor, BWV 555 (doubtful)
06 - Prelude and Fugue for organ in F major, BWV 556 (doubtful)
07 - Prelude and Fugue for organ in G major, BWV 557 (doubtful)
08 - Prelude and Fugue for organ in G minor, BWV 558 (doubtful)
09 - Prelude and Fugue for organ in A minor, BWV 559 (doubtful)
10 - Prelude and Fugue for organ in B flat major, BWV 560 (doubtful)
11 - Aus tiefer Not schrei ich zu dir (I), chorale prelude for organ á 6 (Clavier-Übung III/18), BWV 686
12 - Prelude and Fugue for organ in D major ("Little"), BWV 532

DISCO 6

01 - Prelude and Fugue for organ in C major, BWV 547
02 - Kyrie, Gott Vater in Ewigkeit (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/1), BWV 669 (BC K1)
03 - Christe, aller Welt Trost (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung No. 2), BWV 670 (BC K2)
04 - Kyrie, Gott heiliger Geist (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/3), BWV 671 (BC K3)
05 - Trio sonata for organ No. 3 in D minor, BWV 527
06 - Prelude and Fugue for organ in E minor ("Cathedral"), BWV 533
07 - Allein Gott in der Höh sei Ehr (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 11), BWV 662 (BC K85)
08 - Prelude and Fugue for organ in E minor ("Wedge"), BWV 548

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Ton Koopman, órgão

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Richard Strauss - Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142, Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137) e Prelude to Capriccio, Op. 85

No verão de 1944, Strauss começou a planejar uma longa peça para um conjunto de cordas na linha de uma oração fúnebre ou lamento. Havia décadas que ele não compunha uma grande trabalho monumental; seu último esforço realmente significativo nessa linha fora Uma Sinfonia Alpina, composta pouco depois da morte de Mahler. A nova peça se chamaria Metamorphosen - uma outra homenagem a Ovídeo. Strauss tinha em mente o processo pelo qual as almas revertiam de um estado a outro -, porém, como sugeriu o acadêmico Timothy Jackson, a transformação poderia soar negativa, as coisas poderiam retornar a seu estado primordial. O compositor se inspirou também em um pequeno poema de Goethe, cuja obra completa havia lido do começo ao fim nos últimos anos:

Ninguém pode se conhecer
Separado do seu eu

Mesmo assim todo o dia ele tenta se tornar
Aquilo que visto de fora esta claro afinal.

Aquilo que ele é e o que ele foi

Aquilo de que ele é capaz e o que é possível


Strauss esboçou um arranjo de coral baseado no texto de Goethe e, como Jackson descobriu, parte desse material foi usado por Metamorphosen. O compositor estava imerso numa reflexão profunda sobre a trajetória de sua vida, talvez questionando a filosofia individualista que havia muito o orientava.

(...)

(Extraído do livro O Resto é Silêncio - Escutando o Século XX, de Alex Ross)

Richard Strauss (1864-1949) - Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142, Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137) e Prelude to Capriccio, Op. 85

Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142
01. Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142

Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137)
02. Allegro
03. Scherzo: Presto -
04. Andante
05. Finale: Vivace

Prelude to Capriccio, Op. 85
06. Prelude To Capriccio, Op. 85

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The Nash Ensemble
Marianne Thorsen, Malin Broman. violino
Lawrence Power, Philip Dukes, viola
Paul Watkins, Pierre Doumenge, cello
Duncan McTier, bass
Ian Brown, piano

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Os Concertos para violino e Orquestra e Sinfonia Concertante

Fico feliz todas as vezes que escuto a música de Mozart. E fato mais digno de nota é existência dos 5 concertos para violino e orquestra., obras de beleza intraduzível. São simplesmente divinos. Há pouco mais de um ano assistir a um extraordinário filme chamado Balzac e a costureirinha chinesa do qual faço minhas recomendações. Trata-se de uma belíssima película. O filme traz 3 desses concertos. Não lembro qual deles. A obra do diretor Dai Sejie é uma grande poesia. Trabalha os poderes imateriais da música e da literatura. O filme se passa na China maoísta. Todas as vezes que escuto estes concertos, lembro do filme. Um outro fato importante com relação a essa gravação é a presença de Anne-Sophie Mutter, violinista para qual os adjetivos são dispensáveis. Esta gravação apresenta outro trunfo a favor de Mutter: a bela conduzindo a Ensemble London Philharmonic Orchestra. Resta-nos ouvir - já estou a fazer isso enquanto digito estas palavras. Não deixe de fazê-lo também. Boa apreciação! 
 
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Concerto for Violin no 2 in D major, K 211, Concerto for Violin no 1 in B flat major, K 207, Concerto for Violin no 5 in A major, K 219 "Turkish", Concerto for Violin no 4 in D major, K 218, Concerto for Violin no 3 in G major, K 216 e Sinfonia concertante for Violin and Viola in E flat major, K 364 (320d)  
 
DISCO 1  
 
Concerto for Violin no 2 in D major, K 211 
01. I. Allegro moderato 
02. II. Andante 
03. III. Rondeau Allegro  
 
Concerto for Violin no 1 in B flat major, K 207 
04. I. Allegro moderato 
05. II. Adagio 
06. III. Presto  
 
Concerto for Violin no 5 in A major, K 219 "Turkish" 
07 I. Allegro aperto 
08 II. Adagio 
09 III. Rondeau Tempo di Menuetto  
 
DISCO 2  
 
Concerto for Violin no 4 in D major, K 218 
01. I. Allegro 
02. II. Andante cantabile 
03. III. Rondeau Andante grazioso  
 
Concerto for Violin no 3 in G major, K 216 
04. I. Allegro 
05. II. Adagio 
06. III. Rondeau Allegro  
 
Sinfonia concertante for Violin and Viola in E flat major, K 364 (320d)* 
07. I. Allegro maestoso 
08. II. Andante 
09. III. Presto  
 
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Ensemble London Philharmonic Orchestra 
Anne-Sophie Mutter, violino e condução 
*London Philharmonic Orchestra 
*Yuri Bashmet, viola (K. 364) 
 
 
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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sinfonia No. 9 em Ré menor, Op. 125 - "Coral"

Certamente, esta é uma gravação de peso. Daquelas que dispensam comentários, simplesmente, pela relevância histórica que evoca. Furtwängler e Beethoven, uma combinação que deu certo, chegou a moldes de perfeição. Wilhelm Furtwängler nasceu em Berlim, no ano de 1886. Desde muito cedo estabeleceu uma relação de muita intimidade com a música. Aos 20 anos, já possuía várias peças compostas. Alguns estudiosos da vida do regente afirmam que Furtwängler tornou-se condutor com o escopo de executar suas próprias músicas. O fato é que o regente criou peças de certa relevância. Destaca-se a Sinfonia No. 2, composta nos momentos mais quentes da Segunda Grande Guerra. Os fatos mais discutíveis acerca da vida de Furtwängler transladam em torno da sua suposta relação com o nazismo. Segundo Alex Ross, Hitler tinha Furtwängler como o seu regente favorito. Várias foram as vezes que o líder supremo do Terceiro Reich compareceu aos ensaios da Filarmônica de Berlim para ver o regente em ação. Por exemplo, em 1938 Furtwängler foi diretor para os concertos da Juventude Hitlerista, conduzindo Os Mestres Cantores de Nurenberg, de Wagner, o compositor preferido de Adof Hitler. O regente era imbatível conduzindo Beethoven, Brahms, Bruckner e Wagner. Com a derrocada do nazismo não ficou provada a sua relação de aprovação para com as sandices de Hitler. Talvez tenha sido coagido pelas circunstâncias assim como se deu com Richard Strauss. Com relação à gravação que ora posto, acredito que tenha sido uma das maiores que já ouvi da Nona Sinfonia. Por isso, não deixe de ouvir! Boa apreciação incontida!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sinfonia No. 9 em Ré menor, Op. 125 - "Coral"

01. Furtwangler parle de la Newvieme Symphonie
02. Allegro ma non troppo, un poco maestoso
03. Molto vivace
04. Adagio molto e cantabile
05. Presto
06. Allegro assai
07. Allegro assai vivace
08. Andante maestoso - allegro energico - prestissimo

*Gravado em 1954 no Festival de Lucerne

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Philharmonia Orchestra
Wilhelm Furtwängler, regente
Elisabeth Schwarzkopf, soprano
Elsa Cavelti, contralto
Ernst Häfliger, tenor
Otto Edelmann, baixo

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Piano Sonata No.1, Op.12, 24 Preludes, Op.31, Piano Trio No.2, Op.67 e etc (CDs 4 e 5 de 5 - final)

Concluímos, assim, esta extraordinária série com 5 CDs com obras pianísticas e de câmara de Dmtri Shostakovich. Tenho um profundo entusiasmo pelas obras do russo. Shosta é uma paixão inexplicável. Há por trás de sua personalidade, uma turbilhão de fatos, eventos, sentimentos, emoções construídas com sangue, suor, medo e incertezas. Alguns o rotulam de covarde por ter silenciado ou ficado na União Soviética, quando uma safra de compositores e artistas decidiram deixar a pátria comunista. É muito fácil rotulá-lo, depreciá-lo, chamá-lo simplesmente de "covarde". Uma faca foi posta em seus dentes. Um instrumento perfurador foi encostado em suas costelas. Qualquer movimento em falso representaria a fuminação. Todavia, Shosta permaneceu com sua personalidade ímpar - suportou com tremores, temores, ironias, anuências fingidas. Fez isso tudo, porque acreditava na música. Escreveu seu nome da história da cultura do século XX, como um dos maiores compositores de todos os tempos. Não deixe de ouvir estes dois últimos CDs. Boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Piano Sonata No.1, Op.12, 24 Preludes, Op.31, Piano Trio No.2, Op.67, Cello Sonata in D minor, Op.40, Moderato (for cello and piano), Two Pieces (for string quartet), Piano Quintet in G minor, Op.57

DISCO 4

Piano Sonata No.1, Op.12

01. Allegro -
02. Adagio
03. Adagio
04. Allegro - Poco meno mosso-
05. Adagio - Lento -
06. Allegro - Meno mosso - Moderato - Allegro

Lilya Zilberstein, piano

24 Preludes, Op.31
07. I. Moderato
08. II. Allegretto
09. III. Andante
10. IV. Moderato
11. V. Allegro vivace
12. VI. Allegretto
13. VII. Andante
14. VIII. Allegretto
15. IX. Presto
16. X. Moderato non troppo
17. XI. Allegretto
18. XII. Allegro non troppo
19. XIII.. Moderato
20. XIV. Adagio
21. XV. Allegretto
22. XVI. Andantino
23. XVII. Largo
24. XVIII. Allegretto
25. XIX. Andantino
26. XX. Allegretto furioso
27. XXI. Allegretto poco moderato
28. XXII. Adagio
29. XXIII. Moderato
30. XXIV. Allegretto

Olli Mustonen, piano

Piano Trio No.2, Op.67
31. I. Andante - Moderato - Poco più mosso
32. II. Allegro con brio
33. III. Largo -
43. IV. Allegretto - Adagio

Beaux Arts Trio
Isidore Cohen, violino
Bernard Greenhouse, cello
Menahen Pressler, piano

DISCO 5

Cello Sonata in D minor, Op.40
01. I. Allegro non troppo
02. II. Allegro
03. III. Largo
04. IV. Allegro

Moderato (for cello and piano)
05. Moderato (for cello and piano)

Lynn Harrell, cello
Vladimir Ashkenazy, piano


Two Pieces (for string quartet)
06. I. Elegy
07. II. Polka
Piano Quintet in G minor, Op.57
08. I. Prelude
09. II. Fugue
10. III. Scherzo
11. IV. Intermezzo
12. V. Finale

Fitzwilliam String Quartet
Vladimir Ashkenazy, piano
Lucy Russel, violino I
Jonathan Sparey, violino II
Alan George, viola
Andrew Skidmore, cello

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sábado, 4 de setembro de 2010

E. Grieg - Concerto para piano e Orq. em Lá menor, Op. 16 e R. Schumann - Concerto para piano e Orq. em Lá menor, Op. 54 e Papillons (200 anos!!!)

Já fazia um certo tempo que eu ensaiava a oportunidade para postar o Concerto para piano e orquestra em Lá menor de Grieg, peça de grande beleza e lirismo. Este concerto para piano, o único de Edvard Grieg, foi composto em 1868, quando o compositor possuía 25 anos de idade. As circunstâncias que rodearam esta obra foram extremamente favoráveis: Grieg era um jovem recém-casado com uma mulher que amava. Tinha acabado de nascer uma filha e a família passava férias de verão numa casa de campo - e tudo isso lá naqueles paisagens norueguesas de cartão postal. O compositor trabalhou nesta obra sem pressas. Costumava interromper a escrita para empreender longas caminhadas, para conversar com amigos ou sentar-se a beber numa taberna próxima. Dormia até tarde e vivia rodeado de uma paisagem idílica. Não admira que os traços mais vivos do espírito norueguês se manifestassem nesta obra, estreada pelo próprio Grieg em Leipzig, em fevereiro de 1872. A obra é dividida em três movimentos: o primeiro movimento possui uma introdução com uma entrada furiosa do piano - a obra prende o ouvinte com sua força melódica e virtuosismo técnico. O segundo movimento é leve, suave, como um cício dos campos noruegueses. O terceiro movimento é repleto de temas populares noruegueses que conduzem a um nobre e majestoso final. A demora para postar o concerto de Grieg se deu, porque eu estava procurando uma boa versão. E Richter, um dos maiores pianistas do século XX, enche de sublimidade este extraordinário concerto. Aparece ainda o também imortante concerto para piano de Schumann. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!
Edvard Grieg (1843-1907) - Concerto para piano e Orquestra em Lá menor, Op. 16 01. Allegro molto 02. Adagio 03. Allegro moderato molto e marcato Robert Schumann (1810-1856) - Concerto para piano e Orquestra em Lá menor, Op. 54 04. Allegro afettuoso - Andante espressivo 05. Intermezzo - Andantino grazioso 06. Allegro Vivace Papillons, Op. 2 07. Papillons, Op. 2 Você pode comprar na Amazon Orchestra National del'Opéra de Monte Carlo Lovro von Matacic, regente Sviatoslav Richter, regente BAIXAR AQUI *Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750) - Organ Works (CDs 3 e 4 de 6)

Mais dois extraordinários CDs desta caixa cuja audição nos faz cair de joelhos em preces quentes, ardorosas, apaixonadas. Se não fosse assim não seria a música de Bach. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750) - Organ Works
DISCO 3


01 - Toccata and Fugue for organ in D minor ("Dorian"), BWV 538
02 - Sei gegrüsset, Jesu gütig, chorale partita for organ, BWV 768 (BC K96)
03 - Fantasia for organ in G major, BWV 572
04 - Trio sonata for organ No. 6 in G major, BWV 530
05 - Vater unser im Himmelreich (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung No. 14), BWV 682 (BC K14)
06 - Jesus Christus, unser Heiland (VI), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/20), BWV 688 (BC K20)
07 - Prelude and Fugue for organ in A minor, BWV 543

DISCO 4

01 - Prelude and Fugue for organ in G major, BWV 541
02 - Work(s): Choral "Liebster Jesu, Wir Sind Hier", BWV 730/731
03 - Fugue for organ in G minor ("Little"), BWV 578
04 - Wir glauben all an einen Gott (IV), chorale prelude for organ (by J. L. Krebs, not JSB), BWV 740
05 - Pastorale for organ in F major, BWV 590
06 - O Lamm Gottes unschuldig (II), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 5), BWV 656 (BC K79)
08 - Fantasia and Fugue for organ in C minor, BWV 562
09 - Trio super Herr Jesu Christ, dich zu uns wend (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 4), BWV 655 (BC K78)
10 - Passacaglia and Fugue for organ in C minor, BWV 582

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Ton Koopman, órgão

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Giuseppe Verdi (1813-1901) - Abertura da ópera A Força do Destino, Franz Liszt (1811-1886) - Poema Sinfônico No. 3, 'Os Prelúdios' e etc

Devo fazer alguns esclarecimentos sobre esta postagem: (1) A atuação de Valery Gergiev. Ele tem sido, para mim, um dos maestros mais maduros e importantes da atualidade. Gosto bastante da sua condução. (2) As obras que aparecem neste post fazem parte da minha caminhada como admirador da música dita clássica. Desde a adolescência tenho ouvido estas peças. A Abertura da ópera A Força do Destino de Verdi possui uma orquestração envolvente, cheia, repleta de um espírito de força. (3) Apesar de não ser uma ouvinte "assíduo" das peças de Liszt, eu tenho uma imensa admiração pelo Poema Sinfônico 'Os Prelúdios'" cuja orquestração possui aquela carga dramática de algumas obras de Wagner. Os Prelúdios é resultado de um Liszt maduro. A obra surgiu a partir de textos de Alphonse de Lamartine (1790-1869), considerado um dos mais importantes poetas românticos franceses - admirado não apenas pela excelência literária, mas também pelo seu papel na revolução popular de 1848. (4) Das seis sinfonias de Tchaikovsky que receberam numeração, a que mais gosto é a de número 5. Aqui, ela aparece de modo digno de elógios. Claro, a melhor versão desta Sinfonia que já ouvi foi feita por Mravinsky (encontrada aqui em O SER DA MÚSICA). Por enquanto, ouçamos este extraordinário post ao vivo sob a condução do russo Valery Gergiev. Boa apreciação!

Giuseppe Verdi (1813-1901) - Abertura da ópera A Força do Destino
01. Abertura da ópera A Força do Destino
 
Franz Liszt (1811-1886) - Poema Sinfônico No. 3, 'Os Prelúdios'
02. Poema Sinfônico No. 3, 'Os Prelúdios'

Pyotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) - Sinfonia No. 5 in E menor, Op. 64
03. Andante - Allegro con anima
04. Andante cantabile, con alcuna licenza - Moderato con anima
05. Valse- Allegro moderato
06. Andante maestoso - Allegro vivace

Vienna Philharmonic Orchestra
Valery Gergiev, regente

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