quinta-feira, 10 de julho de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Kullervo, Op.7

Kullervo é uma das obras mais significativas do finlandês Jean Sibelius. Escrita nos anos de 1891 e 1892, a obra está alicerçada na mitologia finlandesa e aponta para as preocupações nacionalistas do compositor. A obra foi escrita após Sibelius ter concluído os seus estudos em Helsinque, Berlim e Viena. O compositor havia se conectado com as produções dos países centrais. Todavia, ao voltar para o seu país, escreveu a obra e o reconhecimento foi imediato. Além das características nacionalistas, a obra é importante por sedimentar, revelar, a linguagem orquestral que notabilizaria o finlandês.

Kullervo é uma sinfonia em cinco movimentos, com cerca de 70 minutos de duração, escrita para orquestra, coro masculino e dois solistas (barítono e soprano). Embora não seja formalmente chamada de “sinfonia” por Sibelius, ela possui estrutura sinfônica clara e poderosa. 

A história de Kullervo está permeada de tragédia, incesto, autoextermínio, vingança, marginalização. Essa história pode ser vista como uma tragédia existencial, na qual o destino parece fincar estacas inescapáveis. Simboliza o conflito entre o indivíduo e as forças opressoras do mundo, tema comum ao romantismo. É perceptível o questionamento sobre identidade, destino, liberdade, temas caros à filosofia. Ou seja, é uma obra cuja a importância é inquestionável. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Jean Sibelius (1865-1957) - 

Kullervo, Op.7

01. Introduction (Allegro Moderato)
02. Kullervo's Youth (Grave)
03. Kullervo And His Sister (Allegro Vivace)
04. Kullervo Goes To War (Alla Marcia – Vivace – Presto)
05. Kullervo's Death (Andante)

BBC Scottish Symphony Orchestra
Lund Male Chorus

Thomas Dausgaard, regente
Helena Juntunen, soprano
Benjamin Appl, barítono 

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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Franz von Suppé (1819-1895) - Requiem for soloists, chorus & orchestra


Franz von Suppé é mais conhecido pelas operetas e aberturas cômicas, todavia se dedicou a composições sacras de grande profundidade. O seu bonito e dramático Requiem é uma dessas expressões. A obra foi escrita como uma homenagem póstuma ao Conde Karl von Esterházy, um generoso patrono de Suppé e figura importante da aristocracia austríaca. A estreia aconteceu em Viena, na igreja da Universidade, no mesmo ano de sua composição. Apesar de Suppé ser mais associado ao teatro musical leve, neste Requiem ele demonstra pleno domínio da escrita coral e orquestral em estilo sacro, seguindo a tradição austro-germânica.

Observa-se influência de Mozart, Cherubini e Berlioz na escrita. A instrumentação é rica. Os movimentos seguem a estrutura tradicional da Missa de Réquiem (Introitus, Kyrie, Dies Irae, Lacrimosa, etc.), com ênfase especial no "Dies Irae", onde a força do juízo final é retratada com grande impacto musical. Ou seja, O Requiem de Suppé é uma demonstração de que era um compositor versátil, que suas habilidades extrapolavam a percepção apenas da música para teatros. A composição é uma ponte entre o clássico e o romântico. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Franz von Suppé (1819-1895) -

01-requiem-requiem-kyrie
02-requiem-dies-irae
03-requiem-tuba-mirum
04-requiem-rex-tremendae
05-requiem-recordare
06-requiem-confutatis
07-requiem-lacrimosa
08-requiem-domine-jesu
09-requiem-hostias
10-requiem-sanctus
11-requiem-benedictus
12-requiem-agnus-dei
13-requiem-libera-me

Jugendsinfonieorchester de la Ville de Bonn
Wolfgang Badun, diretor 

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terça-feira, 8 de julho de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - Gloria - RV 589 e Alessandro Scarlatti (1660-1725) - Dixit Dominus


"Gloria" é uma das obras religiosas mais conhecidas do italiano Antonio Vivaldi. Escrita em 1715, enquanto era professor no Ospedale della Pietà, em Veneza, uma instituição dedicada à educação de meninas órfãs, a obra reflete a vitalidade e o brilho do barroco italiano, combinando técnica refinada com expressão devocional. 

O Gloria é dividido em 12movimentos, cada um representando uma parte do hino litúrgico latino Gloria in excelsis Deo, tradicionalmente cantado durante a missa católica. Teologicamente, a obra celebra a gloria de Deus e a paz que ele oferece aos homens. Cada passagem celebra os atributos de Deus como misericórdia, majestade, poder. Tais expressões culminam na adoração trinitária. Vivaldi cria essa atmosfera por meio de uma musicalidade alegre, resplandecente, luminosa.

Já o "Dixit Dominus" ("Disse Deus"), de Alessandro Scarlatti, foi escrito em 1707, no período em que se encontrava em Roma. A obra é baseada no Salmo 110 e teologicamente afirma a grandiosidade de Cristo como sacerdote eterno e rei universal, evocando o anúncio profético desse texto poético do Antigo Testamento. Mais tarde, Handel escreveu também uma versão - talvez mais conhecida do "Dixit Dominus". Todavia, a versão de Scarlatti é rica e uma grande expressão do barroco italiano. Curiosamente, Handel escreveu o seu "Dixit Dominus" enquanto se encontrava na Itália. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01 - Gloria (RV 589) - Gloria in excelsis Deo
02 - Gloria (RV 589) - Et in terra pax hominibus
03 - Gloria (RV 589) - Laudamus te
04 - Gloria (RV 589) - Gratias agimus tibi
05 - Gloria (RV 589) - Propter magnam gloriam tuam
06 - Gloria (RV 589) - Domine Deus, Rex caelestis
07 - Gloria (RV 589) - Domine Fili unigenite
08 - Gloria (RV 589) - Domine Deus, Agnus Dei
09 - Gloria (RV 589) - Qui tollis peccata mundi
10 - Gloria (RV 589) - Qui sedes ad dexteram Patris
11 - Gloria (RV 589) - Quonuam tu solus sanctus
12 - Gloria (RV 589) - Cum Sancto Spritu
13 - Dixit Dominus - Dixit Dominus
14 - Dixit Dominus - Vigram virtutis
15 - Dixit Dominus - Tecum principium
16 - Dixit Dominus - Juravit Dominus
17 - Dixit Dominus - Dominus a dextris tuis
18 - Dixit Dominus - Judicabit in nationibus
19 - Dixit Dominus - De torrente in via bibet
20 - Dixit Dominus - Gloria Patri

The English Concert Choir
The English Concert

Trevor Pinnock, regente 

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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Cyrill Scott (1879-1970) - Festival Overture, Violin Concerto, Aubade, Op. 77 e Three Symphonic Dances, Op. 22


O compositor inglês Cyrill Scott não é um compositor tão popular. Embora ao longo da vida tenha escrito mais de quatrocentas obras, suas composições não caíram no gosto do público. Uma explicação, talvez, diga respeito às características daquilo que escreveu. Ele é frequentemente lembrado como um dos primeiros compositores ingleses a adotar elementos impressionistas e orientais, explorando harmonias pouco convencionais e texturas cromáticas em um período em que a música britânica ainda estava fortemente enraizada no romantismo vitoriano.

Neste disco, encontramos algumas de suas obras orquestrais. A primeira delas é o "Festival Overture", escrita em 1937. Trata-se de uma obra vibrante e um pouco mais palatável entre aquelas escritas por ele. Em seguida vem o seu Concerto para violino, completado em 1925. Trata-se de uma obra em que se percebe o uso de uma linguagem musical livre e muito pessoal. Percebe-se uma influência oriental, linhas melódicas sinuosas e bem ornamentadas. 

E o último destaque fica por conta do Op. 22, escrito em 1907.  É uma das obras orquestrais mais conhecidas do compositor. Essa obra pertence ao período mais radicalmente moderno de Scott, em que ele foi apelidado de "o Debussy inglês", embora seu estilo tivesse um caráter muito pessoal. Ou seja, as obras apontam para o caráter inovador das composições de Cyril Scott. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!     

Cyrill Scott (1879-1970) - 

01 - Festival Overture
02 - Violin Concerto_ I. Larghetto
03 - Violin Concerto_ II. Adagio - Allegro con spirito - Allegretto
04 - Violin Concerto_ III. Largo
05 - Violin Concerto_ IV. Allegro - Quasi cadenza - Meno mosso e molto maestoso
06 - Aubade, Op. 77
07 - Three Symphonic Dances, Op. 22_ I. Allegro con brio - Vivace
08 - Three Symphonic Dances, Op. 22_ II. Andante sostenuto e sempre molto cantabile
09 - Three Symphonic Dances, Op. 22_ III. Allegro energico - Grazioso - Sostenuto

BBC Philharmonic
Martyn Brabbins, regente
Olivier Charlier, violino 

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Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) - Symphony No. 4 in F Minor, Op. 36 e Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64


Tchaikovsky escreveu ao todo seis sinfonias. Elas são referências indiscutíveis tanto pela expressividade orquestral, quanto pela força indiscutível que evocam. Eu, particularmente, gosto de todas elas - com um aceno mais expressivo para a Sexta, também conhecida como "Patética". Neste ótimo disco, gravado ao vivo, aparecem duas delas. 

A primeira é a Quarta, escrita nos anos de 1877 e 1878. A obra foi fecundada em momento de bastante turbulência emocional para o compositor. Por essa época, o compositor ingressou em um casamento desastroso com Antonina Miliukova, uma tentativa frustrada de exorcizar seus conflitos internos e lutar contra a sua homossexualidade. Gerou apenas mais crises e instabilidades. A Sinfonia é, assim, uma interpretação da luta entre o destino inexorável e a busca pela esperança e pela redenção existencial. O primeiro movimento é marcado pela incerteza - " o fatum", uma força impiedosa que paira sobre a felicidade, a tranquilidade e estabilidade do ser humano. 

A Quinta nasceu dez anos após a escrita da Quarta (1888). O compositor encontrava-se em uma situação emocional mais estável; já havia consolidado uma reputação internacional. Tchaikovsky ainda experimentava certa ambiguidade a respeito de sua genialidade. A Quinta também aborda a ideia do destino, todavia de maneira mais contemplativa e redentora, sugerindo uma conciliação com o próprio destino, algo bem diferente do aspecto trágico da Quarta. 

As duas sinfonias foram escritas no Império Russo, um período de ebulições e mudanças. A Rússia passava por grandes transformações. De certa forma, as duas sinfonias parecem apontar para isso, ao mesmo tempo em que são extensões da alma inquieta do compositor. A recepção da Quarta foi de desconfiança, por causa da volatividade emocional que a caracteriza. A Quinta também encontrou resistência. O próprio compositor olhava-a com certo dúvida. Hoje, ambas as sinfonias são estimadas e tidas como referências do repertório sinfônica, seja pelas maravilhosas melodias, seja pela inquestionável arquitetura, o que revela o gênio do compositor.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) -

01 - Symphony No. 4 in F Minor, Op. 36_ I. Andante sostenuto - Moderato con anima
02 - Symphony No. 4 in F Minor, Op. 36_ II. Andantino in modo di canzona
03 - Symphony No. 4 in F Minor, Op. 36_ III. Scherzo. Pizzicato ostinato - Allegro
04 - Symphony No. 4 in F Minor, Op. 36_ IV. Finale. Allegro con fuoco
05 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ I. Andante - Allegro con anima
06 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ II. Andante cantabile, con alcuna licenza
07 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ III. Valse. Allegro moderato
08 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ IV. Finale. Andante maestoso - Allegro vivace

Royal Concertgebouw Orchestra
Mariss Jansons, regente 

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domingo, 6 de julho de 2025

Richard Wagner (1813-1883) - Götterdammerung

"O crepúsculo dos deuses" é a última das quatro óperas escritas pro Richard Wagner da monumental tetralogia do anel, que inclui ainda "O ouro do Reno", "A Valquíria" e "Siegfried". A obra foi escrita entre os anos de 1869 e 1874. Estreou em 1876, no Festival de Bayreuth. A ópera aponta para o desfecho apocalíptico da saga mitológica germânica que permeia todo o ciclo. 

A composição se estrutura em um prólogo e três atos; combina elementos musicais complexos e dramáticos com uma sofisticação técnica notável, o que indica a capacidade criativa de Wagner. Um dos aspectos mais marcantes é o uso extensivo do leitmotiv - temas musicais associados a personagens, objetos ou ideias - que se entrelaçam e evoluem ao longo da obra, guiando o ouvinte emocional e narrativamente. Wagner emprega uma orquestração densa, com grande uso de metais e cordas em texturas complexas, criando uma sonoridade grandiosa e simbólica. A duração total pode ultrapassar quatro horas, exigindo grande resistência física e vocal dos intérpretes. 

Wagner foi influenciado por filósofos como Schopenhauer e pelas ideias do romantismo alemão. Ficam latentes as reflexões profundas sobre poder, destino, amor, redenção e destruição. O anel, símbolo de poder, torna-se a causa da corrupção e ruína dos deuses. O amor é a única força capaz de libertar os homens da ciclo de violência e decadência.

Essa ópera de Wagner é um dos trabalhos mais complexos da história da ópera. Nele, observa-se o quanto Wagner levou à frente o "Gesamtkunstwerk", ou seja, o conceito de "obra de arte total". Wagner une poesia, música, teatro e filosofia, o que torna "O crepúsculo dos deuses" uma das obras mais difíceis de serem interpretadas - a começar pelas suas mais de quatro horas de encenação. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Richard Wagner (1813-1883) - 

DISCO 01


01 - Vorspiel
02 - Welch Licht leuchtet dort
03 - Singe Schwester, dir werf ich's zu
04 - Spinne Schwester, und singe!
05 - (Tagesgrauen)
06 - Zu neuen Taten, teurer Helde
07 - Willst Du mir Minne Schenken
08 - Laß ich dich, Liebste, dich hier
09 - Durch Deine Tugend allein
10 - (Siegfrieds Rheinfahrt)
11 - Nun hor, Hagen
12 - Wen ratst du zu frein
13 - Brachte Siegfried die Braut dir heim
14 - Jagt er auf Taten wonnig umher

DISCO 02

01 - Wer ist Gibichs Sohn
02 - BegruBe froh, o Held, die Halle
03 - Willkommen, Gast, in Gibichs Haus !
04 - Deinem Bruder bat ich mich zum Mann
05 - Bluhenden Lebens labendes Blut
06 - Frisch auf die Fahrt
07 - Hier sitz´ ich zur Wacht
08 - Altgewohntes Gerausch
09 - Hore mit Sinn, was ich dir sage !
10 - Welche banger Traume Maren
11 - Blitzend Gewolk
12 - Brunnhild´! Ein Freier kam

DISCO 03


01 - Vorspiel - Zweiter Aufzug
02 - Schlafst Du, Hagen, mein Sohn
03 - Der ewigen Macht, wer erbte sie
04 - Hoihoi, Hagen ! Müder Mann !
05 - HeiB mich willkommen, Gibichskind !
06 - Hoihoi ! Ihr Gibichsmannen
07 - Was tost das Horn
08 - Rustet Euch wohl
09 - Heil Dir, Gunther !
10 - GegruBt sei, teurer Held
11 - Einen Ring sah ich an Deiner Hand
12 - Betrug ! Betrug !
13 - Achtest Du so der eigenen Ehre
14 - Helle Wehr ! Heilige Waffe !
15 - Hilf, Donner
16 - Welches Unholds List
17 - Wer bietet mir nun das Schwert
18 - Auf, Gunther, edler Gibichung !
19 - MuB sein Tod sie betruben

DISCO 04

01 - Vorspiel - Dritter Aufzug
02 - Frau Sonne sendet lichte Strahlen
03 - Ein Albe führte mich irr
04 - Noch bin ich beutellos
05 - Behalt ihn, Held, und wahr ihn wohl
06 - Ihr listigen Frauen, laBt das sein !
07 - Kommt, Schwestern !
08 - Hoihoi !
09 - Trink, Gunther, Trink !
10 - Mirne hieB ein murrischer Zwerg
11 - In Leid zu dem Wipfel lauscht´ ich hinauf
12 - Erratst Du auch dieser Raben Geraun
13 - Brunnhilde ! Heilige Braut !
14 - (Trauerzug)
15 - War das sein Horn
16 - Hoihoi ! Hoihoi ! Wacht auf ! Wacht auf !
17 - Siegfried - Siegfried erschlagen !
18 - Schweigt Eures Jammers jauchzenden Schwall
19 - Starke Scheite schichtet dort
20 - O Ihr, der Erde ewiger Huter
21 - Mein Erbe nun nehm´ ich zu zeigen
22 - Fliegt heim, ihr Raben !
23 - Grane, mein RoB, sei mir gegruBt !
24 - Zuruck vom Ring !

Chor und Orchester der Bayreuther Festspiele

Daniel Barenmboim, regente 

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sábado, 5 de julho de 2025

Johannes Brahms (1833-1897) - Symphony No. 3 in F Major, Op. 90 e Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98

Gostei das palavras descritas no encarte do disco. Fiz uma tradução meio "complicada" no Google Tradutor; por fim, tentei melhorar o texto. Segue: "Após o heroísmo da Primeira Sinfonia e os sabores pastorais da Segunda, a Terceira Sinfonia revela Brahms em uma encruzilhada: os impulsos juvenis agora estão controlados e o clima é mais de profunda reflexão sobre a vida e a morte. 

O tema do movimento lento foi adaptado inúmeras vezes e até cantado por Frank Sinatra sob o título "Take My Love". A Quarta Sinfonia pode ser descrita como a mais clássica das sinfonias de Brahms, principalmente por causa de sua chacona finale, uma forma de variação herdada do período barroco. Descrita como uma "sinfonia de outono" ou "elegíaca", seu tom é ora atormentado e ardente, ora áspero e solitário. A culminância de um gênero que lhe custou tanto esforço, a Quarta é a última palavra do sinfonista Brahms; ele jamais comporia outra obra deste tipo".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

01 Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: I. Allegro con brio
02 Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: II. Andante
03 Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: III. Poco allegretto
04 Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: IV. Allegro
05 Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: I. Allegro non troppo
06 Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: II. Andante moderato
07 Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: III. Allegro giocoso
08 Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: IV. Allegro energico e passionato

Philharmonisches Staatsorchester Hamburg
Kent Nagano, regente  

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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 3 em Lá menor, Op. 15 e Sinfonia nº 23 em Si bemol maior, Op. 56 - vol. 10

Vamos a mais dois trabalhos sinfônicos de Nikolay Myaskovsky. Dessa vez, as sinfonias de número 3 e a de número 23.  A Sinfonia No. 3 foi escrita entre os anos de 1913 e 1914. É, portanto, uma obra de juventude. Ela foi composta em momento de inquietação pessoal e sociopolítica. Foi escrita às vésperas da 1ª Guerra Mundial; e, três anos mais tarde, da Revolução Russa. Ainda é possível perceber a influência de Scriabin, Tchaikovsky e Mahler nesse momento da vida do compositor. Historicamente, a Sinfonia nº 3 coincide com o início da mobilização russa na Primeira Guerra Mundial. Myaskovsky seria convocado como engenheiro militar, e a experiência do front deixaria marcas profundas em sua música. Essa obra, portanto, representa uma espécie de presságio sonoro da catástrofe iminente.

Já a Sinfonia No. 23, composta em 1941, dessa vez, imersa no calor terrífico da 2ª Guerra, foi escrita logo após a invasão nazista da URSS. Essa obra integra uma série de sinfonias compostas por Myaskovsky com o intuito de fortalecer o moral do povo soviético. O aspecto mais notável é seu caráter quase escapista, remetendo a uma idealização da terra natal e à simplicidade rural, contrastando com os horrores da guerra. Ainda que discretamente, a sinfonia cumpre também uma função ideológica, de acordo com as diretrizes do realismo socialista, promovendo otimismo, união e resistência.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - 

(01) Symphony No. 3(1913) in a-moll, op.15- Non troppo vivo, vigoroso
(02) Symphony No. 3(1913) in a-moll, op.15- Deciso e sdenjo
(03) Symphony No. 23(1941) in a-moll, op.56- Lento
(04) Symphony No. 23(1941) in a-moll, op.56- Andante.  Molto sostenuto
(05) Symphony No. 23(1941) in a-moll, op.56- Allegretto.  Vivace

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente     

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Violin Concerto No. 2 in D Major, K. 211, Violin Concerto No. 4 in D Major, K. 218, Sinfonia concertante for Violin and Viola in E-Flat Major, K. 364 e Concertone for Two Violins in C Major, K. 190

O que dizer da música de Mozart? Faltam os adjetivos, faltam as palavras. Neste disco aparecem algumas obras icônicas que atestam a sua genialidade. Destaque, claro, para os dois concertos para violino e o K. 364. O Concerto No. 2 foi escrito em Salzburgo, em 1775. É o segundo dos cinco concertos escritos pelo compositor - todos escritos no mesmo ano. Curiosamente, o compositor não voltaria a escrever novos concertos para o instrumento. Seria incrível e indizível se ele tivesse escrito, para violino, o que ele escreveu para piano, por exemplo. Infelizmente, não tivemos a ventura de usufruir esse privilégio. 

Já a Sinfonia Concertante é do ano de 1779, após a viagem de Mozart a Paris. A obra procura combinar elementos da sinfonia e do concerto. É uma das obras mais maduras da juventude do compositor. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - 

01. Violin Concerto No. 2 in D Major, K. 211: I. Allegro moderato (8:17)
02. Violin Concerto No. 2 in D Major, K. 211: II. Andante (7:52)
03. Violin Concerto No. 2 in D Major, K. 211: III. Rondeau. Allegro (4:59)
04. Violin Concerto No. 4 in D Major, K. 218: I. Allegro (Cadenza by F. David) (9:26)
05. Violin Concerto No. 4 in D Major, K. 218: II. Andante cantabile (Cadenza by F. David) (8:00)
06. Violin Concerto No. 4 in D Major, K. 218: III. Rondeau - Andantino grazioso - Allegro ma non troppo (Cadenza by F. David) (8:05)
07. Sinfonia concertante for Violin and Viola in E-Flat Major, K. 364: I. Allegro maestoso (13:26)
08. Sinfonia concertante for Violin and Viola in E-Flat Major, K. 364: II. Andante (11:57)
09. Sinfonia concertante for Violin and Viola in E-Flat Major, K. 364: III. Presto (6:17)
10. Concertone for Two Violins in C Major, K. 190: I. Allegro spiritoso (8:50)
11. Concertone for Two Violins in C Major, K. 190: II. Andantino grazioso (10:55)
12. Concertone for Two Violins in C Major, K. 190: III. Tempo di menuetto. Vivace (9:22)

Berliner Philharmoniker
David Oistrakh, regente e violino 

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Wilhlem Friedrich Ernst Bach (1759-1845) - Westphalens Freude (Cantata), Sinfonia in G, Sinfonia in C, Colombus oder Die Entdeckung von America etc

O compositor Wilhlem Friedrich Ernst Bach foi neto de Johann Sebastian Bach. Ou seja, possuía na veia o sangue da dinastia Bach. Era filho de Johann Christoph Friedrich Bach. Wilhlem Friedrich Ernst Bach estudou com o seu pai e teve como professores, mais tarde, os tios Carl Philipp Emanuel Bach e Johann Christian Bach, o que lhe deu uma formação musical ampla, transitando entre o estilo barroco tardio e as primeiras formas do classicismo vienense. O compositor atuou sobretudo como músico de corte; atuou na corte de Guilherme II da Prússia.  

Destacam-se neste disco a Westphalens Freude (Cantata), do ano de 1789. A obra foi composta para celebrar a nomeação de Ludwig von Westphalen como conselheiro do governo prussiano. Ou seja, é uma obra de caráter elogioso, festivo. Em seguida, encontramos a Sinfonia in G major, escrita aparentemente em 1785. A Sinfonia em Sol maior é uma peça que revela a clara influência do classicismo vienense, em particular de Joseph Haydn e Carl Philipp Emanuel Bach.

No disco ainda aparece a Sinfonia in C major, escrita também no ano de 1785. A Sinfonia em Dó maior compartilha características com sua irmã em Sol maior, mas tem um caráter mais festivo e solene. A tonalidade de Dó maior, frequentemente usada em peças cerimoniais, reforça esse espírito. Já "Columbus oder Die Entdeckung von Amerika" é uma obra cuja finalidade é contar a história do achamento da América por Cristovão Colombo. Trata-se de um melodrama musical. É provável que sua escrita tenha ocorrido no ano de 1792.  

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Wilhlem Friedrich Ernst Bach (1759-1845) - 

01. Westphalens Freude (Cantata) - I. Overture - Recitativo accompagnato
02. Westphalens Freude (Cantata) - II. Duetto
03. Westphalens Freude (Cantata) - III. Recitativo
04. Westphalens Freude (Cantata) - IV. Terzetto - Coro
05. Sinfonia in G - I. Allegro
06. Sinfonia in G - II. Andante
07. Sinfonia in G - III. Allegro
08. Vater unser - Lord our father
09. Sinfonia in C - I. (without title)
10. Sinfonia in C - II. Andante
11. Sinfonia in C - III. Minuetto I & II
12. Sinfonia in C - IV. Allegro
13. Colombus oder Die Entdeckung von America

Rheinische Kantorei
Das Kleine Konzert

Hermann Max, regente 

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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Béla Bartók (1881-1945) - Sonata No. 1 for Violin and Piano e Sonata No. 2 for Violin and Piano

Um baita disco! As duas obras aqui colocadas foram escritas, respectivamente, no ano de 1921 e 1922. São duas obras fundamentais entre aquelas escritas pelo compositor e entre as composições camerísticas do século XX. Apontam para o amadurecimento do compositor, para o experimentalismo, realçando o lado criativo e a originalidade do grande mestre húngaro. 

A Sonata No. 1 foi escrita - como já afirmado - em 1921, em Budapeste, capital da Hungria. Ela representa uma ruptura com a tradição romântica. Ou seja, indica um afastamento do legado do século XIX. Sua estreia se deu em Londres. Sua característica principal é a inovação, já que o piano passa a ter um papel de destaque, não como mero acompanhamento, mas como um parceiro denso, harmônico, insinuante, percussivo; algo que surge um tempo novo. A Sonata No. 2 segue o padrão da primeira, mas de forma mais lírica e direta. Todavia, isso não quer dizer muita coisa, pois a obra é complexa à sua maneira. Ela é menos dissonante que a primeira, talvez seja isso que a torna mais acessível. 

Para digerir, sentir os efeitos poderosos dessas duas obras-primas desafiadoras, precisei ouvir este disco duas vezes.  

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
  

Béla Bartók (1881-1945) - 

01 - Ensemble Villa Musica - Sonata No. 1 for Violin and Piano- I. Allegro appa
02 - Ensemble Villa Musica - Sonata No. 1 for Violin and Piano- II. Adagio
03 - Ensemble Villa Musica - Sonata No. 1 for Violin and Piano- III. Allegro
04 - Ensemble Villa Musica - Sonata No. 2 for Violin and Piano- I. Molto modera
05 - Ensemble Villa Musica - Sonata No. 2 for Violin and Piano- II. Allegretto

Ensemble Villa Musica

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terça-feira, 1 de julho de 2025

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) - Dixit Dominus, Litaniae Lauretanae, Magnificat in D etc

Jan Dismas Zelenka foi um compositor tcheco bastante importante.  Contemporâneo de Bach e Telemann, Zelenka atuou na corte católica de Dresden, onde compôs obras de grande beleza e profundidade religiosa e espiritual. Importante comentar algumas questões sobre as três maiores obras encontradas neste disco. A primeira é a "Dixit Dominus", composta no ano de 1725. O texto dessa obra é associado à coroação e à majestade divina. 

Outra obra é a "Litaniae Lauretanae", uma das últimas escritas pelo compositor. Ela é do ano de 1744. Trata-se de uma obra cuja finalidade é a invocação da Virgem Maria como intercessora em tempos de doença, o que pode sugerir as preocupações religiosas e sociais da época.   

É, por último, temos o bonito "Magnificat in D", do ano de 1725. É uma obra vibrante, baseada no cântico/oração de Maria (Lucas 1.46-55). A obra apresenta vigorosos coros e ornamentação vocal exigente, especialmente nos movimentos para solistas.  

Zelenka foi um nome ofuscado pelos grandes nomes do barroco - Bach, Vivaldi, Telemann, Albinoni, Corelli etc. Mas, hoje, reconhece-se sua importância e originalidade. Seu trabalho reflete tanto a tradição da música sacra católica quanto uma linguagem pessoal ousada e intensa, com momentos de grande introspecção espiritual e exuberância musical. Não deixe de ouvir. Esse bonito disco.  

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) - 

01-Dixit Dominus - Dixit Dominus
02-Dixit Dominus - Sicut erat
03-Dixit Dominus - Amen
04-Sub tuum praesiduum g-moll
05-Benedictus sit Deus Pater D-Dur
06-Ave Regina Coelorum g-moll
07-Litaniae Lauretanae - Kyrie eleison
08-Litaniae Lauretanae - Pater de coelis
09-Litaniae Lauretanae - Sancta Maria
10-Litaniae Lauretanae - Agnus Dei 1, 2
11-Litaniae Lauretanae - Agnus Dei 3
12-Magnificat in D - Anima mea Dominum
13-Magnificat in D - Suscepit Israel
14-Magnificat in D - Amen

Capella Piccola
Thomas Reuber, regente

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Franz Schubert (1797-1828) - The Late Piano Sonatas


Schubert, em minha humilde opinião, foi um mestre incontestável. Uma fábrica de obras-primas. Podemos encontrar um exemplo disso nestas três sonatas, escritas em setembro de 1828, dois meses antes da morte do compositor. Embora escritas em um ritmo febril e em um curto período de tempo, cada uma das sonatas apresenta um caráter único.

A Sonata em Dó menor, D. 958 é a mais dramática e austera das três. A obra rescende uma fragrância beethoveana. Possui uma tonalidade sombria, o que cria uma atmosfera trágica e heroica. Já o D. 959, mescla lirismo, grandiosidade e momentos de puro experimentalismo. Ela revela a liberdade formal do compositor, algo que ele já vinha realizando. A D. 960 é uma obra-prima irretocável. É, certamente, um dos trunfos composicionais de Schubert e um dos grandes trabalhos para o gênero de todos os tempos. Quando Schubert a escreveu, encontrava-se gravemente doente. Ela parece transcender a dor pessoal do compositor, pois paradoxalmente transmite uma visão musical de rara serenidade. Ela eleva aquilo que Fernando Pessoa diria mais tarde: "O poeta é um fingidor". O compositor só "fingia", embora fossem dores, medo, incertezas e ansiedade. 

As três sonatas não chegaram a ser executadas com Schubert ainda vivo. Foram apresentadas ao público, em 1839, por Anton Diabelli. São bonitas, expressivas, possuem complexidade estrutural e indicam a liberdade criativa do compositor. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Franz Schubert (1797-1828) - 

DISCO 01

01. Sonata in C minor, D 958 1. Allegro
02. Sonata in C minor, D 958 2. Adagio
03. Sonata in C minor, D 958 3. Menuetto Allegro - Trio
04. Sonata in C minor, D 958 4. Allegro
05. Sonata in A major, D 959 1. Allegro
06. Sonata in A major, D 959 2. Andantino
07. Sonata in A major, D 959 3. Scherzo Allegro vivace - Trio Un poco piu lento
08. Sonata in A major, D 959 4. Rondo Allegretto

DISCO 02

01. Sonata in B flat major, D 960 1. Molto moderato
02. Sonata in B flat major, D 960 2. Andante sostenuto
03. Sonata in B flat major, D 960 3. Scherzo Allegro vivace - Trio
04. Sonata in B flat major, D 960 4. Allegro ma non troppo

Andreas Staier, pianoforte 

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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) - Orchestral and Chamber Works


Este disco apresenta algumas das obras de câmara do compositor Mieczyslaw Weinberg. A primeira delas é o Op. 126, peça esta composta em um único movimento. A obra exige um grande virtuosismo por parte do intérprete. Ela alterna episódios de lirismo com episódios de grande intensidade rítmica e e ataques de agressividade. A obra foi escrita no ano de 1979. Em seguida, há o Op. 48, escrita em 1950. Nela é possível perceber a influência de Shostakovich, de quem o compositor tinha grande proximidade. É possível ainda perceber ecos da música judaica.

Outra obra presente no disco é o Op. 46, escrita em 1949. Trata-se de música bastante rica e expressiva. Observam-se passagens dançantes com melodias acessíveis. Em seguida, encontra-se o Op. 42, escrito em 1948. Nota-se um compositor ainda jovem à procura de uma linguagem. A obra procura criar uma síntese de formas claras, harmonia tradicional e inflexões modernas. E a última obra do disco é o Op. 98, escrita em 1968. É um dos trabalhos mais intensos do compositor. É uma meditação profunda para cordas. A obra talvez procure recordar momentos difíceis e uma inquieta introspecção filosófico. 

Disco importante para conhecer a música camerística do compositor polonês, radicado na União Soviética. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) -

DISCO 01


01. Sonata for violin solo No.3, Op.126
02. Trio for violin, viola & cello, Op.48 - I. Allegro con moto
03. Trio for violin, viola & cello, Op.48 - II. Andante
04. Trio for violin, viola & cello, Op.48 - III. Moderato assai
05. Sonatina for violin & piano in D major, Op.46 - I. Allegretto
06. Sonatina for violin & piano in D major, Op.46 - II. Lento
07. Sonatina for violin & piano in D major, Op.46 - III. Allegro moderato

DISCO 02

01. Concertino for violin and string orchestra, Op.42 - I. Allegretto cantabile
02. Concertino for violin and string orchestra, Op.42 - II. Lento
03. Concertino for violin and string orchestra, Op.42 - III. Allegro moderato poc...
04. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - I. Concerto grosso. Grave
05. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - II. Pastorale. Lento
06. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - III. Cancona. Adantino
07. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - IV. Burlesque. Allegro molto
08. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - V. Inversion. L'istesso tempo

Kremerata Baltica
Gidon Kremer, violino
Daniie Grishin, viola
Giedré Dirvanauskaité, violoncelo
Daniil Trifonov, piano 

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domingo, 29 de junho de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Johannes-Passion, BWV 245

A Paixão Segundo São João é uma das minhas obras religiosas preferidas. Sei que existe a monumentalidade da São Mateus, mas a obra baseada no evangelista João é delicada à sua maneira e isso me fascina. Estima-se que o compositor tenha escrito paixões para os quatro evangelhos, mas somente a São Mateus e a São João chegaram íntegras até nós. Infelizmente. A São João foi escrita em 1724, período em que o compositor encontrava-se no seu primeiro ano, em Leipzig, à frente da Igreja de São Tomás. Ela foi escrita para ser executada na Semana Santa, como parte do serviço litúrgico da Igreja Luterana.

A obra baseia-se nos capítulos 18 e 19 do evangelho místico de João. Ou seja, descreve os eventos dramáticos que envolvem a prisão, julgamento e crucificação de Jesus. A Paixão Segundo São João combina elementos do drama operístico barroco com a profundidade espiritual do culto luterano. Bach segue à risca os aspectos teológicos que eram premissas essenciais da Reforma e do luteranismo: Jesus como o salvador, evidenciando a sua natureza divina e a ideia do sacrifício voluntário para salvação da humanidade; a justificação pela fé, ou seja, a confiança que apaga a ideia de mérito próprio para alcançar a salvação; a esperança na ressurreição de Cristo, pois ele é oferecido como sacrifício pascal a fim de conduzir os homens para uma nova perspectiva.

Ou seja, a Paixão Segundo São João é profundamente delicada e mais frugal do que a Paixão Segundo São Mateus. Ela procura combinar aspectos musicais e teológicos, realçando suas características essenciais como uma obra-prima incontestável, indispensável. A obra declara, realça ainda mais a fé pessoal do compositor, alguém que sempre revestiu a sua obra como uma afirmação daquilo em que ele acreditava.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 

DISCO 01

01. Nr. 1. Coro: “Herr, unser Herrscher”
02. Nr. 2. Recitativo (Evangelist, Jesus) mit Coro: “Jesus ging mit seinen Jüngern”
03. Nr. 3. Choral: “O große Lieb”
04. Nr. 4. Recitativo (Evangelist, Jesus): “Auf daß das Wort erfüllet würde”
05. Nr. 5. Choral: “Dein Will gescheh, Herr Gott, zugleich”
06. Nr. 6. Recitativo (Evangelist): “Die Schar aber und der Oberhauptmann”
07. Nr. 7. Aria (Alto): “Von den Stricken meiner Sünden”
08. Nr. 8. Recitativo (Evangelist): “Simon Petrus aber folgete Jesum nach”
09. Nr. 9. Aria (Soprano): “Ich folge dir gleichfalls”
10. Nr. 10. Recitativo (Evangelist, Ancilla [Magd], Petrus, Jesus, Servus [Diener]): “Derselbige Jünger war dem Hohenpriester bekannt”
11. Nr. 11. Choral: “Wer hat dich so geschlagen”
12. Nr. 12. Recitativo (Evangelist, Petrus, Servus) mit Coro: “Und Hannas sandte ihn gebunden”
13. Nr. 13. Aria (Tenore): “Ach, mein Sinn”
14. Nr. 14. Choral: “Petrus, der nicht denkt zurück”

DISCO 02

01. Nr. 15. Choral: “Christus, der uns selig macht”
02. Nr. 16. Recitativo (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Coro: “Da führeten sie Jesum”
03. Nr. 17. Choral: “Ach, großer König, groß zu allen Zeiten”
04. Nr. 18. Recitativo (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Coro: “Da sprach Pilatus zu ihm”
05. Nr. 19. Arioso (Basso): “Betrachte, meine Seel”
06. Nr. 20. Aria (Tenore): “Erwäge, wie sein blutgefärbter Rücken”
07. Nr. 21. Recitativo (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Coro: “Und die Kriegsknechte flochten eine Krone von Dornen”
08. Nr. 22. Choral: “Durch dein Gefängnis, Gottes Sohn”
09. Nr. 23. Recitativo (Evangelist, Pilatus) mit Coro: “Die Juden aber schrien und sprachen”
10. Nr. 24. Aria (Basso) mit Coro: “Eilt, ihr angefochtnen Seelen”
11. Nr. 25. Recitativo (Evangelist, Pilatus) mit Coro: “Allda kreuzigten sie ihn”
12. Nr. 26. Choral: “In meines Herzens Grunde”
13. Nr. 27. Recitativo (Evangelist, Jesus) mit Coro: “Die Kriegsknechte aber”
14. Nr. 28. Choral: “Er nahm alles wohl in acht”
15. Nr. 29. Recitativo (Evangelist, Jesus): “Und von Stund an nahm sie”
16. Nr. 30. Aria (Alto): “Es ist vollbracht”
17. Nr. 31. Recitativo (Evangelist): “Und neigte das Haupt und verschied”
18. Nr. 32. Aria (Basso) mit Coro: “Mein teurer Heiland”
19. Nr. 33. Recitativo (Evangelist): “Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriß”
20. Nr. 34. Arioso (Tenore): “Mein Herz, in dem die ganze Welt”
21. Nr. 35. Aria (Soprano): “Zerfließe, mein Herze”
22. Nr. 36. Recitativo (Evangelist): “Die Juden aber, dieweil es der Rüsttag war”
23. Nr. 37. Choral: “O hilf, Christe, Gottes Sohn”
24. Nr. 38. Recitativo (Evangelist): “Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia”
25. Nr. 39. Coro: “Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine”
26. Nr. 40. Choral: “Ach Herr, laß dein lieb Engelein”

Arnold Schoenberg Chor
Concentus Musicus Wien

Nikolaus Harnoncourt, regente 

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sábado, 28 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 24 em fá menor, Op. 63 e Sinfonia nº 27 em dó menor, Op. 85 - vol. 9

Ouvir Nikolay Myaskovsky é mergulhar na história da União Soviética e do povo russo em parte do século XX. Não é à toa que o compositor é considerado "o pai da sinfonia soviética". Ele viveu boa parte dos eventos turbulentos da primeira metade do século passado e os colocou em suas 27 sinfonias. Neste disco, encontramos mais duas de sinfonias.

A primeira delas é a de número 24, composta em 1943. A obra foi escrita em meio ao drama da guerra e da invasão nazista. O compositor constrói um trabalho bastante sombrio e que busca comover. O cerco a Leningrado havia ceifado milhares de vidas. A Vigésima Quarta procura refletir esse ambiente de tensão e pesar.

Já a Vigésima Sétima, a última sinfonia escrita pelo compositor, é uma espécie de trabalho de despedida. O compositor estava sendo vigiado de perto pelo regime. Ele parece ter consciência dessa realidade, pois escreve um trabalho leve, sereno, transmitindo uma ideia de esperança, mas que procura atender às exigências ideológicas do realismo soviético a fim de satisfazer os desejos do Partido.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - 

(01) Symphony No. 24(1943) in f-moll, op.63- Allegro deziso
(02) Symphony No. 24(1943) in f-moll, op.63- Molto sonstenuto
(03) Symphony No. 24(1943) in f-moll, op.63- Allegro apassionato
(04) Symphony No. 27(1947) in c-moll, op.85- Adagio. Allegro molto agitato
(05) Symphony No. 27(1947) in c-moll, op.85- Adagio
(06) Symphony No. 27(1947) in c-moll, op.85- Presto ma non troppo

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente    

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Krzysztof Penderecki (1933-2020) - A sea of dreams did breathe on me...

 

"A sea of dreams did breathe on me...", do polonês Krzysztof Penderecki é do ano de 2010, escrita para coro misto e orquestra. A obra é um exemplo da fase madura e lírica do compositor polonês. Ele se distancia do vanguardismo radical e do experimentalismo que marcaram o início de sua carreira nesse trabalho. A obra possui uma orquestração rica e densa. Observa-se ainda seu caráter introspectivo e reflexivo. O texto poético foi retirado de poetas britânicos românticos, como Keats, Shelley e Tennyson, evocando natureza, sonho e transcendência.

A obra foi encomendada pela Filarmônica de Varsóvia, pela ocasião do ducentésimo aniversário do nascimento de Chopin, celebrado em 2010. A UNESCO declarou "o ano Chopin" em todo o mundo. Várias composições foram criadas para homenagear o compositor. Penderecki, que era patrício de Chopin, foi convidado a contribuir com uma obra que refletisse o espírito sonhador do compositor. Sendo assim, a obra é uma reflexão sobre contemplação e memória, pois procura evocar o espírito romântico e sua conexão com a poesia e com a paisagem interior.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!    

Krzysztof Penderecki (1933-2020) - 

01 - No. 1, Children Among Poppies
02 - No. 2, Beneath a Mysterious Tree
03 - No. 3, Request for the Happy Isles
04 - No. 4, The Autumn Woods, Their Leaves Already Turning
05 - No. 5, Emptiness (A Solitary Tree)
06 - No. 6, The Angelus
07 - No. 1, Sky at Night
08 - No. 2, Silence
09 - No. 3, What Is the Night Saying_
10 - A Sea of Dreams Did Breathe on Me
11 - O Silent Night, Blue-Hued Night
12 - No. 1, Requiem. Chopin's Piano I
13 - No. 2, I Can See Some Land Far Away
14 - No. 3, Chopin's Piano II
15 - No. 4, The Wind, an Autumn Wind, Howled
16 - No. 5, If I Forget You, Fighting Warsaw
17 - No. 6, Mr. Cogito Thinks About Returning to His Home Town
18 - No. 7, Chopin's Piano III
19 - No. 8, Countess Potocka's Grave
20 - No. 9, To a Polish Pine - No. 10, Chopin's Piano IV
21 - No. 11, The Angelus

Warsaw Philharmonic Orchestra
Warsaw Philharmonic Choir

Antoni Wit, regente 

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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 22 em Si menor, Op. 54 e Sinfonia nº 26 em Dó maior, Op. 77 - vol. 8

Voltamos às sinfonias de Nikolay Myaskovsky. Após duas semanas sem postá-las, seguimos com o propósito de disponibilizar as 27 obras. Eis que surgem mais duas: a primeira delas é a Sinfonia No. 22, escrita no ano de 1941. Foi escrita em um período da história soviética. Foi escrita em meio à mobilização das tropas soviéticas para ingressar na Segunda Guerra. Seu propósito foi comemorar o décimo aniversário de incorporação da Armênia Soviética à União Soviética. Por isso, a Décima Segunda Sinfonia é chamada também de "Sinfonia Armênia". Ela possui certa ambiguidade, pois, ao mesmo tempo que celebra a unidade nacional, cria uma tensão por causa do conflito que estava na iminência de eclodir.

Já Sinfonia No. 26 (1945), a penúltima escrita pelo compositor,  foi dedicada à memória dos "soldados soviéticos" que lutaram para defender bravamente o país e do povo soviético que resistiu aos dias difíceis. É uma obra cuja finalidade é celebrar o luto dos heróis que tombaram. Trata-se de um trabalho profundamente emocional e introspectivo. Ao invés de celebrar a vitória - a União Soviético conseguiu coibir o triunfo do nazismo -, o que está em jogo é a vida daquelas que lutaram por uma causa. Representa uma visão humanista, afastando a noção romantizada de heroísmo. O que se celebra é a fragilidade, a dor gerada pela guerra.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - 

(01) Symphony-ballad No. 22(1941) in h-moll op.54
(02) Symphony No. 26(1948) in C-dur op.79- Andante sostenuto
(03) Symphony No. 26(1948) in C-dur op.79- Andante quasi lento
(04) Symphony No. 26(1948) in C-dur op.79- Adagio 

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente   

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György Ligeti (1923-2006) - Violin Concerto, Concert Românesc e Piano Concerto e György Kurtág (1926-2025) - Aus der Ferne III e Aus der Ferne V

A música de György Ligeti sempre foi um desafio para mim. Desde que assisti ao fabuloso "2001: Uma Odisseia no Espaço", cuja música do compositor cria uma experiência sensória que se complementa às eletrizantes cenas dirigidas por Stanley Kubrick, minha relação com o compositor se tornou quase que espiritual. 

De certa forma, a música de Ligeti desafia critérios e códigos. Esta gravação oferece uma oportunidade de avaliar a evolução da linguagem musical de um dos maiores compositores do século XX, desde o precoce Concert Românesc até os concertos posteriores para piano e violino, aqui interpretados por dois virtuoses fabulosos. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Ligeti: Violin Concerto: I. Praeludium. Vivacissimo luminoso
02. Ligeti: Violin Concerto: II. Aria - Hoquetus - Choral. Andante con moto
03. Ligeti: Violin Concerto: III. Intermezzo. Presto fluido
04. Ligeti: Violin Concerto: IV. Passacaglia. Lento intenso
05. Ligeti: Violin Concerto: V. Appassionato. Agitato molto
06. Kurtag: Aus der Ferne III
07. Ligeti: Concert Românesc: I. Andantino
08. Ligeti: Concert Românesc: II. Allegro vivace
09. Ligeti: Concert Românesc: III. Adagio ma non troppo
10. Ligeti: Concert Românesc: IV. Molto vivace
11. Kurtag: Aus der Ferne V
12. Ligeti: Piano Concerto: I. Vivace molto ritmico e preciso
13. Ligeti: Piano Concerto: II. Lento e deserto
14. Ligeti: Piano Concerto: III. Vivace cantabile
15. Ligeti: Piano Concerto: IV. Allegro risoluto, molto ritmico
16. Ligeti: Piano Concerto: V. Presto luminoso

Les Siècles
François-Xavier Roth, regente
Isabelle Faust, violino

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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish", Lieder ohne Worte, Book III, Op. 38: No. 2, etc

Passei alguns dias viajando por Pernambuco, meu país, minha pátria, e por terras alagoanas. Estava precisando. Fiz o agendamento de algumas postagens antes de viajar. Algumas saíram até sem texto. Fiquei sem muito tempo para escrever e de, última hora, acabou sendo postado dessa maneira. Entre sair sem texto ou não postar, acabei ficando com a primeira opção. Daqui para frente, tudo seguirá com certo fluxo de normalidade. 

Neste disco, por exemplo, encontramos a bonita Sinfonia No. 3, também conhecida como "Escocesa", de Félix Mendelssohn. A escrita foi terminada, em 1842, ou seja, cinco anos da morte do compositor. Todavia, segundo os estudiosos da obra do alemão, ela foi gestada durante uma viagem que o compositor realizou à Escócia por volta de 1829, quando possuía tenros vinte anos de idade. A Escócia provocou forte impressão no jovem Mendelssohn.

A ideia ficou adormecida no compositor. Mendelssohn ficou profundamente impressionado com os paisagens naturais e as ruínas históricas dos país. Ele acabou esboçando as primeiras ideias para a sinfonia naquelas terras. Mendelssohn escreve uma obra com forte sabor evocativo, constituindo uma obra de caráter genuinamente romântico.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Felix Mendelssohn (1809-1847) - 

01. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": I. Andante con moto - Allegro un poco agitato
02. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": II. Vivace non troppo
03. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": III. Adagio
04. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": IV. Allegro vivacissimo - Allegro maestoso assai
06. Lieder ohne Worte, Book III, Op. 38: No. 2, Lost Happiness, MWV U115 (Orch. Shani)
07. Lieder ohne Worte, Book I, Op. 19b: No. 6, Venetian Gondola Song, MWV U78 (Orch. Shani)
08. Lieder ohne Worte, Book VI, Op. 67: No. 4, Spinning Song, MWV U182 (Orch. Shani)

Rotterdam Philharmonic Orchestra
Lahav Shani, regente 

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