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Disco maravilhoso, com o melhor da tradição espanhola. Fernando Sor, como ficou conhecido, foi o primeiro compositor a se dedicar exclusivamente ao violão - para nós brasileiros. Sor foi um compositor privilegiado desde a mais tenra idade, sempre demonstrando um talento incomum. Escreveu uma quantidade significativa de obras. Neste disco, encontramos algumas de suas obras de juventude. Não preciso dizer de que se trata de um disco especial. Merece ser ouvido e apreciado. Um bom deleite!
Fernando Sor (1778-1839) -
01. Three Minuets, Op. 11 - No. 6 In A Major - Andante Maestoso
02. Three Minuets, Op. 11 - No. 7 In A Minor - Andante
03. Three Minuets, Op. 11 - No. 8 In A Major - Andante Con Moto
04. Air - 'Oh Cara Armonia' From Il Flauto Magico, Op. 9
05. Menuet In C Minor, Op. 24 No. 1
06. Menuet In C Major, Op. 5 No. 3
07. Andante Largo, Op. 5 No. 3
08. Two Minuets, Op. 11 - No. 5 In D Major - Andante Maestoso
09. Two Minuets, Op. 11 - No. 4 In D Major - Andante Con Moto
10. From Studios For The Spanish Guitar, Op. 6 - No. 2 In A Major - Andante Allegro
11. From Studios For The Spanish Guitar, Op. 6 - No. 8 In C Major - Andantino
12. From Studios For The Spanish Guitar, Op. 6 - No. 9 In D Minor - Andante Allegro
13. From Studios For The Spanish Guitar, Op. 6 - No. 11 In E Minor - Allegro Moderato
14. From Studios For The Spanish Guitar, Op. 6 - No. 12 In A Major - Andante
15. Grand Solo, Op. 14 - Andante - Allegro
16. Menuet In G Major, Op. 3
A gente vai acumulando coisas para postar e acaba se perdendo em meio à babel de exigências diárias. Essa caixa, por exemplo, demonstra isso. Ela está separada para ser postada desde dezembro de 2012, mas foi somente hoje que decidi iniciar as postagens dos seus cinco discos. Portanto, lá vai o primeiro disco com o grande instrumentista Narciso Yepes. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Narciso Yepes - Guitarra Española, Vol. 1
01. Gaspar Sanz. Suite espanola. Espanoletas
02. Gaspar Sanz. Suite espanola. Gallarda y Villano
03. Gaspar Sanz. Suite espanola. Danza de las hachas
04. Gaspar Sanz. Suite espanola. Rujero y Paradetas
05. Gaspar Sanz. Suite espanola. Zarabanda al ayre espan
06. Gaspar Sanz. Suite espanola. Passacalle
07. Gaspar Sanz. Suite espanola. Folias
08. Gaspar Sanz. Suite espanola. La Minona de Cataluna
09. Gaspar Sanz. Suite espanola. Canarios
10. Alonso Mudarra. Fantasia la manera de Ludovico
11. Luis de Narvaez. Guardame las vacas
12. Antonio Soler. Sonata en mi mayor
13. Fernando Sor. Estudios en do menor op. 35 no. 14
14. Fernando Sor. Estudios en do mayor op. 29 no. 5
15. Fernando Sor. Estudios en la mayor op. 6 no. 2
16. Fernando Sor. Estudios en re menor op. 35 no. 16
17. Fernando Sor. Estudios en si menor op. 35 no. 22
18. Fernando Sor. Estudios en si mayor op. 35 no. 21
19. Fernando Sor. Estudios en mi menor op. 6 no. 11
20. Fernando Sor. Estudios en do sostenido mayor
21. Fernando Sor. Estudios en fa mayor op. 29 no. 14
22. Fernando Sor. Estudios en si bemol mayor op. 31
23. Fernando Sor. Tema con variaciones op.9
Narciso Yepes foi um extraordinário violonista (guitarrista para os espanhóis) de origem espanhola. De família humilde, Yepes conseguiu se estabelecer como um dos principais nomes da história do violão. Além de ser alguém que conhecia profundamente o instrumento que tocava, Yepes era um ardoroso estudioso. Fez inúmeras pesquisas com obras esquecidas dos séculos XVI e XVII, o que permitiu o conhecimento de muitas obras para violão e alaúde. Seus últimos anos de vida foram bastante difíceis por causa de uma linfoma que o vitimou em 1997. O disco que ora posto traz os principais compositores que produziram obras para o violão - Rodrigo, Sor, Villa-Lobos, Tedesco etc. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
DISCO 01
01. Rodrigo Concierto de Aranjuez - 1. Allegro con spirito
02. Rodrigo Concierto de Aranjuez - 2. Adagio
03. Rodrigo Concierto de Aranjuez - 3. Allegro gentile
04. Mudarra Fantasia que contrahaze la harpa en la manera de Ludovico
05. Scarlatti Sonata in D minor, K.32
06. Scarlatti Sonata in A, K.322
07. Tarrega Requerdos de Alhambra
08. Tarrega Adelita
09. Albeniz Suite espanola - Asturias (Leyenda) tr. Segovia
Concluo aqui as postagens dessa extraordinária caixa com 4 CDs com peças interpretadas por Andrés Segovia. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!
DISCO 3
Santiago de Murcia (1673-1739) - Praeludium & Allegro 01. Praeludium & Allegro
Ludovico Roncalli (1654-1713) - Passacaglia 02. Passacaglia
Capricci armonici sopra la chitarra Spagnola 03. Suite in G major - Gigue 04. Suite in E minor - Gavotte
Luys Milán (1500-1561) - Seis Pavanas 05. Pavana n° 1 in A minor 06. Pavana n° 6 in D major 07. Pavana n° 3 in C major 08. Pavana n° 5 in D major 09. Pavana n° 2 in B minor 10. Pavana n° 4 in D major
Gaspar Sanz (1629-1679) - Suite española 11. N° 2 Gallarda y Villano 12. N° 1 Españoletas
Dionisio Aguado (1784-1849) - Eight Lessons for Guitar 13. N° 1 in A major 14. N° 2 in A minor 15. N° 3 in G major 16. N° 4 in A major 17. N° 5 in E minor 18. N° 6 in A major 19. N° 7 in E major 20. N° 8 in E minor
Fernando Sor (1778-1839) - 21. Minuet in C minor 22. Minuet in C major 23. Etude n° 8 in C major 24. Etude n° 2 in A major 25. Etude n° 17 in D major 26. Etude n° 20 in A minor 27. Etude n° 19 in A major 28. Etude n° 16 in D minor 29. Etude n° 11 in E minor 30. Etude n° 13 in B flat major 31. Etude n° 17 in C major
Isaac Albéniz (1860-1909) - Suite Española, Op. 47 - I. Granada (Serenata) 32. Suite Española, Op. 47 - I. Granada (Serenata)
Como o objetivo desse espaço é a publicação de grandes obras que gosto, julguei acertado postar a obra que se segue. Trata-se nada mais nada menos do que Andres Segovia. Ouvi 2 vezes o CD que vou postar. Segovia pode ser considerado como o homem que enobreceu o violão. Achei um excelente texto abordando os aspectos mais importantes da vida de Segovia e sua importante influência em músicos como Villa-Lobos, Turina, John Willians e outros:
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Pouquíssimas vezes podemos afirmar em toda a história da música que somente uma pessoa tenha impulsionado um instrumento até o ponto de resultar no desenvolvimento decisivo do mesmo.
Segóvia, aliás, enobreceu o violão, um instrumento mal visto no mundo da música séria e que quase não se cultivava dentro dele - estava mais limitado ao campo da música popular e do flamengo, e confinado portanto em festas e tavernas - convertendo-o em respeitável todas as partes, habitual e até imprescindível nos conservatórios e escolas de música do mundo inteiro. E, não bastando, impulsionou decisivamente a composição de peças pensadas expressamente para o violão, cuja literatura era muito escassa: Castelnuovo-Tedesco, Falla, Hindemith, Ibert, Jolivet, F. Martin, Milhaud, Moreno Torroba, Ponce, Rodrigo, Roussel, Tansman, Turina e Villa-Lobos são alguns dos grandes compositores que escreveram, graças ao estimulo de Segóvia, para o violão. Além disso, Segóvia transcreveu para o violão uma grande quantidade de obras compostas originalmente para alaúde, cravo e inclusive para piano (páginas de Chopin, Mendelssohn, Brahms, Grieg, Granados, Albéniz, Acriabin, Debussy, etc.). Andrés Segóvia nasceu em Linares (Jaén) em 21 de fevereiro de 1893. Aos 5 anos teve a ocasião de escutar pela primeira vez um violão, tocado por um músico flamengo; a primeira impressão que lhe produziu - ele mesmo contou - em um tosco rasgueado foi desagradável, mas logo seu canto o seduziu irremediavelmente. Em seus anos mais maduros, Segóvia afirmou:"Me gusta mucho el flamenco auténtico, que se toca com dedos fuertes, con brusquedad, pero desde dentro del alma", sin embargo, "la guitarra clásica y la flamenca son caras opuestas de la misma montaña, pero nunca se encuentram". Horrorizada, sua familia, frente à forte inclinação que o garoto sentia por um instrumento tão "vulgar", tentaram desviar sua atenção para o violino, o violoncelo ou o piano, mas tudo foi inútil. Aos 10 anos, e com a oposição familiar, mas com a absoluta determinação que sempre o caracterizaria, comprou seu primeiro violão e recebeu as primeiras lições: fora do Conservatório de Granada onde aprendia teoria musical, já que ali não se ensinava o violão. Lições que forçosamente foram muito breves, pois o pouco que podiam ensinar-lhe o aprendeu em poucas semanas. Assim, para seu bem, se viu forçado a ser autodidata, e conforme ele mesmo ressaltou, "no hubo serias desavenencias entre profesor y alumno". O único grande guitarrista que pode aprender algo diretamente, quando sua personalidade já estava bem formada, foi Miguel Llobet, discípulo de Tárrega. Em pouco tempo, Segóvia desenvolveu uma técnica incomparável; aos 16 anos deu seu primeiro recital em Granada, com tão grande êxito que pode apresentar-se sucessivamente em outras cidades espanholas, culminando o ano de 1912 em Madrid, e levando-o em 1916 a um giro pela América do Sul. Sua apresentação em Paris, em 1924, graças ao apoio de Pablo Casals, causou verdadeira sensação, inclusive nos assistentes tão ilustres e exigentes como Paul Dukas e Manuel de Falla: assombraram,sobretudo, suas reveladores interpretações de Bach (transcrições feitas por ele mesmo), um patriarca da música, embora até então não suficientemente conhecido. E o fizeram enveredar pelo amplíssimo campo do repertório barroco que potencialmente se abria para o violão, o que foi se tornando uma realidade nos anos seguintes. Nesse mesmo ano tocou pela primeira vez em Londres, logo por toda a Europa - Rússia incluída - e em 1928 fez sua estréia nos Estados Unidos. Os triunfos foram sucedendo-se e sua fama se estendeu por todo o mundo. Em 1927 gravou em Londres seus primeiros discos - o primeiro violonista clássico que o fazia. Exatamente 50 anos depois gravaria em Madrid os últimos. cultivava o repertório, em boa parta esquecido, de seus predecessores espanhóis, virtuosos do violão de celebridade efêmera, e acertou em absorver suas técnicas, até então irreconciliáveis: Dionísio Aguado usava somente as unhas da mão direita, enquanto que Fernando Sor e Francisco Tárrega a ponta dos dedos. Segóvia compreendeu que, para obter toda a gama de sonoridades que o violão escondia, não podia limitar-se a uma ou a outra, senão combina-las. Assim, a riqueza de seu som, "de ferro e de veludo", como foi descrito, e com todos os graus e tonalidade de cor entre um e outro, foi algo sem precedentes...e é preciso reconhecer que nenhum de seus discípulos ou seguidores tem conseguido iguala-se neste aspecto. Para a plena realização deste alcance, também compreendeu Segóvia que seria preciso trabalhar estreitamente com os mais competentes construtores de violão (como Ramirez e Hauser), estimulando-lhes e aconselhando-lhes até conseguir violões capazes de uma maior suavidade ao invés de uma voz rotunda. A partir da Segunda Guerra Mundial, aprovou o uso, adotando ele mesmo, das cordas de nylon. Em seus inumeráveis recitais ao longo de todos os continentes, Segovia tocava não somente em salas reduzidas, mas também em grandes auditórios, nos quais conseguia um clima de recolhimento e atenção que foi batizado como "o silêncio Segovia". Mas sempre se negou a amplificar seu som; em realidade, e diferentemente de outros, não necessitava. "La guitarra no suena poco, sino lejos", costumava dizer. Seu primeiro casamento foi com Paquita Madriguera, pianista discipula de Granados, tiveram dois filhos, Andrés e Beatriz. Mais de meio século depois, aos 77 anos de idade, Segovia engendrou seu terceiro filho, Carlos Andrés, com sua segunda esposa, Emilia del Corral. Em 3 de junho de 1987, Andrés Segóvia morria em Madrid depois de ter conseguido do mundo musical um reconhecimento tão alto e tão unanime como muito poucas vezes alguem tenha obtido. Basta somente um testemunho, de um dos maiores violinistas da primeira metade do século 20. Fritz Kreisler, quem afirmou que no século XX soube somente de dois interpretés verdadeiramente grandes, Pablo Casals e Andrés Segóvia (ambos espanhóis, curiosamente). De uma lucidez fora do comum até os seus últimos anos, Segovia continuou até o final ativo como concertista - sua última aparição publica foi em Miami, na primavera de 1978 (78 anos dando concertos) - e como pedagogo: as últimas aulas que ministrou foram em Nova York somente 3 meses antes de morrer. Quando, em uma ocasião, um amigo lhe perguntou porque não diminuia sua intensa atividade em uma idade tão avançada, respondeu: "Terei toda uma eternidade para descansar..." Distantes de terem perdido sua referencia depois de seu desaparecimento,permanece viva e extraordinariamente ativa em seus discípulos - Laurindo Almeida, Siegfried Behrend, Ernesto Bitetti, Carlos Bonell, Julian Bream, Leo Brouwer, Alirio Díaz, Eduardo Fernándz, Eliot Fisk, Oscar Ghiglia, Sharon Isbin, Alexandre Lagoya, Christopher Parkening, Ida Presti, Konrad Ragossnig, Pepe e Ángel Romero, John Williams, Kazukito Yamashita, Narciso Yepes... - e indiretos todos os demais, pois não há violonista clássico que não parta dele; inclusive no campo da música "ligeira" não lhe faltam alunos triunfantes como Chet Atkins e Charlie Byrd; até os Beatles disseram uma vez que "Segovia foi nosso papa". O inquestionável é que, graças a Segovia, o violão é hoje um instrumento popular e respeitado em todo o mundo.
01 - Weiss – Bourre 02 - Benda - Sonatina en Re Mayor 03 - Benda - Sonatina en Re Mayor 04 - Bach - Tres movimientos Suite Nº1 para cello 05 - Scarlatti - Dos Sonatas 06 - Sor - Andante Largo en Do Menor 07 - Sor - Minueto en La Mayor 08 - Sor - Minueto en Do Mayor 09 - Asencio – Dipso 10 - Ponce - Preludio en Mi Mayor