terça-feira, 22 de julho de 2025

Anton Webern (1883–1945) - Im sommerwind e Johannes Brahms (1833–1897) - Symphony No. 2 in D major, Op. 73

Encontramos neste disco duas obras de mundos completamente diversos. A primeira é do austríaco Anton Webern.  "Im sommerwind" é uma obra de juventude. A obra foi escrita em 1904, período anterior à adesão ao dodecafonismo e ao radical caminho que trilhou em sua jornada estética. Trata-se de uma idílica página orquestral, inspirada no poema homônimo de Bruno Wille, que evoca uma natureza idealizada e um estado quase panteísta de fusão entre homem e mundo. A obra era raramente executada até sua redescoberta e estreia póstuma em 1962. É patente as similitudes com a música de Mahler e a música de Strauss, com ondulações melódicas que pairam como brisas suaves em um vasto campo aberto.

Em seguida, encontramos a sempre poderosa e necessária Sinfonia No. 2, de Brahms. Escrita em 1877, talvez seja a Sinfonia mais pastoral de Brahms. Esse fato pode ser apontado pelo fato de Brahms, quando a escreveu, estivesse às margens do idílico lago Wörthersee. Esse aspecto pode ser percebido pela linguagem tépida da Sinfonia. No entanto, como lhe era próprio, inseriu algumas pitadas de melancolia, restando um trânsito entre o lirismo e a desconfiança. Um disco bastante luminoso. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Anton Webern (1883–1945) - 

01. Im sommerwind (Idyl for large orchestra) (1904)

Johannes Brahms (1833–1897) - 

Symphony No. 2 in D major, Op. 73
02. 1. Allegro non troppo
03. 2. Adagio non troppo - L'istesso tempo, ma grazioso
04. 3. Allegretto grazioso (Quasi andantino) - Presto ma non assai
05. 4. Allegro con spirito

Royal Concertgebouw Orchestra
Riccardo Chailly, regente 

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