Já a Sonata No. 2 é do ano de 1886, quando o compositor encontrava-se, em Thun, Suíça, passando dias agradáveis no verão idílico, próximo a lagos límpidos e florestas evocativas. Brahms incorpora ecos de melodias suíças e fragmentos de canções populares, resultando em um discurso mais breve e ensolarado que o da primeira sonata. É música que flui com espontaneidade, como se o compositor, por um momento, deixasse de lado a arquitetura austera para deixar entrar a brisa.
Já a Sonata No. 3, revela uma atmosfera contrária do mesmo verão, mesmo sendo composta no mesmo ano e em circunstâncias bem parecidas. Aqui, Brahms abandona o formato de três movimentos e adota quatro, com contrastes abruptos, tempestades rítmicas e virtuosismo de fôlego para ambos os instrumentos. O violino ganha linhas de grande impacto e o piano assume uma escrita quase orquestral. É a mais ambiciosa das três, e talvez a que melhor traduza o Brahms que olhava para Beethoven como modelo, mas falava com voz própria.
Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Johannes Brahms (1833-1897) -
Violin Sonata No 1 in G major, Op 78
01. I. Vivace ma non troppo
02. II. Adagio – Più andante – Adagio come I
03. III. Allegro molto moderato – Più moderato
Violin Sonata No 2 in A major, Op 100
04. I. Allegro amabile
05. II. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di più – Andante – Vivace
06. III. Allegretto grazioso, quasi Andante
Violin Sonata No 3 in D minor, Op 108
07. I. Allegro
08. II. Adagio
09. III. Un poco presto e con sentimento
10. IV. Presto agitato
Clara Schumann
Three Romances, Op 22
11. I. Andante molto
Alina Ibragimova, violino
Cédric Tiberghien, piano
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