Este é um daqueles discos com o
selo “jurássico”. Confesso que gosto bastante desses registros mais antigos. O
disco traz dois trabalhos separados por quase cem anos. A Sinfonia No. 101, de Haydn,
foi composta em 1794. Já a Sinfonia No. 4, de Brahms, foi escrita em 1884 e
1885. Cada um dos trabalhos revela as concepções estéticas da época em que
foram criadas.
A Sinfonia No. 101, também
conhecida como “O Relógio”, foi escrita após a visita de Haydn a Londres. Faz
parte do ciclo de sinfonias denominado de “Sinfonias de Londres” (de 93 a 104).
Ela recebeu esse apelido, pois, o segundo movimento, faz lembrar o onomatopeico
tique-taque de um relógio antigo. O trabalho possui as características
iluministas do classicismo vienense de ordem e razão, conjugado ao charme e à
imaginação.
Já A Sinfonia No. 4, de Brahms, é
outro universo. É repleta da robusta densidade emocional tão característica do
romantismo brahmsiano. O compositor une a complexidade da forma a uma profunda
reflexão. A Quarta de Brahms se destaca pelo aspecto sombrio, pela força
introspectiva; pelas harmonias ricas, pela sobreposição de temas. Brahms não é
piegas em sua reflexão, apesar do senso de tragédia e da melancolia austera
preponderantes ao longo de toda jornada sinfônica. É daquelas obras-primas que
sempre renovam o seu senso de beleza a cada vez que a escutamos.
01 - Adagio – Presto
02 - Andante
03 - Menuetto. Allegretto
04 - Finale. Vivace
05 - Allegro non troppo
06 - Andante moderato
07 - Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I
08 - Allegro energico e passionato – Piú Allegro
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks
Otto Klemperer, regente
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