quarta-feira, 5 de março de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Cello Sonata in D minor, Op.40, Moderato for cello and piano, Sergei Prokofiev (1891-1953) - Ballade in C major, Op.15, etc e Dmitri Kabalevsky (1904-1987) - Cello Sonata in B flat major, Op.71

 

Eis um disco de alma essencialmente russa. E isso me deixa imensamente feliz. São destaques aqui o Opus 40 de Shostakovich e o Opus 71 de Kabalevsky. Esta foi composta em 1962 e, aquela, em 1934. Ou seja, há 32 anos de distância de uma obra para outra. Além disso, Shostakovich e Kabalevsky eram personalidades bastante distintas.

A Sonata para violoncelo e piano de Shostakovich, quando foi escrita, seu autor tinha apenas 29 anos de idade. Ainda muito jovem, revela domínio e profundidade da forma. É um trabalho cujas insinuações líricas são mescladas por um fundo de grande dramaticidade. Além disso, são percebidas as ironias shostakovichianas tão características e a síntese de contrastes. Na década de 30, Shostakovich experimentaria a censura. Suas obras eram provocativas demais ao regime stalinista.

Já a Sonata de Kabalevsky apresenta uma estética melodiosa e acessível. O compositor conduz-se por uma caminho de clareza e expressão. Kabalevsky, ao escrever a obra, talvez tenha procurado seguir à risca os ditames pedagógicos da obra de arte dentro do regime soviético. Kabalevsky não provoca os ideias do regime. A estrutura tradicional de sua obra mais procura conformar do que destoar. Não há ironias, não há dramas, não há insinuações provocativas. Kabalevsky é linear, previsível em sua intenção. 

Há ainda, no disco, uma obra de Prokofiev. Não deixe de ouvir. Uma boa pareciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) -

Cello Sonata in D minor, Op.40 (1934)
01. I. Allegro non troppo - Largo
02. II. Allegro
03. III. Largo
04. IV. Allegro

Sergei Prokofiev (1891-1953) -
05. Ballade in C major, Op.15 (1912)

Dmitri Kabalevsky (1904-1987) -

Cello Sonata in B flat major, Op.71 (1962)

06. I. Andante molto sostenuto
07. II. Allegretto con moto
08. III. Allegro molto

Dmitri Shostakovich
09. Moderato for cello and piano (?1930s, discovered 1986)

Sergei Prokofiev
10. Adagio 'Cinderella & the Prince', Op. 97bis (1944)

Dmitri Kabalevsky
11. Rondo in Memory of Prokofiev, Op.79 (1965)

Steven Isserlis, violoncelo
Olli Mustonen, piano

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

terça-feira, 4 de março de 2025

Sergei Rachmaninov (1873-1943) - Six Moment Musicaux Op. 16, Prelude Op. 23 No. 5 In G Minor e Franz Liszt (1811-1886) - Six Etudes D'execution Transcendante, Soneto 104 Del Petrarca e Orage

Eis um disco de grande beleza. Lazar Berman foi um pianista russo, que viveu entre os anos de 1930 e 2005. Berman ficou conhecido por interpretações de repertório virtuosístico. Liszt e Rachmaninov foram duas de suas especialidades, além de Scriabin, Prokofiev e Tchaikovsky. É inegável que Liszt e Rach foram dois dos compositores especiais na interpretação do instrumento. O pianista conseguia conciliar força, ataques precisos, e um grande colorido expressivo.

Os Seis Momentos Musicais, de Sergei Rachmaninov, são um conjunto de seis peças para piano solo, composta entre outubro e dezembro de 1896. Essas obras refletem uma variedade de cores, atmosferas, estilos, demonstrando uma técnica afiada e o virtuosismo tão característico ao compositor russo. Cada uma delas possui uma personalidade. Há a evocação de atmosferas melancólicas, nostálgicas, introspectivas.

Os seis Estudos de Execução Transcendental, de Liszt, foram compostas entre 1826 e 1839, passando por um processo de revisão em 1852. Essas peças fazem parte de um dos repertório mais complexos e exigentes para músicos e intérpretes.  As obras exibem a técnica afiada e virtuosa do compositor. Não deixe de ouvir.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

DISCO 01

01 Six Moment Musicaux Op. 16 1. Andantino In B Flat
02 Six Moment Musicaux Op. 16 2. Allegro In E Flat
03 Six Moment Musicaux Op. 16 3. Andante Cantabile In B Minor
04 Six Moment Musicaux Op. 16 4. Presto In E Minor
05 Six Moment Musicaux Op. 16 5. Adagio Sostenuto In D Flat
06 Six Moment Musicaux Op. 16 6. Maestoso In C
07 Six Etudes D'execution Transcendante 1. Preludio. Presto
08 Six Etudes D'execution Transcendante 2. Molto Vivace
09 Six Etudes D'execution Transcendante 3. Paysage. Poco Adagio
10 Six Etudes D'execution Transcendante 4. Mazeppa. Allegro
11 Six Etudes D'execution Transcendante 5. Feux Follets. Allegretto
12 Six Etudes D'execution Transcendante 6. Vision. Lento
13 Six Etudes D'execution Transcendante 7. Eroica. Allegro

DISCO 02

01 Etudes D'execution Trascendante 8. Wilde Jagd. Presto Furioso
02 Etudes D'execution Trascendante 9. Ricordanza. Andantino
03 Etudes D'execution Trascendante 10. Allegro Agitato Molto
04 Etudes D'execution Trascendante 11. Harmonies Du Soir. Andantino
05 Etudes D'execution Trascendante 12. Chasse-Neige. Andante Con Moto
06 Soneto 104 Del Petrarca
07 Prelude Op. 23 No. 5 In G Minor
08 Orage

Lazar Berman, piano

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

segunda-feira, 3 de março de 2025

Louis Spohr (1784-1859) - Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48, Polonaise for violin & orchestra in A minor, Op. 40, Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 e Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59


Louis Spohr foi um compositor nascido na Alemanha. Durante o início do romantismo, obteve uma enorme sucesso. Sua importância se deve ao desenvolvimento da música instrumental e da regência da música orquestral. Ele foi um dos primeiros a usar batuta para reger. O compositor recebeu influência de Mozart e Beethoven. Isso pode ser percebido em suas composições.
 
Neste disco, encontramos duas obras Concertantes Nos. 1 e 2. A primeira é do ano de 1808. A obra é repleta de lirismo. Nota-se a forte influência do classicismo e perceptível laivos expressivos que anunciam o romantismo. A segunda obra é do ano de 1833 e revela um amadurecimento estilístico em relação ao primeiro. Há ainda a Grande Polonaise, escrita em 1810. Trata-se de obra escrita para violino e orquestra; exibe belos momentos virtuosísticos e de brilho orquestral. 
 
Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Louis Spohr (1784-1859) -

01. Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48 Allegro
02. Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48 Larghetto
03. Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48 Rondo
04. Polonaise for violin & orchestra in A minor, Op. 40
05. Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 Allegro
06. Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 Andantino
07. Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 Rondo. Allegretto
08. Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59 Andante...
09. Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59 Larghett...
10. Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59 Allegro

Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin
Christian Fröhlich, regente
Ulf Hoelscher, violino
Gunhild Hoelscher, violino

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Richard Strauss (1864-1949) - Don Juan, Op. 20 e Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40

Sou apaixonado pelos poemas sinfônicos de Richard Strauss. Ele consegue concentrar nessas composições a maestria na orquestração e na narrativa musical. Neste disco, encontramos dois dos seus poemas - O primeiro - Don Juan - é de 1888; e, o segundo - Vida de Herói - é do ano de 1898. 

O poema sinfônico é uma tipo de composição de caráter programático, cuja finalidade é contar ou descrever imagens e emoções por meio da - exclusivamente - música instrumental. Richard Strauss, talvez, tenha sido o compositor que elevou essa característica a níveis extraordinários. Ele utiliza uma orquestração rica, luminosa, dosando emoções, exploração de temas, motivações psicológicas e filosóficas.

Don Juan procura retratar a vida do lendário conquistador. A obra possui variações que vão do espírito vibrante ao melancólico, refletindo a energia e a ousadia da personagem. A orquestração é fluída e repleta de insinuações de luxúria, o que tem tudo a ver com o caráter da personagem. Já Vida de Herói - assim como Morte e Transfiguração - é uma das mais extraordinárias criações de Strauss na minha humilde opinião. Há quem diga que Strauss inseriu nele elementos autobiográficos. No fundo, "o herói" é o próprio compositor. A orquestração da obra é monumental. Há uma exploração de todo potencial orquestral para construir uma gama de cores e intenções psicológicas e filosóficas.

Interpretação impecável de Bernard Haitink. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) -

01. Don Juan, Op. 20
02. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 I. Der Held
03. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 II. Des Helden Widersacher
04. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 III. Des Helden Gefährtin
05. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 IV. Des Helden Walstatt
06. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 V. Des Helden Friedenswerke
07. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 VI. Des Helden Weltflucht und Vollendung

London Philharmonic Orchestra
Bernard Haitink, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!


domingo, 2 de março de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Complete Symphonies

Novamente, Beethoven. Não faz mal. Imagino. Dessa vez, apresentamos a famosa gravação de 1963, do mítico e polêmico maestro Herbert von Karajan. Esta interpretação tornou-se uma referência pela sua excelência técnica e pela visão estética do maestro austríaco, que equilibra rigor, força e ímpeto, tão característicos na obra de Beethoven, unidas às reflexões e os altos idealismos do compositor. Essa gravação continua a ser uma referência tanto pela interpretação detalhista e vigorosa, quanto pela qualidade sonora espetacular.

Acredito que faça jus à grandiosidade das nove sinfonias. Todas elas revelam certa faceta da personalidade do compositor, expressando a clareza e a elegância do classicismo; bem como a  grandiosidade e toda força emocional característica do romantismo. Karajan procura trazer à luz esse Beethoven imponente, digno dos mais altos pensamentos e idealismos por meio dessa interpretação vigorosa, eloquente. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

DISCO 01

01 - 1. Adagio molto - Allegro con brio
02 - 2. Andante cantabile con moto
03 - 3. Menuetto (Allegro molto e vivace)
04 - 4. Finale (Adagio - Allegro molto e vivace)
05 - 1. Adagio molto - Allegro con brio
06 - 2. Larghetto
07 - 3. Scherzo (Allegro)
08 - 4. Allegro molto

DISCO 02

01 - 1. Allegro con brio
02 - 2. Marcia funebre (Adagio assai)
03 - 3. Scherzo (Allegro vivace)
04 - 4. Finale (Allegro molto)
05 - 1. Adagio - Allegro vivace
06 - 2. Adagio
07 - 3. Allegro vivace
08 - 4. Allegro ma non troppo

DISCO 03

01 - 1. Allegro con brio
02 - 2. Andante con moto
04 - 4. Allegro
05 - 1. Erwachen heiterer Empfindungen bei der Ankunft auf dem Lande_
06 - 2. Szene am Bach_ (Andante molto mosso)
07 - 3. Lustiges Zusammensein der Landleute
08 - 4. Gewitter, Sturm (Allegro)
09 - 5. Hirtengesang. Frohe und dankbare Gefühle nach dem Sturm

DISCO 04

01 - 1. Poco sostenuto - Vivace
02 - 2. Allegretto
03 - 3. Presto - Assai meno presto
04 - 4. Allegro con brio
05 - 1. Allegro vivace e con brio
06 - 2. Allegretto scherzando
07 - 3. Tempo di menuetto
08 - 4. Allegro vivace

DISCO 05


01 - 1. Allegro ma non troppo, un poco maestoso
02 - 2. Molto vivace
03 - 3. Adagio molto e cantabile
04 - 4. Presto
05 - 4. Presto - _O Freunde nicht diese Töne_

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sábado, 1 de março de 2025

Dietrich Buxtehude (1637-1707) - Cantate, BuxWV 75 - "Membra Jesu Nostri"


Dietrich Buxtehude é um nome importantíssimo do barroco alemão. Ele é uma espécie de mestre pré-Bach. Sua cantata "Membra Jesu Nostri"é uma das mais importantes composições do estilo barroco. Ela foi composta em 1680, ou seja, cinco anos antes do nascimento de Bach. Buxtehude baseou-se em um texto medieval, atribuído a Arnulf Leuven, que contempla as várias partes do corpo de Cristo crucificado.

O título completo da peça, em latim, é "Membra Jesu Nostri patientis Sactissima", cuja tradução para o português é algo mais ou menos assim: "Os membros santíssimos do nosso Senhor Sofredor". Cada uma das sete cantatas concentram-se em uma parte do corpo de Cristo - os pés, os joelhos, as mãos, o lado, o peito, o coração e o rosto. A estrutura de todas as cantatas segue uma padrão que se repete - uma sonata instrumental introdutória, um concerto vocal baseado em textos bíblicos, árias e um coro final. Há uma fusão de elementos luteranos e influências italianas.

É considerada uma das primeiras cantatas luteranas, o que antecipa o movimento que culminaria com as obras de Bach. Não deixe de ouvir. Um excelente apreciação! 

Dietrich Buxtehude (1637-1707) -

01. Ad Pedes
02. Ad Genua
03. Ad Manus
04. Ad Latus
05. Ad Pectus
06. Ad Cor
07. Ad Faciem

Hannover Knabenchor

Ton Koopman, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Antonio Maria Bononcini (1670-1726) - La Decollazione di S.Giovanni Battista

 

"La Decollazione di S.Giovanni Battista" é um oratório de Antonio de Bononcini, escrito em 1709. A obra aborda o drama da decapitação de São João Batista, retratando os eventos que levaram ao martírio do santo. 

Importante não confundir Antonio Maria de Bononcini com Giovanni Battista Bononcini, de quem era irmão. Giovanni era seu irmão mais novo; este desenvolveu sua obra entre Viena e Berlim. Já Antonio Maria viveu a sua existência na Itália. Inclusive, morreu na mesma cidade em que nasceu.

O oratório "La Decollazione di S.Giovanni Battista" destaca-se por sua estrutura dramática e pela sua tocante profundidade emocional. Bononcini constrói árias bonitas e impactantes, e coros pujantes. O oratório além de descrever os eventos bíblicos, conduz os ouvintes a refletirem sobre justiça, poder e fé. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Antonio Maria Bononcini (1670-1726) - 

01. Sinfonia
02. "Perchè il Sole" (Battista)
03. Ritornello
04. "Già costretta dal Martir" (Erodiade)
05. Ritornello
06. "Ecco ai tuoi cenni" (Salomè)
07. "Si cadrà la cervice" (Salomè)
08. "Al prigionier Battista" (Angelo)
09. "Festivi giulivi" (Salomè)
10. "Rapido da te lungi" (Coro)
11. "De la tua vita" (Salomè)
12. "De le palme" (Salomè)
13. "Fortunata mia Salomè" (Erodiade)
14. "Nulla si nieghi, tutto sidoni" (Erode)
15. "Ombre che qui d'intorno" (Battista)
16. "Bacio l'ombre e le catene" (Battista)
17. "In quest'orror profondo" (Angelo)
18. "Tu che sei nume di pace" (Battista)
19. "Et ancora i tuoi voti" (Angelo)
20. "Tardi diviene all'ira" (Angelo)
21. "Figlia già fausto arride" (Erodiade)
22. "Clizia che è amante del sol" (Salomè)
23. "Il crin cingetemi" (Erodiade)
24. "Ecco o madre" (Salomè)
25. "Così d'empio livore" (Angelo)
26. "Muore il giusto" (Coro)

Orchestra dell’Opera Barocca di Guastalla

Sandro Volta, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Antonio Vivaldi (1678-1741) - Concerti per fagotto e oboe

 

Vivaldi foi um compositor prolífico, de melodias elegantes, envolventes e inesquecíveis. O compositor italiano parecia produzir em escala industrial dado era o seu aspecto prolífico. Neste disco, encontramos algumas de seus concertos para fagote e oboé. Não é necessário dizer que se trata de algo com características envolventes. 

Observa-se uma abordagem, neste disco, de tempos amplos e contrastantes, o que resulta em algo estiloso e audacioso. A impressão que fica é de vitalidade, como devem ser interpretadas as obras do "padre vermelho", o apelido do compositor. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Antonio Vivaldi (1678-1741) -

Bassoon Concerto in D Minor, RV 481
01. I. Allegro
02. II. Larghetto
03. III. Allegro Molto

Oboe Concerto in A Minor, RV 461
04. I. Allegro non molto
05. II. Larghetto
06. III. Allegro

Concerto for Oboe, Bassoon, Strings and Basso Continuo in G Major, RV 545

07. I. Andante molto
08. II. Largo
09. III. Allegro molto

Bassoon Concerto in A Minor, RV 498
10. I. Allegro, Piano sempre
11. II. Larghetto
12. III. Allegro

Oboe Concerto in C Major, RV 451
13. I. Allegro molto
14. II. Largo
15. III. Allegro

Bassoon Concerto in B-Flat Major, RV 501 "La notte"

16. I. Largo
17. II. Adagio
18. III. Il Sonno
19. IV. Sorge L'aurora

Sonatori de la Gioiosa Marca 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Jazz - Ben Webster (1909-1973) - See You At The Fair

Voltamos, hoje, às postagens de jazz. Iniciamos o ano de 2025, mas acabei por esquecer essas postagens. O primeiro disco de 2025 é "See You At The Fair", de Ben Webster. O saxofonista tenor foi uma das figuras mais icônicas da história do jazz. "See You At The Fair" foi gravado no de 1964. A recepção foi bastante positiva tanto pelo público quanto pela crítica especializada.

Webster, quando gravou o disco, já era um músico bastante respeitado. Fizera parte da orquestra de Duke Ellington. Ficara conhecido pelo domínio do instrumento que executava, além de possuir uma competência ímpar de interpretar baladas com um forte apelo emocional. Sabia como ninguém alternar passagens vigorosas com momentos de grande suavidade.  

Neste disco, isso pode ser percebido na bonita e sensível "Over The Rainbow"; e, por sua vez, é possível notar a energia vibrante em "See You At The Fair", que traduz a força do jazz. 

Não deixe de ouvir esse belo disco. Uma boa apreciação!

01. Someone To Watch Over Me
02. In A Mellow Tone
03. Over The Rainbow
04. Our Love Is Here To Stay
05. The Single Petal Of A Rose (Bonus track)
06. See You At The Fair
07. Stardust
08. Fall Of Love
09. While We're Dancing
10. Lullaby Of Jazzland
11. Midnight Blue (Bonus track)
12. Blues For Mr. Broadway (Bonus track)

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Piano Trios Op. 11, Op. 1 No. 3 & Op. 44

 
As três obras apresentadas neste disco refletem momentos bem distintos da vida de Beethoven. O Op. 11, por exemplo, foi escrito em 1797. Nota-se o seu caráter leve e mais acessível. Sua escrita foi baseada na ópera de "L'amor marinaro", muito popular no tempo do compositor, de Joseph Weigl. A obra, originalmente, foi escrita para para clarinete, violoncelo e piano. Mais tarde, Beethoven extraiu o clarinete e inseriu um violino no lugar do clarinete. Beethoven, às vezes, desejava que suas composições assumissem um caráter mais popular.

Já o Op. 1 No. 3 é bastante ousado. Observa-se que a obra já faz despontar um Beethoven que procura construir a sua própria voz, desgrudando-se de Haydn e Mozart. A obra é do ano de 1795. A última obra do disco é o Op. 44, cuja escrita se baseou em uma canção de uma opereta de Wenzel Müller. Foi composta em 1803 e apresenta uma introdução lenta e sombria. Não deixe de ouvir essa excelente interpretação do Rautio Piano Trio. Uma boa apreciação!


Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

01 - Piano Trio in B-Flat Major, Op. 11 _Gassenhauer__ I. Allegro con brio
02 - Piano Trio in B-Flat Major, Op. 11 _Gassenhauer__ II. Adagio
03 - Piano Trio in B-Flat Major, Op. 11 _Gassenhauer__ III. Tema con Variazioni
04 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No.3_ I. Allegro con brio
05 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No. 3_ II. Andante cantabile con Variazioni
06 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No. 3_ III. Menuetto. Quasi Allegro
07 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No. 3_ IV. Finale. Prestissimo
08 - Piano Trio in E-Flat Major, Op. 44 _Variations on an Original Theme_

Rautio Piano Trio

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104 e The Swan of Tuonela

A Sinfonia No. 6 foi composta entre os anos de 1918 e 1923. É um dos trabalhos sinfônicos do compositor que mais fundo mergulham na ideia de uma paisagem nórdica imaculada. O compositor dava imensa importância à natureza e à história do seu país. Frequentemente encontramos alguma referência a esses temas em suas composições.

A Sexta Sinfonia é lenta, introspectiva, possui uma suavidade quase mística. Esteticamente ela reflete um estado de contemplação e reverência à natureza. O próprio Sibelius dizia que a sua Sexta procurava tornar exato “a pureza da neve”, ou seja, as paisagens de sua terra, repletas de lagos e florestas.

“O lago de Tuonela” é a segunda peça do Lemminkäinen, Op. 22, composto entre os anos de 1893 e 1895. Baseado no Kalevala, a epopeia de formação do povo finlandês. A obra retrata o lago que circunda Tuonela, o reino dos mortos.  Conforme afirma a mitologia finlandesa, o lago é guardado por um cisne negro, cujo canção melancólica se faz ressoar em todas as direções, criando um aspecto sombrio e místico em toda a região. Também – assim como a Sinfonia No. 6 – é uma obra lenta e solene por buscar criar essa atmosfera.

Sendo assim, as duas obras são repletas de simbolismos mitológicos.  Refletem sobre os limites da vida e da morte, e a relação com a natureza. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Jean Sibelius (1865-1957) -

01 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ I. Alleg
02 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ II. Alle
03 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ III. Poc
04 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ IV. Alle
05 - Lemminkainen Suite, Op. 22_ II. The Swan of

Berliner Rundfunk-Sinfonie-Orchester
Paavo Berglund, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!


terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Requiem in D minor, K. 626

Era julho de 1791, e Mozart recebeu a encomenda anônima de uma missa de réquiem. Hoje, é sabido que tal pedido foi feito pelo conde Franz von Walsegg, cuja intenção era apresentar a obra como de sua autoria em memória de sua esposa falecida. Acontece que, por causa de vários problemas de saúde, Mozart faleceu em dezembro daquele ano. 

Constanze, a companheira de Mozart, com medo de perder o pagamento pela encomenda, solicitou que dois dos discípulos dos marido - Joseph Eybler e Franz Xaver Süssmayr - concluíssem a obra. Os dois finalizaram a obra a partir dos rascunhos e esboços que Mozart havia deixado. A obra foi entregue ao conde em 1792. 

O Réquiem de Mozart tornou-se uma das páginas mais misteriosas da música. Construíram-se lendas e mitos sobre essa que é uma das composições mais bonitas e dramáticas da história da humanidade. Ela manifesta a genialidade do seu compositor. Combina vários elementos do estilo barroco com a elegância do classicismo. Segue a tradicional estrutura da Missa de Réquiem do culto católico. 

A obra, em síntese, carrega uma dualidade que aponta para as luzes, mas também para as trevas; aponta para a esperança, mas está cravada pelo desespero. Em sua mais funda reflexão, procura reconciliar a efemeridade da vida e a busca pela imortalidade, no seio do divino. Há uma manifestação inconteste da grandiosidade divina e da falibilidade do humano. Mozart soube como ninguém apontar essa crise.

Essa versão com Carl Schurich é maravilhosa. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) -

01 - Requiem in D minor, K. 626 - Introit - Requiem aeternam (Chorus)
02 - Requiem in D minor, K. 626 - Kyrie eleison (Chorus)
03 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 1 - Dies Irae (Chorus)
04 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 2 - Tuba mirum (Soprano, Mezzo-soprano, Tenor, Baritone)
05 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 3 - Rex tremendae majestatis (Chorus)
06 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 4 - Recordare, Jesu pie (Soprano, Mezzo-soprano, Tenor, Baritone)
07 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 5 - Confutatis maledictis (Chorus)
08 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 6 - Lacrimosa dies illa (Chorus)
09 - Requiem in D minor, K. 626 - Offertory No. 1 - Domine Jesu Christe (Chorus)
10 - Requiem in D minor, K. 626 - Offertory No. 2 - Hostias et preces (Chorus)
11 - Requiem in D minor, K. 626 - Sanctus (Chorus)
12 - Requiem in D minor, K. 626 - Benedictus (Soprano, Mezzo-soprano, Tenor, Baritone)
13 - Requiem in D minor, K. 626 - Agnus Dei (Chorus)

Wiener Philharmoniker
Carl Schuricht, regente
Maria Stader, soprano
Marga Hoeffgen, contralto
Nicolai Gedda, tenor
Otto Wiener, baixo

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Hakon Børresen (1876-1954) - Symphony No 1 Op. 3 In C Minor, Serenade For Horn, Strings, And Timpani e Nordic Folk Tunes For String Orchestra

Hakon Børresen foi um importante compositor dinamarquês do final do século XIX e da primeira metade do século XX. Sua música caracteriza-se pelo lirismo, com elementos do nacionalismo escandinavo. Børresen foi aluno do compositor norueguês Johan Svendsen. Experimentou certa popularidade em vida, mas acabou sendo esquecido à medida que o século XX avançou.

Neste disco, encontramos a sua Sinfonia No. 1 e mais duas outras peças. A Sinfonia foi escrita em 1901 e reflete a influência do romantismo alemão. Notam-se as presenças de compositores como Brahms e Bruckner, ao mesmo tempo que usa as características do colorido orquestral da música da escola escandinava. A música é grandiosa, ambiciosa; possui uma orquestração com melodias vigorosas, o que indica um domínio da forma. A Sinfonia No. 1 deu fama ao seu compositor, transformando-o em um dos principais compositores da Dinamarca.

As outras duas obras refletem o caráter expressivo da música do compositor. A Serenata é bastante curiosa, pois é uma obra de câmara com a trompa como instrumento solo. E a última obra é um conjunto de arranjos de melodias folclóricas para orquestra de cordas. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Hakon Børresen (1876-1954) -

Symphony No 1 Op. 3 In C Minor (1901)
01 Lento - Andante - Allegro Moderato 10:41
02 Allegretto Sostenuto 7:13
03 Allegro Molto E Scherzando 7:15
04 Adagio Lamentabile 13:22

Serenade For Horn, Strings, And Timpani (1944)
05 Allegro 5:17
06 Allegretto Espressivo 6:15
07 Allegro 5:41

Nordic Folk Tunes For String Orchestra (1949)
08 The Glacier. Maestoso 6:57
09 Dance Outdoors. Moderato 6:13
10 Faeroese Round. Marcato E Con Ritmo 5:06

Rundfunk-Sinfonieorchester Saarbrücken
Ole Schmidt, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonatas for Violin 5, 6 & 9

Beethoven é daqueles compositores que nos absorve de maneira completa. Suas obras são repletas de drama, lirismo, idealismos e expressividade. Neste disco, encontramos três das suas sonatas para violino e piano. A primeira delas é chamada de “Sonata Primavera”. Foi escrita entre os anos de 1800 e 1801. Sua publicação se deu um ano depois. Ela recebeu esse nome por causa de sua beleza melódica e luminosa. É de grande beleza o equilíbrio envolvendo o piano e o violino. Para mim, esta é uma das composições mais bonitas da história da música. Quando a escutamos, é possível perceber o quanto Beethoven era um compositor grandioso.

A segunda obra é Sonata No. 6 em Lá maior, Op. 30, nº 1. Sua composição se deu no ano de 1802. Ela faz parte do conjunto de três sonatas escritas nesse período, que também pertencem ao Opus 30.  Ao escrevê-las, Beethoven já enfrentava os primeiros sinais de surdez. Nota-se que Beethoven já se encontrava em uma encruzilhada entre o clássico e o romântico. Algumas convenções estruturais são desafiadas.

E a última obra do disco é a “Kreutzer Sonata”, ou seja, a Sonata de No. 9. Ela foi escrita no ano de 1803. Como eram próprias as convenções apaixonadas do compositor, ele dedicou a obra inicialmente a George Bridgetower, com quem estreou a obra. Mas após um desentendimento entre os dois, Beethoven retirou a dedicatória e a direcionou ao francês Rodolphe Kreutzer. Melhor para Rodolphe Kreutzer que teve o seu nome conhecido na posteridade por causa de Beethoven. Mais tarde, em 1888, o russo Liev Tolstói escreveu uma novela com o mesmo nome. O escritor russo conhecia a obra e a história que a envolvia. A novela escrita por Tolstói trata sobre as dificuldades da vida conjugal, estabelecendo uma relação com a música de Beethoven, que é de difícil interpretação. Assim, cria-se uma espécie de comparação entre a história criada pelo escritor e os desafios estruturais da interpretação da música do alemão.

 O time de interpretação do disco não possui nenhuma dificuldade de interpretação. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

01 - I. Allegro
02 - II. Adagio molto espressivo
03 - III. Scherzo. Allegro molto
04 - IV. Rondo. Allegro ma non troppo
05 - I. Allegro
06 - II. Adagio
07 - III. Allegretto con variazioni
08 - Violin Sonata No. 9 in A Major, Op. 47 _Kreutzer__ I. Adagio sostenuto - Presto - Adagio
09 - Violin Sonata No. 9 in A Major, Op. 47 _Kreutzer__ II. Andante con variazioni
10 - Violin Sonata No. 9 in A Major, Op. 47 _Kreutzer__ III. Presto

David Oistrakh, violino
Frida Bauer, piano
Svjatoslav Richter, piano

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Bohuslav Martinü (1890-1959) - Complete Symphonies


Martinu começou a escrever as suas sinfonias - pode-se dizer - tardiamente. Elas foram escritas entre os anos de 1942 e 1953. Ou seja, elas estão concentradas durante e após a Segunda Guerra Mundial. São o resultado, por isso, das experiências pessoais do compositor, bem como de experimentos a fim de explorar novas possibilidades musicais dentro da tradição sinfônica.

Quando falamos de grandes sinfonistas do século XX, muito raramente o nome do compositor é mencionado. Referimo-nos a Shostakovich, Prokofiev, Sibelius, Rachmaninov, mas o nome do compositor é ignorado. O fato é que suas sinfonias são uma síntese de sua identidade musical, combinando influências impressionistas do folclore tcheco e do neoclassismo. Cada uma delas reflete um momento específico da trajetória do compositor, suas emoções, bem como sua resposta ao mundo ao seu redor. 

A Primeira é de 1942. Durante sua composição, Martinu estava no exílio nos Estados Unidos. A Segunda é de 1943 e é carregada por otimismo. O compositor insere vários elementos do folclore do seu país, a Checoslováquia.  A Terceira é do ano de 1944. É a mais introspectiva e sombria das seis. A Quarta é do ano de 1945. Talvez, seja a sinfonia mais luminosa e acessível. Ela possui uma energia vibrante. A Quinta é do ano de 1946. Apresenta um estilo bem robusto e estruturado. Nela, o compositor realiza alguns experimentalismos, que consolidam sua posição de compositor maduro. A Sexta é do ano de 1953. Ela apresenta uma estrutura mais livre e experimental. 

A regência das seis sinfonias fica a cargo do excelente regente inglês Bryden Thomson. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Bohuslav Martinü (1890-1959) -

DISCO 01

01 Symphony 1 - I. Moderato - Poco piu mosso
02 Symphony 1 - II. Scherzo_ Allegro - Trio_ Poco moderato
03 Symphony 1 - III. Largo
04 Symphony 1 - IV. Allegro non troppo
05 Symphony 5 - I. Adagio - Allegro
06 Symphony 5 - II. Larghetto
07 Symphony 5 - III. Lento - Allegro

DISCO 02

09 Symphony 2 -I- Allegro moderato
10 Symphony 2 -II- Andante moderato
11 Symphony 2 -III- Poco allegro
12 Symphony 2 -IV- Allegro
13 Symphony 6 'Fantaisies symphoniques' -I- Lento - Andante
14 Symphony 6 'Fantaisies symphoniques' -II- Poco Allegro
15 Symphony 6 'Fantaisies symphoniques' -III- Lento- adagio

DISCO 03

17 Symphony 3 - I. Allegro poco moderato
18 Symphony 3 - II. Largo
19 Symphony 3 - III. Allegro - Andante
20 Symphony 4 - I. Poco moderato
21 Symphony 4 - II. Allegro vivo - Trio. Moderato
22 Symphony 4 - III. Allegro
23 Symphony 4 - IV. Poco allegro

Royal Scottish National Orchestra
Bryden Thomson, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No. 1 in D Major "Titan", Symphony No. 2 "Resurrection" e Lieder eines fahrenden Gesellen (Songs of a Wayfarer)


Bruno Walter foi uma figura importante da história da regência. Foi também um grande amigo de Gustav Mahler. Teve a honra de reger, pela primeira vez, Das Lied von der Erde, em 1912, ou seja, um ano após a morte do seu autor. Walter conhecia profundamente a natureza da música de Mahler de quem foi regente substituto.

Neste disco, aparecem as duas primeiras sinfonias de Gustav Mahler. A primeira delas é a "Titã", um dos trabalhos mais bonitos do compositor austríaco. Já o segundo trabalho expressivo do disco é a "Ressurreição", a Segunda Sinfonia do compositor. Os dois trabalhos revelam os pilares estruturais da estética do compositor: a luta existencial, encontro do sublime com o grotesco, com o burlesco, e a busca por um sentido que transcenda a vida. 

A "Titã" foi escrita entre os anos de 1887 e 1888. Seu primeiro movimento é uma das coisas mais belas, afirmativas e ensolaradas da história da música. Há uma atmosfera celestial, repleta por humores de pureza infantil. Essa visão é contraditada nos dois movimentos seguintes e acaba por ganhar contornos de triunfo e redenção no quarto movimento. 

A "Ressurreição" é um mergulho completo na angústia, no questionamento, na luta renhida entre a ideia da morte e da redenção. Possui um fio filosófico alicerçado no cristianismo. Escrita entre os anos de 1888 e 1894, é possível observar a jornada de Cristo neste trabalho. Afinal, conforme narra dos textos evangélicos, Jesus veio ao mundo para vencer a morte. Sua ressurreição representa um ato de triunfo, pois a morte não prevalece sobre ele. Mahler exalta essa imagem tão cara ao cristianismo. 

No último movimento da Segunda, o compositor exalta a vida por meio da ideia da ressurreição. A forma como isso é realizado é grandioso. É um dos momentos mais bonitos da história da música. Ao final, encontramos ainda no disco "Lieder eines fahrenden Gesellen (Songs of a Wayfarer)". Trata-se de um conjunto de canções escritas pelo próprio compositor. O ciclo de canções é altamente autobiográfico. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Gustav Mahler (1860-1911) -

DISCO 01

01 Symphony No. 1 in D Major "Titan" / I. Langsam. Schleppend. Wie ein Naturlaut. Im anfang sehr gemächlich
02 Symphony No. 1 in D Major "Titan" / II. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell
03 Symphony No. 1 in D Major "Titan" / III. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
04 Symphony No. 1 in D Major "Titan" / IV. Stürmisch bewegt - Energisch
05 Symphony No. 2 "Resurrection" / I. Allegro maestoso - Bruno Walter

DISCO 02

01 Symphony No. 2 "Resurrection" / II. Andante moderato - Bruno Walter
02 Symphony No. 2 "Resurrection" / III. Scherzo. In ruhig fliessender Bewegung - Bruno Walter
03 Symphony No. 2 "Resurrection" / IV. "Urlicht". Sehr feierlich, aber schlicht (Text from "Des Knaben Wunderhorn) - Bruno Walter
04 Symphony No. 2 "Resurrection" / V. Im Tempo des Scherzos. Wild herausfahrend - Bruno Walter
05 Lieder eines fahrenden Gesellen (Songs of a Wayfarer) / Wenn mein Schatz Hochzeit macht
06 Lieder eines fahrenden Gesellen (Songs of a Wayfarer) / Ging heut morgen übers Feld
07 Lieder eines fahrenden Gesellen (Songs of a Wayfarer) / Ich hab ein gluhend Messer
08 Lieder eines fahrenden Gesellen (Songs of a Wayfarer) / Die zwei blauen Augen von meinem Schatz

New York Philharmonic
Columbia Symphony Orchestra

Bruno Walter, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) - Symphony 8 - "Polish Flowers" - Op. 83

 A história de Mieczysław Weinberg possui um lado polonês e outro soviético.  Ele nasceu na Polônia, mas viveu boa parte da sua vida na União Soviética. Estabeleceu amizade com vários compositores soviéticos, entre eles Shostakovich, de quem assimilou algumas influências. Weinberg foi um grande sinfonista. Escreveu 26 no total. Sua música tem ganhado cada vez mais visibilidade, mais espaço, atualmente.

Neste disco, encontramos a bonita Sinfonia No. 8, também conhecida como "Flores polonesas", escrita em 1964. O trabalho procura explorar os aspectos da vida e da natureza, com forte carga emocional e simbólica. A Sinfonia No. 8 mescla elementos do romantismo tardio, da música folclórica e de tradições da música soviética. 

Weinberg que teve a sua Polônia invadida pelas tropas nazistas e procurou refúgio na União Soviética, viveu em certo momento sob constante vigilância do regime stalinista. Ou seja, experimentou a perseguição e a hostilidade. O coro infantil da Sinfonia No. 8, talvez, aponte para o aspecto paradoxal da pureza diante desse fato, mas, ao mesmo tempo, queira revelar o quanto a realidade é tão instável e frágil.

 Não deixe ouvir. Uma boa apreciação!

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) -

01 - I. Podmuch wiosny [Gust of Spring]
02 - II. Baluckie dzieci [Children of Baluty]
03 - III. Przed stara chata [In Front of the Old Hut]
04 - IV. Byl sad [There was an Orchard]
05 - V. Bez [Elderberry]
06 - VI. Lekcja [Lesson]
07 - VII. Warszawskie psy [Warsaw Dogs]
08 - VIII. Matka [Mother]
09 - IX. Sprawiedliwosc [Justice]
10 - X. Wisla plynie [the Vistula flows]

Warsaw Philharmonic Orchestral and Choir
Antoni Wit, regente
Rafal Bartminski, tenor
Magdalena Dobrowolska, soprano
Ewa Marciniec, alto

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!