sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Jazz - Freddie Hubbard (1938-2008) - Here to Stay (1976)

Um disco fabuloso para a gente terminar bem a semana. Escutei esse disco semana passada. Ele aparece por aqui somente por agora. Gravado em dezembro de 1962, mas lançado apenas em 1976 pelo selo Blue Note, Here to Stay é um daqueles álbuns que parecem atravessar o tempo com naturalidade, reafirmando o trompetista Freddie Hubbard como um dos grandes nomes do jazz moderno. À época da gravação, Hubbard tinha apenas 24 anos, mas já era figura de destaque na cena nova-iorquina, participando de sessões históricas com Art Blakey, Ornette Coleman e John Coltrane.

O disco traz uma formação de peso: Hubbard no trompete, Cedar Walton ao piano, Reggie Workman no baixo, Philly Joe Jones na bateria e Wayne Shorter no saxofone tenor. O encontro resulta em uma sonoridade que equilibra lirismo e vigor, marcada por improvisos inventivos e arranjos coesos.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!  

Freddie Hubbard (1938-2008) - 

01. Philly Mignon
02. Father And Son
03. Body And Soul
04. Nostrand And Fulton
05. Full Moon And Empty Arms
06. Assunta

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Paul Hindemith (1895-1963) - Symphonic Metamorphosis of Themes by Carl Maria von Weber, Nobilissima Visione Suite e Konzertmusik, Op. 50

Não lembro qual foi a a última postagem com a música de Paul Hindemith, uma espécie de arquiteto da música do século XX. Neste disco, encontramos três extraordinárias obras orquestrais do compositor alemão, nascido em Hanau. A primeira delas é a "Metamorfose Sinfônica sobre temas de Carl Maria von Weber". Hindemith parte de melodias relativamente obscuras de Carl Maria von Weber — peças para piano e música incidental — e as reconstrói com engenho contrapontístico, vigor rítmico e cores orquestrais modernas. Não se trata de simples variação, mas de um verdadeiro "re-imaginar" do material, um Weber transformado à luz do século XX. O resultado é uma obra brilhante, espirituosa, de energia quase dançante, que conquistou rapidamente o público e permanece até hoje no repertório das grandes orquestras.  

A segunda obra do disco é a "Nobilissima Visione Suite", baseada em um balé sobre a vida de São Francisco de Assis. O tom da obra é contemplativo, espiritual, mas sem a sisudez nebulosa de uma obra religiosa típica. A suite, derivada do balé, resume em três movimentos essa paleta sonora que mescla devoção e humanismo, revelando o lado lírico do compositor.

E, por fim, a última obra "Konzertmusik, Op. 50", escrita para o 5º aniversário da Boston Symphony Orchestra. Aqui não há concessão a melodias fáceis: é música densa, intelectualmente robusta, que exige tanto da orquestra quanto do ouvinte. É também um manifesto da confiança de Hindemith na "música útil" (Gebrauchsmusik), não no sentido de utilitária, mas como arte concebida para ter função clara, comunicando de forma direta e sem ornamentos supérfluos.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Paul Hindemith (1895-1963) - 

01 - Symphonic Metamorphosis of Themes by Carl Maria von Weber_ I. Allegro
02 - Symphonic Metamorphosis of Themes by Carl Maria von Weber_ II. Scherzo
03 - Symphonic Metamorphosis of Themes by Carl Maria von Weber_ III. Andantino
04 - Symphonic Metamorphosis of Themes by Carl Maria von Weber_ IV. Marsch
05 - Nobilissima Visione Suite_ I. Einleitung. Rondo
06 - Nobilissima Visione Suite_ II. Marsch. Pastorale
07 - Nobilissima Visione Suite_ III. Passacaglia
08 - Konzertmusik, Op. 50, _Bostoner Sinfonie__ Pt. 1, Mäßig schnell, mit Kraft - Sehr breit, aber s
09 - Konzertmusik, Op. 50, _Bostoner Sinfonie__ Pt. 2, Lebhaft - Langsam - Im ersten Zeitmaß

WDR Symphony Orchestra
Marek Janowski, regente 

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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - 6 Concertos pour flûte à bec

Um disco imensamente agradável com a música de Antonio Vivaldi.  O compositor italiano deixou incontestavelmente a sua marca na música ocidental. Quem não conhece os primeiros compassos da "Primavera" de "As quatro estações"? Além disso, era um virtuose, alguém que respirava música. Suas obras frequentemente têm uma pulsação rítmica contínua e vigorosa. São repletas de elegância. É possível ouvir Vivaldi nas mais diversas atividades. 

Ele ajudou a consolidar a forma de concerto em três movimentos (rápido - lento - rápido). Fez uso frequente de progressões sequenciais, criando um efeito de repetição em degraus; usava tonalidades claras e diretas, transmitindo leveza e brilho, o que transforma a sua música em uma experiência sempre agradável e de bom gosto. Ele escreveu mais de impressionantes 500 concertos. Há quem diga que ele se repetiu em excesso. Não faz mal. Vivaldi se repetia, pois era largo, enorme. 

Neste disco (que escutei duas vezes seguidas), encontramos seis deliciosos concertos para flauta doce. Destaque para o RV 428, que jugo como uma das obras mais bonitas e delicadas da música barroca. O segundo movimento (Allegro) é de uma delicadeza indescritível. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Antonio Vivaldi (1678-1741) - 

Concerto en do mineur, RV 441

01. Allegro non molto
02. Largo
03. Allegro non molto

La tempête en mer, Op. 10/1, RV 433
04. [Intro]
05. Allegro
06. Largo
07. Presto

Concerto en la mineur, RV 440
08. Allegro non molto
09. Larghetto
10. Allegro

Le chardonneret, Op. 10/3, RV 428
11. [Intro]
12. Allegro
13. Largo cantabile
14. Allegro

Concerto en la mineur, RV 108
15. Allegro
16. Largo
17. Allegro

La nuit, Op. 10/2, RV 439
18. [Intro]
19. Largo
20. Fantasmi: Presto - Largo - Presto
21. Il Sonno: Largo - Allegro

Concerto en ré mineur, Op. 3/11, RV 565

22.Largo

La Simphonie du Marais
Hugo Reyne, flauta doce e direção 

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quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No. 5 in C sharp minor

Acredito que a Sinfonia Nº 5, de Mahler, seja uma obra que funciona como uma espécie de porta para o mundo do compositor, assim como a Sinfonia Nº 4 - esta, certamente, menos impetuosa e mais lírica. A Quinta é um tratado sobre a experiência da vida humana; é uma reflexão profunda sobre o dilema da existência de cada um de nós. Ela possui tensão, questionamentos, ironias amargas, dor, nostalgia e triunfo. Talvez, este último substantivo seja resultado de uma perspectiva cristã. Do ponto de vista de uma análise mais banal, o triunfo é o sentimento que impele os otimistas, os esperançosos e, a maior parte do tempo, a Quinta não é nada disso. 

Escrita entre os anos de 1901 e 1902, ela é iniciada por um trompete eminentemente fúnebre. Ele destila desolação e imprime uma funda sensação de trágico. Os dois primeiros movimentos estão eivados por esse espírito sombrio. O clima sombrio, no entanto, dá lugar a um terceiro movimento arrebatador: um gigantesco scherzo, repleto de vigor rítmico, em que o compositor lança mão da tradição vienense da valsa para criar um turbilhão sonoro entre o cômico e o grotesco.

O quarto movimento é o famoso Adagietto, escrito para harpas e corda. Talvez, seja um dos momentos mais bonitos e delicados da história da música ocidental. É a consumação do sublime, do celestial. Se houver música no céu, certamente a música a ser tocada será o Adagietto da Quinta de Mahler.  

Por fim, o quinto movimento traz a catarse. Mahler retoma o otimismo em um brilhante contraponto, conduzindo a orquestra a uma explosão de energia vital — não sem ironia, mas sempre com um olhar voltado ao infinito.

Não deixe de ouvir esta obra-prima. Uma boa apreciação!  

Gustav Mahler (1860-1911) - 

01 - I. Trauermarsch
02 - II. Stürmisch bewegt, mit größter Vehemenz
03 - III. Scherzo. Kräftig, nicht zu schnell
04 - IV. Adagietto. Sehr langsam
05 - V. Rondo-Finale. Allegro

Chicago Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente 

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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Louis Spohr (1784-1859) - Violin Concertos 9 & 10; Potpourri


 Este é o último disco com os Concertos para violino e orquestra, do alemão Louis Spohr. Colocado em um escalão secundário na atualidade, o compositor já usufruiu de um enorme prestígio. Era virtuose. Frequentou as principais salas de concerto do seu tempo. Tinha a atenção disputada. Viajou pelas principais cidades e países para conduzir a sua música. Atualmente, poucos – com exceção do estudiosos e músicos mais aplicados – conhecem as suas obras.

Spohr viveu em um período de transição assim como Beethoven e Schubert. Algumas de suas obras possuem uma fragrância haydniana; outras, já estão cravadas dentro da tradição romântica. Neste disco, por exemplo, encontramos dois importantes concertos.

O primeiro deles é o de nº 9, também conhecido como “Cena Cantada”, é uma obra incomum, escrita em 1820. Estruturado de forma quase contínua, sem os cortes tradicionais entre movimentos, aproxima-se mais de uma ária operística do que de um concerto convencional. O solista assume um papel narrativo, dialogando com a orquestra em linhas líricas e intensamente dramáticas, que exigem não apenas técnica refinada, mas sobretudo sensibilidade de cantor. O efeito é de uma peça teatral sem palavras, que antecipava um romantismo mais subjetivo e expressivo.

Já o Concerto No. 10, escrito dois anos após o número 9, combina passagens de elegância e brilho virtuosístico, com momentos de serena delicadeza. É uma obra cuja presença do romantismo se faz sentir pelo caráter de rica expressividade.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Louis Spohr (1784-1859) - 

(01)_Violin_Concerto_WoO_9_in_G_major_-_Allegro
(02)_Violin_Concerto_WoO_9_in_G_major_-_Adagio
(03)_Violin_Concerto_WoO_9_in_G_major_-_Alla_Polacca
(04)_Violin_Concerto_WoO_10_in_e_minor_-_Allegro_maestoso
(05)_Violin_Concerto_WoO_10_in_e_minor_-_Romanze
(06)_Violin_Concerto_WoO_10_in_e_minor_-_Rondo,_Allegretto
(07)_Concerto_Movement_WoO_16_in_D_major
(08)_Potpourri_op._23__after_a_theme_from_Mozarts_'Entführung'

Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin
Christian Fröhlich, regente
Ulf Hoelscher, violino 

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Claude Debussy (1862-1918) - Nocturnes, Images, Prélude à l'après-midi d'un faune & Marche écossaise


Debussy foi um sujeito que inseriu mudanças fenomenais na música do século XX. O francês mudou a forma de como se percebe a música, de como se deve apreciá-la. Sua música ganha atmosferas mais sugestivas do que declarativas e estruturais. Neste disco, encontramos algumas das extraordinárias peças que escreveu; boas para iniciar uma incursão pelas suas produções impressionistas.

A primeira delas são os deliciosos “Nocturnes”, escritos no ano de 1899. Debussy colore o céu, o mar e noite com pinceladas sonoras, repletas de texturas fascinantes. Não são “noturnos” no sentido chopiniano, intimistas ao piano, mas paisagens sonoras que sugerem nuvens, festas e sereias. Debussy troca a lógica do discurso musical pelo fascínio da cor.

Outra obra fascinante é a luxuriosa “Prélude à l’après-midi d’un faune”, escrita no ano de 1894. Inspirada em um poema de Mallarmé, a obra é revolucionária sob vários aspectos. Ela praticamente sugere para onde iria a música do século XX. A flauta que inaugura a obra não anuncia uma narrativa, mas um estado de suspensão — como se o ouvinte fosse convidado a entrar em um sonho etéreo.

Curiosa é a “Marche écossaise sur un thème populaire”, uma obra menos citada, mas reveladora. Partindo de um tema folclórico escocês, Debussy joga com exotismo e ironia. É como se dissesse: “Posso dialogar com tradições distantes sem me curvar ao academicismo”. A peça mostra seu gosto pela liberdade e pela reinvenção.

“Images”, escrita entre 1905 e 1912, é uma obra em que se percebe a consolidação da busca por uma pintura sonora. Ao orquestrar reflexos, danças e impressões, Debussy sugere que a música pode ser um espelho fragmentado da realidade — como uma tela impressionista que não descreve, mas deixa cintilar.

E, por fim, a última obra do disco é “Jeux”, de 1913. Foi encomendada por Diaghilev. É uma obra ousada e parece antecipar a linguagem de Stravinsky. “Jeux” em francês significa “jogos”, “brincadeiras”, “divertimentos”. O enredo — um jogo noturno de tênis, trivial e moderno — contrasta com a complexidade da partitura. Debussy mostra que a arte podia dialogar com a vida contemporânea sem perder profundidade.

Curiosamente, essas gravações realizadas por Désiré-Emile Inghelbrecht, são dos anos 50. A qualidade é espetacular. O maestro era multitarefas – escritor, regente, produtor. Foi amigo de Debussy. Morreu em 1965; este ano, faz 60 anos de sua partida.

 Claude Debussy (1862-1918) - 

01. Nocturnes, CD 98, L. 91: No. 1, Nuages (6:24)
02. Nocturnes, CD 98, L. 91: No. 2, Fêtes (6:57)
03. Nocturnes, CD 98, L. 91: No. 3, Sirènes (10:07)
04. Prélude à l'après-midi d'un faune, CD 87a, L. 86 (9:46)
05. Marche écossaise sur un thème populaire, CD 83b, L. 77 (6:52)
06. Images, CD 118a, L. 122: Pt. 2 "Iberia": I. Par les rues et par les chemins (7:16)
07. Images, CD 118a, L. 122: Pt. 2 "Iberia": II. Les parfums de la nuit (8:40)
08. Images, CD 118a, L. 122: Pt. 2 "Iberia": III. Le matin d'un jour de fête (4:20)
09. Images, CD 118a, L. 122: Pt. 1 "Gigues" (7:46)
10. Images, CD 118a, L. 122: Pt. 3 "Rondes de printemps" (8:40)
11. Jeux, CD 133a, L. 126 (19:23)

Orchestre National de La Radiodiffusion Française
Désiré-Emile Inghelbrecht, regente 

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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Piano Trio No. 1 in C Minor, Op. 8, Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67 e 7 Verses, Op. 127

Dmitri Shostakovich é um dos meus compositores favoritos. Posso ouvi-lo por horas a fio sem reclamos. Existe um quê de tensão, de melancolia e pessimismo desolado em suas obras, algo que verdadeiramente me atrai. Em suas sinfonias, a força, a ironia burlesca e desconfiança surgem como insinuações críticas que podem ser percebidas em camadas mais fundas. Shostakovich viveu em um momento político muito sensível do século XX. O poder onipresente do estado soviético era um entrave à sua liberdade criativa e ele não pôde ignorar, sensível como era, essa força esmagadora.

Acredito que a carga emocional mais profunda acerca de suas impressões pode ser sentida em sua obra camerística. Elas espreitam o escuro, a face lívida da desesperança; são afirmações incontestáveis de como o compositor enxergava a vida e a história. O Trio Nº 1, por exemplo, é uma obra de juventude. Foi escrito em 1923, quando o compositor tinha apenas 17 anos de idade. Assim como a Sinfonia Nº 1, é um trabalho acadêmico. Foi dedicado a Tatyana Glivenko, seu primeiro grande amor. A obra impressiona pelo frescor melódico e pelo virtuosismo pianístico, revelando já um traço que marcaria sua carreira: a ironia embutida em passagens de aparente leveza.

O Trio Nº 2 é do ano de 1944, escrito nos momentos cruciais e devastadores da Segunda Guerra Mundial. Foi escrito em homenagem ao amigo Ivan Sollertinsky, crítico e defensor apaixonado da sua obra. O célebre movimento final — uma dança macabra com ecos de música judaica — tornou-se símbolo do lamento coletivo diante do Holocausto. A alternância entre lirismo devastador e sarcasmo feroz traduz não apenas a dor pessoal do compositor, mas também um comentário social cifrado sobre os horrores do tempo.

E a terceira obra do disco são os impressionantes 7 versos de Aleksandr Blok, Op. 127, escrito em 1967. Com soprano, violino, violoncelo e piano, a obra mergulha no universo simbolista do poeta russo Aleksandr Blok. A escrita é intimista, quase ascética, marcada por uma economia de meios que confere ainda mais força à sua atmosfera de mistério e resignação. É uma obra desolada, escrita em um momento de maturidade do compositor. Parece ser a reflexão de uma vida.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Piano Trio No. 1 in C Minor, Op. 8
02 - Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67_ I. Andante - Moderato
03 - Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67_ II. Allegro con brio
04 - Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67_ III. Largo
05 - Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67_ IV. Allegretto
06 - 7 Verses, Op. 127_ No. 1, Song of Ophelia
07 - 7 Verses, Op. 127_ No. 2, Gamayun, the Bird of Prophecy
08 - 7 Verses, Op. 127_ No. 3, We Were Together
09 - 7 Verses, Op. 127_ No. 4, Gloom Enwraps the Sleeping City
10 - 7 Verses, Op. 127_ No. 5, The Storm
11 - 7 Verses, Op. 127_ No. 6, Secret Signs
12 - 7 Verses, Op. 127_ No. 7, Music

Münchner Klaviertrio
Alla Ablaberdyeva, soprano 

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domingo, 28 de setembro de 2025

Richard Wagner (1813-1883) - Orchestral Music

Existe um número incontável de gravações como estas que aparecem neste disco. São movimentos orquestrais retirados das espetaculares óperas de Wagner. Sempre que encontro essas gravações, costumo escutá-las. Houve um tempo em que tinha uma birra infantil contra o Wagner. Hoje, reconheço a sua genialidade. Wagner foi grande, enorme. Quando afirmo isso, refiro-me à sua música; ignoro o homem Wagner, que possuía posições filosóficas controversas.

Wagner criou aquilo que passou a ser chamado de "obra de arte total", em que poesia, teatro, música e artes visuais se uniriam de forma inseparável. O compositor expandiu enormemente o tamanho e a importância da orquestra, tornando-a quase protagonista. A orquestra era responsável por preencher os espaços vazios, para exaltar a ideia do drama. Suas obras eram inspiradas em mitos nórdicos e germânicos e pelas ideias filosóficas de pensadores como Schopenhauer. Ou seja, ouvir Wagner é visitar mundos ideais, onde há heróis, drama, harmonias inovadoras e profundidade simbólica. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Richard Wagner (1813-1883) - 

DISCO 01

01 - Die Walkuere - Walkuerenritt
02 - Goetterdaemmerung - Morgendaemmerung und Siegfrieds Rheinfahrt
03 - Goetterdaemmerung - Siegfrieds Trauermarsch
04 - Das Rheingold - Einzug der Goetter in Walhall
05 - Siegfried - Waldweben
06 - Die Walkuere - Wotans Abschied und Feuerzauber

DISCO 02


01 - Tannhaeuser - Ouvertuere
02 - Rienzi - Ouvertuere
03 - Lohengrin - Vorspiel zum 1. Aufzug
04 - Lohengrin - Vorspiel zum 3. Aufzug
05 - Die Meistersinger von Nuernberg - Vorspiel zum 1. Aufzug

Berliner Philharmoniker
Klaus  Tennstedt, regente 

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sábado, 27 de setembro de 2025

George Bizet (1838-1875) - Symphonie en Ut majeur e Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre; Emmanuel Chabrier (1841-1894) - Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre

Um disco agradável com algumas obras do repertório francês do século XIX. São obras que, geralmente, são colocadas em um plano secundário. Todavia, gosto delas - principalmente, das duas obras de Bizet que aqui aparecem. O compositor é mais conhecido pela sua imorredoura e bela ópera Carmem. Vale mencionar que suas composições vão para além disso. Neste disco, por exemplo, encontramos a Symphonie en Ut majeur, escrita quando o compositor ainda era um adolescente, em 1855. A obra permaneceu esquecida em manuscritos até 1935, quando finalmente foi descoberta e publicada. Jovial, brilhante e fortemente influenciada pelo estilo de Charles Gounod, seu professor, a sinfonia antecipa o frescor melódico e a clareza orquestral que marcariam a produção francesa posterior.

A outra obra do compositor presente no disco é Jeux d'enfants Op. 22, escrita em 1871. Ela foi escrita, inicialmente, para piano a quatro mãos. Acabou ganhando orquestração pelas mãos do próprio compositor. 

A terceira obra do disco é a  Suite Pastoral, de Chabrier, que procura retratar a beleza e o aspecto bucólico da vida no campo. A obra é do ano de 1888. A peça é fruto de arranjos orquestrais de músicas de piano do ciclo Dix Pièces pittoresques. O resultado é uma tapeçaria sonora colorida, onde danças populares e melodias folclóricas se misturam a um tratamento orquestral inovador, prenunciando o caminho que levaria à estética impressionista de Debussy e Ravel.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01 - Symphonie en Ut majeur _ I. Allegro Vivo
02 - Symphonie en Ut majeur _ II. Adagio
03 - Symphonie en Ut majeur _ III. Allegro Vivace (Scherzo)
04 - Symphonie en Ut majeur _ IV. Allegro Vivace
05 - Suite Pastorale _ I. Idylle
06 - Suite Pastorale _ II. Danse Villageoise
07 - Suite Pastorale _ III. Sous-bois
08 - Suite Pastorale _ IV. Scherzo-valse
09 - Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre _ I. Marche - Trompette Et Tambour
10 - Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre _ II. Berceuse - La Poupée
11 - Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre _ III. Impromptu _ La Toupie
12 - Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre _ IV. Duo - Petit Mari, Petite Femme
13 - Jeux d'enfants Op. 22, Petite Suite d'orchestre _ V. Galop - Le Bal

Les Siècles

François-Xavier Roth, regente 

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sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Jules Massenet (1842-1912) - Thérèse

Jules Massenet foi um nome incontestável da ópera do século XIX - que conheceu tantos mestres (Wagner, Verdi, Rossini, Bellini etc). O nome de Massenet figura entre os grandes. Thérèse é uma ópera já escrita no século XX. É um dos seus últimos trabalhos. Foi escrita em 1907. A partitura revela um Massenet maduro, preocupado em explorar as tensões emocionais de seus personagens com refinamento musical e economia de meios.

O libreto, assinado por Jules Claretie, situa-se em 1792, período em que a França vivia as convulsões da queda da monarquia. No centro da trama, Thérèse, casada com o girondino André Thorel, vive um conflito amoroso e moral: embora leal ao marido, ainda é apaixonada por Armand de Clerval, aristocrata e amigo de infância. Entre a fidelidade conjugal e o desejo, entre o dever político e o amor, a protagonista encarna a mulher dilacerada entre dois mundos irreconciliáveis.

A música reflete esse dilema com um lirismo contido, quase camerístico. Diferente de outras óperas históricas da época, Thérèse evita grandes coros revolucionários e concentra-se no diálogo íntimo. A orquestração, clara e delicada, serve para intensificar as emoções internas de Thérèse, culminando em um desfecho trágico, em que ela escolhe partilhar o destino do marido na guilhotina, renunciando ao reencontro amoroso.

É um trabalho intenso. A parte final é dramática e eloquente. A obra é uma reflexão sobre as escolhas, a lealdade e o preço da liberdade pessoal em momentos históricos disruptivos. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!  

Jules Massenet (1842-1912) - 

01. Acte I: Selle, Paquete, Bride - The Linden Singers/Ian Humphris
02. Acte I: A Chacun Son Devoir - Louis Quilico
03. Acte I: Oui, Je T'aime - Huguette Tourangeau
04. Acte I: Le Parc!... Et Le Perron! - Ryland Davies
05. Acte I: Mais Qu'est-Ce Que Leurs Mains - Ryland Davies
06. Acte I: Oubliez! Je Ne Veux Plus Aimer - Huguette Tourangeau
07. Acte I: Je Ne Pense Qu'a Lui - Huguette Tourangeau
08. Acte II: Entr'acte-Menuet Lent - New Philharmonia Orch/Richard Bonynge
09. Acte II: Jour De Juin! Jour D'ete! - Huguette Tourangeau
10. Acte II: Que Dis-Tu? - Louis Quilico
11. Acte II: Ah! Vous? ... Quoi Donc, Morel? - Huguette Tourangeau/Louis Quilico
12. Acte II: Loin De Toi... C'est La Mort - Ryland Davies
13. Acte II: Qui Vient La? - Huguette Tourangeau
14. Acte II: Il Est Sauve! - Huguette Tourangeau

New Philharmonia Orchestra
The Linden Singers

Richard Bonynge, regente 

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Einojuhani Rautavaara (1928-2016) - Cantus Arcticus, Op. 61 (Concerto for Birds and Orchestra), Piano Concerto No. 1, Op. 45 e Symphony No. 3, Op. 20

Lançado pela primeira vez em 1999, este álbum — primorosamente gravado e executado — oferece uma introdução quase perfeita, em um só disco, à obra de Einojuhanni Rautavaara (1928-2016). Considerado não apenas o mais importante compositor finlandês depois de Sibelius, mas também um dos grandes mestres da música erudita do século XX, Rautavaara permanece um nome pouco conhecido do grande público — uma injustiça que registros como este ajudam a corrigir.

Ao longo de sua extensa carreira, o compositor transitou por diferentes estilos: das paisagens sonoras áridas e pontilhistas do serialismo dos anos 1950 às obras mais acessíveis e líricas do neo-romantismo do século XXI. Um exemplo notável é o Cantus Arcticus (Concerto para Pássaros e Orquestra), Op. 61. Muito além de uma experiência sonora, em que gravações de cantos de aves dialogam com a orquestra, a peça alcança uma força quase mística, fundindo natureza e música em passagens de intensa beleza emocional. Sob a regência de Hanu Lintu, a Orquestra Nacional da Escócia entrega uma interpretação equilibrada entre potência contida, reverência e exaltação.

A Sinfonia nº 3, Op. 20, com ecos de Bruckner e Sibelius, mostra-se igualmente acessível, mas madura e profunda, escapando do rótulo de mera peça de efeito. Já o Concerto para Piano nº 1, Op. 45, assume deliberadamente esse caráter mais virtuosístico: enérgico, divertido e carregado de dissonâncias características do estilo de Rautavaara. A solista Laura Mikkola interpreta a obra com brilhantismo, acompanhada pela regência vibrante de Lintu.

Com esse programa bem estruturado e envolvente, o selo Naxos entrega ao ouvinte um verdadeiro aperitivo musical. Para quem deseja mergulhar mais fundo no universo de Rautavaara, a gravadora finlandesa Ondine lançou em 2009 caixas de quatro discos dedicadas às oito sinfonias , aos doze de seus quatorze concertos — incluindo o Cantus Arcticus  — e, em 2012, a um amplo repertório coral.

Até lá, este disco segue sendo uma recomendação enfática para quem deseja descobrir — ou redescobrir — a genialidade de Rautavaara. 

Einojuhani Rautavaara (1928-2016) - 

Cantus Arcticus, Op. 61
(Concerto for Birds and Orchestra)
01. I. Suo (The Marsh)
02. II. Melankolia (Melancholy)
03. III. Joutsenet muuttavat (Swans Migrating)

Piano Concerto No. 1, Op. 45
04. I. Con grandezza
05. II. Andante (ma rubato)
06. III. Molto vivace

Symphony No. 3, Op. 20
07. I. Langsom, breit, ruhig
08. II. Langsam, doch nich schleppend
09. III. Sehr schnell
10. IV. Bewegt

Royal Scottish National Orchestra
Hannu Lintu, regente
Laura Mikkola, piano 

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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Samuel Coleridge-Taylor (1875-1912) - Toussaint L’Ouverture, Op. 46 - Ballade Op. 4 - Suites from “24 Negro Melodies”

O maestro Michael Repper, vencedor do Grammy, conduz a National Philharmonic, de Washington D.C., em uma homenagem a Samuel Coleridge-Taylor. O projeto dá origem a um álbum com gravações inéditas, lançado em celebração aos 150 anos de nascimento do compositor britânico de ascendência africana. A iniciativa conta ainda com a participação do violinista Curtis Stewart, indicado ao Grammy, que apresenta arranjos próprios para obras de Coleridge-Taylor.

A gravadora AVIE Records, pioneira na redescoberta da obra do compositor, já havia lançado em 2004 a primeira gravação mundial de seu Concerto para Violino. Agora, o novo álbum reúne versões inéditas de peças como Toussaint L’Ouverture, Ballade Op. 4 e a suíte de 24 Negro Melodies.

Curtis Stewart explica que buscou inspiração em reflexões sobre a herança da escravidão e o significado de carregar um nome, reinterpretando essas marcas históricas sob a ótica contemporânea. Segundo o violinista, o conceito de “rebranding” também se aplica às Negro Melodies, com o objetivo de destacar a influência dessas canções na cultura popular atual e trazê-las para o palco sinfônico.

“Minha intenção com esses arranjos é reconhecer o impacto dessas melodias na música de hoje, convidando o público a participar ativamente – seja cantando, se movimentando ou batendo palmas em ritmo. A ideia é criar pertencimento e comunidade em torno dessa música dentro da sala de concerto, reconhecendo o que considero a matriz da música de concerto americana: o Blues”, afirma Stewart.

Do encarte do disco. Uma boa apreciação!

Samuel Coleridge-Taylor (1875-1912) -  

01. Toussaint L’Ouverture, Op. 46
02. Ballade in D Minor for Violin and Orchestra, Op. 4
03. 3 Selections from “24 Negro Melodies”: I. Deep River (America) 
04. 3 Selections from “24 Negro Melodies”: II. They Will Not Lend Me a Child (Southeast Africa) 
05. 3 Selections from “24 Negro Melodies”: III. The Angels Changed My Name (America) 
06. Suite from “24 Negro Melodies”: I. I’m Troubled in Mind (America) Op. 59 No. 14 
07. Suite from “24 Negro Melodies”: II. Intermezzo – Don’t Be Weary, Traveler (America) Op. 59 No. 12 
08. Suite from “24 Negro Melodies”: III. Scherzo – Ringendjé: Song of Conquest (South Africa) Op. 59 No. 5 
09. Suite from “24 Negro Melodies”: IV. Lament – They Will Not Lend Me a Child (Southeast Africa) Op. 59 No. 4 
10. Suite from “24 Negro Melodies”: V. Finale – Alla Marcia – Oloba (West Africa) Op. 59 No. 7 

National Philharmonic Orchestra
Michael Repper, regente
Curtis Stewart, violino 

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Piano Music of Camargo Guarnieri

"Conta-se que quando Camargo Guarnieri veio ao mundo, em Tietê, às margens do rio de mesmo nome, seu pai gritou: “Géssia, já nasceu o menino? Coloque aí o nome de Mozart!”. Nascido no dia 1º de fevereiro de 1907, Guarnieri era filho de Géssia e Miguel, imigrante italiano e músico amador louco por óperas, que batizou os filhos com nomes de célebres compositores: além dele, que se chamou Mozart, seus irmãos eram Belline, Rossine e Verdi. Apenas “Mozart” seguiu a carreira de músico. 

Aos 13 anos, Camargo Guarnieri dedicou ao professor Virgínio Dias sua primeira composição, Sonho de artista. O mestre detestou a obra, mas seu Miguel, entusiasmado com o talento do garoto, resolveu mudar-se com toda a família para São Paulo, para dar melhores oportunidades de aprimoramento musical para o filho. Na capital, o jovem contribuía no sustento da casa, ajudando o pai na barbearia e tocando piano em lojas de partituras, cinemas e casas noturnas. 

Guarnieri seguiu seu aprendizado até que, em 1928, conheceu um personagem fundamental em sua trajetória: o escritor Mário de Andrade. Camargo Guarnieri, então com 21 anos, mostrou a Mário suas composições Dança brasileira e Canção sertaneja. Ao ouvi-las, Mário teria dito: “Encontrei o que estava procurando” – ou seja, ele teria visto de imediato no compositor alguém capaz de por em prática seu acalentado projeto de criação de uma música erudita de caráter nacional".  (...)

Trecho de um texto importante da Revista Concerto. Pode ser lido integralmente aqui 

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) -

01. Dansa Negra
02. Improviso: II. Lentamente
03. Valsa, No. 2
04. Lundu
05. Momento, No. 7
06. Sonatina, No. 1: I. Molengamente, bem forma o canto
07. Sonatina, No. 1: II. Modinha
08. Sonatina, No. 1: III. Dança
09. Toada Triste
10. Valsa, No. 4
11. Improviso: IV. Saudoso
12. Ponteios, Book III: No. 30
13. Ponteios, Book IV: No. 37
14. Ponteios, Book V: No. 49 (Homenagem à Scriabin)
15. Sonatina, No. 4: I. Com alegria
16. Sonatina, No. 4: II. Melancólico
17. Sonatina, No. 4: III. Gracioso
18. Improviso: III. Nostalgico
19. Chôro Torturado
20. Valsa, No. 6
21. Improviso: VI. Tristonho
22. Toada
23. Sonatina, No. 5: I. Com humor
24. Sonatina, No. 5: II. Muito calmo, terno
25. Sonatina, No. 5: III. Com Alegria, con espirito
26. Improviso: IX. Melancolico

Martin Jones, piano 

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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Giacomo Meyerbeer (1791-1864) - Struensee-Patineurs


 Acredito que esta seja a primeira vez que o compositor alemão Giacomo Meyerbeer apareça por aqui. Nascido Jakob Liebmann Meyer Beer, acabou italianizando o nome e assim ficou conhecido na posteridade - Giacomo Meyerbeer. Meyerbeer foi, certamente, um dos mais bem-sucedidos operistas do século XIX. Nascido em uma família rica, manteve contato com a elite intelectual de seu tempo.

Como possuía muito dinheiro, estudou com os melhores professores do seu tempo. Por exemplo, estudou com Carl Zeiter, professor de Mendelssohn; e com o abade Vogler; na ocasião, tinha como colega de turma Carl Maria von Weber. Após 1816, encaminha-se para ópera após ter ouvido conselhos de Salieri. Instala-se na França e passa a ter como referência Rossini, a quem considerava como mestre. Mais tarde, torna-se protegido de Luigi Cherubini. Ou seja, percebe-se o quanto a partir de suas amizades, torna-se influente e estrutura seu estilo.

Nesta postagem, observamos uma outra faceta do compositor em duas obras. A primeira delas é Struensee; e, a segunda, o balé Les Patineurs. Struensee foi concebida a partir da figura histórica de Johann Friedrich Struensee, médico e reformador alemão que, no século XVIII, exerceu enorme influência na corte dinamarquesa antes de cair em desgraça. Meyerbeer trabalhou sobre o tema em sua juventude, em 1813, num período em que ainda buscava uma identidade entre o estilo germânico herdado de Mozart e a herança operística italiana. A obra reflete esse momento de experimentação, com uma música carregada de dramaticidade, mas ainda distante da grandiloquência teatral que consagraria seu nome em Paris.

Les Patineurs (Os Patinadores), criado décadas mais tarde como um divertissement de balé, revela outro lado da paleta criativa de Meyerbeer. Longe das tramas políticas e religiosas de suas óperas, a partitura celebra o movimento, o ritmo e a leveza, evocando musicalmente o deslizar dos patins sobre o gelo. Trata-se de um exemplo do fascínio romântico por cenas da vida cotidiana transformadas em espetáculo, e um raro momento de lirismo descompromissado na carreira do compositor.

As duas obras são bem distintas – a primeira é uma espécie de exercício de juventude do compositor; a segunda, por sua vez, indica a maturidade a criar uma crônica musical, própria do romantismo – uma cena lúdica e visualmente encantadora. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Giacomo Meyerbeer (1791-1864) - 

01. Overture
02. Melodrama to Act I, scene 9
03. Entr'acte 1
04. Fanfare to Act II, scene 11
05. March and Chorus to Act II, scene 19
06. Music for Act II, scene 15
07. Entr'acte 2
08. Entr'acte 3
09. Entr'acte 4
10. Funeral March to Act V, scene 7
11. Melodrama to Act V, scene 7
12. Concluding scene of Act V
13. Valse
14. Rédovva
15. Quadrille
16. Galop
17. L'Africaine, Prelude

NDR-Chor
Radio-Philharmonie Hannover des NDR

Michael Jurowski, regente 

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Manuel de Falla (1876-1946) - El Retablo de Maese Pedro e Harpsichord Concerto; Igor Stravinsky (1882-1971) - Pulcinella Suite

 

Um disco bastante curioso. Claro, a curiosidade fica por conta das duas obras do espanhol Manuel de Falla as quais eu não conhecia. Já a belíssima Suite Pulcinella, de Stravinsky, já apareceu por aqui e é uma das minhas obras favoritas do compositor.

El Retablo de Maese Pedro é uma obra inspirada em Cervantes. O compositor espanhol recorre à sonoridade austera do cravo e a uma orquestra reduzida para criar um espaço sonoro quase miniatural, mas de extraordinária expressividade. É como se as vozes e os instrumentos se transformassem em marionetes que encenam, com ironia e lirismo, as aventuras de Dom Quixote. Já o Concerto para cravo é uma obra bem diferente, de uma secura ascética que impressiona; a obra não deixa espaços para sentimentalismos. É dura. Cria estranheza. 

Por fim, surge a Suite Pulcinella - bela à sua maneira. A obra é da fase neoclássica do compositor russo. Trata-se de uma visita à obra de Pergolesi, mas repleta de inovações modernas. O tecido musical conserva as melodias e harmonias do século XVIII, mas a instrumentação, as inflexões rítmicas e as sutis distorções revelam um espírito bem diferente. A máscara da commedia dell’arte — Pulcinella, o eterno trapaceiro — torna-se metáfora perfeita desse jogo de disfarces: por trás do verniz antigo, há um espírito radicalmente novo. 

Ou seja, o disco está revestido pelo mais denso e puro espírito da música do século XX. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Falla: El Retablo de Maese Pedro: I. El Pregón (0:55)
02. Falla: El Retablo de Maese Pedro: II. La Sinfonía de Maese Pedro (3:05)
03. Falla: El Retablo de Maese Pedro: III. La Corte de Carlomagno (2:04)
04. Falla: El Retablo de Maese Pedro: IV. La Entrada de Carlomagno (3:30)
05. Falla: El Retablo de Maese Pedro: V. Melisendra (3:44)
06. Falla: El Retablo de Maese Pedro: VI. El Suplicio del Moro (1:19)
07. Falla: El Retablo de Maese Pedro: VII. Los Pirineos (2:02)
08. Falla: El Retablo de Maese Pedro: VIII. La Fuga (3:01)
09. Falla: El Retablo de Maese Pedro: IX. La Persecución (1:38)
10. Falla: El Retablo de Maese Pedro: X. Final (4:51)
11. Falla: Harpsichord Concerto: I. Allegro (3:11)
12. Falla: Harpsichord Concerto: II. Lento (giubiloso e energico) (5:46)
13. Falla: Harpsichord Concerto: III. Vivace (flessibile, scherzando) (4:17)
14. Stravinsky: Pulcinella Suite: I. Sinfonia. Allegro moderato (1:54)
15. Stravinsky: Pulcinella Suite: II. Serenata. Larghetto (3:12)
16. Stravinsky: Pulcinella Suite: III. Scherzino - Allegro - Andantino (4:23)
17. Stravinsky: Pulcinella Suite: IV. Tarantella (1:55)
18. Stravinsky: Pulcinella Suite: V. Toccata. Allegro (0:59)
19. Stravinsky: Pulcinella Suite: VI. Gavotta (con due variazioni). Allegro moderato - Allegretto - Allegro più tosto moderato (4:12)
20. Stravinsky: Pulcinella Suite: VII. Vivo (1:35)
21. Stravinsky: Pulcinella Suite: VIII. Minuetto. Molto moderato (2:36)
22. Stravinsky: Pulcinella Suite: IX. Finale. Allegro assai (1:57)

Mahler Chamber Orchestra
Benjamin Alard,  

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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Anton Webern (1883-1945) - Piano Quintet; Songs & Choruses; 5 Pieces; Quartet; Concerto


Um disco sensacional. Desafiador. Para mim, dos três compositores (Schoenberg, Webern e Alban Berg) da Segunda Escola de Viena, certamente, os mais enigmático e complexo é Webern. 

Abaixo, dois trechos extraídos de um artigo que pode ser encontrado aqui

"Evidentemente, Webern pode e deve confortavelmente ser posicionado como o compositor que revolucionou diversos aspectos da música, criando caminhos e apontando possíveis rotas que foram seguidas pelos compositores do século XX e que, até mesmo, ainda no século XXI, é objeto de fértil discussão. Esse posicionamento deve-se ao seu inovador tratamento dos parâmetros da música como textura, ritmo, organização motívica, alturas (esse último parâmetro, naturalmente relacionado às técnicas seriais e dodecafônicas da Segunda Escola de Viena), timbre e dinâmica.

Ironicamente, Webern o compositor que era visto por muitos como o mentor do hiperintelectualizado serialismo das décadas imediatamente posteriores a sua morte e cuja música a maior parte dos ouvintes achava desorientante e estranha após uma primeira audição, era por natureza um ardente romântico que sempre defendeu os ideais de sentimento e paixão além de compreensibilidade como os mais importantes na arte. A natureza, e os Alpes em particular, eram quase como uma obsessão para ele, e seu amor pela paz e tranquilidade encontrada nas montanhas, assim como sua fascinação com as flores dos campos alpinos foram a influencia de seus trabalhos em muitas formas, alguns dos quais até nem nunca serão totalmente compreendidos. O seu trabalho em muitas de suas obras mais abstratas foram precedidos por esboços ou projetos em que os vários movimentos, seções ou temas eram similares a lugares, climas ou flores alpinas ou mesmo a membros próximos de sua família, uma manifestação mais tangível da sua fascinação com as flores alpinas foi o seu interesse pelas teorias de Goethe sobre as cores e a Urpflanze, esta última sendo, evidentemente, a expressão da ideia de unidade, que para ela, assim como para Schoenberg era essencial". 

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Anton Webern (1883-9145) - 

01. Piano Quintet (1907) (13:15)

02. Entflieht auf leichten Kähnen op.2 (02:48)

2 Lieder op.8
03. I. Du, der ichs nicht sage (01:05)
04. II. Du machst mich allein (01:16)

5 Pieces for Orchestra, op.10
05. I. Sehr ruhig und zart (00:44)
06. II. Lebhaft und zart bewegt (00:39)
07. III. Sehr langsam und äußerst ruhig (01:48)
08. IV. Fließend, äußerst zart (00:29)
09. V. Sehr fließend (01:01)

4 Lieder op.13
10. I. Wiese im Park (02:14)
11. II. Die Einsame (01:30)
12. III. In der Fremde (01:03)
13. IV. Ein Winterabend (02:17)

6 Lieder op.14
14. I. Die Sonne: 'Täglich kommt die gelbe Sonne (01:42)
15. II. Abendland I (01:27)
16. III. Abendland II (01:16)
17. IV. Abendland III (01:35)
18. V. Nachts (00:51)
19. VI. Gesang einer gefangenen Amsel (01:25)

5 Sacred Songs op.15
20. I. Das Kreuz, das mußt' er tragen (00:59)
21. II. Morgenlied (00:52)
22. III. In Gottes Namen aufstehn (00:59)
23. IV. Mein Weg geht jetzt vorüber (00:59)
24. V. Fahr hin, o Seel', zu deinem Gott (01:38)

5 Canons op.16
25. I. Christus factus est (00:31)
26. II. Dormi Jesu, mater ridet (01:05)
27. III. Crux fidelis (00:50)
28. IV. Asperges me, Domine (00:37)
29. V. Crucem tuam adoramus, Domine (00:31)

3 Traditional Rhymes op.17
30. I. Armer Sünder, du (00:45)
31. II. Liebste Jungfrau, wir sind dein (01:03)
32. III. Heiland, unsre Missetate (00:53)

3 Lieder op.18
33. I. Schatzerl klein (00:56)
34. II. Erlösung (01:11)
35. III. Ave, Regina coelorum (01:29)

2 Lieder op.19
36. I. Weiß wie Lilien (01:23)
37. II. Ziehn die Schafe (01:13)

Quartet op.22
38. I. Sehr mäßig (03:09)
39. II. Sehr schwungvoll (03:20)

Concerto op.24
40. I. Etwas lebhaft (02:38)
41. II. Sehr langsam (02:35)
42. III. Sehr rasch (01:24)

Ensemble Intercontemporain
BBC Singers

Pierre Boulez, regente
Françoise Pollet, soprano 
Christiane Oelze, soprano 

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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - The Four Seasons

Hoje, inicia a primavera no Hemisfério Sul. Trata-se - para mim - da estação mais bela que existe para mim. Ela é representativa, repleta de simbologias. Por isso, a música é para homenagear esse momento. É uma das músicas mais conhecidas de todos os tempos. Programei a postagem para o momento em que vai iniciar a bonita e colorida estação - às 15h19. 

Abaixo, algumas palavras de apresentação do disco:

"Difícil encontrar uma versão de As Quatro Estações mais encantadora do que esta. Tocada em estilo de época, o conjunto traz uma mistura de instrumentos tão bem equilibrada que a música parece ganhar vida sem recorrer a truques ou exageros.

Um bom exemplo está no primeiro movimento de O Verão: as notas repetidas do violino solo, subindo por diferentes acordes, revelam a beleza dessa abordagem direta e sem enfeites. Mantendo um andamento firme, a própria escrita de Vivaldi se destaca, feita sob medida para o violino, cujo timbre continua a ser uma fonte inesgotável de fascínio.

A violinista Catherine Mackintosh toca com um encanto particular. Em vez de assumir o papel de solista em evidência, ela nos conduz para dentro das paisagens sonoras de Vivaldi, como parte de um todo maior. Nada de extremos: ela deixa que a música fale por si, sem vibrato excessivo ou exibição técnica desnecessária.

O The King’s Consort, sob a regência de Robert King, é o parceiro perfeito nessa jornada. E para fechar, ainda temos dois concertos acrescentados após O Inverno. Mesmo sem direções narrativas tão claras, eles despertam imagens musicais que o ouvinte pode imaginar à sua maneira — e o resultado é igualmente cativante".

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Antonio Vivaldi (1678-1741) - 

Violin Concerto in E major 'Spring'
01. Allegro
02. Largo e pianissimo sempre
03. Allegro

Violin Concerto in G minor 'Summer' RV315

04. Allegro non molto
05. Adagio – Presto
06. Presto

Violin Concerto in F major 'Autumn' RV293

07. Allegro
08. Adagio molto
09. Allegro

Violin Concerto in F minor 'Winter' RV297

10. Allegro non molto
11. Largo
12. Allegro

Violin Concerto in D major RV230
13. Allegro
14. Larghetto
15. Allegro

Violin Concerto in C minor 'Amato bene' RV761

16. Allegro
17. Largo
18. Allegro

The King's Consort
Robert King, regente
Catherine Mackintosh, violino 

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Jazz - Miles Davis (1926-1991) - Birth of the Blue

"Considerado por muitos como o maior disco de jazz de todos os tempos, Kind of Blue, de Miles Davis, ganhou agora um capítulo inédito. Lançado pela Analogue Productions, Birth of the Blue reúne quatro faixas adicionais gravadas pelo mesmo lendário sexteto que, em 1959, entraria para a história com o álbum definitivo do jazz moderno.

Registradas em 1958, no mesmo estúdio e praticamente no mesmo período das sessões de Kind of Blue, essas gravações foram durante décadas relegadas a compilações e edições secundárias. Pela primeira vez, ganham um lançamento exclusivo, com produção de alto padrão e masterização assinada por Matthew Lutthans no The Mastering Lab, diretamente das fitas originais de três canais.

O time é o mesmo que redefiniu os rumos da música: Miles Davis no trompete, John Coltrane e Julian “Cannonball” Adderley nos saxofones, Bill Evans ao piano, Paul Chambers no contrabaixo e Jimmy Cobb na bateria. Uma formação única, reunida em um breve e irrepetível momento, responsável por levar o jazz a um novo patamar.

As quatro faixas de Birth of the Blue antecipam a virada estética que explodiria em Kind of Blue: o modalismo. Inspirado em técnicas da música clássica moderna, Davis abandonava a dependência dos acordes tradicionais e abria espaço para uma nova liberdade criativa, que transformaria o futuro do jazz.

Mais do que um complemento, o álbum se impõe como obra própria, capaz de revelar nuances inéditas de um grupo que já havia escrito seu nome na eternidade. Um lançamento que resgata, com fidelidade sonora impecável, a verdadeira dimensão de um dos momentos mais férteis da música do século XX".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. On Green Dolphin Street (9:51)
02. Fran-Dance (5:52)
03. Stella By Starlight (4:44)
04. Love For Sale (11:54) 

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domingo, 21 de setembro de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - 9 Symphonies

 
Rimma Sushanskaya é violinista de formação. Ela foi uma das últimas alunas do lendário violinista David Oistrakh. Como violinista esteve nas principais salas de concerto do mundo. Foi elogiada por onde passou. Sushanskaya como violinista segue a tradição do violino russo. Em 2005, ela estreou como regente em Birminghan, Inglaterra. Regeu Samuel Barber, Mendelssohn e Haydn em sua primeira apresentação.

Recebeu inúmeros elogios pelo trabalho. Passou a trabalhar na Alemanha, Rússia e Israel. Neste disco, ela conduz as nove sinfonias de Beethoven. O lançamento é deste ano. Como no mundo da música clássica há um número maior de regentes homens do que regentes mulheres, pode-se dizer que esta, talvez, seja a primeira integral das sinfonias de Beethoven conduzidas por alguém do sexo feminino. É ouvir para ver. Escutei ao longo da semana. Gostei bastante.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - 

01. Beethoven: Symphony No.1
02. Beethoven: Symphony No.1.
03. Beethoven: Symphony No.1
04. Beethoven: Symphony No.1
05. Beethoven: Symphony No.2
06. Beethoven: Symphony No.2
07. Beethoven: Symphony No.2
08. Beethoven: Symphony No.2
09. Beethoven: Symphony No.3: Eroica
10. Beethoven: Symphony No.3: Eroica
11. Beethoven: Symphony No.3: Eroica
12. Beethoven: Symphony No.3: Eroica
13. Beethoven: Symphony No.4
14. Beethoven: Symphony No.4
15. Beethoven: Symphony No.4
16. Beethoven: Symphony No.4
17. Beethoven: Symphony No.5
18. Beethoven: Symphony No.5
19. Beethoven: Symphony No.5
20. Beethoven: Symphony No.5
21. Beethoven: Symphony No.6: 'Pastoral'
22. Beethoven: Symphony No.6: 'Pastoral'
23. Beethoven: Symphony No.6: 'Pastoral'
24. Beethoven: Symphony No.6: 'Pastoral'
25. Beethoven: Symphony No.6: 'Pastoral'
26. Beethoven: Symphony No.7
27. Beethoven: Symphony No.7
28. Beethoven: Symphony No.7
29. Beethoven: Symphony No.7
30. Beethoven: Symphony No.8
31. Beethoven: Symphony No.8
32. Beethoven: Symphony No.8
33. Beethoven: Symphony No.8
34. Beethoven: Symphony No.9
35. Beethoven: Symphony No.9
36. Beethoven: Symphony No.9
37. Beethoven: Symphony No.9

National Symphony Orchestra
Rimma Sushanskaya, regente 

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sábado, 20 de setembro de 2025

Ignaz Pleyel (1757-1831) - Prussian Quartets 1 - 3

Ignaz Pleyel foi um homem múltiplo em seu tempo. Ele foi uma verdadeira celebridade. Alguém que teve o reconhecimento do grande público e exerceu uma ampla influência. Foi aluno de Haydn, amigo de Mozart; editor musical; construtor de pianos. Escreveu um grande número de peças de todos os tipos. Pleyel posiciona-se entre o classicismo e o início do romantismo. 

Neste disco encontramos alguns dos seus chamados quartetos prussianos, compostos no ano de 1790. O apelido “prussianos” não é gratuito. Naquele ano, o rei Frederico Guilherme II da Prússia — ele próprio violoncelista amador — encomendou música de diversos compositores renomados. Haydn e Mozart também dedicaram obras ao monarca, sempre dando certo protagonismo ao violoncelo. Pleyel, afinado com a tendência, escreveu três quartetos de cordas em que o violoncelo deixa de ser apenas o “baixo de acompanhamento” e ganha uma voz mais expressiva e independente.

Musicalmente, os quartetos revelam o talento de Pleyel para conciliar clareza formal e apelo melódico imediato. O Quarteto n.º 1 em sol maior abre com frescor vienense, cheio de diálogos leves entre violino e violoncelo. O Quarteto n.º 2 em dó maior traz um caráter mais galante, quase operístico, com melodias cantáveis que parecem antecipar a leveza do estilo parisiense que Pleyel iria abraçar anos depois. Já o Quarteto n.º 3 em ré menor surpreende pela dramaticidade: contrastes de dinâmica, momentos de tensão e uma expressividade que remete ao Mozart dos últimos quartetos. 

Não deixe de ouvir este agradável disco. Uma boa apreciação! 

Ignaz Pleyel (1757-1831) - 

01 String Quartet in B-flat major, Ben. 331 - I. Moderato
02 String Quartet in B-flat major, Ben. 331 - II. Adagio ma non troppo
03 String Quartet in B-flat major, Ben. 331 - III. Allegro
04 String Quartet in G major, Ben. 332 - I. Allegro
05 String Quartet in G major, Ben. 332 - II. Adagio
06 String Quartet in G major, Ben. 332 - III. Rondeau
07 String Quartet in D minor, Ben. 333 - I. Allegro agitato
08 String Quartet in D minor, Ben. 333 - II. Adagio non troppo
09 String Quartet in D minor, Ben. 333 - III. Rondeau. Allegretto

Pleyel Quartett Köln 

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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Symphony No.3 in A Minor, Op.56 "Scottish" e Symphony No.4 in A, Op.90, "Italian"


 Do encarte do disco:

"O que torna as interpretações de Sir Roger tão especiais é o fato de serem vivas, vibrantes, cheias de cor, livres de clichês, absolutamente musicais, coerentes e convincentes. Assim como Thomson, ele possui um ouvido apurado para o equilíbrio e a textura, além de uma sensibilidade instintiva para escolher os andamentos corretos e mais eficazes.

A Sinfonia Escocesa, de Mendelssohn, é uma obra magnífica. Basta ouvir o controle da orquestra, a elegância, o espírito contagiante, a clareza impressionante e os momentos de entusiasmo arrebatador. Os músicos demonstram tanto intensidade e vigor quanto beleza e delicadeza, sempre que a partitura exige.

A London Classical Players oferece interpretações que merecem ser ouvidas e admiradas. Isso é verdadeira musicalidade. Além disso, essas execuções revelam de forma nítida o gênio de Mendelssohn — um compositor muito mais grandioso do que até mesmo seus maiores admiradores costumam imaginar. Ele supera Schubert ao desenvolver seus temas com habilidade e sofisticação, sem recorrer a fórmulas fáceis ou repetições intermináveis. Sua orquestração talvez seja a mais colorida de sua época.

Há instantes na performance de Sir Roger que causam arrepios. Não é apenas música de altíssimo nível, mas execuções que encantam e oferecem uma profunda sensação de plenitude. É um bálsamo para a alma, um antídoto contra a depressão e a apatia, um verdadeiro tônico revigorante. Mas, acima de tudo, é grande música magnificamente interpretada.

Quanto à Sinfonia Italiana, ainda prefiro a versão de Christoph von Dohnanyi, lançada pela Decca, uma joia absoluta. Mas a leitura de Sir Roger é excelente e guarda momentos de perfeição inesquecível.

Trata-se, enfim, de performances realmente empolgantes e elegantes, dedicadas a um compositor cuja grandeza ainda não é plenamente reconhecida".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Felix Mendelssohn (1809-1847) - 

Symphony No.3 in A Minor, Op.56 "Scottish"
01. I. Andante con moto – Allegro un poco agitato – Assai animato – Andante come prima
02. II. Vivace non troppo
03. III. Adagio
04. IV. Allegro vivacissimo – Allegro maestoso assai

Symphony No.4 in A, Op.90, "Italian"
05. I. Allegro vivace – Più animato
06. II. Andante con moto
07. III. Con moto moderato
08. IV. Saltarello: Presto

The London Classical Players
Roger Norrington, regente 

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Louis Spohr (1784-1859) - Violin Concertos Nos. 8, 12 & 13

A gente vai a mais um disco com a música do alemão Louis Spohr. Quando nos referimos aos compositores do século XIX, frequentemente nos lembramos de Beethoven, de Schubert, de Mendelssohn, de Brahms; todavia, ninguém verbaliza o nome de Spohr. O compositor - conforme já descrevi em outras postagens - teve um enorme sucesso no período em que viveu. Infelizmente, seu nome foi rapidamente esquecido no final do século XIX e seguiu assim até os dias atuais. Tenho postado os seus concertos para violino e orquestra sempre que posso. Dessa vez, aparecem mais três concertos.

O primeiro deles é o Concerto No. 8, conhecido como “Concerto em forma de cena cantada”, é talvez sua obra mais célebre. Aqui, Spohr transpõe para o violino a retórica da ópera italiana, estruturando o concerto como se fosse uma ária dramática. Em seguida, encontramos o de número 12. Escrita em 1829, a obra equilibra elegância melódica com desafios técnicos que exploram o lirismo e a clareza do violino. É um concerto que aponta para a transição entre o classicismo tardio e o romantismo pleno, em um momento em que Spohr já era respeitado como maestro e pedagogo. E o último é o de número 13, composto em 1836. Apresenta um Spohr maduro, mais sombrio e introspectivo. Trata-se de uma obra de forte carga expressiva, que antecipa a dramaticidade que mais tarde se encontraria em compositores como Brahms.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Louis Spohr (1784-1859) - 

(01)_Violin_Concerto_No._8,_Op._47
(02)_Violin_Concerto_No._12,_Op._79-_I._Andante_grave
(03)_Violin_Concerto_No._12,_Op._79-_II._Alla_Polacca
(04)_Violin_Concerto_No._13,_Op._92-_I._Larghetto_con_moto
(05)_Violin_Concerto_No._13,_Op._92-_II._Tempo_di_Polacca

Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin
Christian Fröhlich, regente
Ulf_Hoelscher, violino 

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Iannis Xenakis (1922-2001) - Pleiades e Rebonds

Extraído da apresentação do disco:

O aguardado terceiro álbum de estúdio de Kuniko traz obras de Iannis Xenakis, compositor que exerceu enorme influência no mundo da música — em especial no repertório para percussão.

Repletas de desafios, das influências matemáticas pioneiras à notação incomum e às exigências de virtuosismo, muitas das composições de Xenakis são consideradas quase “impossíveis de tocar”. Mas a técnica e a sensibilidade únicas de Kuniko permitem que ela dê vida plena à visão do compositor. Pléïades mergulha em uma rica variedade de sons e texturas percussivas: marimba, vibrafone, xilofone, xilo-marimba e tambores criam um universo sonoro de complexidade rítmica e cores vibrantes. De forma singular, a obra também exige o uso do SIXXEN, instrumento projetado por Xenakis e adaptado por Kuniko, que selecionou manualmente 120 barras metálicas para alcançar o timbre ideal.

Desde o início de sua carreira como solista de percussão, Kuniko interpreta Rebonds, uma das peças mais conhecidas de Xenakis. Após assistir a uma de suas apresentações, o renomado percussionista Sylvio Gualda elogiou sua “maravilhosa” interpretação. Em 2015, a NPR Music incluiu Rebonds B entre suas “canções favoritas do ano”, destacando como “a percussionista japonesa Kuniko Kato saboreia o groove hipnótico da estética intensamente singular do compositor grego”. A gravação também foi indicada nas categorias “Música Contemporânea” e “Gravação” do Record Academy Awards, no Japão.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Iannis Xenakis (1922-2001) - 

01. Pleiades: I. Melanges (Mixtures) (08:52)
02. Pleiades: II. Metaux (Metals) (13:56)
03. Pleiades: III. Claviers (Keyboards) (10:31)
04. Pleiades: IV. Peaux (Skins) (11:29)
05. Rebonds A. (08:07)
06. Rebonds B. (06:21)

Kuniko Kato, percussão 

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) - Hamburger Sinfonien Wq 182

A visão de Mozart sobre a música de Carl Philipp Emanuel Bach era cheia de contrastes interessantes. Ele dizia que, no seu tempo, a música de C.P.E. Bach já parecia antiquada, mas ao mesmo tempo reconhecia: “ele [Bach] foi o pai, e nós somos os filhos”.

Esse conjunto de seis sinfonias de C.P.E. Bach, escritas no início da década de 1770, nos dá a chance de refletir sobre essa relação com Mozart. É bem possível que Mozart tenha ouvido essas obras. E, embora ao longo da vida de Mozart a música tenha caminhado para um estilo mais leve e gracioso, ainda se percebe muito de C.P.E. Bach nelas.

Essas seis sinfonias não são exemplos do estilo mais dramático de Bach, conhecido como Sturm und Drang. Quase todas estão em tonalidades maiores, e mesmo o movimento central cheio de cromatismos da Sinfonia em Si menor (Wq 182/5) soa bastante próximo de Mozart. A forma econômica, com mudanças harmônicas inesperadas criadas a partir de ideias musicais bem simples, lembra muito o estilo mozartiano.

Essas obras foram encomendadas pelo Barão van Swieten, diplomata vienense que também foi responsável por despertar em Mozart o interesse pela música de J.S. Bach. Ao encomendar as peças, ele deixou claro que C.P.E. Bach não deveria se limitar em termos de complexidade técnica. Por isso, as sinfonias trazem passagens intrincadas que fazem lembrar tanto os quartetos Op. 20 de Haydn quanto Mozart.

De qualquer forma, são obras muito agradáveis de ouvir, e aqui ganham uma interpretação intensa e clara da Orquestra de Câmara da Ostrobótnia (Finlândia), sob a regência de Sakari Oramo. Existem outras gravações dessas sinfonias, mas a transparência e a energia desta versão a tornam especialmente recomendada para qualquer fã do filho mais ousado de J.S. Bach.

Informações extraídas do encarte do disco! 

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) - 

String Symphony in G major, Wq. 182 No. 1
01. 1. Allegro di molto
02. 2. Poco adagio
03. 3. Presto

String Symphony in B flat major, Wq. 182 No. 2
04. 1. Allegro di molto
05. 2. Poco adagio
06. 3. Presto

String Symphony in C major, Wq. 182 No. 3
07. 1. Allegro assai
08. 2. Adagio
09. 3. Allegretto

String Symphony in A major, Wq. 182 No. 4
10. 1. Allegro, ma non troppo
11. 2. Largo ed innocentemente
12. 3. Allegro assai

String Symphony in B minor, Wq. 182 No. 5
13. 1. Allegretto
14. 2. Larghetto
15. 3. Presto

String Symphony in E major, Wq. 182 No. 6
16. 1. Allegro di molto
17. 2. Poco andante
18. 3. Allegro spirituoso

Ostrobothnian Chamber Orchestra
Sakari Oramo, regente 

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