A Sinfonia No. 1 é, para muitos, a porta de entrada para o mundo mahleriano. Há quem goste mais da Quarta ou da Quinta para cumprir essa função. Certamente, é um dos trabalhos mais enigmáticos e eloquentes de Mahler. É o seu primeiro trabalho, quando já estava na casa dos trinta anos. Ou seja, um compositor maduro, mas que revisou muitas vezes a sua obra. A estreia provocou críticas ferozes. Não entenderam as intenções de Mahler. Acharam demasiado barulhento, sem nexo (sic.). Um escândalo. Mahler compõe uma obra-prima, um tratado sobre a existência humana. Há clareiras enormes que se abrem no trabalho, revelando raios luminosos; às vezes, tenebrosos. Mahler coloca expectativas enormes sobre a vida, mas há escuridão também; uma espécie de marcha fúnebre, com aspectos fantasmagóricos, mas, que no fundo, revela bufonarias e ironias variadas. É para ouvir prestando a atenção a cada detalhe. Não deixe de fazê-lo. Uma boa apreciação!
Gustav Mahler (1860-1911) -
Symphony No. 1 in D major 'Titan'
01. I. Langsam. Schleppend. Wie ein Naturlaut
02. II. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell
03. III. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
04. IV. Stürmisch bewegt
Chicago Symphony Orchestra
Carlo Maria Giulini, regente
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