Essa versão das sinfonias de Sibelius com Leonard Bernstein é a melhor que já ouvi. Impressiona. Ouvi-las é uma experiência de grande contemplação e deleite. As sete são poemas de apreço à natureza. Ouvir Sibelius me faz traz à memória as palavras de Alberto Caeiro e os seu Guardador de Rebanhos: Toda paz da natureza sem gente/ Vem sentar-se ao meu lado./ Mas eu fico triste como um pôr-de-sol/ Para a nossa imaginação, / Quando esfria no fundo da planície/ E se sente a noite entrada/ Como uma borboleta pela janela. O finlandês Jean Sibelius viveu na pequena Ainola em contato com a natureza. Essa relação pode ser percebida em seus trabalhos. As duas sinfonias que aparecem neste post, por sua vez, revelam dois aspectos diferenciados. A de número 4 é soturna, repleta de uma temática circular, que sempre remete ao mesmo espaço, ao mesmo lugar. É uma trabalho que revela angústia e impressões noturnas. Acredito que seja a sinfonia mais sombria de Sibelius. Já Sinfonia número 5 é cristalina, repleta de inclinações contemplativas. Os acordes iniciais nos remete a outra frase de Caeiro: "Sejamos simples e calmos, / Como os regatos e as árvores...". Assim, sejamos "simples" e "calmos", apreciemos mais este CD com esta integral das sinfonias de Sibelius com Bernstein. Bom deleite!
Casa onde viveu Jean Sibelius em Ainola, Finlândia
Jean Sibelius (1865-1857) - Symphony No. 4 in A minor, Op. 63 e Symphony No. 5 in E flat major, Op. 82
Symphony No. 4 in A minor, Op. 63
01. Tempo molto moderato, quasi adagio
02. Allegro moto vivace
03. Il tempo largo
04. Allegro
Symphony No. 5 in E flat major, Op. 82
05. Tempo molto moderato - Largamente
06. Allegro moderato - Presto
07. Andante mosso, quasi allegretto
08. Allegro molto - Un pochettino largamente - Largamente assai
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New York Philharmonic
Leonard Bernstein, regente
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