quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) - Hamburger Sinfonien Wq 182

A visão de Mozart sobre a música de Carl Philipp Emanuel Bach era cheia de contrastes interessantes. Ele dizia que, no seu tempo, a música de C.P.E. Bach já parecia antiquada, mas ao mesmo tempo reconhecia: “ele [Bach] foi o pai, e nós somos os filhos”.

Esse conjunto de seis sinfonias de C.P.E. Bach, escritas no início da década de 1770, nos dá a chance de refletir sobre essa relação com Mozart. É bem possível que Mozart tenha ouvido essas obras. E, embora ao longo da vida de Mozart a música tenha caminhado para um estilo mais leve e gracioso, ainda se percebe muito de C.P.E. Bach nelas.

Essas seis sinfonias não são exemplos do estilo mais dramático de Bach, conhecido como Sturm und Drang. Quase todas estão em tonalidades maiores, e mesmo o movimento central cheio de cromatismos da Sinfonia em Si menor (Wq 182/5) soa bastante próximo de Mozart. A forma econômica, com mudanças harmônicas inesperadas criadas a partir de ideias musicais bem simples, lembra muito o estilo mozartiano.

Essas obras foram encomendadas pelo Barão van Swieten, diplomata vienense que também foi responsável por despertar em Mozart o interesse pela música de J.S. Bach. Ao encomendar as peças, ele deixou claro que C.P.E. Bach não deveria se limitar em termos de complexidade técnica. Por isso, as sinfonias trazem passagens intrincadas que fazem lembrar tanto os quartetos Op. 20 de Haydn quanto Mozart.

De qualquer forma, são obras muito agradáveis de ouvir, e aqui ganham uma interpretação intensa e clara da Orquestra de Câmara da Ostrobótnia (Finlândia), sob a regência de Sakari Oramo. Existem outras gravações dessas sinfonias, mas a transparência e a energia desta versão a tornam especialmente recomendada para qualquer fã do filho mais ousado de J.S. Bach.

Informações extraídas do encarte do disco! 

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) - 

String Symphony in G major, Wq. 182 No. 1
01. 1. Allegro di molto
02. 2. Poco adagio
03. 3. Presto

String Symphony in B flat major, Wq. 182 No. 2
04. 1. Allegro di molto
05. 2. Poco adagio
06. 3. Presto

String Symphony in C major, Wq. 182 No. 3
07. 1. Allegro assai
08. 2. Adagio
09. 3. Allegretto

String Symphony in A major, Wq. 182 No. 4
10. 1. Allegro, ma non troppo
11. 2. Largo ed innocentemente
12. 3. Allegro assai

String Symphony in B minor, Wq. 182 No. 5
13. 1. Allegretto
14. 2. Larghetto
15. 3. Presto

String Symphony in E major, Wq. 182 No. 6
16. 1. Allegro di molto
17. 2. Poco andante
18. 3. Allegro spirituoso

Ostrobothnian Chamber Orchestra
Sakari Oramo, regente 

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terça-feira, 16 de setembro de 2025

Pietro Antonio Locatelli (1695-1764) - 6 Introduttioni teatrali

Do encarte do disco:

"Celebrado em toda a Europa musical a partir da década de 1720 por sua impressionante habilidade no violino, Pietro Antonio Locatelli (1695-1764) deixou para a posteridade um corpo de obras admirável, ainda que relativamente reduzido. Instalado em Amsterdã a partir de 1729, o compositor cuidou pessoalmente da publicação de grande parte dessas partituras. É desse legado que Fabio Biondi se vale para compor um retrato singular. Em vez de se concentrar em L’arte del violino, op.3 — obra mais conhecida de Locatelli e já registrada por ele em 1995 —, Biondi e o conjunto Europa Galante voltam-se a um Locatelli menos óbvio: as seis Introduttioni teatrali, que inauguram o Opus 4.

Gravadas raríssimas vezes até hoje, essas aberturas ganham, sob a batuta poética de Biondi, novas cores e surpresas. O Andante da Introduttione II, por exemplo, evoca afinidades inesperadas com peças contemporâneas, como as 6 Sonates en symphonie, de Mondonville. São ecos que revelam o emaranhado de estilos e influências que caracterizava a Europa musical do século XVIII.

O álbum se encerra com o Concerto em Lá maior, cuja fonte manuscrita também remete à Suécia e traz anotações de Johan Helmich Roman (1694-1758), outro nome pouco explorado do período. Biondi já havia dado nova vida a sete de seus Assagi para violino solo em trabalho anterior. Agora, no que se pode chamar de mais uma etapa de sua grande viagem pela música europeia, o violinista italiano fecha mais um círculo — e o faz com um desfecho irresistível".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Pietro Antonio Locatelli (1695-1764) - 

01. Introduttione I in D-Sharp Major, Op. 4 No. 1: I. Allegro (2:09)
02. Introduttione I in D Major, Op. 4 No. 1: II. Allegro (1:55)
03. Introduttione I in D Major, Op. 4 No. 1: III. Presto (2:22)
04. Introduttione II in F Major, Op. 4 No. 2: I. Allegro (2:21)
05. Introduttione II in F Major, Op. 4 No. 2: II. Andante (2:33)
06. Introduttione II in F Major, Op. 4 No. 2: III. Allegro (2:41)
07. Introduttione III in B-Flat Major, Op. 4 No. 3: I. Allegro (2:57)
08. Introduttione III in B-Flat Major, Op. 4 No. 3: II. Andante (1:46)
09. Introduttione III in B-Flat Major, Op. 4 No. 3: III. Presto (1:19)
10. Introduttione IV in G-Sharp Major, Op. 4 No. 4: I. Allegro (1:48)
11. Introduttione IV in G Major, Op. 4 No. 4: II. Andante (2:00)
12. Introduttione IV in G Major, Op. 4 No. 4: III. Presto (1:14)
13. Introduttione V in D Major, Op. 4 No. 5: I. Allegro (1:57)
14. Introduttione V in D Major, Op. 4 No. 5: II. Andante (2:06)
15. Introduttione V in D Major, Op. 4 No. 5: III. Presto (2:46)
16. Introduttione, VI in C Major, Op. 4 No. 6: I. Vivace (1:58)
17. Introduttione, VI in C Major, Op. 4 No. 6: II. Andante (2:09)
18. Introduttione, VI in C Major, Op. 4 No. 6: III. Presto (2:16)
19. Violin Concerto in A Major, DunL 1.5: I. Vivace (3:01)
20. Violin Concerto in A Major, DunL 1.5: II. Largo (3:13)
21. Violin Concerto in A Major, DunL 1.5: III. Allegro - Andante - Allegro (4:52)

Europa Galante
Fabio Biondi, violino e direção 

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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Gabriel Fauré (1824-1924) - Requiem, Op. 48, N 97

 

Pedra angular da renovação da música litúrgica francesa na transição para o séc. XX, o Requiem de Gabriel Fauré foi escrito entre 1887-1888, em cinco andamentos: Introït et Kyrie, Sanctus, Pie Jesu, Agnus Dei e In Paradisum. Nos anos subsequentes, a obra seria revista, tendo o compositor acrescentado o Offertoire, com a secção Hostias, e o Libera me, originalmente delineado em 1877.

Contrariando o estilo então em voga, o lirismo do bel canto italiano e a imponência estrutural e harmónica da tradição sinfónica alemã, Fauré idealizou um universo pautado por uma vocalidade de inspiração gregoriana, e uma textura orquestral intimista, com um panejamento harmónico de pendor impressionista.

A escuridão silábica dos primeiros compassos do Introït floresce na frase et lux perpetua [e a luz perpétua], sublinhando a importância simbólica da morte enquanto passagem para a vida eterna. A melodia seguinte, entoada pelos tenores, é retomada pelo coro, no Kyrie.

O Offertoire invoca, por três vezes, Cristo, metáfora da Santíssima Trindade, num cânone apenas interrompido pela negritude harmônica sobre as palavras de poenis inferni [das penas do Inferno]. O Hostias é confiado ao barítono sobre um acompanhamento instrumental de contraponto ondulado. A invocação inicial é retomada pelo coro, em crescendo harmónico, culminando num radiante Amen.

O Sanctus espraia-se sobre um ostinato da harpa, sobre a repetição das frases melódicas femininas pelas vozes masculinas. O brevíssimo Hosana, em aparente explosão dinâmica retrocede bruscamente, retomando o ambiente etéreo inicial. O andamento central, Pie Jesu, para soprano solo, é sereno e contemplativo, súplica para que os mortos possam receber o descanso eterno.

Segue-se o Agnus Dei, com dois expressivos temas, nos tenores e na orquestra, com interjeições corais de pendor dramático. Num gesto de pura magia musical, os sopranos entoam a palavra lux [luz], seguindo-se uma progressão melódico-harmónica de grande emotividade. Fauré recupera os compassos iniciais do Introït, terminando com a melodia pastoral da abertura, bálsamo de esperança e tranquilidade.

Os dois últimos andamentos são profundamente contrastantes. O Libera me, compassado, em que o solo suplicante de barítono dá lugar a um vislumbre do Dies irae, seguido da recapitulação da melodia inicial, desta feita pelo coro, e o In Paradisum, melodia diáfana dos sopranos, comentada pelo coro masculino, de pendor conclusivo.

Perante a crítica de que o seu Requiem era “uma canção fúnebre de embalar”, Fauré responderia: “Mas é assim que eu vejo a morte, uma entrega feliz, uma aspiração à felicidade celestial”.

Daqui 

Gabriel Fauré (1824-1924) - 

01 - Requiem, Op. 48, N 97 - I. Introït et Kyrie_ Molto larg
02 - Requiem, Op. 48, N 97 - II. Offertoire_ Allegro molto (
03 - Requiem, Op. 48, N 97 - III. Sanctus_ Andante moderato
04 - Requiem, Op. 48, N 97 - IV. Pie Jesu_ Adagio (Remastere
05 - Requiem, Op. 48, N 97 - V. Agnus Dei_ Andante (Remaster
06 - Requiem, Op. 48, N 97 - VI. Libera me_ Moderato (Remast
07 - Requiem, Op. 48, N 97 - VII. In Paradisum_ Andante mode

Orchestre de La Suisse Romande
Union Chorale de La Tour-de-Peilz

Ernest Ansermet, regente 

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domingo, 14 de setembro de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Symphonies 3, 6 & 8; The Creatures of Prometheus Op.43 - Overture, Coriolan, Op.62 - Overture, Egmont, Op.84 - Overture e Fidelio Overture Op.72b

 

Um disco imperdível; daqueles que reúnem coisas belas, que podem ser visitadas e revisitadas. Neste disco, há duas das sinfonias mais belas significativas para mim. A primeira delas é a épica Sinfonia Eroica, composta em 1805. Tratas-se de um trabalho revolucionário em vários aspectos - no sentido musical, no sentido político e em relação àquilo que ela representa do ponto de vista do posicionamento político do artista. Até então, as sinfonias, mesmo nas mãos de Haydn e Mozart, mantinham certa concisão formal e um caráter relativamente contido. Beethoven rompeu com essas fronteiras: a Sinfonia nº 3 é monumental em extensão, ousada em harmonia e profundamente densa. Beethoven, com ela, rompe a barreira do formalismo. Ela é ousada; impetuosa; repleta de ecos da alma idealista e incontida do compositor. 

A outra Sinfonia é a belíssima "Pastoral". Ela é o antípoda da Terceira. Enquanto a Terceira, foca na intencionalidade no mundo dos homens, a Pastoral é o recolhimento na natureza, percepção de uma alma sensível, que se discplina para prestar atenção aos vários sons produzidos pelos pássaros, pela chuva, pelos trovões, pela tempestade. O compositor costumava realizar caminhadas pelos bosques vienenses. Suas incursões eram atentas. Beethoven deixa transparecer isso em cada movimento - a alegria serena ao chegar ao campo, a dança dos camponeses, o murmúrio do riacho, o temor diante da tempestade e, por fim, o sentimento de gratidão após a bonança. A "Pastoral" é uma das primeiras sinfonias programáticas da história.  

O disco ainda trás a bonita Sinfonia No. 8 e algumas "Aberturas" - The Creatures of Prometheus Op.43, Coriolan, Op.62, Egmont, Op.84 e abertura da ópera Fidélio. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - 

DISCO 01

01 - Beethoven.Symphony No.3 in E flat,боEroicaбпOp.55. I. Allegro con brio
02 - Beethoven.Symphony No.3 in E flat,боEroicaбпOp.55. II. Marcia funebreг.Adagio...
03 - Beethoven.Symphony No.3 in E flat,боEroicaбпOp.55. III. ScherzoгAllegro vivace
04 - Beethoven.Symphony No.3 in E flat,боEroicaбпOp.55. IV. Finaleг-Allegro molto
05 - Beethoven.The Creatures of Prometheus Op.43 - Overture
06 - Beethoven.Coriolan, Op.62-Overture
07 - Beethoven.Egmont, Op.84-Overture

DISCO 02

01 - symphony No. 6 in F Op.68 'pastoral'
02 - symphony No. 6 in F Op.68 'pastoral'
03 - symphony No. 6 in F Op.68 'pastoral'
04 - symphony No. 6 in F Op.68 'pastoral'
05 - symphony No. 6 in F Op.68 'pastoral'
06 - symphony No. 8 in F Op.93
07 - symphony No. 8 in F Op.93
08 - symphony No. 8 in F Op.93
09 - symphony No. 8 in F Op.93
10 - fidelio Overture Op.72b

London Philharmonic Orchestra
Klaus Tennstedt, regente 

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sábado, 13 de setembro de 2025

Joseph Haydn (1732-1809) - Violin Concerto No. 1 C Major Hob.VIIa: 1, Violin Concerto No. 3 A Major Hob.VIIa: 3 e Violin Concerto No. 4 G Major Hob.VIIa: 4

Que disco maravilhoso! 

Segue uma tradução do encarte do disco:

"Os três concertos autênticos para violino de Haydn cabem perfeitamente em um único disco e figuram como parte essencial no repertório de qualquer violinista em ascensão. A razão é clara: ainda que não exibam a mesma virtuosidade ou profundidade emocional dos cinco concertos de Mozart, apresentam desafios próprios, envolvidos em música de charme natural e da característica melodia terrosa do compositor austríaco.

Nesta gravação, a violinista Lisa Jacobs se apresenta ao lado de um conjunto de apenas 14 cordas, acompanhado por um cravo de presença marcante. O entrosamento e a condução das frases são impecáveis, e as cadências criadas pela solista se harmonizam com o contexto da obra. O timbre de Jacobs é límpido e consistente. Falta, no entanto, a marca pessoal que havia distinguido seu disco dedicado a Locatelli no ano passado. Sua interpretação soa segura, mas contida, mesmo após ter levado essas obras em turnê ao longo da última temporada.

Desde 2009, ano do bicentenário da morte de Haydn, houve uma verdadeira virada na forma de interpretar sua música. De lá para cá, o público pôde acompanhar desde o encerramento do primeiro ciclo completo de suas sinfonias em instrumentos de época, até as leituras sempre singulares de Thomas Fey, além do início de uma nova série assinada por Il Giardino Armonico e Giovanni Antonini. No caso dos concertos para violino, a tradição das versões historicamente informadas também é consolidada: a gravação de Simon Standage com o English Concert já completa três décadas, e nomes como Elizabeth Wallfisch, Giuliano Carmignola e Midori Seiler acrescentaram visões marcadamente contemporâneas ao repertório.

É justamente esse frescor que Jacobs e The String Soloists não conseguem transmitir plenamente. Para quem já tem uma versão favorita, talvez seja melhor permanecer com ela".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!  

Joseph Haydn (1732-1809) - 

Violin Concerto No. 1 C Major Hob.VIIa: 1
01. Allegro Moderato 10:32
02. Adagio 5:50
03. Finale. Presto 4:18

Violin Concerto No. 3 A Major Hob.VIIa: 3
04. Moderato 12:42
05. Adagio Moderato 8:19
06. Allegro 6:08

Violin Concerto No. 4 G Major Hob.VIIa: 4
07. Allegro Moderato 9:00
08. Adagio 6:38
09. Allegro 4:11

The String Soloists
Lisa Jacobs, violino 

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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Ottorino Respighi (1879-1936) - Pini di Roma, Fontane di Roma e Feste Romane

 

Numa Itália sufocada pelo fascismo, que permitia apenas a exaltação das tradições e cerceava a livre criação musical; e num cenário musical preponderantemente operístico, dominado pelos compositores veristas, “a geração de oitenta” – à qual pertenceu Respighi – surgiu e se manteve – em meio às mais diversas crises – na luta pela renovação do gosto musical italiano. Na tentativa de conciliação, se orientaram por uma curiosidade pelo novo, pelas vanguardas e pela pesquisa do antigo, do tradicional. Em resposta ao gosto musical italiano, entregue por muito tempo à produção operística, propunham a reabilitação da arte instrumental italiana.

Ottorino Respighi, inicialmente aluno do Liceo Musicale de Bologna, estudou orquestração com Rimski-Korsakov em São Petersburgo e composição com Max Bruch em Berlim. Tornou-se professor na Academia Santa Cecília em Roma e se deixou influenciar por Debussy e Richard Strauss. Sua poética tentava amenizar o verismo triunfante, articulando-o com as tradições musicais (velhos modos de cantochão, música italiana dos séculos XVI e XVIII), com a influência de algumas novas correntes e o espírito reformista. Acabou por criar uma espécie de mistura pós-romântica e impressionista, de tendência neoclássica. Sua produção desafia uma linha classificatória.

Fontes de Roma, Pinheiros de Roma e Festas Romanas compõem a trilogia romana. Os três poemas sinfônicos, gênero de grande destaque em Respighi, evidenciam suas características – a esplêndida orquestração e a elegância e riqueza da escrita, o refinamento de harmonia e timbre – que contribuíram para a conformação de um modelo italiano de poema sinfônico. Sente-se uma preferência pelas formas amplas e estruturas imponentes. 

Daqui

Ottorino Respighi (1879-1936) - 

01 Pini di Roma - I Pini di Villa Borghese
02 Pini di Roma - I Pini presso una catacomba
03 Pini di Roma - I Pini del Gianicolo
04 Pini di Roma - I Pini della Via Appia
05 Fontane di Roma - La fontana di Valle Giulia all...
06 Fontane di Roma - La fontana del Tritone al mattino
07 Fontane di Roma - La fontana di Trevi al meriggio
08 Fontane di Roma - La fontana di Villa Medici al tramonto
09 Feste romane - Circenses
10 Feste romane - Giubileo
11 Feste romane - L'Ottobrata
12 Feste romane - La Befana

Oslo Philharmonic Orchestra

Mariss Jansons, regente 

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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Robert Schumann (1810-1856) - Works for Piano & Orchestra

 Até 1840, Robert Schumann compôs quase que exclusivamente para o piano. Sua futura esposa, Clara Wieck, escreveu em seu diário, em 1839: “Meu maior desejo é que Robert componha para orquestra. Sua imaginação não pode ficar limitada ao piano… O escopo de suas composições é sempre orquestral”.

Mas foi só em 1841, um ano depois de seu casamento, que Clara conseguiu convencê-lo a tentar o gênero sinfônico. Data desse ano sua Sinfonia nº 1 em Si Bemol Maior, Op. 38, conhecida como “Primavera”. Veio depois uma Fantasia para Piano e Orquestra, composta para Clara, uma das maiores pianistas de seu tempo. Schumann resolveu depois acrescentar-lhe dois movimentos, criando assim seu Concerto para Piano e Orquestra, o único que compôs.

O Concerto segue a estrutura dos de Mozart e Beethoven, mas inova em vários aspectos. O mais notável é que se afasta do modelo da época, usado para exibir o virtuosismo do pianista.

Schumann tinha, aliás, escrito anos antes, em uma crítica à prática vigente: “E assim, devemos esperar o gênio que nos vai mostrar, de uma nova e brilhante maneira, como orquestra e piano podem ser combinados e como o solista pode mostrar toda a riqueza de seu instrumento e de sua arte, enquanto a orquestra, não mais apenas uma espectadora, pode entrelaçar suas diferentes facetas à cena”.

Foi ele mesmo quem realizou esse novo modelo. A crítica que Liszt fez à obra é reveladora: “É um concerto sem piano!”.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Robert Schumann (1810-1856) -

01. Piano Concerto in A Minor, Op. 54 - I. Allegro affettuoso
02. Piano Concerto in A Minor, Op. 54 - II. Intermezzo -  Andantino grazioso
03. Piano Concerto in A Minor, Op. 54 - III. Allegro vivace
04. Introduction and Allegro appassionato, Op. 92 - Introduction and Allegro appassionato, Op. 92
05. Introduction and Concert Allegro, Op. 134 - Introduction and Concert-Allegro, Op. 134

Gulbenkian Orchestra
Stephen Gunzenhauser, regente

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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Piano Quartet in G minor, K478 e Piano Quartet in E-flat major, K 493

 
Nesta postagem noturna, encontramos dois singulares quartetos para piano, de Mozart. O primeiro deles - o K. 478 - foi escrito em 1785, ou seja, seis anos antes da morte do compositor. O austríaco estava próximo dos trinta anos. Estava no auge da forma. A escrita da obra foi um lance ousado, posto que o piano "dialogava" de igual para igual com os demais instrumentos, algo que chocou os conservadores. O editor Hoffmeister, que encomendara três quartetos, assustou-se e cancelou o contrato após o primeiro.

Já o segundo - o K.493 -, escrito um anos após o primeiro, trouxe um caráter mais lírico, luminoso e equilibrado, atendendo ao gosto dos ouvintes. A obras são modelos; representam não apenas um marco na música de câmara, mas também a consolidação de uma linguagem que influenciaria gerações posteriores, de Beethoven a Brahms. O diálogo íntimo entre piano e cordas, a riqueza harmônica e a variedade de afetos fazem dessas obras não apenas exercícios de inovação, mas também peças de intensa expressividade.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - 

01. Piano Quartet in G minor, K478 I. Allegro
02. Piano Quartet in G minor, K478 II.  Andante
03. Piano Quartet in G minor, K478 III. Rondeau
04. Piano Quartet in E-flat major, K 493 I. Allegro
05. Piano Quartet in E-flat major, K 493 II.  Larghetto
06. Piano Quartet in E-flat major, K 493 III. Allegretto

Quatuor Festetics

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Pēteris Vasks (1946 - ) - Works for Violin and String Orchestra

A música de Pēteris Vasks ganha outra dimensão quando a gente lembra da história turbulenta — social e política — da Letônia, seu país natal. Suas obras mudam de clima o tempo todo: às vezes surgem momentos de uma beleza arrebatadora, que logo dão lugar a sons fragmentados e cheios de drama. Para Vasks, as três peças para violino e orquestra apresentadas aqui refletem essa dualidade entre a esperança otimista por um futuro melhor e a preocupação com o mundo de hoje. Estão incluídas a fantasia Vox Amoris, o concerto Tāla gaisma (Distant Light), sua primeira e mais extensa obra para violino e orquestra de cordas, e o poema sinfônico Vientuļais eņģelis (Lonely Angel). Todas ganham vida nas mãos da excepcional violinista Alina Pogostkina, acompanhada com maestria pela Sinfonietta Riga sob a regência de Juha Kangas.

Descobrir a música de um compositor pela primeira vez através de uma intérprete igualmente nova para os ouvidos é sempre uma experiência marcante. Foi exatamente isso que aconteceu comigo num concerto da Filarmônica de Los Angeles, regido por Gustavo Dudamel, quando ouvi o Tāla gaisma (Distant Light). Naquela noite, Alina Pogostkina — jovem, linda e absurdamente talentosa — foi a solista. Difícil imaginar uma experiência musical mais perfeita.

A música de Vasks é tão bem construída que soa natural, quase improvisada. Entre suas influências mais fortes estão Arvo Pärt, Giya Kancheli e Henryk Górecki. Assim como eles, ele consegue criar aquela sensação de silêncio luminoso, que parece vir tanto das profundezas da Terra quanto das distâncias inalcançáveis do universo. Mas também compõe passagens tecnicamente desafiadoras, cheias de glissandos e efeitos que testam não só o solista, mas também toda a orquestra de cordas.

Segundo Vasks, o tema de Vox Amoris é a força mais poderosa do mundo: o amor. Ele mesmo disse: "Espero que essa peça toque o coração do ouvinte e torne o mundo um pouco mais aberto e acolhedor para o amor." O violino, como “a voz do amor”, leva o público por uma jornada que vai do florescer delicado até a paixão mais intensa. Já o concerto Tāla gaisma (Distant Light), sua primeira e maior obra para violino e orquestra de cordas, é formado por uma sequência de episódios contrastantes, com toques da música folclórica da Letônia. Não há pausas, apenas três cadências extraordinárias para o violino — difíceis de tocar e arrebatadoras de ouvir.

No terceiro trabalho desse conjunto, Vientuļais eņģelis (Lonely Angel), Vasks tinha uma imagem muito clara na cabeça: “Eu vi um anjo voando sobre o mundo. O anjo olhava para a condição da humanidade com tristeza, mas o leve e quase imperceptível bater de suas asas trazia conforto e cura. Essa peça é a minha música depois da dor.”

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!  

Pēteris Vasks (1946 - ) - 

01. Vox Amoris (23:47)
Fantasia per violino ed archi (2008/09)

02. Tālā gaisma - Distant Light (32:03)
- Concerto for violin and string orchestra (1996/97)

03. Vientuļais eņģelis - Lonely Angel (12:50)
- Meditation for violin and string orchestra (1999/2006)

Sinfonieta Riga
Juha Kangas, regente
Alina Pogostkina, violino 

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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Serenade No. 13 in G major, K525 'Eine kleine Nachtmusik' e Serenade No. 9 in D major, K320 'Posthorn'

 “Ei, eu conheço essa música!” – é o que qualquer um diria ao ouvir essas notas. Mas na verdade elas ainda não eram famosas na época em que Salieri viveu: a obra só foi publicada em 1827, dois anos após a morte de Salieri. E é bem capaz que a obra nunca tenha sido tocada durante a vida de Mozart…

No século XVIII, as serenatas eram compostas para servir de “fundo musical” para algum evento ao ar livre, como bem nos explicou meu colega Frederico Toscano no seu post sobre Cassações, Serenatas e Divertimentos. Os organizadores do evento encomendavam uma música, e o compositor escrevia lá qualquer coisinha, nada muito sério porque ninguém iria prestar muita atenção mesmo. A grande maioria das 13 serenatas de Mozart foi escrita assim, sob encomenda, mas da Serenata nº13 em Sol Maior K.525 pouco se sabe, pois não há dedicatória no manuscrito nem registros de algum evento da época em suas cartas. Em agosto de 1787 Mozart estava escrevendo o segundo ato de Don Giovanni, e deve ter interrompido o trabalho para arrecadar uma graninha extra com a serenata.

Texto completo aqui.  

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - 

Serenade No. 13 in G major, K525 'Eine kleine Nachtmusik'
01. I. Allegro
02. II. Romance: Andante
03. III. Menuetto: Allegretto
04. IV. Rondo: Allegro

Serenade No. 9 in D major, K320 'Posthorn'
05. I. Adagio maestoso - Allegro con spirito
06. II. Menuetto: Allegretto
07. III. Concertante: Andante grazioso
08. IV. Rondeau: Allegro ma non troppo
09. V. Andantino
10. VI. Menuetto. Trio I. Trio II
11. VII. Finale: Presto

Prague Chamber Orchestra
Charles Mackerras, regente 

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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Piotri I. Tchaikovsky (1840-1893) - Romeo and Juliet - Fantasy Overture e Symphony no.6 in b minor, op.74 `Pathetique`

Tchaikovsky soube como ninguém verter as emoções, transformando-as em melodias poderosas e únicas. Neste disco, encontramos duas obras separadas por vinte anos, mas que demonstram como seu romantismo era repleto de sensibilidades que expressam o lado mais misterioso da alma humana.

                A primeira obra é a Fantasia Sinfônica Romeo e Julieta, escrita em 1869. Esta é para mim um dos trabalhos mais bonitos e significativos do compositor russo. Tchaikovsky inspira-se na conhecida tragédia de Shakespeare. Ela é um exemplo de como o compositor utiliza certas histórias para fazer música. Não se trata de uma sinfonia; a obra é um poema sinfônico. Tchaikovsky não reconta a história, visitando cena por cena. Ele, simplesmente, foca nos elementos centrais da história. Notam-se os conflitos; os reveses; a disputa entre as duas famílias; as dúvidas; o triunfo; e, ao final, a tragédia. É belíssimo.

                A segunda obra do disco é a poderosa e melancólica Sinfonia No. 6. Em minha humilde opinião, uma obra-prima sobre a psicologia humana. Ela funciona como uma espécie de testamento musical. Escrita em 1893, a “Patética” é a última obra escrita pelo compositor. Ao ser cunhada com o adjetivo pelo qual ficou também conhecida, quer apontar para a paixão que pretende evocar. “Pathetikos”, em grego, significa “capaz de sentir”, “que provoca emoção”. O termo deriva de “Pathos” – “paixão”, “sofrimento”, “sentimento intenso”. A obra é repleta de luzes mortiças, que bruxuleiam, a cada novo sopro dos ventos do pessimismo, da melancolia. A obra é, assim, uma espécie de réquiem de despedida do compositor. O último movimento, lento e com notas decrescentes, é um adeus, um suspiro final que se desvanece no silêncio.

                O compositor regeu a obra nove dias antes de sua morte. Esse fato torna a obra mais poderosa e repleto de significados. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Piotri I. Tchaikovsky (1840-1893) - 

01 Romeo and Juliet - Fantasy Overture - guido cantelli
02 Symphony no.6 in b minor, op.74 `Pathetique` - i.adagio -
03  ii.Allegro con grazia - guido cantelli
04 iii.Allegro molto vivace - guido cantelli
05 iv.Finale- adagio lamentoso - andante - tempo i -

Philharmonia Orchestra

Guido Cantelli, regente 

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domingo, 7 de setembro de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – St. Matthew Passion, BWV 244

 

Não se sabe a data exata da composição da Paixão segundo Mateus, mas tudo leva a crer que Bach a escreveu no início de 1727 para as celebrações da Sexta-feira santa daquele ano, que caiu num dia 11 de abril, na Igreja de São Tomás, a Thomaskirche, em Leipzig, cidade na qual ele desempenhava a função de Kantor (algo como um secretário municipal da música). Ele voltaria à partitura em 1736 promovendo pequenas revisões, acrescendo o órgão ao baixo-contínuo, para nova apresentação. Depois disso, silêncio. Por um século, essa obra genial estaria encoberta pelo silêncio.

A obra usa os capítulos 26 e 27 do Evangelho de Mateus, entremeados a corais e árias com libreto organizado pelo poeta Christian Friedrich Henrici, mais conhecido como Picander. Por isso, depois do Coral de abertura, o tenor que conduz a ação como o Evangelista já começa seu recitativo dizendo "Da Jesus diese Rede vollendet hatte..." (Quando Jesus terminou estas palavras...), porque a Paixão de Bach pega, literalmente, o bonde andando: é provável que a Paixão fosse apresentada à congregação de fiéis na sequência das leituras da bíblia luterana, daí um início tão abrupto, Jesus terminando de dizer palavras que no texto cantado não apareceram.

Cada recitativo do Evangelista Mateus é acompanhado do baixo-contínuo, como a tradição exige. Poderá ser somente o cravo, ou o órgão. Mas cada vez que Jesus fala — e temos esse contraste logo no segundo recitativo da obra — a sua voz é acompanhada de um "halo musical" das cordas, ou seja, sua voz é protegida por essa moldura especial. Num dos momentos cruciais da Paixão, e essa será sua última fala/recitativo, esse "halo" desaparece e a voz de Jesus é acompanhada "a seco", com o baixo-contínuo comum: é no momento em que ele pergunta, na única frase que não é dita em alemão: "Eli, Eli, lama asabthani?"; que logo o Evangelista nos traduz (para o alemão, claro): "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?".

Esses recitativos de Mateus vão costurando a narrativa, contando a história, e a cada momento se soma uma ária ou coral. Há muito de linguagem cifrada na partitura, coisas que só os músicos vêem. Por exemplo, quando a palavra cálice é cantada, Bach sempre dispõe as notas da melodia de maneira que se desenhe na pauta um cálice inclinado. E há também mimetismos sutis: quando a soprano canta em "Blute nur, du liebes Herz!" (Sangra, querido coração) a ação da serpente (Schlange) na ária que fala da traição de Judas, a música da frase "sepenteia" a palavra. Ou em "Buß und Reu" (Contrição e arrependimento) o tocar staccato das flautas sugerem os pingos das lágrimas que o texto explicita.

Texto completo aqui 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -  

DISCO 01

01 Part I: Double Chor & Boy's Chor - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
02 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
03 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
04 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
05 Part I: Double Chor - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
06 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
07 Part I: Chor I - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
08 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
09 Part I: Alto Recit. - Brigit Finnilae
10 Part I: Alto Aria - Brigit Finnilae
11 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
12 Part I: Soprano Aria - Elly Amling
13 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
14 Part I: Chorus I - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
15 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
16 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
17 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel/Leslie Fyson
18 Part I: Soprano Recit. - Elly Amling
19 Part I: Soprano Aria - Elly Amling
20 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
21 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
22 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel/Nielson Taylor
23 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
24 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
25 Part I: Tenor Recit. and Chorale - Ernst Haeflinger
26 Part I: Tenor Aria and Chor II - Ernst Haeflinger
27 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
28 Part I: Bass Recit. - Benjamin Luxon
29 Part I: Bass Aria - Benjamin Luxon
30 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
31 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
32 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel/Leslie Fyson
33 Part I: Alto & Soprano Duet and Chorus II - Brigit Finnilae/Elly Ameling

DISCO 02


01 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
02 Part I: Double Chorus - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
03 Part II: Alto Aria and Chorus II - Brigit Finnilae
04 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
05 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
06 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/John Noble/Shirley Mintey
07 Part II: Tenor Recit. - Ernst Haeflinger
08 Part II: Tenor Aria - Ernst Haeflinger
09 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/John Noble/Barry McDaniel
10 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
11 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
12 Part II: Dramatic Recit. - Ernat Haeflinger/Neilson Taylor/Patricia Clark
13 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Neilson Taylor
14 Part II: Alto Aria - Brigit Finnilae
15 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
16 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Leslie Fryson
17 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/John Noble/Leslie Fyson
18 Part II: Bass Aria - Benjamin Luxon
19 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon/Barry McDaniel
20 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
21 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon/Julie Kennard
22 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir

DISCO 03


01 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon
02 Part III: Soprano Recit. - Elly Amling
03 Part III: Soprano Aria - Elly Amling
04 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon
05 Part III: Alto Recit. - Brigit Finnilae
06 Part III: Alto Aria - Brigit Finnilae
07 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
08 Part III: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
09 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
10 Part III: Bass Recit. - Benjamin Luxon
11 Part III: Bass Aria - Benjamin Luxon
12 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
13 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
14 Part III: Alto Recit - Brigit Finnilae
15 Part III: Alto Aria and Chorus II - Brigit Finnilae
16 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
17 Part III: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
18 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
19 Part III: Bass Recit. - Benjamin Luxon
20 Part III: Bass Aria - Benjamin Luxon
21 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Benjamin Luxon
22 Part III: Quartet and Chorus II - Benjamin Luxon/Ernst Haeflinger/Brigit Finnilae/Elly Amling
23 Part III: Double Chorus - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir

English Chamber Orchestra
Ambrosian Singers
Desborough School Boys' Choir

Johannes Somary, regente 

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sábado, 6 de setembro de 2025

Philip Glass (1937 - ) - Complete Études For Solo Piano


"A pianista Sally Whitwell volta a mergulhar na música do mestre do minimalismo Philip Glass em seu novo álbum pela ABC Classics, oferecendo uma jornada intensa e envolvente para piano solo.

Em 2011, Whitwell levou para casa o Prêmio ARIA de Melhor Álbum Clássico com Mad Rush, uma coletânea dedicada à obra de Glass. Desde então, sua conexão com o compositor só cresceu, especialmente em torno dos Études – a maior e mais importante obra de Glass para piano solo. Tanto que, em 2013, depois de ouvir Mad Rush, o próprio Glass a convidou para a estreia mundial dos Études, tocando ao lado dele no Perth International Arts Festival. Depois disso, ele voltou a chamá-la para apresentações em Nova York e Los Angeles. Este novo álbum é fruto dessa parceria tão próxima.

Os Études – vinte peças reunidas em dois volumes – foram compostos ao longo de vinte anos, entre 1991 e 2012, e retratam a evolução musical de um dos grandes nomes da nossa época. Como explica Whitwell: “No começo da série, a gente ouve aquele jovem rebelde, desafiando a academia musical com suas estruturas repetitivas, que puxam você para um espaço meditativo único (se você se deixar levar). Mas, ao final, surge uma figura muito mais calma e pragmática. O jovem furioso dá lugar a um lirismo cheio da sabedoria que só a experiência de vida traz”.

Para Whitwell, essa música também tem um lado muito pessoal – tanto que ela decorou todas as notas do ciclo, que dura cerca de noventa minutos. Ela lembra com carinho a primeira vez que tocou para Glass, apenas os dois na sala: “Ele ouviu com atenção e, no final, me aplaudiu sozinho. ‘Seu toque tem verdadeira poesia’, disse. Naquele momento pensei: ‘Pronto, já posso morrer feliz’”."

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Philip Glass (1937 - ) - 

01. Études: No. 1 (07:55)
02. Études: No. 2 (07:26)
03. Études: No. 3 (04:25)
04. Études: No. 4 (08:21)
05. Études: No. 5 (09:07)
06. Études: No. 6 (06:28)
07. Études: No. 7 (10:03)
08. Études: No. 8 (06:40)
09. Études: No. 9 (03:24)
10. Études: No. 10 (09:47)
11. Études: No. 11 (06:57)
12. Études: No. 12 (08:39)
13. Études: No. 13 (04:09)
14. Études: No. 14 (07:18)
15. Études: No. 15 (07:56)
16. Études: No. 16 (06:23)
17. Études: No. 17 (08:31)
18. Études: No. 18 (06:53)
19. Études: No. 19 (07:14)
20. Études: No. 20 (10:04)

Sally Whitwell, piano 

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Johannes Brahms (1833-1897) - Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38, Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99 e Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: Ballata and Ballabile, Op. 160

Encontramos neste disco duas das mais bonitas e delicadas obras do repertório. O Op. 38 de Brahms é, para mim, uma das coisas mais impressionantes escritas por Brahms. Elaborada entre os anos de 1862 e 1865, naquele lento e gradual movimento do compositor, como se maturasse com muita reverência cada nota. Outra coisa importante a se dizer é o encontro perfeito entre os dois instrumentos. Brahms sabia, como ninguém, proporcionar esse encontro.

A Sonata No. 2 é do ano de 1886, ou seja, mais de vinte anos depois, quando o compositor era um espécie de reverendo instrumentalizado; dono de todas as referências e digno de respeito. A diferença é notável: se na primeira obra predomina a introspecção e o peso romântico, aqui encontramos um compositor expansivo, de linguagem mais ousada. Em vinte anos, o compositor desenvolvera novas percepções; a finalidade estética é completamente outra.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38: I. Allegro non troppo
02. Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38: II. Allegro quasi Menuetto
03. Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38: III. Allegro
04. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: I. Allegro vivace
05. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: II. Adagio affettuoso
06. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: III. Allegro passionato
07. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: IV. Allegro molto
08. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: Ballata and Ballabile, Op. 160: No. 1, Ballata

Steffan Morris, violoncelo
Alasdair Beatson, piano

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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No. 2 in C Minor, - "Resurrection"


Sempre fanático pelo tema da morte, Mahler havia terminado a composição de sua Primeira Sinfonia (1888) e logo escreveu o que deveria ser um Poema Sinfônico chamado Totenfeier (Rito Funeral). Logo segue-lhe a ideia de continuar a composição e escrever uma grande Sinfonia nos moldes da Nona de Beethoven (com a intervenção do Coral no fim). Cinco anos depois — Mahler tinha de dividir seu tempo com as atividades de regente e só lhe sobravam as férias de verão para compor — estão prontos os segundo e terceiro movimentos (1893). No ano seguinte (1894), durante os funerais de Hans von Bülow, o grande regente do século XIX, veio-lhe a inspiração para a conclusão da obra com o poema "Die Auferstehung" (A Ressurreição) de Friedrich Klopstock (1724-1803), não temendo a comparação da obra com a Nona de Beethoven — entre a Nona, primeira a usar voz, e esta, só há outra Sinfonia que tenha ousado o coral, a Segunda de Mendelssohn, obra que nunca chegou a alcançar notoriedade — e usando duas solistas, soprano e contralto, e coro no final.

 Texto completo aqui

Gustav Mahler (1860-1911) - 

01 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ I. Allegro maestoso - Mit durchaus ernstem, feierlic
02 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ II. Andante moderato - Sehr gemächlich, nie eilen
03 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ III. In ruhig fießender Bewegung
04 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ IV. Urlicht -Sehr feierlich, aber schlicht
05 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ V. Im Tempo des Scherzo, wild herausfahrend - langsa

Münchner Philharmoniker
Philharmonischer Chor München

Anne Schwanewilms, soprano
Olga Borodina, mezzo-soprano
Valery Gergiev, regente 

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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Jazz - Julian "Cannonball" Adderley (192-1975) - Cannonball's Sharpshooters (1959)

Extraído do encarte:

"Gravando três álbuns de estúdio pelo selo EmArcy, os Sharpshooters de Cannonball Adderley eram uma banda de jazz poderosa no fim dos anos 1950, capaz de colocar swing em qualquer situação e se destacar entre os melhores. Com Junior Mance no piano, Sam Jones no baixo e Jimmy Cobb na bateria, Cannonball e seu irmão Nat Adderley eram jovens, já muito respeitados, e garantiam que esse quinteto pudesse ser colocado entre as melhores bandas de jazz da época. Com uma seção rítmica de primeira, os Adderleys tinham praticamente a formação ideal — tanto para o soul-jazz quanto para o hard bop. Músicas como “Our Delight”, de Tadd Dameron, a acelerada “Stay on It” e o standard “If I Love Again” mostram bem isso, sendo grandes exemplos da energia do jazz pós-Charlie Parker — especialmente a última, em que os sopros se envolvem num diálogo cheio de vida e criatividade".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Our Delight
02. What's New
03. Fuller Bop Man
04. Jubilation
05. Stay On It
06. If I Love Again
07. Straight, No Chaser

Not on original LP but from the same sessions:
08. Fuller Bop Man (Long Version)
09. I'll Remember April

From the album "Kenya: Afro-Cuban Jazz with Machito" featuring Cannonball Adderley
10. Congo Mulence
11. Oyeme
12. Cannonology
13. Tururato
14. Minor Rama
15. Conversation
16. Frenzy 

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John Adams (1947 - ) - Absolute Jest for String Quartet and Orchestra e Naive and Sentimental Music

Do encarte do disco:

No encerramento de sua trajetória como Diretor Musical e após conduzir as celebrações do 125º aniversário da orquestra ao longo de duas temporadas, Peter Oundjian e a Royal Scottish National Orchestra apresentam sua segunda incursão discográfica pelo universo sonoro de John Adams, em parceria com o extraordinário Doric String Quartet.

Entre as obras escolhidas está Naive and Sentimental Music, uma sinfonia em larga escala que mobiliza seis percussionistas, sampler de teclado e até uma guitarra de aço amplificada. O resultado é um painel grandioso, repleto de contrastes e choques harmônicos, que traduz em sons a reflexão de Friedrich Schiller, no ensaio de 1795 Über naive und sentimentalische Dichtung, sobre a tensão entre a poesia “ingênua” e a “sentimental”. Ao mesmo tempo, a obra espelha a vida musical “bipolar” de Esa-Pekka Salonen, a quem é dedicada e que, em 1999, regeu a estreia com a Filarmônica de Los Angeles.

A outra peça do programa, Absolute Jest, é um scherzo monumental para quarteto de cordas amplificado e orquestra, permeado de referências a Beethoven — presença tutelar que Adams sempre reverenciou. O quarteto solista, inserido tardiamente na partitura, amplia ainda mais os ecos dos quartetos beethovenianos, permitindo um fluxo de virtuosismo quase “interestelar”, aqui encarnado com brilho pelo Doric String Quartet.

Não faltam vozes que apontem John Adams como o maior compositor vivo dos Estados Unidos. O fato é que sua música tem encontrado cada vez mais espaço em palcos britânicos e europeus. Talvez não por acaso: essas obras, entre todas as de sua produção, dialogam de forma particular com a herança musical do continente.

Em Absolute Jest (2011), Adams constrói uma fantasia vibrante em sete seções contínuas sobre os quartetos tardios de Beethoven, sobretudo o nº 16 em Fá maior, Op. 135, e o nº 14 em Dó sustenido menor, Op. 131. Longe de ser um concerto convencional para quarteto e orquestra, a obra utiliza os solistas como ponto de partida para o jogo criativo da orquestra, em uma experiência sonora tão espirituosa quanto qualquer outra de seu catálogo.

Naive and Sentimental Music revela um caráter quase bruckneriano — como se Bruckner tivesse trocado as montanhas austríacas pelo sol californiano e experimentado os timbres de uma guitarra havaiana ou country. Se existem registros tecnicamente mais polidos da obra, poucos captam com tanta autenticidade sua essência quanto esta leitura de Oundjian.

O resultado é uma gravação que não apenas reafirma a vitalidade da música de Adams, mas também celebra o diálogo transatlântico entre tradição e modernidade. Uma recomendação segura para quem busca conhecer — ou redescobrir — o compositor em sua dimensão mais universal.

John Adams (1947 - ) - 

Absolute Jest for String Quartet and Orchestra (2011, revised 2012)
Dedicated to my friends Brent Assink, John Goldman, and Michael Tilson Thomas
01. Dotted crotchet = 100 - Poco miù mosso - Tranquillo (lo stesso tempo dotted crotcher = 100) - (10:36)
02. Presto dotted crotchet = 130 - Lo stesso tempo - minim = 97 - dotted crotchet = 127 - (3:36)
03. Lo stesso tempo (dotted crotchet = 116) - minim = 87 - crotchet = 87 - (1:08)
04. Meno mosso crotchet = 80 - crotchet = 76 Moderato e tranquillo - dotted minum = 116 - (3:20)
05. Vivacissimo (Lo stesso tempo dotted minum = 116) - (1:56)
06. Prestissimo dotted crotchet = 116 - minum = 88 - minum = 102 - minum = 60 (4:49)

Naive and Sentimental Music (1997-98) - 
for Orchestra
For Esa-Pekka
07. I. Naive and Sentimental Music. Quaver = 92 - quaver = 108 - quaver = 116 - (18:51)
08. II. Mother of the Man. Very calm crotchet = 72 - crotchet = 60 - (15:49)
09. III. Chain to the Rhythm. Crotchet = 92 - minum = 96 - minum = 72 - minum = 100 (11:18)

Doric String Quartet
Royal Scottish National Orchestra

Peter Oundjian, regente

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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Steve Reich (1936 - ) - Music for 18 Musicians

"Music for 18 Musicians" foi escrita em 1976. Na ocasião, o compositor possuía apenas 40 anos. A música causou um grande impacto, pois ela é uma experiência de suspensão do tempo; há quase que uma sensualidade hipnótica. O resultado é uma obra-prima do minimalismo musical. 

Escrita para um conjunto de vozes femininas, cordas, clarinetes, pianos, marimbas, xilofones e vibrafones, a obra constrói um verdadeiro organismo vivo. Durante pouco mais de uma hora, o que se ouve é um fluxo contínuo de padrões rítmicos e harmônicos que se expandem e se contraem como respirações. O ciclo é sustentado por um pulso constante — uma batida quase orgânica — que guia os intérpretes e imerge o ouvinte em um estado meditativo. É algo que enfeitiça. Há uma repetição de padrões que cria um efeito extraordinário.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Steve Reich (1936 - ) - 

01. Pulses (04:12)
02. Section I (04:04)
03. Section II (04:03)
04. Section IIIA (03:46)
05. Section IIIB (03:59)
06. Section IV (04:53)
07. Section V (04:48)
08. Section VI (03:56)
09. Section VII (03:33)
10. Section VIII (03:19)
11. Section IX (04:04)
12. Section X (01:18)
13. Section XI (04:12)
14. Pulses II (03:47)

Erik Hall  

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