sexta-feira, 16 de maio de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Concerto para Piano nº 15 em Si bemol maior, K. 450, Concerto para Piano nº 16 em Ré maior, K. 451 e Concerto para Piano nº 17 em Sol maior, K. 453

 

Mozart é daqueles compositores que nos capturam pela beleza e pela simplicidade. Tudo o que fez soa com um imenso bom gosto. É algo para ouvir e ficar admirado a cada nova audição. Recordo que tinha um colega que, para ele, a única música de verdade era a de Bach. Ele tinha formação em música pela Universidade de Brasília. Na sua concepção, o único músico que atingiu a perfeição foi Bach. Ficávamos por longos minutos discutindo. Ele condenava tudo aquilo que não era Bach. Dizia que a música de Mozart e a música de Beethoven eram pobres; que estruturalmente não possuíam a complexidade da música de Bach. 

Não recordo o que dizia para ele, mas tentava mostrar o quanto ele estava equivocado. Não que eu questionasse a tese dele sobre a música de Bach. Concordava com todos os termos. Só não concordava com a posição de jogar fora radicalmente os outros compositores. Atualmente, não tenho contato com ele. Sigo admirando os três compositores; sendo sabedor que cada um contribuiu à sua maneira, criando aquilo que de mais bonito a humanidade foi capaz de conceber. 

Neste disco, seguem três bonitos concertos - os de número 15, 16 e 17. Os três foram compostos no ano de 1784, no período vienense do compositor. São obras que revelam um equilíbrio notável entre o virtuosismo pianístico, lirismo melódico e engenhosidade orquestral. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) -

01 - I. Allegro
02 - II. Andante
03 - III. Rondo. Allegro di molto
04 - I. Allegro
05 - II. Andante
06 - III. Allegro
07 - I. Allegro
08 - II. Andante
09 - III. Allegretto. Presto

Mozarteumorchester Salzburg
Howard Griffiths, regente
Claire Huangci, piano

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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Sinfonia nº 3 em Dó maior, op. 52 e Sinfonia nº 5 em Mi bemol maior, op. 82

Jean Sibelius foi o mais célebre compositor do seu país, a Finlândia. Sibelius escreveu obras que permanecem constantemente sendo visitadas. Entre esses trabalhos belos e extraordinários estão a Terceira e Quinta sinfonias. 

A 3ª Sinfonia, por exemplo, foi composta no ano de 1907. Sua escrita se deu logo após a tempestuosa e épica Segunda Sinfonia (1902) - sendo esta a de que mais gosto entre as sete que escreveu -, a 3ª representa uma guinada estética do compositor. Ao invés de seguir fielmente as influências do romantismo expansivo, bastante comum entre os compositores do seu tempo, Sibelius muda determinadas convenções. Um exemplo é o fato de a Terceira apresentar somente três movimentos. Do ponto de vista estrutural, ele é mais leve, mais suave; de orquestração bem enxuta e elegante. É justamente essa característica que a torna um trabalho singular.

A Quinta foi composta durante a Primeira Guerra Mundial. A Finlândia enfrentava uma turbilhão de eventos. Ela começou a ser escrita em 1915, mas passou por uma revisão em 1917, até ganhar a forma definitiva em 1919. Novamente, o compositor estrutura outra de suas sinfonias em três movimentos. Sibleius viveu em Ainola, sua casa de campo ficava próxima a um lago cercado por florestas, onde a natureza era parte fundamental de sua vida e música. Em seu diário, anotou em 1915:

“Hoje, às dez, vi dezesseis cisnes. Um dos maiores momentos da minha vida! Oh Deus, que beleza! Eles desapareceram em direção ao sol como uma flecha de prata... Isso deixou uma marca profunda em mim. [...] O canto dos cisnes é a ideia da Quinta Sinfonia.”

Essa visão transformou-se no célebre tema dos trompas no terceiro movimento — o tema dos cisnes — que evoca não só majestade e serenidade, mas também um sentimento de destino e eternidade. Trata-se de uma obra cujo senso de evocação da natureza é intenso e profundo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Jean Sibelius (1865-1957) -

01 - I. Allegro moderato
02 - II. Andantino con moto, quasi allegretto
03 - III. Moderato - Allegro ma non tanto
04 - I. Tempo molto moderato
05 - II. Andante mosso, quasi allegretto
06 - III. Allegro molto
07 - Pohjola's Daughter, Op. 49

Gothenburg Symphony Orchestra
Santtu-Marias Rouvali, regente

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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Robert Schumann (1810-1856) - Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 e Jean Sibelius (1865-1957) - Symphony No. 1 in E Minor, Op. 39


Um baita disco; daqueles que geram contentamento pela substância que carrega. No caso, são duas sinfonias espetaculares - a Quarta, de Schumann; e a Primeira, de Sibelius. A primeira, do século XIX; a segunda, ainda do século XIX (1899/1900), mas já às portas do século XX. Sou um grande admirador dos trabalhos sinfônicos dos dois compositores. 

A Sinfonia No. 4 de Robert Schumann foi, originalmente, composta em 1841, durante um período de intensa criatividade sinfônica do compositor, logo após seu casamento com Clara Wieck. No entanto, a obra foi amplamente revisada e reapresentada em 1851, e é essa versão revisada que geralmente é executada atualmente - inclusive, a versão executada neste disco. Essa sinfonia apresenta uma inovação importante para a época: a integração dos quatro movimentos em um único arco contínuo, sem interrupções, o que a distingue no repertório romântico. 

Já a Sinfonia No. 1, de Sibelius, é um trabalho cuja beleza sempre gera admiração. Ela marca sua entrada no repertório sinfônico com uma obra já dotada de voz própria, ainda que sob a sombra de influências como Tchaikovsky e Borodin. Composta entre 1898 e 1899, e revisada em 1900, a obra foi escrita num momento decisivo para a Finlândia, que vivia sob domínio russo, e em que surgia um forte movimento nacionalista. Sibelius, profundamente envolvido com essa causa, construiu nessa obra uma identidade musical que, embora ainda em formação, já delineia o idioma sinfônico nórdico que ele consolidaria nas sinfonias seguintes.

Trata-se de um disco excelente. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01 - Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version)_ I. Ziemlich langsam - Lebhaft (Live)
02 - Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version)_ II. Romanze. Ziemlich langsam (Live)
03 - Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version)_ III. Scherzo. Lebhaft (Live)
04 - Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version)_ IV. Langsam - Lebhaft (Live)
05 - Symphony No. 1 in E Minor, Op. 39_ I. Andante, ma non troppo - Allegro energico (Live)
06 - Symphony No. 1 in E Minor, Op. 39_ II. Andante ma non troppo lento (Live)
07 - Symphony No. 1 in E Minor, Op. 39_ III. Scherzo. Allegro (Live)
08 - Symphony No. 1 in E Minor, Op. 39_ IV. Finale. Andante (Live)

Sinfonieorchester des Südwestfunks
RadioSinfonieorchester Stuttgart des SWR

Eliahu Inbal, regente

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Franz Xavier Mozart (1791-1844) - Piano Sonata in G Major, Op. 10, Fantasy on the Russian Song Tchem tebya ya ogortshila and a Krakowiak in A Major, FXWM VII:30, Variations on a Minuet from the First Finale of W.A. Mozart's Don Giovanni in F Major, Op. 2 etc


Franz Xaver Wolfgang Mozart foi o filho mais novo de Wolfgang Amadeus Mozart e Constanze Weber. Nascido em Viena poucos meses antes da morte de seu pai, Franz Xaver cresceu sob a sombra do legado monumental de W.A. Mozart. Desde cedo, sua mãe dedicou-se a preservar a memória do marido e incentivou o filho a seguir a carreira musical. Ele estudou com mestres renomados, como Johann Nepomuk Hummel, Antonio Salieri e Sigismund von Neukomm, desenvolvendo-se como pianista virtuoso, compositor e professor.
 
Apesar do talento, Franz Xaver passou grande parte de sua vida com um profundo senso de insegurança, provocado pelas inevitáveis comparações com o pai. O grande dilema de Franz Xaver é que não se nasce um mesmo Wolfgang Amadeus (pai) no mesmo planeta. Sua música possui uma mescla entre classicismo tardio e um romantismo. Percebe-se um aspecto refinado da influência do pai em seus trabalhos, mas há toques pessoais e uma delicada sensibilidade. Um exemplo é a bonita e elegante sonata para piano, escrita no ano de 1819. As outras obras do disco são variações, que notabilizaram o compositor. Destaque para o Op. 2, escrito quando o Franz Xaver possuía apenas 16 anos de idade. É perceptível o talento do compositor ao produzir uma obra a partir da famosa ópera do seu pai. Outra bonita variação é o Op. 20, do ano de 1824, de caráter bastante melancólico e contemplativo. Não deixe de ouvir esse bonito e agradável disco. Uma boa apreciação!

Franz Xavier Mozart (1791-1844) -

01. Mozart: Piano Sonata in G Major, Op. 10: I. Allegro moderato
02. Mozart: Piano Sonata in G Major, Op. 10: II. Largo
03. Mozart: Piano Sonata in G Major, Op. 10: III. Minuetto - Trio
04. Mozart: Piano Sonata in G Major, Op. 10: IV. Rondo. Allegretto
05. Mozart: Fantasy on the Russian Song Tchem tebya ya ogortshila and a Krakowiak in A Major, FXWM VII:30
06. Mozart: Variations on a Minuet from the First Finale of W.A. Mozart's Don Giovanni in F Major, Op. 2
07. Mozart: Variations on a Russian Theme in G Minor, Op. 20

Robert Markham, piano 

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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 9 em mi menor, Op. 28 e Sinfonia nº 14 em dó maior, Op. 37


Continuando a nossa saga myaskovskyana, vamos a mais uma postagem. Dessa vez, aparecem as sinfonias 9 e 14. A Nona Sinfonia foi escrita entre os anos de 1926 e 1927 e representa uma inflexão na sua jornada como compositor. Após o lirismo sombrio dos primeiras trabalhos sinfônicos, a Nona segue uma estrutura mais formal e equilibrada. Dividida em quatro movimentos, a obra mostra um claro retorno a estruturas tradicionais, com uma linguagem harmônica ainda complexa, mas menos dissonante do que em suas obras anteriores.

Já a Sinfonia de número 14 é do ano de 1933. Ele indica o ponto em que o Regime Soviético começava a pressionar os compositores por uma música mais "compreensível" e voltada ao público geral. Diferente das obras densas e melancólicas da década anterior, a 14ª Sinfonia é mais luminosa, pastoral e otimista. É um trabalho acessível, mas com profundidade emocional e estrutural. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) -

(01) Symphony No. 9(1927) in e-moll op.28- Andante sostenuto
(02) Symphony No. 9(1927) in e-moll op.28- Presto
(03) Symphony No. 9(1927) in e-moll op.28- Lento molto
(04) Symphony No. 9(1927) in e-moll op.28- Allegro con grazia
(05) Symphony No. 14(1933) in C-dur op.37- Allegro giocoso
(06) Symphony No. 14(1933) in C-dur op.37- Andantino, quasi allegretto
(07) Symphony No. 14(1933) in C-dur op.37- Quasi presto
(08) Symphony No. 14(1933) in C-dur op.37- Andante sonstenuto
(09) Symphony No. 14(1933) in C-dur op.37- Allegro con fuoco

The Russian State Symphony Orchestra

Yevgeny Svetlanov, regente

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Franz Schubert (1797-1828) - Trio No. 2 en Mi Bémol Majeur, Op. 100, D. 929 e Quintette en la Majeur, Op. 114, D. 667 - "La Truite"


Já explicitei por aqui mais de uma vez o quanto a obra camerística de Schubert é preciosa para mim. Ele escreveu ao longo de sua curta vida, verdadeiras obras-primas do gênero. São obras que evidenciam a maturidade e o domínio da forma. Além disso, o compositor conseguia disseminar um virtuosismo, conciliando uma força emotiva e uma beleza incomum. Neste disco, encontramos duas dessas obras imortais. São duas das obras as quais mais admiro. Não gostei tanto da interpretação do Trio Chausson. Mas é importante conhecê-la. 

Postei há menos de um mês uma outra versão dessa obra. Escrita em 1827, apenas uma ano antes da morte prematura do compositor, é uma das mais importantes e monumentais obras de câmara do século XIX. Ela foi concebida em um período de grande maturidade criativa do compositor, sendo contemporânea do ciclo de canções Winterreise.   Há notícias de que Schumann e Brahms eram grandes admiradores dela.

Já a segunda obra do disco é o monumental Quinteto em Lá menor, Op. 100, popularmente conhecido como "A truta" (Die Forelle). É uma das obras mais encantadoras e originais de Franz Schubert. Composto em 1819, quando Schubert tinha apenas 22 anos, o quinteto recebeu esse apelido porque seu quarto movimento consiste em variações sobre o famoso lied de Schubert "Die Forelle", escrito dois anos antes. É uma obra cuja beleza revela inventividade do compositor, já que a formação para a obra é bastante incomum; ou seja, com piano, violino, viola, violoncelo e contrabaixo, uma formação bastante incomum. 

Não deixe ouvir. Uma boa apreciação!

Franz Schubert (1797-1828) - 

01 - Trio No. 2 en Mi Bémol Majeur, Op. 100, D. 929 _ I. Allegro Vivace
02 - Trio No. 2 en Mi Bémol Majeur, Op. 100, D. 929 _ II. Andante con Moto
03 - Trio No. 2 en Mi Bémol Majeur, Op. 100, D. 929 _ Scherzo_ III. Allegro Moderato
04 - Trio No. 2 en Mi Bémol Majeur, Op. 100, D. 929 _ IV. Allegro Moderato
05 - Quintette en la Majeur, Op. 114 _La Truite_, D. 667 _ I. Allegro Vivace
06 - Quintette en la Majeur, Op. 114 _La Truite_, D. 667 _ II. Andante
07 - Quintette en la Majeur, Op. 114 _La Truite_, D. 667 _ III. Scherzo
08 - Quintette en la Majeur, Op. 114 _La Truite_, D. 667 _ IV. Andantino
09 - Quintette en la Majeur, Op. 114 _La Truite_, D. 667 _ V. Allegro Giusto

Trio Chausson

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domingo, 11 de maio de 2025

Jazz - Herbie Hancock (1940 - ) - Speak Like A Child (1968)

"Speak Like A Child" foi lançado em 1968. As faixas carregam títulos e atmosferas que remetem à infância, à inocência, ao idealismo.  A música-título, "Speak Like a Child", sintetiza bem esse espírito, com sua melodia delicada e harmonias sofisticadas. O disco se posiciona entre o hard bop e os experimentalismos que consagrariam Hancock a partir dos anos 70. 

O álbum se destaca pela formação incomum: um sexteto que, além do piano de Hancock, inclui Ron Carter no baixo e Mickey Roker na bateria, além de um trio de sopros sem saxofone - Thad Jones no flugelhorn, Jerry Dodgion na flauta e Peter Phillips no trombone baixo. Essa combinação de timbres oferece uma sonoridade suave, quase onírica, que casa perfeitamente com o clima introspectivo das composições e com a intenção do disco.

Pode-se dizer que  "Speak Like A Child" é uma obra obra-prima discreta. Aponta para genialidade artística do músico, explorando novas possibilidades melódicas sem perder o lirismo e o senso de beleza que são próprios do seu estilo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Riot (Hancock) - 4:39
02. Speak Like a Child (Hancock) - 7:49
03. First Trip (Carter) - 6:03
04. Toys (Hancock) - 5:52
05. Goodbye to Childhood (Hancock) - 7:07
06. The Sorcerer (Hancock) - 5:37

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Maurice Ravael (1875-1937) - The Complete Solo Piano Works and Concertos

Maurice Ravel foi um dos principais representantes da música francesa do final do século XIX e da primeira metade do século XX. Associado ao impressionismo musical, assim como Claude Debussy, Ravel procurava fugir a esse rótulo e se autodefinia como classicista moderno. E, de fato, quando nos referimos à sua música, a primeira impressão que salta aos ouvidos é a clareza formal, a precisão técnica e a elegância de estilo. 

Ravel era um grande orquestrador. Era capaz de extrair cores e timbres inovadores da orquestra com sutileza e refinamento; seus dois concertos para piano (presentes nesta postagem) atestam isso. Seu domínio técnico era capaz de criar texturas sonoras de grande riqueza e detalhamento. Em sua música encontramos vários estilos como o jazz, o folclore e temas espanhóis. Para o piano, o compositor era indizível ao criar de texturas como, por exemplo, a na peça Miroirs ou Gaspard de la nuit, ambas de grande complexidade técnica e de profunda beleza poética. 

Nesta postagem, o jovem pianista sul coreano Seong-Jin Cho (de apenas 30 anos), coloca-nos diante desse monumento delicado e repleto de reflexos e mistérios diversos. A música de Ravel é habitada por  sinestesias. Ao ouvir as obras do compositor, a impressão que passamos a ter é de que estamos dentro de uma sonho repleto de paredes espelhadas. Ou seja, algo de alta concentração poética.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Sérénade grotesque, M. 5
02. Menuet antique, M. 7
03. Pavane pour une infante défunte, M. 19
04. Jeux d'eau, M. 30
05. Sonatine, M. 40: I. Modéré
06. Sonatine, M. 40: II. Mouvement de menuet
07. Sonatine, M. 40: III. Animé
08. Miroirs, M. 43: I. Noctuelles
09. Miroirs, M. 43: II. Oiseaux tristes
10. Miroirs, M. 43: III. Une barque sur l'océan
11. Miroirs, M. 43: IV. Alborada del gracioso
12. Miroirs, M. 43: V. La vallée des cloches
13. Gaspard de la nuit, M. 55: I. Ondine
14. Gaspard de la nuit, M. 55: II. Le Gibet
15. Gaspard de la nuit, M. 55: III. Scarbo
16. Gaspard de la nuit, M. 55: Menuet sur le nom d'Haydn, M. 58
17. Valses nobles et sentimentales, M. 61: I. Modéré, très franc
18. Valses nobles et sentimentales, M. 61: II. Assez lent, avec une expression intense
19. Valses nobles et sentimentales, M. 61: III. Modéré
20. Valses nobles et sentimentales, M. 61: IV. Assez animé
21. Valses nobles et sentimentales, M. 61: V. Presque lent, dans un sentiment intime
22. Valses nobles et sentimentales, M. 61: VI. Vif
23. Valses nobles et sentimentales, M. 61: VII. Moins vif
24. Valses nobles et sentimentales, M. 61: VIII. Epilogue. Lent
25. Valses nobles et sentimentales, M. 61: Prélude in A Minor, M. 65
26. Valses nobles et sentimentales, M. 61: À la manière de Borodine, M. 63/1
27. Valses nobles et sentimentales, M. 61: À la manière de Chabrier, M. 63/2
28. Le tombeau de Couperin, M. 68: I. Prélude
29. Le tombeau de Couperin, M. 68: II. Fugue
30. Le tombeau de Couperin, M. 68: III. Forlane
31. Le tombeau de Couperin, M. 68: IV. Rigaudon
32. Le tombeau de Couperin, M. 68: V. Menuet
33. Le tombeau de Couperin, M. 68: VI. Toccata
34. Piano Concerto in G Major, M. 83: I. Allegramente
35. Piano Concerto in G Major, M. 83: II. Adagio assai
36. Piano Concerto in G Major, M. 83: III. Presto
37. Piano Concerto for the Left Hand in D Major, M. 82: I. Lento
38. Piano Concerto for the Left Hand in D Major, M. 82: II. Allegro
39. Piano Concerto for the Left Hand in D Major, M. 82: III. Tempo I
40. Jeux d'eau, M. 30 (Live Version) 

Boston Symphony Orchestra
Andris Nelsons, regência
Seong-Jin Cho, piano

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sábado, 10 de maio de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 10 em fá menor, op. 30, Sinfonia nº 11 em si bemol menor, op. 34 e Sinfonia nº 19 em mi bemol maior, op. 46 - vol. 2

Vamos à segunda postagem com as sinfonias de Nikolay Myaskovsky, conhecido como "o pai da sinfonia soviética". Neste disco, aparecem três de suas sinfonias. A primeira delas é de número 10. Escrita em 1927, o trabalho ocorreu em meio a um momento de grande experimentação formal e estética na União Soviética pós-revolução. Quando da sua escrita, comemorava-se dez anos da Revolução de 17, todavia a obra não possui caráter panfletário; pelo contrário, ela apresenta uma reflexão dramática e pessoal.

A Sinfonia de número 11 foi escrita em 1931. Neste trabalho, a busca por uma linguagem mais formal, que atendesse aos interesses do regime fica evidente. O trabalho escrito quatro anos após a Sinfonia de número 10, possui uma linguagem mais acessível e bastante depurada. Há uma influência de temas populares e uma estrutura mais simples. 

A Sinfonia de número 19, também conhecida como "Sinfonia para banda sopros", possui um caráter eminentemente funcional e patriótico. Composta em 1938, esta obra singular foi encomendada pelo Exército Vermelho e escrita para banda de sopros, um gesto claro de adaptação à música de massas e à função de exaltação pública. O compositor alinha o trabalho com ideais do realismo socialista.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) -

(01) Symphony No. 10(1927) in f-moll op.30- Un poco sostenuto
(02) Symphony No. 11(1932) in b-moll op.34- Lento
(03) Symphony No. 11(1932) in b-moll op.34- Andante
(04) Symphony No. 11(1932) in b-moll op.34- Precipitato
(05) Symphony No. 19(1939) in es-dur op.46- Maestoso
(06) Symphony No. 19(1939) in es-dur op.46- Moderato
(07) Symphony No. 19(1939) in es-dur op.46- Andante serioso
(08) Symphony No. 19(1939) in es-dur op.46- Poco maestoso

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente

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Alexander P. Borodin (1833-1887) - Symphony No. 1 in E flat, Symphony No. 2 in B minor e Polovtsian Dances (From _Prince Igor_)

 

Alexander Borodin foi um dos principais representantes do nacionalismo russo. Vale mencionar que ele fez parte do Grupo dos Cinco. Essa confraria era representado por outros músicos - Balakirev, Cui, Mussorgsky e Rinsky-Korsakov, além do próprio Borodin. Apesar de não possuir uma obra tão vasta, aquilo que escreveu possui uma qualidade ímpar. Borodin era químico de formação e se dividia entre a composição e os experimentos científicos. Neste disco, encontramos duas das sinfonias que ele escreveu.

A Sinfonia No. 1 foi escrita entre os anos de 1862 e 1867. A obra foi produzida sob a orientação de Balakirev. Ela se destaca pelo uso de temas folclóricos e pela orquestração robusta como era próprio dos nacionalistas russos. Nesta obra, o compositor procura consolidar uma linguagem musical nacionalista. Ele procura conciliar a forma clássica aos elementos próprios do conteúdo temático da música russa. 

Já a Sinfonia No. 2 foi escrita entre os anos de 1869 e 1876. Entre as sinfonias escritas por ele, a Segunda é a de que mais gosto. Ela é chamada, por vezes, como "Heroica" pela sua força, pelo seu caráter épico. Seu primeiro movimento é impetuoso, vigoroso e dramático. 

Já a Polovtsian Dances são do ano de 1875 e fazem parte da ópera Príncipe Igor. O compositor trabalhou na obra por mais de uma década e a deixou inacabada. Coube a Korsakov e a Glazunov finalizarem o trabalho. As Danças surgem no segundo ato da ópera, como parte de uma cena na qual os cativos russos assistem à apresentação de dançarinas polovetsianas, um povo nômade das estepes da Ásia Central. A música possui um sabor exótico e vibrante, com orquestração colorida e com forte sabor oriental. Um baita disco para conhecer algumas das obras do compositor. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Alexander P. Borodin (1833-1887) -

01 - Symphony No. 1 in E flat - 1. Adagio - Allegro
02 - Symphony No. 1 in E flat - 2. Scherzo (Prestissimo) - Trio (Allegro)
03 - Symphony No. 1 in E flat - 3. Andante
04 - Symphony No. 1 in E flat - 4. Allegro molto vivace
05 - Symphony No. 2 in B minor - 1. Allegro
06 - Symphony No. 2 in B minor - 2. Scherzo (Prestissimo -
07 - Symphony No. 2 in B minor - 3. Andante
08 - Symphony No. 2 in B minor - 4. Finale (Allegro)
09 - Polovtsian Dances (From _Prince Igor_)

Rotterdam Philharmonic Orchestra
Valéry Gergiev, regente
Philharmonia Orchestra
The London Opera Chorus

Vladimir Ashkenazy, regente

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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Jazz - Hank Mobley (1930-1986) - No Room For Squares (1964)

Lançado, em 1964, pelo selo Blue Note, No Room for Squares é um dos álbuns mais expressivos do saxofonista tenor Hank Mobley, figura fundamental do hard bop nos anos 1950 e 1960. Gravado em duas sessões distintas nos dias 7 de março e 2 de outubro de 1963, o disco reúne uma formação de músicos renomados, incluindo Lee Morgan (trompete), Andrew Hill e Herbie Hancock (piano), John Ore e Butch Warren (baixo), e Philly Joe Jones (bateria). 

O disco se destaca pelo equilíbrio entre sofisticação harmônica e o swing contagiante, um das características que notabilizaram Mobley. Hancock ao piano confere um certo ar moderno ao disco; já a presença de Lee Morgan adiciona uma energia explosiva ao trompete. O disco é importante por capturar o momento de transição do jazz, ou seja, o período em que haveria uma maior complexidade, principalmente a partir da segunda metade da década de 60. 

Destaque para as faixas "No Room For Squares" e "Me 'n You", que revelam maestria de Mobley em criar temas melódicos que se desdobram em solos fluentes e líricos. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Three Way Split (Mobley)
02. Carolyn (Morgan)
03. Up a Step (Mobley)
04. No Room for Squares (Mobley)
05. Me 'n You (Morgan)
06. Old World, New Imports (Mobley) 

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Joaquín Rodrigo (1901-1999) - Concierto de Aranjuez e Fantasía para un Gentilhombre e Manuel de Falla (1876-1946) - El sombrero de tres picos - Part 2

Joaquin Rodrigo foi um dos compositores espanhóis mais importantes do século XX. Cego desde os três anos de idade, o compositor se notabilizou pela beleza de suas obras, pelo domínio da orquestração e o trabalho sublime com a tradição e com o folclore espanhol. Neste disco, encontramos duas de suas obras principais. 

O Concerto de Aranjuez foi escrito em 1939; é, sem sombras de dúvida, sua obra mais famosas; e uma das peças para violão e orquestra mais populares do repertório clássico. Foi escrito em uma época de grande instabilidade política e social no país, já que se vivia o contexto da Guerra Civil Espanhola. A inspiração veio dos jardins do Palácio Real de Aranjuez. Rodrgo utiliza harmonias claras, melodias cantáveis e uma orquestração precisa que respeita a delicadeza do violão. 

Já a Fantasia para un Gentilhombre foi escrita em 1954 e dedicada ao violonista Andrés Segovia. Rodrigo baseou a peça em danças e temas do compositor barroco espanhol Gaspar Sanz (século XVII), cujas obras para violão haviam sido redescobertas no século XX. A obra é um exemplo claro do neoclassicismo de Rodrigo: ela revisita formas e estilos antigos com uma linguagem moderna e refinada. Ainda aparece neste excelente disco fragmentos do "El sombrero de tres picos", de Manuel de Falla.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Joaquín Rodrigo (1901-1999)
Concierto de Aranjuez

01. 1. Allegro con spirito
02. 2. Adagio
03. 3. Allegro gentile

Manuel de Falla (1876-1946) -
El sombrero de tres picos - Part 2

04. Dance of the Neighbours
05. The miller's dance
06. Final dance

Joaquín Rodrigo
Fantasía para un Gentilhombre
07. 1. Villano y Ricercare (Adagietto - Andante moderato)
08. 2. Españoleta y Fanfare de la Caballería de Nápoles (Adagio - Allegretto molto ritmico)
09. 3. Danza de las hachas (Allegro con brio)
10. 4. Canario (Allegro ma non troppo)

Orchestre Symphonique de Montréal

Charles Dutoit, regente
Carlos Bonell, guitarra

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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Frédéric Chopin (1810-1849) - Piano Concerto No.1 in E minor, Op.11 e Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21

Não há questionamentos quanto à relevância e à beleza dos dois concertos para piano escritos por Chopin. São obras que fazem parte do repertório pianístico. Chopin escreveu as duas obras ainda muito jovem; ou seja, quando tinha entre 19 e 20 anos de idade. Foram escritas nos anos de 1829 e 1830.  O que é curioso é que os dois concertos são centrados no piano. A orquestra embora presente, exerce um papel secundário. Durante certo tempo, por causa dessa característica, houve críticas à orquestração. Havia quem dissesse que a obra padecia de certa fragilidade na orquestração. Hoje, sabe-se que a intenção do compositor era justamente isso que se testemunha: valorizar o lirismo e o brilho do piano. Isso é incontestável em todos os momentos das duas obras. 

Os dois concertos seguem um esquema: o primeiro movimento se mostra de forma heroica, prevalecendo o aspecto virtuosístico. O segundo movimento é lento e introspectivo, revelando uma reflexão belíssima. O terceiro é animado e dançante. Chopin evita os gestos orquestrais dramáticos como, por exemplo, Liszt e Beethoven o fazem. Prefere a ornamentação melódica e o refinamento. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Frédéric Chopin (1810-1849) -

Piano Concerto No.1 in E minor, Op.11
01. I. Allegro maestoso
02. II. Romanze: Larghetto
03. III. Rondo: Vivace

Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21
04. I. Maestoso
05. II. Larghetto
06. III. Allegro vivace

Warsaw Philharmonic Orchestra
Yundi, piano e regência

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quarta-feira, 7 de maio de 2025

Lepo Sumera (1950-2000) - Symphony No. 1 e Symphony No. 6

Lepo Sumera foi um compositor estoniano. É uma figura central da música do seu país. Escreveu ao todo seis sinfonias.  Neste disco, temos as de número 1 e 6. A Sinfonia No. 1 é do ano de 1981. A obra foi escrita no período criativo do compositor. Possui uma atmosfera introspectiva, mas cheia de texturas orquestrais. É perceptível uma aproximação com a linguagem de Arvo Pärt e Alfred Schnittke. A obra procura ser uma reflexão do individualismo em meio à opressão coletiva. Possui toque sombrio, mas não desesperançado.

Já a Sinfonia No. 6 foi composta em 2000, ou seja, o ano da morte do compositor. A obra não foi concluída com revisão final do compositor. O uso do silêncio e da suspensão da harmonia adquire uma função quase mística. É considerada uma obra de grande espiritualidade e de aceitação da finitude. Por isso, é considerada como um tipo de testamento do compositor.

Desse modo, os dois trabalhos são quase que antitéticas. A Primeira é inquisitiva; a Sexta, resignada e com um forte sabor metafísico. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Lepo Sumera (1950-2000) -

01. Sumera: Symphony No. 1 (1981): 1st movement
02. Sumera: Symphony No. 1 (1981): 2nd movement
03. Sumera: Symphony No. 6 (2000): I. Andante furioso
04. Sumera: Symphony No. 6 (2000): II. Andante

Estonian National Symphony Orchestra
Olari Elts, regente

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terça-feira, 6 de maio de 2025

Franz Schubert (1797-1828) - Symphony No. 8 (7) In B Minor, D 759 "Unfinished" e Symphony No. 9 (8) In C Major, D 944 "The Great"


Fico pensando quais seriam as produções de Schubert, ou seja, as características que a música do compositor teria, caso tivesse vivido, por exemplo, cinquenta anos. Schubert foi um dos compositores que menos tiveram uma vida longeva. Pelo que sei, lembro apenas o caso de Pergolesi, que morreu aos 26 anos de idade; e Lequeu, que morreu com 24 anos de idade. A grande questão é que Schubert foi um gênio, daqueles que entusiasmam pela fecunda produção que concebeu.

Gosto de tudo o que ele fez. Suas sinfonias são verdadeiras joias. Elas constituem uma espécie de ponte entre o classicismo e o romantismo. Neste disco imperdível, encontramos dois dos trabalhos sinfônicos mais significativos do compositor. A primeira delas e a Sinfonia No. 8, também chamada de "Inacabada". Foi intermédio dela que eu entrei para o mundo da chamada música erudita. Lembro que foi a primeira obra que escutei de forma consciente e intencional. Mexeu comigo de tal maneira que nunca mais consegui parar de me encantar com esse gênero de música. 

Não deixe de ouvir este disco imperdível. Uma boa apreciação!

Franz Schubert (1797-1828) -

Symphony No. 8 (7) In B Minor, D 759 "Unfinished"

01. I. Allegro Moderato
02. II. Andante Con Moto

Symphony No. 9 (8) In C Major, D 944 "The Great"

03. I. Andante - Allegro Ma Non Troppo
04. II. Andante Con Moto
05. III. Scherzo: Allegro Vivace - Trio
06. IV. Finale: Allegro Vivace

Cleveland Orchestra

George Szell, regente

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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Sergei Prokofiev (1891-1953) - String Quartet No. 1 in B Minor, op. 50, String Quartet No. 2 in F Major, op. 92 e Visions Fugitives, op. 22


Prokofiev É uma das figuras mais importantes da história da música russa. O compositor era dono de um estilo muito singular que unificava neoclassicismo, modernismo e nacionalismo russo. Com essas características, o compositor criou uma linguagem muito particular. Neste disco imperdível, há três de suas peças.

A primeira delas é o Quarteto No. 1, escrito em 1930. Nesse período, o compositor vivia no Ocidente, mais especificamente em Paris. Reflete uma linguagem moderna. Destaque para o quarto movimento que termina de forma mais introspectiva, diferente do padrão para um quarteto de cordas. O quarto movimento é costumeiramente mais enérgico. O trabalho revela a influência de um padrão romântico, usando o rigor estrutural de Brahms e Beethoven. Todavia, nota-se já o surgimento de uma linguagem prokofieviana. 

Já o Quarteto No. 2 foi composto em 1941. É o período de retorno do compositor à União Soviética. As autoridades soviéticas solicitaram a composição da obra. A grande nação encontrava-se imersa na Segunda Guerra. Eram dias difíceis. Demonstra um certo nível de engajamento do compositor com temas nacionalistas e populares. É uma obra de mais fácil assimilação, marcada por cores vivas e ritmos marcantes. Ou seja, uma expressão do compositor voltado para o contato com o público soviético.

A terceira obra do disco é "Visions Fugitives", obra cuja composição se deu entre 1915 e 1917. Trata-se do período de efervescência revolucionária na Rússia. A obra possui um caráter impressionista, pois se trata de uma série de 20 miniaturas para piano, cada uma com duração de menos de 2 minutos. Cada movimento constitui um pequeno mosaico de humores que se alternam entre a ironia, a introspecção e alegria. É uma obra que revela um compositor atento ao que se dava no continente europeu, mas já antecipando algumas das suas características que seriam marcantes em obras maiores. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
 

Sergei Prokofiev (1891-1953) - 

01. Prokofiev: String Quartet No. 1 in B Minor, op. 50: I. Allegro (6:32)
02. Prokofiev: String Quartet No. 1 in B Minor, op. 50: II. Andante molto. Vivace. (6:44)
03. Prokofiev: String Quartet No. 1 in B Minor, op. 50: III. Andante (8:16)
04. Prokofiev: String Quartet No. 2 in F Major, op. 92: I. Allegro sostenuto (6:06)
05. Prokofiev: String Quartet No. 2 in F Major, op. 92: II. Adagio (6:53)
06. Prokofiev: String Quartet No. 2 in F Major, op. 92: III. Allegro. Andante molto. (8:28)
07. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: I. Lentamente (1:16)
08. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: II. Andante (1:34)
09. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: III. Allegretto (0:58)
10. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: IV. Animato (0:53)
11. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: V. Molto giocoso (0:26)
12. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: VI. Con eleganza (0:32)
13. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: VII. Pittoresco (2:04)
14. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: VIII. Commodo (1:15)
15. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: IX. Allegro tranquillo (1:03)
16. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: X. Ridicolosamente (1:06)
17. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XI. Con vivacità (1:15)
18. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XII. Assai moderato (1:19)
19. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XIII. Allegretto (0:42)
20. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XIV. Feroce (1:02)
21. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XV. Inquieto (0:53)
22. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XVI. Dolente (1:56)
23. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XVII. Poetico (0:58)
24. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XVIII. Con una dolce lentezza (1:13)
25. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XIX. Presto agitatissimo e molto accentuato (0:45)
26. Prokofiev: Visions Fugitives, op. 22: XX. Lento irrealmente (2:15)

Quatuor Danel

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domingo, 4 de maio de 2025

Lovro von Matačić - Beethoven, Wagner, Tchaikovsky, Korte e Bruckner

Lovro von Matačić nasceu, em 1899, na atual Croácia; atravessou guerras, fronteiras e transformações culturais sem nunca perder de vista o que realmente importava para ele: a música. E não qualquer música, mas aquela que carrega peso, história e alma — como as sinfonias grandiosas de Bruckner, os dramas intensos de Wagner ou os gestos líricos e profundos dos compositores eslavos.

Matačić era o tipo de regente que transformava um concerto em experiência. Não se tratava apenas de técnica (embora ele tivesse muita), mas de presença, de entrega. Tinha um gesto firme, mas expressivo, e uma habilidade rara de encontrar o coração das obras que interpretava. Com ele, a música respirava — era poderosa, mas nunca mecânica.

Entre os compositores com quem mais se identificava estava Bruckner, que parece nesta postagem com as sinfonias 5, 7 e 9. As sinfonias longas e espirituais do austríaco exigem mais do que leitura técnica — pedem paciência, fé e visão. Matačić entendia isso. Quando regia Bruckner, era como se ele estivesse narrando uma oração em forma de som. Também mergulhava com igual paixão nas partituras de Wagner e Richard Strauss, explorando seus mundos sonoros densos e dramáticos com intensidade e clareza.

Mas não parava por aí. Por mais que tivesse uma alma profundamente ligada ao repertório germânico, Matačić nunca esqueceu suas raízes. Valorizava profundamente os compositores eslavos, como Dvořák, Janáček e, especialmente, Dora Pejačević, uma figura pouco conhecida fora da Croácia, mas cuja música ele ajudou a trazer à luz. Para ele, interpretar essas obras era mais do que uma escolha artística — era um ato de identidade e orgulho cultural.

Ao longo da vida, trabalhou com algumas das melhores orquestras do mundo — Berlim, Dresden, Tóquio, Viena — mas mantinha sempre um vínculo especial com a Orquestra Filarmônica de Zagreb. Era ali, em sua terra natal, que ele parecia mais em casa.

Matačić também acreditava no futuro. Criou uma fundação com seu nome para apoiar jovens maestros, ajudando a abrir caminhos como os que ele mesmo teve que conquistar com tanta luta. Sua herança vai além das gravações — que, aliás, são imperdíveis — e vive nas mãos e no espírito dos que continuam sua missão: fazer da música algo vivo, profundo e transformador.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

DISCO 01

01 - Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 _Eroica__ I. Allegro con brio
02 - Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 _Eroica__ II. Marcia funebre - Adagio assai
03 - Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 _Eroica__ III. Scherzo - Allegro vivace
04 - Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 _Eroica__ IV. Finale - Allegro molto
05 - Götterdämmerung. Orchestral Suite from Opera_ Nacht - Morgendämmerung - Siegfried und Brünnhild
06 - Götterdämmerung. Orchestral Suite from Opera_ Der Götter Ende

DISCO 02

01 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ I. Andante - Allegro con animo
02 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ II. Andante cantabile
03 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ III. Allegro moderato
04 - Symphony No. 5 in E Minor, Op. 64_ IV. Finale - Andante maestoso - Allegro vivace

DISCO 03

01 - Symphony No. 6 in B Minor, Op. 74 _Pathétique__ I. Adagio - Allegro non troppo
02 - Symphony No. 6 in B Minor, Op. 74 _Pathétique__ II. Allegro con grazia
03 - Symphony No. 6 in B Minor, Op. 74 _Pathétique__ III. Allegro molto vivace
04 - Symphony No. 6 in B Minor, Op. 74 _Pathétique__ IV. Finale - Adagio lamentoso
05 - The Story of the Flutes

DISCO 04

01 - Symphony No. 5 in B-Flat Major_ I. Adagio. Allegro
02 - Symphony No. 5 in B-Flat Major_ II. Adagio
03 - Symphony No. 5 in B-Flat Major_ III. Scherzo. Molto vivace
04 - Symphony No. 5 in B-Flat Major_ IV. Finale. Adagio. Allegro moderato

DISCO 05

01 - Symphony No. 7 in E Major_ I. Allegro moderato
02 - Symphony No. 7 in E Major_ II. Adagio. Sehr feierlich und langsam
03 - Symphony No. 7 in E Major_ III. Scherzo. Sehr schnell
04 - Symphony No. 7 in E Major_ IV. Finale. Bewegt, doch nicht schnell

DISCO 06

01 - Symphony No. 9 in D Minor_ I. Feierlich, misterioso (Live)
02 - Symphony No. 9 in D Minor_ II. Scherzo. Bewegt, lebhaft. Trio. Schnell (Live)
03 - Symphony No. 9 in D Minor_ III. Adagio. Langsam, feierlich (Live)

Czech Philharmonic Orchestra
Lovro von Matačić, regente

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sábado, 3 de maio de 2025

César Franck (1822-1890) - Cello Sonata in A, FWV 8, Frédéric Chopin (1810-1849) - Cello Sonata in G minor, Op.65 e Astor Piazzolla (1921-1992) - Le Grand Tango

Um disquinho primoroso; de grande sensibilidade e beleza. A obra que abre o disco é maravilhosa, a espetacular, Sonata para violino e piano em lá menor, de César Franck. Para mim, uma das obras mais bonitas e sensíveis já escritas. Seu primeiro movimento transmite uma indefinida sensação de ternura, de intimidade, de lirismo; sua leveza extrapola qualquer tentativa de descrevê-la. Essa sonata foi escrita, em 1886, como um presente de casamento Eugène Ysaÿe, a quem a obra é dedicada. Imagine ganhar um presente assim. O próprio Ysaÿe ajudou a torná-la popular. A obra representa maravilhosamente a sensibilidade do romantismo francês. A música parece nos tirar do mundo físico e nos transportar para uma dimensão transfigurada. Tudo é belo, suave, com cores brandas. Seus quatro movimentos são sublimes. O segundo movimento é o mais dinâmico, agitado; os demais são maviosos.

Neste disco, a obra foi transcrita para o violoncelo. O disco que traz dois dos grandes músicos da atualidade ainda possui Chopin e a presença de Piazzolla. É um disco para quem gosta de música sensível. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

César Franck (1822-1890) -

Cello Sonata in A, FWV 8 (transcr. Jules Delsart for cello & piano)
01. I. Allegretto ben moderato
02. II. Allegro
03. III. Recitativo-Fantasia (Ben moderato)
04. IV. Allegretto poco mosso

Frédéric Chopin (1810-1849) -

05. Introduction and Polonaise brillante in C, Op.3

Cello Sonata in G minor, Op.65
06. I. Allegretto moderato
07. II. Scherzo
08. III. Largo
09. IV. Finale. Allegro

Astor Piazzolla (1921-1992) -
10. Le Grand Tango

Gautier Capuçon, violoncelo
Yuja Wang, piano

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sexta-feira, 2 de maio de 2025

Henry Purcell (1659-1695) - Funeral Sentences

Henry Purcell é considerado como um dos maiores compositores ingleses de todos os tempos. Sua vida foi breve, mas repleta de realizações impressionantes. O compositor morreu aos 36 anos de idade. Ao longo da vida, entregou-se febrilmente à composição, tendo escrito uma variada obra, que inclui música sacra, óperas, canções e música instrumental. A música de Purcell é marcada por sua habilidade em fundir o estilo francês, italiano e inglês, criando uma linguagem própria.

Foi compositor na corte de três monarcas ingleses - Carlos II, Jaime II e Guilherme III. A morte de Maria II, em 1694, foi um evento que comoveu a corte e os seus súditos. O compositor foi escalado para compor a música para o seu funeral. Purcell escreveu essa música bela, solene, delicada, destinada ao rito fúnebre anglicano. Nela é possível perceber o apuro estético do período correspondente ao barroco inglês. 

A linguagem usada por Purcell é menos ornamentada que o barroco do restante do continente. A música possui uma atmosfera austera, buscando realçar o mergulho emocional. Escuto a obra com os meus fones de ouvido e é incrível perceber o rigor para criar um cenário de lamento, de pompa real. Nota-se uma alteração entre a homofonia e a polifonia, o que acaba por criar ainda mais um cenário de solenidade lúgubre. 

É belíssimo.

Curiosamente, Purcell morreu alguns meses após ter escrito a obra. Foi enterrado na na Abadia de Westminster. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Henry Purcell (1659-1695) -

01 Rejoice in the Lord alway. (verse anthem Z.49)
02 Remember not, Lord, our offences. (full anthem Z.50)
03 Blow up the trumpet in Sion. (full anthem Z.10)
04 Hear my prayer, O Lord. (full anthem Z.15)
05 My heart is inditing. (verse anthem Z.30)
06 Funeral Sentences. (funeral music for Queen Mary)
07 O Lord God of hosts. (full anthem Z.37)
08 Te Deum. (verse anthem in D major Z.232)

Choeur et Orchestre du Collegium Vocale

Philippe Herreweghe, regente

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Sergei Rachmmaninov (1873-1943) - Piano Concerto No. 1 in F sharp minor, Op. 1, Piano Concerto No. 4 in G minor, Op. 40 e Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43

Houve um tempo em que eu - bobamente - torcia o nariz para a música de Rachmaninov. Ação infundada, de mero casuísmo. Admito. Hoje, escuto-o com muita atenção e interesse. Amo os seus quatro concertos para piano; escuto com maior devoção ainda as suas três sinfonias. Menciono ainda os poemas sinfônicos, obras litúrgicas e a infinidade de obras para piano que ele escreveu. Rachmaninov foi um dos últimos representantes do romantismo russo tardio e conseguiu estabelecer inequivocamente como um dos grandes nomes da música do século XX. Neste disco, somos convidados a reconhecer seu virtuosismo técnico, lirismo melódico e profundidade emocional.

A primeira obra que aparece é o Concerto No. 1 para piano e orquestra. Foi composto em 1891 e revisto em 1917. Sua versão inicial (de 1891) foi escrita quando Rach era um estudante no Conservatório de Moscou. O compositor procurou revisá-lo, pois considerava a versão inicial bastante imatura. Nota-se a influência de Tchaikovsky. É possível perceber também os desafios técnicos para interpretação tão comum em seus concertos já presente no Primeiro Concerto. 

Já o Concerto No. 4 é do ano de 1926 e passou por uma revisão em 1941. Trata-se do concerto mais moderno e enigmático entre os quatro que escreveu. É possível notar alguns aromas de jazz. À época de sua escrita, Rachmaninov havia mudado para os Estados Unidos. Mas é importante observar que o lirismo característico estava presente. Talvez, seja o concerto harmonicamente mais ousado do compositor; exige uma escuta atenta para que sejam capturadas algumas sutilezas. 

A terceira obra do disco é a Rapsódia sobre um tema de Paganini, uma das suas obras mais populares do compositor. Foi escrita em 1934 e teve a estreia no mesmo ano. Baseia-se no 24 º Capricho para violino solo de Niccòlo Paganini. Esse tema era bastante explorado por outros compositores. Rachmaninov transforma a forma tradicional de variações em uma espécie de concerto em miniatura, em um movimento contínuo. No total, são 24 variações. A mais famosa é a 18º, que se tornou bastante popular. 

Excelente esse disco do selo Naxos. São por essas e outras que aprecio a música do russo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Sergei Rachmmaninov (1873-1943) -

01 - Piano Concerto No. 1 in F sharp minor, Op. 1 Vivace
02 - Piano Concerto No. 1 in F sharp minor, Op. 1 Andante
03 - Piano Concerto No. 1 in F sharp minor, Op. 1 Allegro vivace - Andante ma non troppo - Tempo primo
04 - Piano Concerto No. 4 in G minor, Op. 40 Allegro vivace
05 - Piano Concerto No. 4 in G minor, Op. 40 Largo
06 - Piano Concerto No. 4 in G minor, Op. 40 Allegro vivace
07 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Introduction
08 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 1
09 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Theme
10 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 2
11 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 3
12 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 4
13 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 5
14 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 6
15 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 7
16 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 8
17 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 9
18 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 10
20 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 12
21 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 13
22 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 14
23 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 15
24 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 16
25 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 17
26 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 18th Variation (Somewhere In Time)
27 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 19
28 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 20
29 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 21
30 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 22
31 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 23
32 - Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 Variation 24

Polish National Radio Symphony Orchestra
Antoni Wit, regente
Bernd Glemser, piano

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