quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Johannes Brahms (1833-1897) - The Complete String Quartets


Brahms – não é preciso dizer – foi um dos grandes compositores românticos. Procurou trilhar o caminho que o conduzia a Haydn, Mozart e Beethoven. Tudo que escreveu segue um dualismo entre a tradição clássica e a forte expressividade e o lirismo românticos. Diferentemente de Beethoven que escreveu quase duas dezenas de quartetos, Brahms escreveu apenas três.

São obras de grande beleza. Repletas de significado expressivo. Antes de publicar os seus quartetos, Brahms descartou inúmeros projetos. Não era insegurança. Tratava-se de um desejo de que suas produções estivessem à altura dos antigos mestres. Sendo assim, os dois primeiros quartetos foram escritos em 1873, quando o compositor já se encontrava com quarenta anos.  O primeiro quarteto procura explorar força e densidade emocional. O segundo é mais suave e lírico. O terceiro quarteto foi escrito em 1875. Possui um caráter mais espirituoso e ensolarado. Ou seja, nos três quartetos o compositor procurou explorar as emoções mais diversas.

Assim, os quartetos revelam a genialidade de Brahms. Para mim, os seus quartetos estão entre as obras-primas da história da música de câmara. Eles traduzem as emoções humanas; as oscilações próprias da natureza humana. O Op. 51 revelam um Brahms introspectivo, gravoso, solene; já o Op. 67, demonstram um Brahms espirituoso, levemente descontraído. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johannes Brahms (1833-1897) -

01. Brahms- String Quartet in C Minor, Op. 51 No. 1- I. Allegro
02. Brahms- String Quartet in C Minor, Op. 51 No. 1- II. Romanze. Poco Adagio
03. Brahms- String Quartet in C Minor, Op. 51 No. 1- III. Allegretto molto moderato e comodo
04. Brahms- String Quartet in C Minor, Op. 51 No. 1- IV. Allegro
05. Brahms- String Quartet in A Minor, Op. 51 No. 2- I. Allegro ma non troppo
06. Brahms- String Quartet in A Minor, Op. 51 No. 2- II. Andante moderato
07. Brahms- String Quartet in A Minor, Op. 51 No. 2- III. Quasi minuetto, moderato
08. Brahms- String Quartet in A Minor, Op. 51 No. 2- IV. Finale. Allegro non assai
09. Brahms- String Quartet in B-Flat Major, Op. 67 No. 3- I. Vivace
10. Brahms- String Quartet in B-Flat Major, Op. 67 No. 3- II. Andante moderato
11. Brahms- String Quartet in B-Flat Major, Op. 67 No. 3- III. Agitato
12. Brahms- String Quartet in B-Flat Major, Op. 67 No. 3- IV. Poco allegretto con variazioni

Novus Quartet

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

John Field (1782-1837) - Complete Nocturnes

John Field foi um importante compositor irlandês. Sua vida foi atravessada por inúmeros eventos. Seu avô e seu pai eram músicos, o que acabou por influenciá-lo. Ainda morando na Irlanda, teve aula com o famoso professor italiano Tommaso Giordani. À época, Giordani vivia na Irlanda. Desejoso por aprofundar os estudos, acabou se mudando para a Inglaterra. Em Londres, teve aulas com Clementi, com quem viajou por toda a Europa. Esse fato, permitiu ao compositor, aprofundar suas percepções sobre a música e realizar o amadurecimento do seu estilo.

Mais tarde, Field mudou para Moscou, onde passou boa parte de sua vida. Em São Petersburgo, a capital cultural da Rússia, tornou-se professor e concertista. Isso permitiu a ele ter fama e o tornou uma pessoa importante na cena musical russa. Embora fosse imensamente talentoso e digno de habilidades extraordinárias ao piano, seus problemas de saúde foram agravados por causa do alcoolismo. Acumulou sérios problemas financeiros.

O certo é que sua contribuição mais relevante foram seus “Noturnos”. Vale mencionar que o compositor escreveu muitas obras para piano. Destacam-se os seus concertos. Todavia, a invenção do “noturno”, mais tarde imortalizados pelo uso da forma realizada por Chopin, deu a Field um lugar especial na história da música. A estética criada pelo compositor foi influente para compositores como Chopin, Schumann e Liszt. Ou seja, o compositor ajudou a criar um estilo mais intimista, lírico e expressivo tão próprio de alguns compositores do romantismo.

Os “Noturnos”, de Field, exalam uma serenidade e introspecção. O uso de arpejos e acompanhamentos fluidos, permitem essa percepção. Seus “Noturnos” foram criados, talvez, como consequência da busca por novas possibilidades expressivas ao instrumento.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

John Field (1782-1837) - 

01 Nocturne No. 1 in E-flat Major
02 Nocturne No. 2 in C Minor
03 Nocturne No. 3 in A-flat Major
04 Nocturne No. 4 in a Major
05 Nocturne No. 5 in B-flat Major
06 Nocturne No. 6 in F Major, 'Cradle Song'
07 Nocturne No. 7 in a Major
08 Nocturne No. 8 in E-flat Major
09 Nocturne No. 9 in E Minor
10 Nocturne No. 10 in E Major, 'Nocturne Pastorale'
11 Nocturne No. 11 in E-flat Major
12 Nocturne No. 12 in E Major, 'Nocturne Caractéristique: Noontide'
13 Nocturne No. 13 in C Major, 'Reverie-nocturne'
14 Nocturne No. 14 in G Major
15 Nocturne No. 15 in D Minor, 'Song Without Words'
16 Nocturne No. 16 in C Major
17 Nocturne No. 17 in C Major
18 Nocturne No. 18 in F Major

Alice Sara Ott, piano

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Giuseppe Martucci (1856-1909) - Piano Quintet in C major, Op.45 e Ottorrino Respighi (1879-1936) - Wind Quintet in G minor, P. 21 e Piano Quintet in F minor, P. 35

Giuseppe Martucci foi um importante compositor italiano do final do século XIX. Suas contribuições à música italiana são valorosas. Neste disco, encontramos o seu bonito e delicado Quinteto para piano, obra cuja escrita se deu quando o compositor tinha apenas 21 anos de idade, em 1877. Mas tarde, ela passou por algumas revisões. A composição reflete as influências do romantismo. Martucci consegue equilibrar a expressividade melódica com a estrutura harmônica.

O compositor, cercado por um ambiente histórico dominado pela ópera, na sua Itália, buscou se manter fiel à tradição de Beethoven, Schumann e Brahms.

 A outra obra do disco traz o Quinteto para instrumentos de sopro, de Otorrino Respighi. A música do compositor italiano é magistral, sempre a conduzir o ouvinte para um mundo de sonhos, expectativas e fantasias. Sua Trilogia Romana possui essas características. O Quinteto para flauta, oboé, clarinete, fagote e trompa é um trabalho cuja beleza exala emoção e virtuosismo. Trata-se de uma música bonita, afirmativa e que esparge boas expectativas.

Já o Quinteto para piano foi escrito em 1902, na ocasião em que estudava com Max Bruch em Berlim. Ou seja, é uma obra de juventude do compositor.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

(01)_Martucci_-_Piano_Quintet_in_C_major_op.45_-_I._Allegro_giusto
(02)_II._Andante_con_moto
(03)_III._Scherzo
(04)_IV._Finale._Allegro_con_brio
(05)_Respighi_-_Wind_Quintet_in_G_minor,_P._21_-_I._Allegro_-_Meno_mosso
(06)_II._Andante_con_variazioni
(07)_Respighi_-_Piano_Quintet_in_F_minor,_P._35_-_I._Allegro
(08)_II._Andantino
(09)_III._Vivacissimo_-_Meno_mosso_-_Andantino_-_Lentamente_-_Presto

Ex Novo Ensemble di Venezia
Aldo Orvieto, piano

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Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) -

 

Rimsky-Korsakov é uma espécie de patrono da música russa. Sua influência se faz sentir em vários compositores. Isso decorre do fato de que ele e outros compositores - o Clube dos Cinco - encabeçaram um movimento de teor nacionalista. Era preocupação desse movimento resgatar as tradições folclóricas e encontrar um caminho que desse uma cara própria à música russa.

Neste disco, encontramos duas de suas obras mais significativas do compositor russo. A primeira delas é a bonita "Scheherazade", escrita 1888; A outra é o maravilhoso "Capricho Espanhol", finalizado em 1887. As duas obras são exemplos de como o compositor explorava as cores orquestrais, criando atmosferas grandiosas, o que permitia transportar o ouvinte para mundos imaginários. "Scheherazade" é o melhor exemplo disso. 

Inspirada em "As mil e uma noites", "Scheherazade" é uma suíte sinfônica que explora as cores, os cheiros, o calor da cultura do Oriente. Os timbres diferenciados evocam um ambiente distante e mágico. Já o "Capricho Espanhol" também privilegia as cores exóticas. A obra é baseada em temas do folclore espanhol. A obra reflete como os compositores românticos tinham fascínio pelos temas do folclore ibérico. Chabrier e Bizet também visitaram esses mesmos temas. 

Eu, particularmente, tenho uma grande admiração pelas duas obras. Aqui, elas são regidas por Zubin Mehta. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) - 

01 - Scheherazade – Symphonic Suite for Orchestra Op. 35_ 1. The Sea And Sinbad's Ship
02 - Scheherazade – Symphonic Suite for Orchestra Op. 35_ 2. The Story Of The Calender Prince
03 - Scheherazade – Symphonic Suite for Orchestra Op. 35_ 3. The Young Prince And The Young Princess
04 - Scheherazade – Symphonic Suite for Orchestra Op. 35_ 4. Festival At Bagdad - The Sea - The Shipwreck
05 - Capriccio Espagnol, Op. 34_ 1. Alborada
06 - Capriccio Espagnol, Op. 34_ 2. Variazioni
07 - Capriccio Espagnol, Op. 34_ 3. Alborada
08 - Capriccio Espagnol, Op. 34_ 4. Scena e canto gitano
09 - Capriccio Espagnol, Op. 34_ 5. Fandango asturiano

Los Angeles Philharmonic Orchestra
Israel Philharmonic Orchestra

Zubin Mehta, regente

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domingo, 16 de fevereiro de 2025

Celibidache - Symphonies - Brahms & Schumann (CDs 10, 11, 12, 13 & 14 de 14)

E, assim, chegamos aos cinco últimos discos imperdíveis sob a regência. Encontramos, dessa vez, as quatro sinfonias de Brahms e três das quatro sinfonias de Schumann. Ou seja, algo bastante fino. O Brahms de Celibidache merece todos os adjetivos. É denso, enorme, com uma profusa expressividade lírica, exalando doses robustas de melancolia.

 

DISCO 10

Symphony No. 1 in C minor Op. 68
01. I. Un poco sostenuto. Allegro. 14:57
02. II. Andante sostenuto. 10:58
03. III. Un poco allegretto e grazioso. 5:44
04. IV. Adagio. Allegro non troppo ma con brio. 19:47
05. Applause (End Brahms Symphony No.1 / Celibidache). 0:59

DISCO 11

Symphony No. 2 in D Op. 73
01. Applause (Start Brahms: Symphony No.2 / Celibidache) 0:37
02. I. Allegro non troppo 17:16
03. II. Adagio non troppo 13:04
04. III. Allegretto grazioso (Quasi andantino). Presto, ma non assai 6:02
05. IV. Allegro con spirito 11:01
06. Applause (End Brahms: Symphony No.2 / Celibidache) 0:43

Symphony No. 3 in F Op. 90
07. I. Allegro con brio. Un poco sostenuto 9:58
08. II. Andante 10:40

DISCO 12

Symphony No. 3 in F Op. 90
01. III. Poco allegretto 6:49
02. IV. Allegro. Un poco sostenuto 9:52
03. Applause (End Brahms: Symphony No.3 / Celibidache) 0:32

Symphony No. 4 in E minor Op. 98
04. I. Allegro non troppo 14:08
05. II. Andante moderato 14:02
06. III. Allegro giocoso 7:00
07. IV. Allegro energico e passionato 11:15
08. Applause (End Brahms: Symphony No.4 / Celibidache) 0:44

DISCO 13

Symphony No. 2 in C Op. 61

01. Applause (Start Schumann: Symphony No.2 / Celibidache) 0:40
02. I. Sostenuto assai. Allegro ma non troppo 13:11
03. II. Scherzo (Allegro vivace). Trio I. Trio II 8:11
04. III. Adagio espressivo 13:02
05. IV. Allegro molto vivace 9:14
06. Applause (End Schumann: Symphony No.2 / Celibidache) 0:42

Variations on a Theme by Haydn ('St Antoni Chorale') Op. 56a
07. Applause (Start Brahms: Haydn Variations / Celibidache). 0:25
08. Thema: Chorale St. Antoni (Andante) 2:25
09. Variation I: Poco più animato 1:42
10. Variation II: Più vivace 1:20
11. Variation III: Con moto 2:03
12. Variation IV: Andante con moto 3:13
13. Variation V: Vivace 1:01
14. Variation VI: Vivace 1:28
15. Variation VII: Grazioso 3:27
16. Variation VIII: Presto non troppo 1:06
17. Finale: Andante 4:04
18. Applause (End Brahms: Haydn Variations / Celibidache) 0:41

DISCO 14

Symphonie No. 3 in E flat Major, Op. 97 "Rheinische"
01. I. Lebhaft 10:49
02. II. Scherzo. Sehr mabig 7:18
03. III. Nicht schnell 7:21
04. IV. Feierlich 8:08
05. V. Lebhaft 6:26
06. Applaus 0:57

Symphonie No. 4 in D minor, Op. 120
07. I. Ziemlich langsam. Lebhaft 10:57
08. II. Romanze. Ziemlich. langsam 5:02
09. III. Scherzo. Lebhaft. Trio 6:27
10. IV. Langsam. Lebhaft 8:36
11. Applaus 0:59

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente 

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sábado, 15 de fevereiro de 2025

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) - Missa Sancti Josephi, ZWV 14, De profundis, ZWV 50 e In exitu Israel, ZWV 84

Jan Dimas Zelenka foi um compositor tcheco do período barroco. Nasceu um ano após Vivaldi e seis anos antes Bach e Handel. Ou seja, foi contemporâneo desses compositores, todavia não alcançou a fama dos compositores mencionados. Atualmente, sua música tem ganhado cada vez mais espaço.

Apesar de ter nascido na Boêmia, Zelenka passou boa parte de sua vida na Alemanha. Escreveu uma vasta gama de composições sacras e orquestrais. Neste disco, encontramos três de suas obras sacras. A primeira delas é a "Missa Sancti Josephi", escrita no ano de 1732. Ela foi escrita com o objetivo de ser utilizada em celebrações litúrgicas, provavelmente no dia de São José. A segunda - "De profundis" - foi escrita no ano de 1724. É baseada no Salmo 130. Essa obra foi escrita para serviço religioso na corte de Dresden, cidade em que o compositor residia. Ela enfatiza o clamor humano por perdão e a esperança na salvação divina. É uma obra de abordagem carregada e introspectiva como era próprio nas obras sacras do compositor. 

E, por fim, a terceira obra do disco - "In exitu Israel" -, escrita em 1728 e baseada no Salmo 114,  descreve a saída dos israelitas da escravidão do Egito, episódio este narrado no livro de Êxodo, encontrado no Antigo Testamento. Esse evento está associado à libertação, ruptura com o passado e a providência divina. Desse modo, nota-se a expressividade intensa, uma das características do compositor.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) -

01. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ I. Kyrie
02. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ II. Gloria in excelsis Deo
03. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ III. Et in terra pax
04. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ IV. Laudamus te
05. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ V. Qui tollis
06. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ VI. Qui sedes
07. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ VII. Quoniam tu solus sanctus
08. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ VIII. Cum Sancto Spiritu
09. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ IX. Sanctus
10. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ X. Benedictus
11. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ XI. Osanna
12. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ XII. Agnus Dei
13. Missa Sancti Josephi, ZWV 14_ XIII. Dona nobis pacem
14. De profundis, ZWV 50_ I. De profundis
15. De profundis, ZWV 50_ II. Si iniquitates
16. De profundis, ZWV 50_ III. Sustinuit
17. De profundis, ZWV 50_ IV. Et ipse redimet
18. De profundis, ZWV 50_ V. Requiem aeternam
19. In exitu Israel, ZWV 84_ I. In exitu Israel
20. In exitu Israel, ZWV 84_ II. Simulacra gentium
21. In exitu Israel, ZWV 84_ III. Gloria Patri
22. In exitu Israel, ZWV 84_ IV. Sicut erat

Kammerchor Stuttgart
Barockorchester Stuttgart

Frieder Bernius, diretor

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Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No. 4 in G Major

A Sinfonia No. 4 de Mahler foi composta entre os anos de 1899 e 1900. Ao meu modo de ver, é a porta de entrada para quem quiser conhecer os trabalhos sinfônicos do compositor. A Quarta é uma obra singela, sem complexidades, com uma clareza quase mozartiana. Ela é ensolarada. Foge um pouco de algumas estruturas complexas escritas por Mahler. Exemplos sobre isso são a Segunda e Terceira. 

O compositor, ao escrever a Quarta, fechou um ciclo, iniciado com a Segunda. As três sinfonias foram compostas inspiradas no ciclo de canções "Des Knaben Wunderhorn". A Quarta exala leveza e possui um desfecho mais leve e contemplativo. O último movimento descreve - por meio de uma canção - a visão do paraíso feito pela ótica de uma criança. Toda a sinfonia inspira pureza e foge das transições bruscas, optando por timbres mais puros e delicados. É um trabalho delicado, deixando implícitas as preocupações filosóficas do compositor.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Gustav Mahler (1860-1911) -

01 - Symphony No. 4 in G Major_ I. Bedächtig, nicht eilen
02 - Symphony No. 4 in G Major_ II. In gemächlicher Bewegung, ohne Hast
03 - Symphony No. 4 in G Major_ III. Ruhevoll, poco adagio
04 - Symphony No. 4 in G Major_ IV. Sehr behaglich

Polish National Radio Symphony Orchestra
Antoni Wit, regente

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 3 (Version 1877)

A Sinfonia No. 3 de Bruckner é uma obra imensamente importante dentro do repertório sinfônico do compositor austríaco. Escrita em 1873 - e revisada diversas vezes ao longo dos anos -, a obra revela a evolução do estilo de Bruckner. Ao meu modo de ver, após a Terceira, o compositor escreve uma obra-prima atrás da outra. Sou bruckneriano de carteirinha. Admiro tudo o que ele fez, principalmente as obras orquestrais. 

A Terceira - como se sabe - foi dedicada a Richard Wagner. Em visita a Bayreuth - como fazia sempre que podia -, encontrou Wagner. Bruckner alimentava uma admiração quase que religiosa por Wagner, a quem chamava de "mestre dos mestres". Na ocasião, levou a Segunda e a Terceira sinfonias e solicitou que o autor de Trsitão e Isolda escolhesse um dos trabalhos. Bruckner queria homenageá-lo. Wagner acabou por escolher a Terceira.  O efeito disso foi que, ao longo dos anos, o trabalho ganhou fama e, por conseguinte, recebeu o epíteto com o nome do compositor alemão. 

A Terceira possui algumas das características que tornaram a obra de Bruckner conhecida - uso expansivo da forma sinfônica, ampla força da instrumentação e utilização de contrastes dinâmicos. Estas características aparecem recorrentemente nos trabalhos do grande sinfonista. Além disso, o compositor é prolixo (no bom sentido!) e estende ao máximo as suas reflexões, o que acaba por dar a impressão de que há processos repetitivos, blocos sonoros grandiosos e transições abruptas que acabam transmitindo uma atmosfera de que estamos em uma catedral dada a monumentalidade daquilo que se ouve. Sabemos que isso era uma forma de o compositor explicitar a sua fé e sua crença espiritual. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) -

01. Bruckner- I. Gemäßigt, mehr bewegt, misterioso
02. Bruckner- II. Andante. Bewegt, feierlich, quasi Adagio
03. Bruckner- III. Scherzo. Ziemlich schnell – Trio.
04. Bruckner- IV. Finale. Allegro

Philharmonie Festiva
Gerd Schaller, regente

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