segunda-feira, 30 de junho de 2025

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) - Orchestral and Chamber Works


Este disco apresenta algumas das obras de câmara do compositor Mieczyslaw Weinberg. A primeira delas é o Op. 126, peça esta composta em um único movimento. A obra exige um grande virtuosismo por parte do intérprete. Ela alterna episódios de lirismo com episódios de grande intensidade rítmica e e ataques de agressividade. A obra foi escrita no ano de 1979. Em seguida, há o Op. 48, escrita em 1950. Nela é possível perceber a influência de Shostakovich, de quem o compositor tinha grande proximidade. É possível ainda perceber ecos da música judaica.

Outra obra presente no disco é o Op. 46, escrita em 1949. Trata-se de música bastante rica e expressiva. Observam-se passagens dançantes com melodias acessíveis. Em seguida, encontra-se o Op. 42, escrito em 1948. Nota-se um compositor ainda jovem à procura de uma linguagem. A obra procura criar uma síntese de formas claras, harmonia tradicional e inflexões modernas. E a última obra do disco é o Op. 98, escrita em 1968. É um dos trabalhos mais intensos do compositor. É uma meditação profunda para cordas. A obra talvez procure recordar momentos difíceis e uma inquieta introspecção filosófico. 

Disco importante para conhecer a música camerística do compositor polonês, radicado na União Soviética. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) -

DISCO 01


01. Sonata for violin solo No.3, Op.126
02. Trio for violin, viola & cello, Op.48 - I. Allegro con moto
03. Trio for violin, viola & cello, Op.48 - II. Andante
04. Trio for violin, viola & cello, Op.48 - III. Moderato assai
05. Sonatina for violin & piano in D major, Op.46 - I. Allegretto
06. Sonatina for violin & piano in D major, Op.46 - II. Lento
07. Sonatina for violin & piano in D major, Op.46 - III. Allegro moderato

DISCO 02

01. Concertino for violin and string orchestra, Op.42 - I. Allegretto cantabile
02. Concertino for violin and string orchestra, Op.42 - II. Lento
03. Concertino for violin and string orchestra, Op.42 - III. Allegro moderato poc...
04. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - I. Concerto grosso. Grave
05. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - II. Pastorale. Lento
06. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - III. Cancona. Adantino
07. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - IV. Burlesque. Allegro molto
08. Symphony No.10 for string orchestra, Op.98 - V. Inversion. L'istesso tempo

Kremerata Baltica
Gidon Kremer, violino
Daniie Grishin, viola
Giedré Dirvanauskaité, violoncelo
Daniil Trifonov, piano 

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domingo, 29 de junho de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Johannes-Passion, BWV 245

A Paixão Segundo São João é uma das minhas obras religiosas preferidas. Sei que existe a monumentalidade da São Mateus, mas a obra baseada no evangelista João é delicada à sua maneira e isso me fascina. Estima-se que o compositor tenha escrito paixões para os quatro evangelhos, mas somente a São Mateus e a São João chegaram íntegras até nós. Infelizmente. A São João foi escrita em 1724, período em que o compositor encontrava-se no seu primeiro ano, em Leipzig, à frente da Igreja de São Tomás. Ela foi escrita para ser executada na Semana Santa, como parte do serviço litúrgico da Igreja Luterana.

A obra baseia-se nos capítulos 18 e 19 do evangelho místico de João. Ou seja, descreve os eventos dramáticos que envolvem a prisão, julgamento e crucificação de Jesus. A Paixão Segundo São João combina elementos do drama operístico barroco com a profundidade espiritual do culto luterano. Bach segue à risca os aspectos teológicos que eram premissas essenciais da Reforma e do luteranismo: Jesus como o salvador, evidenciando a sua natureza divina e a ideia do sacrifício voluntário para salvação da humanidade; a justificação pela fé, ou seja, a confiança que apaga a ideia de mérito próprio para alcançar a salvação; a esperança na ressurreição de Cristo, pois ele é oferecido como sacrifício pascal a fim de conduzir os homens para uma nova perspectiva.

Ou seja, a Paixão Segundo São João é profundamente delicada e mais frugal do que a Paixão Segundo São Mateus. Ela procura combinar aspectos musicais e teológicos, realçando suas características essenciais como uma obra-prima incontestável, indispensável. A obra declara, realça ainda mais a fé pessoal do compositor, alguém que sempre revestiu a sua obra como uma afirmação daquilo em que ele acreditava.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 

DISCO 01

01. Nr. 1. Coro: “Herr, unser Herrscher”
02. Nr. 2. Recitativo (Evangelist, Jesus) mit Coro: “Jesus ging mit seinen Jüngern”
03. Nr. 3. Choral: “O große Lieb”
04. Nr. 4. Recitativo (Evangelist, Jesus): “Auf daß das Wort erfüllet würde”
05. Nr. 5. Choral: “Dein Will gescheh, Herr Gott, zugleich”
06. Nr. 6. Recitativo (Evangelist): “Die Schar aber und der Oberhauptmann”
07. Nr. 7. Aria (Alto): “Von den Stricken meiner Sünden”
08. Nr. 8. Recitativo (Evangelist): “Simon Petrus aber folgete Jesum nach”
09. Nr. 9. Aria (Soprano): “Ich folge dir gleichfalls”
10. Nr. 10. Recitativo (Evangelist, Ancilla [Magd], Petrus, Jesus, Servus [Diener]): “Derselbige Jünger war dem Hohenpriester bekannt”
11. Nr. 11. Choral: “Wer hat dich so geschlagen”
12. Nr. 12. Recitativo (Evangelist, Petrus, Servus) mit Coro: “Und Hannas sandte ihn gebunden”
13. Nr. 13. Aria (Tenore): “Ach, mein Sinn”
14. Nr. 14. Choral: “Petrus, der nicht denkt zurück”

DISCO 02

01. Nr. 15. Choral: “Christus, der uns selig macht”
02. Nr. 16. Recitativo (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Coro: “Da führeten sie Jesum”
03. Nr. 17. Choral: “Ach, großer König, groß zu allen Zeiten”
04. Nr. 18. Recitativo (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Coro: “Da sprach Pilatus zu ihm”
05. Nr. 19. Arioso (Basso): “Betrachte, meine Seel”
06. Nr. 20. Aria (Tenore): “Erwäge, wie sein blutgefärbter Rücken”
07. Nr. 21. Recitativo (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Coro: “Und die Kriegsknechte flochten eine Krone von Dornen”
08. Nr. 22. Choral: “Durch dein Gefängnis, Gottes Sohn”
09. Nr. 23. Recitativo (Evangelist, Pilatus) mit Coro: “Die Juden aber schrien und sprachen”
10. Nr. 24. Aria (Basso) mit Coro: “Eilt, ihr angefochtnen Seelen”
11. Nr. 25. Recitativo (Evangelist, Pilatus) mit Coro: “Allda kreuzigten sie ihn”
12. Nr. 26. Choral: “In meines Herzens Grunde”
13. Nr. 27. Recitativo (Evangelist, Jesus) mit Coro: “Die Kriegsknechte aber”
14. Nr. 28. Choral: “Er nahm alles wohl in acht”
15. Nr. 29. Recitativo (Evangelist, Jesus): “Und von Stund an nahm sie”
16. Nr. 30. Aria (Alto): “Es ist vollbracht”
17. Nr. 31. Recitativo (Evangelist): “Und neigte das Haupt und verschied”
18. Nr. 32. Aria (Basso) mit Coro: “Mein teurer Heiland”
19. Nr. 33. Recitativo (Evangelist): “Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriß”
20. Nr. 34. Arioso (Tenore): “Mein Herz, in dem die ganze Welt”
21. Nr. 35. Aria (Soprano): “Zerfließe, mein Herze”
22. Nr. 36. Recitativo (Evangelist): “Die Juden aber, dieweil es der Rüsttag war”
23. Nr. 37. Choral: “O hilf, Christe, Gottes Sohn”
24. Nr. 38. Recitativo (Evangelist): “Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia”
25. Nr. 39. Coro: “Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine”
26. Nr. 40. Choral: “Ach Herr, laß dein lieb Engelein”

Arnold Schoenberg Chor
Concentus Musicus Wien

Nikolaus Harnoncourt, regente 

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sábado, 28 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 24 em fá menor, Op. 63 e Sinfonia nº 27 em dó menor, Op. 85 - vol. 9

Ouvir Nikolay Myaskovsky é mergulhar na história da União Soviética e do povo russo em parte do século XX. Não é à toa que o compositor é considerado "o pai da sinfonia soviética". Ele viveu boa parte dos eventos turbulentos da primeira metade do século passado e os colocou em suas 27 sinfonias. Neste disco, encontramos mais duas de sinfonias.

A primeira delas é a de número 24, composta em 1943. A obra foi escrita em meio ao drama da guerra e da invasão nazista. O compositor constrói um trabalho bastante sombrio e que busca comover. O cerco a Leningrado havia ceifado milhares de vidas. A Vigésima Quarta procura refletir esse ambiente de tensão e pesar.

Já a Vigésima Sétima, a última sinfonia escrita pelo compositor, é uma espécie de trabalho de despedida. O compositor estava sendo vigiado de perto pelo regime. Ele parece ter consciência dessa realidade, pois escreve um trabalho leve, sereno, transmitindo uma ideia de esperança, mas que procura atender às exigências ideológicas do realismo soviético a fim de satisfazer os desejos do Partido.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - 

(01) Symphony No. 24(1943) in f-moll, op.63- Allegro deziso
(02) Symphony No. 24(1943) in f-moll, op.63- Molto sonstenuto
(03) Symphony No. 24(1943) in f-moll, op.63- Allegro apassionato
(04) Symphony No. 27(1947) in c-moll, op.85- Adagio. Allegro molto agitato
(05) Symphony No. 27(1947) in c-moll, op.85- Adagio
(06) Symphony No. 27(1947) in c-moll, op.85- Presto ma non troppo

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente    

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Krzysztof Penderecki (1933-2020) - A sea of dreams did breathe on me...

 

"A sea of dreams did breathe on me...", do polonês Krzysztof Penderecki é do ano de 2010, escrita para coro misto e orquestra. A obra é um exemplo da fase madura e lírica do compositor polonês. Ele se distancia do vanguardismo radical e do experimentalismo que marcaram o início de sua carreira nesse trabalho. A obra possui uma orquestração rica e densa. Observa-se ainda seu caráter introspectivo e reflexivo. O texto poético foi retirado de poetas britânicos românticos, como Keats, Shelley e Tennyson, evocando natureza, sonho e transcendência.

A obra foi encomendada pela Filarmônica de Varsóvia, pela ocasião do ducentésimo aniversário do nascimento de Chopin, celebrado em 2010. A UNESCO declarou "o ano Chopin" em todo o mundo. Várias composições foram criadas para homenagear o compositor. Penderecki, que era patrício de Chopin, foi convidado a contribuir com uma obra que refletisse o espírito sonhador do compositor. Sendo assim, a obra é uma reflexão sobre contemplação e memória, pois procura evocar o espírito romântico e sua conexão com a poesia e com a paisagem interior.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!    

Krzysztof Penderecki (1933-2020) - 

01 - No. 1, Children Among Poppies
02 - No. 2, Beneath a Mysterious Tree
03 - No. 3, Request for the Happy Isles
04 - No. 4, The Autumn Woods, Their Leaves Already Turning
05 - No. 5, Emptiness (A Solitary Tree)
06 - No. 6, The Angelus
07 - No. 1, Sky at Night
08 - No. 2, Silence
09 - No. 3, What Is the Night Saying_
10 - A Sea of Dreams Did Breathe on Me
11 - O Silent Night, Blue-Hued Night
12 - No. 1, Requiem. Chopin's Piano I
13 - No. 2, I Can See Some Land Far Away
14 - No. 3, Chopin's Piano II
15 - No. 4, The Wind, an Autumn Wind, Howled
16 - No. 5, If I Forget You, Fighting Warsaw
17 - No. 6, Mr. Cogito Thinks About Returning to His Home Town
18 - No. 7, Chopin's Piano III
19 - No. 8, Countess Potocka's Grave
20 - No. 9, To a Polish Pine - No. 10, Chopin's Piano IV
21 - No. 11, The Angelus

Warsaw Philharmonic Orchestra
Warsaw Philharmonic Choir

Antoni Wit, regente 

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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 22 em Si menor, Op. 54 e Sinfonia nº 26 em Dó maior, Op. 77 - vol. 8

Voltamos às sinfonias de Nikolay Myaskovsky. Após duas semanas sem postá-las, seguimos com o propósito de disponibilizar as 27 obras. Eis que surgem mais duas: a primeira delas é a Sinfonia No. 22, escrita no ano de 1941. Foi escrita em um período da história soviética. Foi escrita em meio à mobilização das tropas soviéticas para ingressar na Segunda Guerra. Seu propósito foi comemorar o décimo aniversário de incorporação da Armênia Soviética à União Soviética. Por isso, a Décima Segunda Sinfonia é chamada também de "Sinfonia Armênia". Ela possui certa ambiguidade, pois, ao mesmo tempo que celebra a unidade nacional, cria uma tensão por causa do conflito que estava na iminência de eclodir.

Já Sinfonia No. 26 (1945), a penúltima escrita pelo compositor,  foi dedicada à memória dos "soldados soviéticos" que lutaram para defender bravamente o país e do povo soviético que resistiu aos dias difíceis. É uma obra cuja finalidade é celebrar o luto dos heróis que tombaram. Trata-se de um trabalho profundamente emocional e introspectivo. Ao invés de celebrar a vitória - a União Soviético conseguiu coibir o triunfo do nazismo -, o que está em jogo é a vida daquelas que lutaram por uma causa. Representa uma visão humanista, afastando a noção romantizada de heroísmo. O que se celebra é a fragilidade, a dor gerada pela guerra.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - 

(01) Symphony-ballad No. 22(1941) in h-moll op.54
(02) Symphony No. 26(1948) in C-dur op.79- Andante sostenuto
(03) Symphony No. 26(1948) in C-dur op.79- Andante quasi lento
(04) Symphony No. 26(1948) in C-dur op.79- Adagio 

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente   

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György Ligeti (1923-2006) - Violin Concerto, Concert Românesc e Piano Concerto e György Kurtág (1926-2025) - Aus der Ferne III e Aus der Ferne V

A música de György Ligeti sempre foi um desafio para mim. Desde que assisti ao fabuloso "2001: Uma Odisseia no Espaço", cuja música do compositor cria uma experiência sensória que se complementa às eletrizantes cenas dirigidas por Stanley Kubrick, minha relação com o compositor se tornou quase que espiritual. 

De certa forma, a música de Ligeti desafia critérios e códigos. Esta gravação oferece uma oportunidade de avaliar a evolução da linguagem musical de um dos maiores compositores do século XX, desde o precoce Concert Românesc até os concertos posteriores para piano e violino, aqui interpretados por dois virtuoses fabulosos. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Ligeti: Violin Concerto: I. Praeludium. Vivacissimo luminoso
02. Ligeti: Violin Concerto: II. Aria - Hoquetus - Choral. Andante con moto
03. Ligeti: Violin Concerto: III. Intermezzo. Presto fluido
04. Ligeti: Violin Concerto: IV. Passacaglia. Lento intenso
05. Ligeti: Violin Concerto: V. Appassionato. Agitato molto
06. Kurtag: Aus der Ferne III
07. Ligeti: Concert Românesc: I. Andantino
08. Ligeti: Concert Românesc: II. Allegro vivace
09. Ligeti: Concert Românesc: III. Adagio ma non troppo
10. Ligeti: Concert Românesc: IV. Molto vivace
11. Kurtag: Aus der Ferne V
12. Ligeti: Piano Concerto: I. Vivace molto ritmico e preciso
13. Ligeti: Piano Concerto: II. Lento e deserto
14. Ligeti: Piano Concerto: III. Vivace cantabile
15. Ligeti: Piano Concerto: IV. Allegro risoluto, molto ritmico
16. Ligeti: Piano Concerto: V. Presto luminoso

Les Siècles
François-Xavier Roth, regente
Isabelle Faust, violino

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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish", Lieder ohne Worte, Book III, Op. 38: No. 2, etc

Passei alguns dias viajando por Pernambuco, meu país, minha pátria, e por terras alagoanas. Estava precisando. Fiz o agendamento de algumas postagens antes de viajar. Algumas saíram até sem texto. Fiquei sem muito tempo para escrever e de, última hora, acabou sendo postado dessa maneira. Entre sair sem texto ou não postar, acabei ficando com a primeira opção. Daqui para frente, tudo seguirá com certo fluxo de normalidade. 

Neste disco, por exemplo, encontramos a bonita Sinfonia No. 3, também conhecida como "Escocesa", de Félix Mendelssohn. A escrita foi terminada, em 1842, ou seja, cinco anos da morte do compositor. Todavia, segundo os estudiosos da obra do alemão, ela foi gestada durante uma viagem que o compositor realizou à Escócia por volta de 1829, quando possuía tenros vinte anos de idade. A Escócia provocou forte impressão no jovem Mendelssohn.

A ideia ficou adormecida no compositor. Mendelssohn ficou profundamente impressionado com os paisagens naturais e as ruínas históricas dos país. Ele acabou esboçando as primeiras ideias para a sinfonia naquelas terras. Mendelssohn escreve uma obra com forte sabor evocativo, constituindo uma obra de caráter genuinamente romântico.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Felix Mendelssohn (1809-1847) - 

01. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": I. Andante con moto - Allegro un poco agitato
02. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": II. Vivace non troppo
03. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": III. Adagio
04. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 "Scottish": IV. Allegro vivacissimo - Allegro maestoso assai
06. Lieder ohne Worte, Book III, Op. 38: No. 2, Lost Happiness, MWV U115 (Orch. Shani)
07. Lieder ohne Worte, Book I, Op. 19b: No. 6, Venetian Gondola Song, MWV U78 (Orch. Shani)
08. Lieder ohne Worte, Book VI, Op. 67: No. 4, Spinning Song, MWV U182 (Orch. Shani)

Rotterdam Philharmonic Orchestra
Lahav Shani, regente 

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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Partita for Violin solo no 1 in B minor, BWV 1002, Béla Bartók (1881-1945) - Sonata for Violin solo, Sz 117 e Niccolò Paganini (1782-1840) - Introduction and Variations on Paisiello's "Nel cor più non mi sento", Op. 38

Partita for Violin solo no 1 in B minor, BWV 1002 
01. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Allemande
02. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double
03. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Courante
04. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double. Presto
05. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Sarabande
06. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double
07. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Tempo di Bourree
8. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double

Sonata for Violin solo, Sz 117 
09. Sonata for violin solo, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): I. Tempo di ciaccona
10. Sonata for violin solo, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): II. Fuga
11. Sonata for violin solo, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): III. Melodia
12. Sonata for violin solo, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): IV. Presto

Introduction and Variations on Paisiello's "Nel cor più non mi sento", Op. 38 
13. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 1
14. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 2
15. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 3
16. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 4
17. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 5
18. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 6
19. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 7
20. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: 8
21. Capriccio on 'Nel cor più non mi sento', for violin solo in G major, Op. 38, MS 44: Variation 9

Viktoria Mullova, violino 

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terça-feira, 24 de junho de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - Concerti per fagotto IV

 

Antonio Vivaldi (1678-1741) -  

Concerto RV 469 in Do Maggiore
01. Allegro
02. Largo
03. [Senza Indicazione di Tempo]

Concerto RV 491 in Fa Maggiore

04. Allegro Molto
05. Largo
06. [Senza Indicazione di Tempo]

Concerto RV 498 in La Minore
07. Allegro
08. Larghetto
09. Allegro

Concerto RV 492 in Sol Maggiore
10. Allegro non molto
11. Largo
12. Allegro

Concerto RV 500 in La Minore
13. Allegro
14. Largo
15. Allegro

Concerto RV 473 in Do Maggiore
16. Allegro non molto
17. Largo
18. Minuet

L'Onda Armonica 

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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Frédéric Chopin (1810-1849) - 24 Préludes, Op. 28, Johannes Brahms (1833-1897) - 3 Intermezzi, Op. 117 e Robert Schumann (1810-1856) - Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations"


 

01. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 1 in C Major (0:49)
02. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 2 in A Minor (2:22)
03. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 3 in G Major (0:57)
04. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 4 in E Minor (2:24)
05. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 5 in D Major (0:36)
06. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 6 in B Minor (2:09)
07. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 7 in A Major (0:43)
08. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 8 in F-Sharp Minor (2:11)
09. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 9 in E Major (1:32)
10. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 10 in C-Sharp Minor (0:34)
11. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 11 in B Major (0:46)
12. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 12 in G-Sharp Minor (1:20)
13. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 13 in F-Sharp Major (3:34)
14. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 14 in E-Flat Minor (0:42)
15. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 15 in D-Flat Major, "Raindrop" (6:47)
16. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 16 in B-Flat Minor (1:07)
17. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 17 in A-Flat Major (3:50)
18. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 18 in F Minor (1:07)
19. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 19 in E-Flat Major (1:27)
20. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 20 in C Minor (1:58)
21. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 21 in B-Flat Major (2:24)
22. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 22 in G Minor (0:51)
23. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 23 in F Major (1:02)
24. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 24 in D Minor (2:42)
25. Brahms: 3 Intermezzi, Op. 117: No. 1 in E-Flat Major (6:10)
26. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": I. Theme (2:04)
27. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": II. Variation 1 (1:41)
28. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": III. Variation 2 (1:56)
29. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": IV. Variation 3 (2:13)
30. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": V. Variation 4 (2:00)
31. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": VI. Variation 5 (3:29)

Eric Lu, piano 

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domingo, 22 de junho de 2025

Johannes Brahms (1833-1897) - Symphonies, Festival Academic Overture & Tragic Overture

 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

01. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: I. Un poco sostenuto - Allegro (17:02)
02. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: II. Andante sostenuto (8:49)
03. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: III. Un poco allegretto e grazioso (4:49)
04. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: IV. Finale. Adagio (16:05)
05. Tragic Overture, Op. 81 (12:22)
06. Academic Festival Overture, Op. 80 (10:11)
07. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: I. Allegro non troppo (19:07)
08. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: II. Adagio non troppo (9:26)
09. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: III. Allegretto grazioso. Quasi andantino (5:46)
10. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: IV. Allegro con spirito (8:35)
11. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: I. Allegro con brio (12:56)
12. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: II. Andante (9:05)
13. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: III. Poco allegretto (5:38)
14. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: IV. Allegro (8:45)
15. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: I. Allegro non troppo (12:53)
16. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: II. Andante moderato (11:54)
17. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: III. Allegro giocoso (6:18)
18. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: IV. Allegro energico e passionato (9:32)

London Philharmonic Orchestra
Eugen Jochum, regente 

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sábado, 21 de junho de 2025

Dmitry Shostakovich (1906-1975) - Concerto for Cello and Orchestra in E flat major, Op. 107 e Dmitry Kabalevsky (1904-1987) - Concerto for Cello and Orchestra in G minor, Op. 49

 

Dmitry Shostakovich (1906-1975) - 

Concerto for Cello and Orchestra in E flat major, Op. 107

01. I. Allegretto
02. Il. Moderato
- Ill. Cadenza
- IV. Allegro con moto

Dmitry Kabalevsky (1904-1987) - 


Concerto for Cello and Orchestra in G minor, Op. 49

03. I. Allegro
04. Il. Largo
05. Ill. Allegretto

Philadelphia Orchestra
Eugene Ormandy, regente
Yo-Yo Ma, violoncelo 

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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - The Four Seasons

 

As quatro estações estão entre as obras mais gravadas de toda a história do disco e existem sob todas as formas de arranjos e adaptações. Tornaram-se um patrimônio da nossa cultura. Mesmo quem não conhece música clássica certamente as ouviu. Já em seu tempo, estes concertos tinham imensa popularidade: a peça estrangeira mais executada nos Concerts Spirituels, tradicionais séries de concertos de alto nível que aconteciam em Paris, era tão apreciada pelo público francês que, em 1766, o compositor Michel Corrette (1707-1795) utilizou a música da Primavera no seu grandioso salmo Laudate Dominum. De 1950 para cá, a obra de Vivaldi recuperou integralmente a reputação que tinha na época em que foi composta.

O primeiro concerto de As quatro estações, em Mi maior (RV 269), intitulado A Primavera, é o mais famoso do conjunto, já tendo até sido utilizado em comercial de sabonetes na década de 80. No soneto que acompanha a obra, anuncia-se a chegada da primavera, com a saudação festiva dos pássaros e o murmúrio das fontes e das brisas suaves.

O sol abrasador atinge os camponeses no segundo concerto, em Sol menor (RV 315), chamado de O Verão, mas uma tempestade se anuncia, eclodindo no terceiro movimento numa furiosa chuva de granizo acompanhada pelo crepitar de uma rápida passagem ornamental na orquestra e no solo.

O Outono, terceiro concerto da série em Fá maior (RV 293), abre com uma dança camponesa para celebrar a colheita e conclui com uma caça (completa, com “trompas, armas e cães”), que culmina na morte de um veado selvagem. 

Finalmente, o Inverno, quatro e último concerto das Estações, em Fá menor (RV 297), descreve primeiro o frio e o bater de dentes (vídeo a seguir), depois momentos calmos junto ao fogo e, enfim, a alegria temerária de deslizar no gelo quebradiço e ouvir o assobio dos ventos invernais. 

Na verdade, cada compasso fala por si, tornando praticamente desnecessários os sonetos explicativos. A sequência dos eventos está perfeitamente clara, um quadro fresco como uma pintura. Tudo é imediatamente percebido, sem ser, no entanto, ingênuo, pois esses quatro concertos, com sua tradicional sucessão de movimentos rápido-lento-rápido, trazem muitas surpresas, agradando inclusive o conhecedor experiente por sua riqueza formal que nada tem de esquemática, por expressivas irregularidades, com mudanças de tempos e de ritmos.

Com cerca de 500 gravações realizadas, As quatro estações representam o epicentro do gosto do grande público: são doces, melodicamente irresistíveis e descomplicadas para se apreciar. O passar dos seus quase 300 anos de composição em nada as afetou, e, apesar de ouvidas com frequência nas salas de concerto e por meio de gravações, elas em nada perderam seu frescor original. É como se tivessem sido escritas ontem. A escala das gravações vai desde a versão com grande orquestra do regente austríaco Herbert von Karajan (1908-1989) e a Filarmônica de Berlim até os 16 instrumentos espartanos na interpretação do Drottningholm Baroque Ensemble da Suécia. A primeira a vender maciçamente foi a gravação de 1955, com o grupo I Musici, de Roma, com Felix Ayo como solista, tão bem sucedida que teve que ser refeita quatro anos depois em estéreo – e teve 9,5 milhões de discos vendidos.

“Natureza e arte combinaram-se antes do que se possa imaginar”, como teria desejado o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Em As quatro estações, sentimos a fúria de Vivaldi, mas essa fúria era pura paixão, paixão pela arte. Apesar de sua saúde frágil, o incansável Padre Ruivo passou 40 anos de sua vida como professor de um orfanato recebendo um salário que não ia além daquele de um principiante, evidentemente por amor desinteressado à arte.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Trecho extraído daqui 

01 - The Four Seasons, Violin Concerto in E Major, Op. 8 No. 1, RV 269 _Spring__ I. Allegro
02 - The Four Seasons, Violin Concerto in E Major, Op. 8 No. 1, RV 269 _Spring__ II. Largo e pianissimo sempre
03 - The Four Seasons, Violin Concerto in E Major, Op. 8 No. 1, RV 269 _Spring__ III. Danza pastorale. Allegro
04 - The Four Seasons, Violin Concerto in G Minor, Op. 8 No. 2, RV 315 _Summer__ I. Allegro non molto
05 - The Four Seasons, Violin Concerto in G Minor, Op. 8 No. 2, RV 315 _Summer__ II. Adagio e piano
06 - The Four Seasons, Violin Concerto in G Minor, Op. 8 No. 2, RV 315 _Summer__ III. Presto
07 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Major, Op. 8 No. 3, RV 293 _Autumn__ I. Allegro
08 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Major, Op. 8 No. 3, RV 293 _Autumn__ II. Adagio molto
09 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Major, Op. 8 No. 3, RV 293 _Autumn__ III. Allegro
10 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Minor, Op. 8 No. 4, RV 297 _Winter__ I. Allegro non molto
11 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Minor, Op. 8 No. 4, RV 297 _Winter__ II. Largo
12 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Minor, Op. 8 No. 4, RV 297 _Winter__ III. Allegro

Anima Musicæ Chamber Orchestra 

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Alexander Tcherepnin (1899-1977) - Prelude to "La Princesse lointaine", Op. 4, Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) - Capriccio Espagnol, Op. 34 e Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) - Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55

 

01. Tcherepnin: Prelude to "La Princesse lointaine", Op. 4
02. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: I. Alborada. Vivo e strepitoso
03. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: II. Variazioni. Andante con moto
04. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: III. Alborada. Vivo e strepitoso
05. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: IV. Scena e canto gitano. Allegretto
06. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: V. Fandango asturiano
07. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: I. Élégie. Andantino molto cantabile
08. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: II. Valse mélancolique. Allegro moderato
09. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: III. Scherzo. Presto
10. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: IV. Tema con variazioni. Andante con moto

NDR Radiophilharmonie

Stanislav Kochanovsky, regente  

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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Giovanni Battista Sammartini (1695-1750) - Concertos for the organ, Op. 9

 

Giovanni Battista Sammartini (1695-1750) - 

01. Concerto Secondo (F major) - Allegro
02. Concerto Secondo (F major) - Andante
03. Concerto Secondo (F major) - Allegro
04. Concerto Primo (A major) - Andante spiritoso
05. Concerto Primo (A major) - Allegro assai
06. Concerto Primo (A major) - Andante
07. Concerto Primo (A major) - Allegro assai
08. Giovanni Battista Sammartini Sonata in C major
09. Concerto Quarto (Bb major) - Allegro
10. Concerto Quarto (Bb major) - Sostenuto
11. Concerto Quarto (Bb major) - Andante
12. Concerto Quarto (Bb major) - Allegro
13. Concerto Terzo (G major) - Spiritoso
14. Concerto Terzo (G major) - Andante
15. Concerto Terzo (G major) - Allegro
16. Giovanni Battista Sammartini Sonata in G major, 'con trombe di registro'

La Risonanza 

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terça-feira, 17 de junho de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 7, Op. 60 -"Leningrad"


A Sinfonia No. 7 é um dos trabalhos mais simbólicos e emblemáticos do século XX. Ela se constitui como uma espécie de hino de resistência do povo soviético à invasão perpetrada pelos nazistas. É uma denúncia da truculência da guerra, dessa noite escura e espessa, geradora de atrocidades impensáveis. Ela recebe o nome de Leningrado, pois aponta para o cerco de 900 (de 1941 a 1944) dias dos nazistas à cidade e que ceifou a vida de milhares de pessoas. Foi um dos bloqueios mais violentos da história, resultando em fome, doenças e bombardeios. A cidade ficou sem energia elétrica, sem água, sem aquecimento para resistir ao rigoroso inverno russo. Apesar da inclemente ação das forças nazistas, apesar da fome e da escassez material, a população resistiu bravamente, formando milícias urbanas e defendendo a cidade.

Carlos Drummond de Andrade escreveu em referência à cidade os seguintes versos:

Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora,
e o hálito selvagem da liberdade
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem,
enquanto outros, vingadores, se elevam
.

Shostakovich nasceu em Leningrado (atual São Petersburgo).  Teve de sair de lá. Começou a escrever a Sétima Sinfonia antes e durante a invasão nazista. Sua escrita se deu entre junho e dezembro de 1941. A estreia mundial da Sinfonia nº 7 aconteceu em 5 de março de 1942, na cidade de Kuibyshev, conduzida por Samuil Samosud. A performance foi transmitida por rádio e rapidamente a sinfonia tornou-se símbolo de resistência soviética.

No entanto, o episódio mais notável foi a estreia em Leningrado, em 9 de agosto de 1942, durante o cerco. A apresentação foi feita por uma orquestra montada às pressas com músicos que haviam sobrevivido à fome e ao frio, muitos sendo retirados diretamente da linha de frente. Para garantir silêncio, os soviéticos lançaram uma operação militar para silenciar a artilharia nazista no dia do concerto.

A Sinfonia Leningrado é um documento histórico feito em forma de música. Somente alguém com uma personalidade complexa como Shostakovich poderia criar algo com a sua envergadura. Ela possui elementos grandiloquentes de contestação da guerra, mas o compositor pode ter desejado realizar críticas ao stalinismo. Certamente ele não perderia a oportunidade de criar essa ambiguidade. Diferentemente de outros compositores que foram acossados pelo regime, Shostakovich realizava concessões, “pero no mucho”.

A “Leningrado” possui quatro movimentos. (1) Allegretto – contém o trecho mais famoso da Sinfonia – uma marcha marcial repetitiva que vai rompendo em um crescendo até se tornar ensurdecedora. Representa a marcha do exército. Faz lembrar o Bolero de Ravel. (2) Moderato (poco allegretto) – trata-se de um interlúdio sombrio e melancólico; explora as dores e tragédias humanas. (3) Adagio – absurdamente triste, emocional; representa o luto, o sofrimento e possui um forte sabor espiritual. (4) Allegro non tropo – possui um final dramático, pois combina a ideia de um triunfo contido e denúncia da estupidez da guerra; além disso pode ser sentido como uma crítica ao totalitarismo.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Allegretto
02 - Moderato (Poco Allegretto)
03 - Adagio
04 - Allegro non troppo

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente 

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Antonín Dvorak (1841-1904) - Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70 e Robert Schumann (1810-1856) - Symphony No. 2 in C Major, Op. 61


As três últimas sinfonias escritas pelo tcheco Antonin Dvorak são obras bastante expressivas. São extraordinárias. A mais popular delas é a No. 9, conhecida popularmente como “Do Novo Mundo”, por fazer referência ao período em que o compositor esteve na América do Norte, no final do século XIX. Talvez, seja seu trabalho mais famoso. Todavia, a Sinfonia No. 7 é, para muitos, o trabalho mais maduro e dramático do compositor. Nesse trabalho, o compositor busca uma linguagem mais austera e profunda do que nos trabalhos sinfônicos que havia escrito até aquele momento.

A obra foi escrita em 1885.  O motivo para escrevê-la veio de um momento em que constatou uma manifestação nacionalista chegando à estação ferroviária de Praga. Essa visão encheu o compositor de um forte orgulho nacional. Embora a Sétima aborde uma questão nacional, ela transcende essa perspectiva. Torna-se universal e integra o compositor à tradição germânica, colocando-o ao lado de nomes como Beethoven, Schubert e Brahms.

A Sinfonia No. 2, de Schumann, foi escrita nos anos de 1845 e 1846. É o trabalho sinfônico de que mais gosto do compositor. Ela contrasta com o momento vivido por Schumann quando a Sinfonia foi escrita. O alemão passava por um momento de desânimo, saúde frágil e com flertes depressivos. Apesar de cenário difícil, a Segunda é triunfante e luminosa.

Escrita em quatro movimentos, o destaque fica – ao meu modo de ver – com o Adagio expressivo, considerado um dos momentos mais líricos, introspectivos do compositor, talvez, como uma reflexão ao momento que vivia.  Já o quarto movimento – o Finale – acentua o clima de superação e vitória. Schumann chegou a afirmar à época que a música o ajudava “lutar contra a escuridão”.

Não deixe de ouvir este bonito disco. Uma boa apreciação! 

01. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: I. Allegro maestoso (10:46)
02. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: II. Poco adagio (9:33)
03. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: III. Scherzo: Vivace (7:16)
04. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: IV. Finale: Allegro (9:15)
05. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: I. Sostenuto assai - Allegro ma non Troppo (11:44)
06. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: II. Scherzo: Allegro vivace (6:45)
07. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: III. Adagio espressivo (9:03)
08. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: IV. Allegro molto vivace (8:12)

London Philharmonic Orchestra
Edward Gardner, regente 

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domingo, 15 de junho de 2025

Robert Schumann (1810-1856) - Complete Symphonies

Dizem que foi quando ouviu a Nona Sinfonia de Schubert, que Schumann se sentiu encorajado a começar a escrever a sua Primeira Sinfonia. Até então, o compositor havia escrito obras para piano e música camerística. Era o ano de 1841.  O compositor evitava incursionar por obras maiores e concentrava-se em ciclos ou coletâneas de peças menores, o que acabou por ajudar que ele adquirisse a fama de miniaturista. Assim escrever uma sinfonia era um grande desafio para ele. De modo extraordinário, ele esboçou a sua Primeira Sinfonia em apenas quatro dias. Cinco semanas depois, a obra estrearia em Leipzig, sob a regência de Mendelssohn. O sucesso veio de maneira imediata. 

O título de Sinfonia "Primavera" foi tirado de um poema de Adolf Böttger finalizado com os versos "Oh, vire e vire e mude o seu curso/ No vale, a primavera viceja", que inspiraram a abertura da Sinfonia. Assim, em dez anos o compositor escreveu as quatro sinfonias  - de 1841 a 1851. As quatro sinfonias são obras fundamentais do repertório romântico, refletindo a paixão do compositor pela literatura, seu lirismo pianístico e a consolidação de uma voz orquestral única. 

O alemão era um compositor absolutamente literário; e as sinfonias frequentemente transmitem uma narrativa sem palavras, como se fossem "poemas sem palavras". Os temas são cantáveis, muitas vezes derivados de suas canções ou peças para piano, desenvolvidos com grande riqueza harmônica. Eu, particularmente, gosto muito delas. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Robert Schumann (1810-1856) - 

01. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": I. Andante un poco maestoso - Allegro molto vivace - Animato (11:22)
02. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": II. Larghetto (5:23)
03. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": III. Scherzo. Molto vivace - Trio I & Trio II. Molto più vivace (5:46)
04. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": IV. Allegro animato e grazioso - Andante - Poco a poco accelerando (8:33)
05. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: I. Sostenuto assai - Un poco più vivace - Allegro ma non troppo (12:33)
06. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: II. Scherzo - Trio I - Trio 2 - Coda. Allegro vivace (7:19)
07. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: III. Adagio espressivo (9:16)
08. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: IV. Allegro molto vivace (7:58)
09. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: I. Lebhaft (Vivace) (9:06)
10. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: II. Scherzo. Sehr mäßig (Molto moderato) (6:51)
11. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: III. Nicht schnell (Moderato) (4:53)
12. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: IV. Feierlich (Maestoso) (5:07)
13. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: V. Lebhaft (Vivace) (5:56)
14. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: I. Ziemlich langsam (Lento assai) - Lebhaft (Vivace) (10:38)
15. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: II. Romanze. Ziemlich langsam (Lento assai) (4:07)
16. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: III. Scherzo - Trio. Lebhaft (Vivace) (7:05)
17. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: IV. Langsam (Lento) - Lebhaft (Vivace) - Schneller (Più animato) - Presto (8:21)

Dresdner Philharmonie
Marek Janowski, regente 

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sábado, 14 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 17 em Sol menor, Op. 41 e Sinfonia nº 20 em Mi maior, Op. 50 - vol. 7

 
Voltamos aos trabalhos de Nikolai Myaskovsky. Dessa vez, vamos às sinfonias de número 17 e a de número 20. Como abordado em outras postagens, Nikolai Myaskovsky foi um dos compositores que mais soberam explicitar o seu país em sua música. Quando o escutamos, é possível perceber as demandas e as exigências do seu tempo. Os dois trabalhos presentes neste disco foram escritas em um período crítico da história soviética: a iminência da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Os eventos políticos turbulentos fora e dentro do seu país foram condicionantes imperativas.

A Sinfonia de Nº 17, por exemplo, foi escrita entre os anos de 1936 e 1937. Vivia-se o auge dos expurgos stalinistas. Artistas e intelectuais eram vigiados e presos. Havia uma pressão para que houvesse um alinhamento com a doutrina do Partido. Myaskovsky não foi molestado pelos algozes do regime, mas sentia a pressão se avivar no seu entorno. A Décima Sétima Sinfonia possui quatro movimentos e mantém uma forma tradicional, com harmonias expansivas e melodias profundamente líricas. O primeiro movimento é dramático e sombrio, com explosões orquestrais. É possível sentir ecos de Tchaikovsky e Rachmaninov, mas de forma contida. O compositor sabia que não podia expandir sua subjetividade criativa. Era necessário seguir a pedagogia do regime para não ser perseguido.

Já a Vigésima, escrita em 1940, destoa da Décima Sétima por ser mais lírica. Escrita um ano antes da invasão nazista, ela procura criar uma ambiente de relativa calma antes da catástrofe. Trata-se de uma obra luminosa. O destaque fica com o terceiro movimento - adagio -, que é bem mahleriano. O último movimento é forte, seguro, e transmite um otimismo controlado. 

Mais dois trabalhos que dão uma ideia do que foi o século XX. Ouvir Myaskovsky é se apropriar de um momento histórico. Seus trabalhos fundem o romantismo tardio com as impressões de um momento. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) -

(01) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Lento. Allegro molto agitato
(02) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Lento. Assai
(03) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Allegro poco vivace
(04) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Andante
(05) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Allegro con spirito
(06) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Adagoi
(07) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Allegro inquietto

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente   

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Johannes Brahms (1833-1897) - Violin Concerto in D, Op. 77 e Double concerto in A minor, Op. 102

Um disco com duas das mais significativas obras do repertório romântico. São obras eloquentes, que dispensam maiores apresentações. A primeira delas, o Op. 77, foi composta em 1878, enquanto Brahms passava o verão em Pörtschach, uma cidade pitoresca à beira do lago Wörthersee, na Áustria. Foi um período bom e agradável para o compositor. É desse momento a escrita da Segunda Sinfonia. A obra foi dedicada ao grande violinista Joseph Joachim, um dos maiores intérpretes da época e amigo próximo de Brahms. Joachim teve um papel fundamental na criação do concerto, auxiliando Brahms - que não era violinista - na escrita das passagens técnicas. 

Originalmente, o concerto tinha quatro movimentos, incluindo um scherzo, mas Joachim sugeriu que Brahms removesse esse movimento, deixando a estrutura mais tradicional em três partes. A estreia ocorreu em Leipzig, em 1º de janeiro de 1879, com Joachim como solista e a Orquestra Gewandhaus sob a regência do próprio Brahms. 

Já o Op. 102, a outra obra monumental do disco, foi escrita 1887. É a última obra orquestral do compositor. A partir daí, ele se dedicou às formações menores, que são verdadeiras obras-primas.  O Concerto Duplo foi criado em um momento de reconciliação entre Brahms e Joseph Joachim, após uma ruptura causada pelo divórcio conturbado de Joachim. A esposa do violinista, a cantora Amalie Schneeweiss, havia sido acusada de infidelidade, e Brahms, contrariando Joachim, tomou seu partido, causando um afastamento entre os dois.

Para reatar a amizade, Brahms compôs este concerto, que exigia a colaboração entre Joachim (violino) e Robert Hausmann (violoncelista do Quarteto Joachim). A estreia aconteceu em Cologne, em 18 de outubro de 1887, sob a regência de Brahms. 

Não deixe de ouvir. uma boa apreciação! 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

Violin Concerto in D, Op. 77
01. I. Allegro non troppo (Kadenz, Joseph Joachim) [0:21:01.00]
02. II. Adagio [0:08:33.00]
03. III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace ; Poco piu presto [0:07:44.00]

Double concerto in A minor, Op. 102
04. I. Allegro [0:17:09.00]
05. II. Andante [0:08:02.00]
06. III. Vivace non troppo ; Poco meno allegro ; Tempo I [0:08:51.00]

Berlin Philharmonic Orchestra
Claudio Abbado, regente
Gil Shaham, violino
Jian Wang, violoncelo 

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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Two Pieces for String Quartet, Op. 36a, Seven Romances on Poems of Alexander Blok, Op. 127 e Piano Quintet in G minor, Op. 57


Minha admiração pela música de Shostakovich é bem grande. Gosto de tudo que diz respeito a ele. Sua linguagem fortemente emocional; suas finas e sutis ironias; a crítica subliminar e as tensão política que o envolvia são combustíveis que seduzem quando nós o escutamos. Mas há também aquelas obras melancólicas, sombrias, represadas, repletas de fagulhas de tristeza. 

A "Two Pieces for String Quartet, Op. 36a" foi originalmente escritas para órgão em 1929, essas peças foram rearranjadas para quarteto de cordas em 1931. Elas refletem o estilo inicial de Shostakovich, combinando elementos neoclássicos com uma linguagem harmônica moderna. Já a "Seven Romances on Poems of Alexander Blok" foi composta para soprano, violino, violoncelo e piano, baseada em poemas do simbolista russo Alexander Blok. Foi dedicada a Mstislav Rostropovich e sua esposa, Galina Vishnevskaya.

E a terceira e última obra do disco  - o "Piano Quintet in G minor, Op. 57" - é uma das obras camerísticas mais celebradas do compositor. Ela é do ano de 1940. Foi escrita logo após a Quinta Sinfonia. A Op. 57 foi bem recebido e ganhou o Prêmio Stálin no ano de 1941. 

Não deixe de ouvir este excelente disco. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

Two Pieces for String Quartet, Op. 36a
01. Elegy
02. Polka

Seven Romances on Poems of Alexander Blok, Op. 127

03. Ophelia's Song
04. Hamayun, The Prophetic Bird
05. We Were Together
06. The City Is Asleep
07. The Storm
08. Secret Sign
09. Music

Piano Quintet in G minor, Op. 57
10. Prelude
11. Fugue
12. Scherzo
13. Intermezzo
14. Finale

Fitzwilliam String Quartet
Elisabeth Söderström, soprano
Vladimir Ashkenazy, piano 

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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Ernõ von Dohnányi (1877-1960) - Suite in F minor , Variations on a Nursery Theme e The Veil of Pierrette

Ernõ von Dohnányi foi um compositor húngaro, ou seja, patrício de Bartók e Kódaly. Ele foi importante, pois contribuiu de forma significativa com a transição de um romantismo tardio para a modernidade. Embora tenha sido contemporâneo de Bartók e Kodály, Dohnányi manteve um estilo mais conservador, fortemente influenciado por Brahms, Liszt e os modelos clássicos alemães. Neste disco, surgem algumas de suas obras orquestrais.
 
O destaque fica por conta de "Variations on a Nursery Theme". A obra foi composta em 1914, , pouco antes da Primeira Guerra Mundial, essa peça para piano e orquestra é uma das obras mais conhecidas e cativantes de Dohnányi. Baseia-se na melodia da canção infantil "Twinkle, Twinkle, Little Star" e se destaca pelo seu espírito paródico e virtuosismo. Após uma introdução grandiosa e quase wagneriana, a melodia simples é apresentada e, em seguida, transformada em uma série de variações que exploram diversos estilos musicais. Algumas dessas variações imitam ou parodiam compositores como Wagner, Liszt, Debussy e até Tchaikovsky, revelando o lado humorístico e altamente técnico de Dohnányi.
 
Há ainda duas outras obras. O disco é agradável. É possível conhecer o lado histriônico do compositor em algumas dessas peças. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Ernő von Dohnányi (1877-1960) - 

01. Suite in F# minor -I- Andante con variazioni [0:11:04.20]
02. Suite in F# minor -II- Scherzo: Allegretto vivace [0:04:28.43]
03. Suite in F# minor -III- Romance: Andante poco moto [0:05:53.53]
04. Suite in F# minor -IV- Rondo: Allegro vivace [0:07:23.36]
05. Variations on a Nursery Theme - Introduction - Theme - [0:04:47.21]
06. Variations on a Nursery Theme - Variation I - [0:00:34.65]
07. Variations on a Nursery Theme - Variation II: Risoluto - [0:00:31.44]
08. Variations on a Nursery Theme - Variation III - [0:01:39.54]
09. Variations on a Nursery Theme - Variation IV - [0:01:05.27]
10. Variations on a Nursery Theme - Variation V - [0:01:00.69]
11. Variations on a Nursery Theme - Variation VI - [0:00:41.01]
12. Variations on a Nursery Theme - Variation VII: Walzer - [0:02:17.40]
13. Variations on a Nursery Theme - Variation VIII: Alla marcia - [0:01:25.43]
14. Variations on a Nursery Theme - Variation IX: Presto - [0:01:54.31]
15. Variations on a Nursery Theme - Variation X: Passacaglia - [0:03:48.45]
16. Variations on a Nursery Theme - Variation XI: Choral - [0:01:33.66]
17. Variations on a Nursery Theme - Finale fugato [0:03:19.52]
18. The Veil of Pierrette -I- Pierrot's Love-lament [0:04:55.10]
19. The Veil of Pierrette -II- Waltz-rondo [0:02:43.16]
20. The Veil of Pierrette -III- Merry Funeral March [0:02:49.08]
21. The Veil of Pierrette -IV- Wedding Waltz [0:05:57.53]

BBC Philharmonic
Matthias Bamert, regente
Howard Shelley, piano 

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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Sinfonias from Cantatas

 
Johann Sebastian Bach, embora amplamente reconhecido por sua vasta produção musical, não compôs sinfonias no sentido clássico do termo, como fariam mais tarde compositores como Haydn, Mozart e Beethoven. No entanto, ele é autor de obras orquestrais importantes que antecipam muitos dos elementos que seriam centrais na sinfonia clássica. Portanto, ao falar das “sinfonias” de Bach, muitas vezes estamos nos referindo a outras formas orquestrais que ele compôs.
 
Um exemplo são as "sinfonias" dentro das cantatas. O compositor costumava incluir movimentos instrumentais introdutórios dentro, conhecidos como sinfonias ou sonatas. A finalidade dessas composições era preparar o ambiente emocional das obras vocais. São altamente expressivas. Serviram como referência para o desenvolvimento da sinfonia conforme passamos a conhecê-la. 
 
Neste disco, encontramos algumas dessas sinfonias. São espetaculares como é próprio daquilo que o compositor escreveu. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 

01. Sinfonia from Cantata BWV 188 Ich habe meine Zuversicht
02. Sinfonia from Cantata BWV 174 Ich liebe den Höchsten von ganzem Gemüte
03. Sinfonia from Cantata BWV 169 Gott soll allein mein Herze haben
04. Sinfonia from Cantata BWV 12 Weinen, Klagen, Sorgen, Zagen - Adagio Assai
05. Sinfonia from Cantata BWV 49 Ich geh und suche mit Verlangen
06. Sinfonia from Cantata BWV 146 Wir müssen durch viel Trübsal
07. Concerto from Cantata BWV 35 Geist und Seele wird verwirret, Pt. 1
08. Sinfonia from Cantata BWV 35 Geist und Seele wird verwirret, Pt. 2, presto
09. Sinfonia from Cantata BWV 156 Ich steh mit einem Fuß im Grabe - Adagio
10. Sinfonia from Cantata BWV 52 Falsche Welt, dir trau ich nicht

Ensemble Cordia 

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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Krzysztof Penderecki (1933-2020) - Chamber Music


Quem visita este espaço, sabe que, vez ou outra, o compositor polonês Krzysztof Penderecki  aparece por aqui. Gosto dele. Aprecio a sua linguagem característica. Tudo que ele escreveu é bom, interessante e grandioso. Penderecki foi alguém que elaborou experiências sonoras radicais, recriando-se como ninguém. No que diz respeito às suas peças camerísticas, o compositor buscou por novas formas de expressão, transitando por entre vanguardas. 

Destacam-se nessas composições, o dramatismo – ou seja, uma evocação quase teatral, com contrastes abruptos entre o silêncio e o clímax; e uma fusão entre o passado e o presente – o uso de formas barrocas, que demonstra uma relação entre o presente e a história.

Em suma, a obra camerística do compositor polonês é um microcosmo de sua própria história. Embora esses trabalhos não sejam tão conhecidos, são uma importante faceta de sua obra. Nelas, o compositor procurou inserir um tipo de sonoridade única, onde é possível perceber a experimentação e um olhar transitivo para o passado. Desse trabalho, era possível notar uma densa alquimia sonora. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

 Krzysztof Penderecki (1933-2020) - 

01 - Ensemble Villa Musica - String Trio- I. Allegro molto
02 - Ensemble Villa Musica - String Trio- II. Vivace
03 - Ensemble Villa Musica - Prelude for Clarinet Solo
04 - Ensemble Villa Musica - Per Slava for Violoncello Solo
05 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- I. Allegro
06 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- II. Andante
07 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- III. Allegro vivace
08 - Ensemble Villa Musica - Cadenza per viola sola
09 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- I. Notturno
10 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- II. Scherzo
11 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- III. Serenad
12 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- IV. Abschied

Ensemble Villa Musica

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 15 in A Major, Op. 141


A Sinfonia No. 15, de Shostakovich, foi composta em 1971. É o último trabalho sinfônico do compositor. Quando escreveu a obra, Shostakovich enfrentava alguns problemas de saúde. A obra, por isso, a apresenta feições meio ambíguas – de leveza consolidada, ironias sutis e uma melancolia profunda. 

No ano de 1971, Shostakovich foi internado no sanatório de Kurgan. Além disso, enfrentava incontornáveis problemas cardíacos. Sua condição inspirava cuidados. Ressaltavam-se ainda as dificuldades musculares. A obra nasceu contexto. Seu filho, Maxim Shostakovich, conduzi-a durante a estreia.

Ao escutar um trabalho sinfônico do compositor, as questões épicos e marciais eclodem explicitamente. É incontestável. O compositor era alguém ligado à história. Não teria como ser diferente. Afinal, ele viveu em um país que surgiu de uma revolução e se tornou uma das experiências políticas mais emblemáticas da história. Ao longo do século XX, as questões políticas e sociais se agudizaram. O compositor foi vigiado pela censura. A única forma de fazer sua voz ouvida era produzir arte. Sua obra foi fecundada em meio ao tensionamento com as autoridades do seu país.

Todavia, quando se escuta a Décima Quinta, um cenário novo se faz perceber. De certa forma, muitas das marcas do compositor estão no trabalho. Acontece que, na Décima Quinta, uma ironia sutil, permeada pelo melancólico e pelo trágico são questões salientes. Shostakovich faz pequenas inserções de Rossini e Wagner. Oscila entre a alegria ensolarada do compositor italiano ao trágico, ao brumoso, de “Tristão e Isolda”, de Wagner. Alguns estudiosos veem nisso um acerto de contas com a história; ou, simplesmente, um tipo de testamento musical, pondo em relevo os traços mais inimistas da personalidade do compositor, que viveu em um dos momentos mais sensíveis da história.

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ I. Allegretto (Live)
02 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ II. Adagio - Largo - Adagio - Largo (Live)
03 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ III. Allegretto (Live)
04 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ IV. Adagio - Allegretto - Adagio - Allegretto (Live)

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink, regente 

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domingo, 8 de junho de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Complete Piano Sonatas


Passei boa parte da minha semana revisitando essas sonatas. Como é bom e importante realizar esse exercício. Existe um mundo de riquezas sutis nelas. É possível perceber os humores do compositor; suas intenções estéticas; sua disposição psicológica. Não é para menos. As 32 sonatas formam um conjunto que pode ser colocado entre as produções artísticas mais importantes do mundo ocidental. Elas foram escritas ao longo da vida de Beethoven. Por isso, é possível perceber as fases, a evolução, as camadas psicológicas, a maturidade do compositor.

Inicialmente, é possível perceber a influência latente da música de Mozart e Haydn. É a fase do classicismo expressivo. Logo em seguida, Beethoven vai imprimindo características expressivas próprias. Ele subverte a mera originalidade formal e passa dar ao piano uma eloquência, como se o instrumento tivesse uma voz própria. A partir desse salto, o compositor dar ao piano uma voz quase orquestral. Cada sonata passa a ter uma dicção própria – algumas são melancólicas e introspectivas como, por exemplo, a “Sonata ao Luar” (a de número 14); outras são dramáticas como a “Appassionata” (a de número 23). Nota-se um movimento dialético, pois o compositor faz o desenvolvimento temático ganhar contornos intensivos. Há uma exploração harmônica ousada, realçando a mudança estética, ou seja, o próprio romantismo. Com isso, observa-se uma grande variedade emocional que migra do desespero ao heroísmo.

De uma perspectiva filosófica, as sonatas de Beethoven não são apenas exercícios formais ou técnicos - elas são veículos de uma visão de mundo. Em sua obra, encontramos a ideia de transformação, de luta interior, de redenção através da arte. Em um contexto marcado pelos ideais iluministas e pelo espírito revolucionário do fim do século XVIII, Beethoven parece usar a música para expressar a liberdade do indivíduo, o heroísmo trágico e o poder do espírito humano frente às adversidades. O piano era o instrumento filosófico de Beethoven. Era o canal como ele disseminava seu idealismo e sua metafísica para o mundo.

Após a composição dessas sonatas, a forma como se passou a pensar música para piano não foi mais a mesma. Compositores como Schubert, Chopin, Brahms e Liszt viram em Beethoven uma referência. Claro, Schubert era coetâneo de Beethoven, mas, claro, deve ter usado as composições do mestre Ludwig como um horizonte necessário para as suas próprias composições.  

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -  

01. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: I. Allegro
02. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: II. Adagio
03. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: III. Menuetto. Allegretto
04. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: IV. Prestissimo
05. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: I. Allegro vivace
06. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: II. Largo appassionato
07. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: III. Scherzo. Allegretto
08. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: IV. Rondo. Grazioso
09. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: I. Allegro con brio
10. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: II. Adagio
11. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: III. Scherzo. Allegro
12. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: IV. Allegro assai
13. Piano Sonata No. 5 in C Minor, Op. 10 No. 1: I. Allegro molto e con brio
14. Piano Sonata No. 5 in C Minor, Op. 10 No. 1: II. Adagio molto
15. Piano Sonata No. 5 in C Minor, Op. 10 No. 1: III. Finale. Prestissimo
16. Piano Sonata No. 6 in F Major, Op. 10 No. 2: I. Allegro
17. Piano Sonata No. 6 in F Major, Op. 10 No. 2: II. Allegretto
18. Piano Sonata No. 6 in F Major, Op. 10 No. 2: III. Presto
19. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: I. Presto
20. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: II. Largo e mesto
21. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: III. Menuetto. Allegro
22. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: IV. Rondo. Allegro
23. Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13 "Pathétique": I. Grave – Allegro di molto e con brio
24. Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13 "Pathétique": II. Adagio cantabile
25. Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13 "Pathétique": III. Rondo. Allegro
26. Piano Sonata No. 9 in E Major, Op. 14 No. 1: I. Allegro
27. Piano Sonata No. 9 in E Major, Op. 14 No. 1: II. Allegretto
28. Piano Sonata No. 9 in E Major, Op. 14 No. 1: III. Rondo. Allegro comodo
29. Piano Sonata No. 10 in G Major, Op. 14 No. 2: I. Allegro
30. Piano Sonata No. 10 in G Major, Op. 14 No. 2: II. Andante
31. Piano Sonata No. 10 in G Major, Op. 14 No. 2: III. Scherzo. Allegro assai
32. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: I. Allegro con brio
33. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: II. Adagio con molto espressione
34. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: III. Menuetto
35. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: IV. Rondo. Allegretto
36. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": I. Andante con variazioni
37. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": II. Scherzo. Allegro molto
38. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": III. Marcia funebre sulla morte d'un eroe
39. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": IV. Allegro
40. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": I. Andante – Allegro – Tempo I
41. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": II. Allegro molto e vivace
42. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": III. Adagio con espressione
43. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": IV. Allegro vivace
44. Piano Sonata No. 14 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 2 "Moonlight": I. Adagio sostenuto
45. Piano Sonata No. 14 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 2 "Moonlight": II. Allegretto
46. Piano Sonata No. 14 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 2 "Moonlight": III. Presto agitato
47. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": I. Allegro
48. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": II. Andante
49. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": III. Scherzo. Allegro vivace
50. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": IV. Rondo. Allegro ma non troppo
51. Piano Sonata No. 16 in G Major, Op. 31 No. 1: I. Allegro vivace
52. Piano Sonata No. 16 in G Major, Op. 31 No. 1: II. Adagio grazioso
53. Piano Sonata No. 16 in G Major, Op. 31 No. 1: III. Rondo. Allegretto
54. Piano Sonata No. 17 in D Minor, Op. 31 No. 2 "The Tempest": I. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
55. Piano Sonata No. 17 in D Minor, Op. 31 No. 2 "The Tempest": II. Adagio
56. Piano Sonata No. 17 in D Minor, Op. 31 No. 2 "The Tempest": III. Allegretto
57. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": I. Allegro
58. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": II. Scherzo. Allegretto vivace
59. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": III. Menuetto. Moderato e grazioso
60. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": IV. Presto con fuoco
61. Piano Sonata No. 19 in G Minor, Op. 49 No. 1: I. Andante
62. Piano Sonata No. 19 in G Minor, Op. 49 No. 1: II. Rondo. Allegro
63. Piano Sonata No. 20 in G Major, Op. 49 No. 2: I. Allegro ma non troppo
64. Piano Sonata No. 20 in G Major, Op. 49 No. 2: II. Tempo di Menuetto
65. Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 "Waldstein": I. Allegro con brio
66. Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 "Waldstein": II. Introduzione. Adagio molto
67. Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 "Waldstein": III. Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo
68. Piano Sonata No. 22 in F Major, Op. 54: I. In tempo d'un menuetto
69. Piano Sonata No. 22 in F Major, Op. 54: II. Allegretto
70. Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 "Appassionata": I. Allegro assai
71. Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 "Appassionata": II. Andante con moto
72. Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 "Appassionata": III. Allegro ma non troppo
73. Piano Sonata No. 24 in F-Sharp Major, Op. 78 "A Thérèse": I. Adagio cantabile – Allegro ma non troppo
74. Piano Sonata No. 24 in F-Sharp Major, Op. 78 "A Thérèse": II. Allegro vivace
75. Piano Sonata No. 25 in G Major, Op. 79: I. Presto alla tedesca
76. Piano Sonata No. 25 in G Major, Op. 79: II. Andante
77. Piano Sonata No. 25 in G Major, Op. 79: III. Vivace
78. Piano Sonata No. 26 in E-Flat Major, Op. 81a "Les adieux": I. Das Lebewohl. Adagio – Allegro
79. Piano Sonata No. 26 in E-Flat Major, Op. 81a "Les adieux": II. Abwesenheit. Andante espressivo
80. Piano Sonata No. 26 in E-Flat Major, Op. 81a "Les adieux": III. Das Wiedersehen. Vivacissimamente
81. Piano Sonata No. 27 in E Minor, Op. 90: I. Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
82. Piano Sonata No. 27 in E Minor, Op. 90: II. Nicht zu geschwind und sehr singbar vorgetragen
83. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: I. Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung. Allegretto ma non troppo
84. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: II. Lebhaft, marschmäßig. Vivace alla marcia
85. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: III. Langsam und sehnsuchtsvoll. Adagio ma non troppo, con affetto
86. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: IV. Geschwind, doch nicht zu sehr und mit Entschlossenheit. Allegro
87. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": I. Allegro molto e con brio
88. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": II. Largo con gran espressione
89. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": III. Allegro
90. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": IV. Rondo. Poco allegretto e grazioso
91. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": I. Allegro
92. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": II. Scherzo. Assai vivace
93. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": III. Adagio sostenuto
94. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": IV. Largo – Allegro – Allegro risoluto
95. Piano Sonata No. 30 in E Major, Op. 109: I. Vivace ma non troppo – Adagio espressivo – II. Prestissimo
96. Piano Sonata No. 30 in E Major, Op. 109: III. Andante molto cantabile ed espressivo. Gesangvoll mit innigster Empfindung
97. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: I. Moderato cantabile molto espressivo
98. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: II. Allegro molto
99. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: III. Adagio ma non troppo
100. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: IV. Fuga. Allegro ma non troppo
101. Piano Sonata No. 32 in C Minor, Op. 111: I. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
102. Piano Sonata No. 32 in C Minor, Op. 111: II. Arietta. Adagio molto semplice cantabile 

Hie Yon Choi, piano 

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