Fato intrigante: assim como há livros que provocam sensações variadas, há também músicas que mudam o nosso ânimo. O bom leitor sabe que cada livro exige um tipo de abordagem, de relação diferenciada. Ler uma poesia não é o mesmo que ler um romance; ou ler um tratado de fisiologia é diferente de ler um livro história. Do mesma forma é com a música. Cada tipo de compositor exige e merece uma relação distinta. Quando ouço Bach penso nas coisas altas, sublimes, angélicas; ao ouvir Beethoven me sinto solitário, cheio de sensações que enobrecem a humanidade; mas quando escuto Mozart, bate-me logo um sensação de leveza e alegria. Ou seja, a relação que estabeleço com Mozart é de profundo entusiasmo e encanto. Sua música é sempre um caminho que me conduz à simplicidade e ao desejo por situações sensíveis. Neste dois concertos para piano que aqui estão postos, Mozart é um poeta de grande candura e beleza. Por isso, não deixe de ouvir e estabelecer uma relação de admiração com Wolfgang. Na condução dessa revelação apoteótica temos Abbado e Maria João Pires. Boa apreciação!
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Concerto para piano e orquestra No. 17 em G maior, K. 453 e Concerto para piano e Orquestra em C maior, K. 467
Concerto para piano e orquestra No. 17 em G maior, K. 453
1. Allegro [12:01]
2. Andante [9:53]
3. Allegretto [7:24]
Concerto para piano e Orquestra No. 21 em C maior, K. 467
4. Allegro [14:03]
5. Andante [6:10]
6. Allegro vivace assai [6:39]
The Chamber Orchestra for Europe
Maria João Pires, piano
Claudio Abbado, regente
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Have Joy!
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2 comentários:
Para mim, o Concerto em dó nº 21, só me dá sensação de alegria no último movimento, quando sou resgatado do poço escuro de infinita tristeza no qual sou jogado no segundo movimento (vide o vídeo do you tube com Maria Tipo).
De fato, Sérgio. Concordo com você!
Saudações! Fique à vontade!
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