quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Sonho de uma noite de verão - música incidental, Op. 61

Quando penso na música de Mendelssohn, sempre me vem à mente uma sensação de alegria juvenil despreocupada, tépida, repleta de sentimentos ensolarados. Talvez, a impressão resultante da sinfonia número 4, "Italiana", tenha se tornado numa influência preponderante. E o que dizer de o Sonho de uma noite de verão? Mendelssohn conseguiu transferir o aspecto emblemático tal qual Shaskepeare o empregou quando escreveu a sua obra homônima. Ou seja, a obra escrita para o teatro se perpetua, em carga dramática e espiritual, na obra musicada. Mendelssohn era um indíviduo culto, dono de uma grande versatilidade artística; conhecedor de tendências e mundos literários. Mendelssohn contribuiu singularmente para perpetuar o gênio shakespereano nessa obra. O mais incrível nisso tudo - e devo afirmar que se trata de algo estarrecedor - é que Mendelssohn era uma adolescente quando escreveu esta obra. Tinha apenas 15 anos de idade. Algo verdadeiramente incrível. A obra é ágil, cheia de um colorido alegre; é bela, perfeita, revelando uma alma sonhadora. A obra revala o jovem Mendelssohn. As suas aspirações; sua sabedoria precoce; e, acima de tudo, suas espectações pueris. Sonho de uma noite de verão deixa-nos com aquela impressão de que há homens que já perceberam, apreenderam e sentiram o inefável; que já apalparam a beleza. Revela-nos a verdade abismadora proclamada por Nietzsche, a de que "a arte existe para dar sentido à vida". Sem a arte o mundo humano já teria se desvanescido. Quando se estiver triste, quando a vida se encher de escuridade; ou naqueles dias em que o mundo parece conspirar, é necessário ouvir esta música que segreda-nos verdades ocultas. A "Abertura" é uma porta que se nos abre, convidando-nos para o mundo das fadas, dos duendes, dos contos imaginosos, de encantamentos, de amores impossíveis ou que se realizam, de fantasia, verdadeira fantasia. Entusiasmo-me quando escuto esta obra. Ficamos elucubrando com aquelas sentimentalizações de que a vida vale a pena. Portanto, não deixe de ouvir este registro imperdível com Otto Klemperer. Aprecie sem moderação, pois quanto mais somos penetrados pela beleza da arte, melhores seres humanos nos tornamos.

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Sonho de uma noite de verão - música incidental, Op. 61

01. Overture, Op. 21 [12:51]
02. I. Scherzo [5:29]
03. IIa. March of the Fairies [1:17]
04. III. 'Ye Spotted Snakes' [4:39]
05. V. Intermezzo [3:57]
06. VII. Nocturne [7:02]
07. IX. Wedding March [5:00]
08. Xa. Funeral March [1:01]
09. XI. Dance of the Clowns [1:49]
10. Finale. 'Through the House' [4:48]

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Philharmonia Orchestra
Philharmonia Chorus
Heather Harper, soprano
Janet Baker, contralto
Otto Klemperer, regente

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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonatas para piano No. 8 ("Patética"), 9, 10 e 11 - CD 3

Sigamos com as sonatas de Beethoven. Destaquemos neste registro a sonata no. 8, conhecida como "Patética". A Sonata para piano No. 8 em Dó menor, op. 13, geralmente conhecida como, Sonata Patética, foi publicada em 1799, embora tenha sido escrito no ano anterior, quando o compositor tinha 28 anos de idade. Beethoven dedicou esta obra ao seu amigo, o Príncipe Karl Lichnowsky. Já no primeiro movimento Beethoven traz características revolucionárias. Pela primeira vez, Beethoven inicia uma sonata com um movimento lento. Um acorde forte estabelece a tonalidade e inicia uma seção muito expressiva, que funciona como uma introdução. As nuances são muito sutis, mas criam uma atmosfera nunca antes experimentada numa sonata para piano – quasi una fantasia. Mais do que uma simples introdução, esse Grave abre uma nova maneira de se expressar é parte integrante do movimento já que retorna, de forma abreviada, no começo e na coda da seção de desenvolvimento deste movimento. Numa rápida escala cromática descendente no final da primeira página, Beethoven enfim inicia o primeiro movimento, num andamento rápido Allegro molto e con brio. O "primeiro tema" por assim dizer é formado de sextas e terças ascendentes acompanhadas por oitavas no baixo, funcionando como um tremolo, o que cria uma tensão quase palpável. A energia não se dissipa ao longo do movimento e está presente em todas as seções: desde a seção onde a mão direita é responsável pela melodia e baixo (seção difícil com os saltos muito rápidos) até à parte onde Beethoven aumenta a tensão incrivelmente, lá pelo compasso 90, num crescendo intenso utilizando todos os extremos do piano. No final da exposição, Beethoven usa o material do tema principal para a coda, que finda essa seção de uma maneira completamente "não-conclusiva". O desenvolvimento também inicia-se com uma introdução ao modo da Exposição. O material é o mesmo e surpreende pela modulação, com uma introdução em sol menor para uma conclusão em mi menor, onde o tema principal retorna. O desenvolvimento termina com uma passagem em colcheias descendentes que se desencadeia na Recapitulação. A recapitulação ocorre de maneira normal até o final do movimento, onde Beethoven traz o material do início do movimento para o desfecho final. Como se fosse um novo início, Beethoven traz a introdução e o início do primeiro tema para encerrar o movimento de uma maneira abrupta. É interessante também notar que Beethoven deixa o último compasso em branco, com uma fermata, como se desse um tempo grande para o pianista descansar e mudar completamente a atmosfera para o início do segundo movimento. O segundo movimento representa uma das páginas mais belas já escritas na música. A melodia suave, acompanhada pelas harmonias que somente poderiam ter saído da pena de Beethoven criam uma atmosfera de tranquilidade e calma impressionante. O movimento se desenvolve baseado na técnica de variação, onde o tema permanece ali, quase imutável, mas com o acompanhamento se modificando a cada vez. Para alunos iniciantes é uma ótima peça para desenvolver a noção do cantabile, onde o pianista tem que dividir a melodia e o acompanhamento numa mesma mão. O terceiro movimento, o rondó é mais uma prova daquela velha frase que Beethoven não compôs um rondó mais ou menos, todos são fenomenais. A forma aqui é o do rondó-sonata, onde Beethoven mistura as formas do rondó (A-B-A-C-A-D-A) e da sonata, criando uma forma nova. No rondó-sonata, A-B-A-C-A-B-A, as seções A,B,A representam o primeiro e segundo temas, sendo B o segundo tema. A seção C representa o desenvolvimento. A recapitulação também apresenta A,B,A, onde B vem na tonalidade original, como em uma forma sonata normal. As seções são bem definidas, e criam mais um atrativo a essa fenomenal obra de arte. Com essa sonata, principalmente o seu primeiro movimento, Beethoven abriu as portas para o futuro - ninguém depois de ouvir essa obra - poderia fechar os olhos para as possibilidades de expressão apresentadas aqui. Aparecem ainda neste registro as sonatas de número 9, 10 e 11, todas grávidas do gênio de Beethoven. Boa apreciação!

Boa parte do texto foi extraído DAQUI

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonata No.8 in C minor, op.13 -Pathetique, Sonata No.9 in E major, Op.14 no.1, Sonata No.10 in G major, Op.14 no.2 e Sonata No.11 in B flat major, Op.22

Sonata No.8 in C minor, Op.13 - "Patética"
01. I. Grave - Allegro di molto e con brio
02. II. Adagio cantabile
03. III. Rondo. Allegro

Sonata No.9 in E major, Op.14 no.1
04. I. Allegro
05. II. Allegretto
06. III. Rondo. Allegro comodo

Sonata No.10 in G major, Op.14 no.2
07. I. Allegro
08. II. Andante
09. III. Scherzo. Allegro assai

Sonata No.11 in B flat major, Op.22
10. I. Allegro con brio
11. II. Adagio con molta espressione
12. III. Menuetto
13. IV. Rondo. Allegretto

Wilhelm Kempff, piano

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Jean Sibelius (1865-1957) - Sinfonia No. 7 em C, Op. 105 e Johannes Brahms (1833-1897) - Sinfonia No. 4 in E menor, Op. 98

Afirmo ousada e destemidamente que Yevgeny Mravinsky é o grande nome da regência no século XX. O velhinho de cara dura e sisuda não era brincadeira quando conduzia uma orquestra. Não escuso nomes como Ansermet, Mitropoulos, Toscanini ou Ormandy. Todavia, Mravinsky possui uma particularidade, uma dureza, uma firmeza, que me atrai. Deve ser o fato de ser russo. Nascido em 1903 e morto em 1988, o mastro construiu uma parceria de meio século com a lendária Leningrado Filarmônica Orquestra (LPO). Essa parceria rendeu frutos imortais como a interpretação das sinfonias números 5, 6, 8 e 9 de Shostakovich, de quem era grande amigo. Tudo aquilo que Yevgeny punha as mãos para reger, transformava-se em arte imorredoura. Um exemplo são as duas sinfonias deste post, uma de Sibelius e outra de Brahms. Não sou de ouvir a mesma música duas vezes seguidas, mas confesso que fiz isso no dia de hoje ao ouvir este registro. Detalhe: é preciso ouvir estas duas peças com um volume do som um pouco "alto" para perceber a maravilha que era o casamento Mravinsky-LPO. Boa apreciação!

Jean Sibelius (1865-1957) - Sinfonia No. 7 em C, Op. 105 (Live 1965)
01. Adagio
02.Un Pochettino Meno Adagio
03. Poco Rallentando All'Adagio
04. Allegro Molto Moderato
05. Vivace

Johannes Brahms (1833-1897) - Sinfonia No. 4 in E minor, Op. 98 (Live 1973)

01 Allegro Non Troppo
02 Andante Moderato
03 Allegro Giocoso, Poco Meno Presto, Tempo
04 Allegro Energico E Passionato, Più Allegro

Leningrad Philharmonic Symphony Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Henryk Wieniawski (1835-1880) - Violin Showpieces

Este post é para atender a solicitação de um dos visitantes aqui de O SER DA MÚSICA. Realizei-o também pela curiosidade que me incutiu o compositor Henryk Wieniawski. Ainda não o conhecia. Confesso que o seu trabalho gerou em mim certo despertamento, certa sensação de amistosidade. As passagens ao violino são belas, sentimentais. O compositor manejava muito bem o instrumento. Nascido na Polônia, Wieniawski era filho de pais judeus, mais tarde convertidos ao catolicismo. Estudou no Conservatório de Paris, o que foi importante para o seu amadurecimento como compositor. Protegido por Anton Rubinstein, passou a morar em São Petersburgo - Império Russo; mais tarde fez uma excursão pelos Estados Unidos com o mesmo Rubinstein. De saúde muito frágil, o compositor morreu em 1880 em Moscou. Alguns dos seus concertos para violino são conhecidos pela dificuldade. Um exemplo é o Concerto No. 1 em Fá sustenido maior, Op. 14. Neste registro encontramos obras de monotonia agradável - no bom sentido; poeticamente tocante, de uma sensibilidade terna, nua, quase transparente. Não deixe de ouvir e apreciar Wieniawski. Bom deleite!

Henryk Wieniawski (1835-1880) - Violin Showpieces

01. Souvenir de Moscou Op.6 [7:07]
02. Capriccio-valse in E major Op.7 [6:32]
03. Variations on an original theme Op.15 [11:53]
04. Polonaise brillante Op.4 [5:37]
05. Le carnaval russe Op.11 [7:10]
06. Gigue in E minor Op.23 [2:37]
07. Saltarello (arr. Lenehan) [1:42]
08. Mazurka Op.19 no.2 - Village Fiddler [3:35]
09. Mazurka Op.19 no.1 - Obertass [2:09]
10. Mazurka Op.12 no.2 - Polish Song [3:47]
11. Mazurka, Kujawiak [2:43]
12. Légende Op.17 [7:47]
13. Scherzo-tarantelle Op.16 [4:35]

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Marat Bisengaliev, violino
John Lenehan, piano

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Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Piano concerto No. 1 in B flat minor, op. 23 e Violin concerto in D major, op. 35

Este é um CD fantasticamente imperdível. Destacarei apenas o Concerto para violino em Ré maior, op. 35, um dos concertos mais belos, conhecidos e tecnicamente difíceis para o instrumento. Quando compôs a obra, Tchaikovsky estava se recuperando de uma depressão causada pela relação desastrosa com Antonina Miliukova, sua esposa. A primeira apresentação foi realizada em 1881, tornando-se de lá para cá uma referência necessária quando mencionamos o termo: "concerto para violino e orquestra". Há muito que intentava postar este concerto. Fiquei refletindo sobre qual intérprete. Refleti sobre Mutter, Hann, Jansen ou outro violinista, até que achei esta gravação extraordinária com Oistrakh - que dispensa comentários. Ainda aparece neste registro o Concerto para piano e orquestra, o opus 23, com Gilels e Mehta. Ou seja, é para ouvir e se impressionar. Boa apreciação!

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Piano concerto No. 1 in B flat minor, op. 23 e Violin concerto in D major, op. 35

Concerto para piano e orquestra No. 1 in B flat minor, op. 23
01. I. Allegro non troppo e molto maestoso
02. II. Andantino semplice
03. III. Allegro con fuoco

New York Philharmonic
Emil Gilels, piano
Zubin Mehta, regente

Concerto para violino em D major, op. 35
04. I. Allegro moderato
05. II. Canzonetta. Andante
06. III. Finale. Allegro vivacissimo

The Philadelphia Orchestra
David Oistrakh, violino
Eugene Ormandy, regente

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - The Wedding Cantatas

Estou de passagem apenas para efetuar esta postagem. Após certa ausência por conta da data natalina - cheguei a fazer uma pequena viagem e retornei hoje à tarde - bateu-me um profundo desejo de postar este belíssimo CD. Emma Kikby é fantástica. Não deixe de ouvir e apreciar mais um post com árias tocantes de um dos maiores magos da história da música. Sei que muitos dirão: "O principal mago". Mas isso já é conversa para outra ocasião. Boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - The Wedding Cantatas

Cantata BWV 202, "Weichet nur, betrübte Schatten" [19:38]
01 - Arie - Weichet nur, betrübte Schatten
02 - Rezitativ - Die Welt wird wieder neu
03 - Arie - Phoebus eilt mit schnellen Pferden
04 - Rezitativ - Drum sucht auch Armor sein Vergnügen
05 - Arie - Wenn die Frühlingslüfte streichen
06 - Rezitativ - Und dieses ist das Glücke
07 - Arie - Sich üben im Lieben
08 - Rezitativ - So sei das Band der keuschen Liebe
09 - Gavotte - Sehet in Zufriedenheit

Aria "Bist Du bei mir", BWV 508 (attrib. G.H. Stolzen) [2:21]
10 - Bist Du bei mir (Stolzen)

Aria "Gedenke doch, mein Geist", BWV 509 (anon) [1:06]
11 - Gedenke doch, mein Geist (anon)

From Cantata BWV 82, Nr. 2 - Rezitativ- "Ich habe genug" [0:57]
12 - Nr. 2 - Rezitativ- Ich habe genug
Itálico
From Cantata BWV 82, Nr. 3 - Arie- Schlummert ein, ihr matten Augen [7:31]
13 - Nr. 3 - Arie- Schlummert ein, ihr matten Augen

Cantata, BWV 210 - "O holder Tag, erwünschte Zeit" [32:00]
14 - Rezitativ - O holder Tag, erwünschte Zeit
15 - Arie - Spielet, ihr beseelten Lieder
16 - Rezitativ - Doch, haltet ein, ihr muntern Saiten
17 - Arie - Ruhet hie, matte Töne
18 - Rezitativ - So glaubt man denn, daß die Musik verführe
19 - Arie - Schweigt, ihr Flöten, schweigt ihr Töne
20 - Rezitativ - Was Luft was Grab
21 - Arie - Großer Gönner, dein Vergnügen
22 - Rezitativ - Hochteurer Mann, so fahre ferner fort
23 - Arie - Seid beglückt

The Academy of Ancient Music
Emma Kirkby, soprano
Christopher Hogwood, regente

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Arias

Ainda não havia escutado este CD. Traz árias sendo executadas por Kozená. Não são somente "cantadas". Um anjo as canta, as profere. A ocasião exige. Talvez seja o momento natalino. A festa cristã - o Natal -, no fundo, é de natureza apócrifa. Há todos os indicativos de que Cristo não tenha nascido nesta época. À época do Império Romano, comemoravam-se outras festas no mês de dezembro. Inclusive no dia 25 de dezembro comemorava-se o dia do deus Sol Invictus. Havia ainda o início do solstício de inverno. Comemorava-se, ainda, as saturnais em homenagem ao deus Saturno, deus da agricultura e da fertilidade. A celebração do Natal Cristão em 25 de dezembro surgiu por paralelo com as solenidades do Deus Mitra, cujo nascimento era comemorado no Solstício (de inverno no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul). No calendário romano este solstício acontecia erroneamente no dia 25, em vez de 21 ou 22. Os romanos comemoravam na madrugada de 24 de dezembro o "Nascimento do Invicto" como alusão do alvorecer de um novo sol, com o nascimento do Menino Mitra. Havia entre os romanos o costume da catolicidade. Refiro-me ao aspecto da importação dos costumes culturais - o sincretismo. Os romanos ao invés de imporem os seus costumes, absorviam as crenças daqueles a quem conquistavam. Mais católicos que os romanos, era a Igreja Católica e Apóslica Romana que sincretizou os costumes ditos pagãos dos romanos, inclusive o natal. Conforme a Bíblia, Cristo nasceu na Palestina quando os pastores estavam nos campos a pastorearem ovelhas. Mas o fato é que neste período não é comum que os pastores estejam no campo pastoreando por causa das temperaturas baixíssimas. Conforme a descrição, é possível que o fato tenha se dado no mês de março - início da primavera. Todavia, paremos por aqui. Entendo que a data seja mais propícia às confraternizações; à oportunidade de vermos e estarmos ao lado dos familiares. E, melhor ainda: ouvir Bach sendo cantando pela Magdalena Kozená. Aproveite! Boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Arias

01. BWV243 - Et Exsulttavit Spiritus Meus
02. BWV208 - Schafe Koennen Sicher Weiden
03. BWV84 - Ich Esse Mit Freuden Mein Weniges Brot
04. BWV244 - Erbarme Dich, Mein Gott
05. BWV198 - Wie Starb Die Heldin so Vergnuegt!
06. BWV198 - Verstummt, Verstummt, Ihr Holden Saiten!
07. BWV34 - Wohl Euch, Irh Auserwaehlten Seelen
08. BWV74 - Komm, Komm, Mein Herze Steht Dir Offen
09. BWV245 - Zerfliesse, Mein Herze, in Fluten Der Zaehren
10. BWV30 - Kommt, Ihr Anefochtnen Suender
11. BWV232 - Laudamus Te

Magdalena Kozená, soprano

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ludwig van Beethoven - Conc. para violin. in D major, op. 61, Rom. para violi. e orquestra em G major, op. 40 e Rom. para violin. em F maior, Op. 50

Sei que já postei o concerto para violino de Beethoven - o opus 61 - outras duas vezes. Já apareceram os times Menuhin - Klemperer; Joshua Bell - Norrington; e agora Tetzlaff - Zinman. Alguém poderá pensar: "Puxa! De novo! Será que não poderia disponibilizar outra coisa?". Não faz mal. O importante é confrontar gravações. Verificar como certo regente ou certo solista lida com determinada passagem. Essas percepções treinam a nossa sensibilidade. Além do que, seguem neste registro os dois romances para violino. Duas verdadeiras jóias líricas. As peças aqui contidas neste post são "umidamente azeitadas". Explico. Elas se inserem, penetram, com muita facilidade a nossa interiodade. Vão resvalando docemente e nos toma todo. Não possuem arestas, não nos arranham não nos espanca, não causam escoriações; não esmurram, não ferem nossa percepção. Apenas sopram suavemente. Acalentam. Provocam uma estesia necessária. Por isso, não deixe de ouvir e se extasiar com os humores beethovianos. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Concerto para violino in D major, op. 61, Romance para violino e orquestra em G major, op. 40 e Romance para violino e orquestra em F major, op. 50

Concerto para violino em D major, op. 61
01. I. Allegro ma non troppo
02. II. Larghetto
03. III. Rondo

Romance para violino e orquestra em G major, op. 40
04. I. Adagio - Allegro con brio

Romance para violino e orquestra em F major, op. 50
05. Adagio cantabile

Tonhalle Orchestra Zurich
David Zinman, regente
Christian Tetzlaff, violino

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Johannes Brahms (1833-1897) - String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 e String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2 - CD 1

Já venho há dois meses com o intento de postar os quartetos de cordas de Brahms, uma jóia, uma pérola, algo para qual nos falta palavras. Mas foi somente hoje que disse para mim mesmo: "Hoje a criança nasce!". E como estou entusiasmado com estas postagens! Nutro uma profunda admiração pela música brahmsiana. Com o compositor não havia tempo para devaneios ou produções que fugiam àqueles elementos tão típicos da música genuinamente clássica. Deve ser por isso que ele não compôs balê ou ópera. Seus pés estavam fincados no terreno da música pura. Música-música (se é que existe esta expressão). Toda as vezes que vou postar Brahms corre dentro de mim certa expectação reverente. A alemão não era brincadeira. Sua música é um atestado de sua competência e seriedade. Em sua época o que vigorava eram as megalomanias de Wagner e dos compositores programáticos. Brahms conseguiu se impor compondo música absoluta - a mesma que compusera Beethoven, Mozart e Haydn. Tudo isso amalgamado ao espírito profundo do Romantismo. Resta-nos apenas ficar com o primeiro CD com os dois primeiros quartetos - O opus 51 no. 1 e 2. Estes quartetos são verdadeiras obras primas. Possuem uma capacidade de síntese, concentração e honestidade musical invejáveis, dificilmente encontráveis em outros compositores. Prestem atenção: falo "dificilmente". Páro por aqui: é preciso ouvir para sentir estas duas maravilhas. Aprecie sem moderação, incontidamente!

Johannes Brahms (1833-1897) - String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 e String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2

String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 [30:10]
01. Allegro
02. Romanze. Poco Adagio
03. Allegretto molto moderato e comodo - Un poco piu animato
04. Allegro

String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2 [31:04]05. Allegro non troppo
06. Andate moderato
07. Quasi Minuetto, moderato - Allegretto vivace
08. Finale. Allegro non assai

Amadeus Quartet

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Luigi Boccherini (1743-1805) - Overture (Sinfonia) in D major, G. 521, Concertos for Violincello & Orchestra in D major, G. 476, e etc

O compositor Luigi Boccherini, nascido em Lucca - Itália -, foi um importante nome da música no século XVIII. Jovem talento, desde muito cedo familiarizou-se com a música. Tocava o violoncelo como ninguém. Apegou ao método de Palestrina e Corelli. Exerceu importante função musical em Viena. Viajou por outros tantos países da Europa - Austria, França, etc. Em 1769, radicou-se em Madrid e se dedicou com afinco à sua produção musical. Compôs prolificamente sem atentar às intrigas que o cercavam - são desse período os 6 quartetos de cordas; o Stabat Mater para vozes e orquestra; entre outras peças significativas. Sua fama declinou, o que lhe causou profundos enfados. Morreu em Madrid, doente e na miséria. Confiramos o trabalho do moço. pois vale a pena. Conseguimos enxergar em sua música alguém que deixa o Barroco e está com os pés fincados no Classicismo. Boa apreciação!

Luigi Boccherini (1743-1805) - Overture (Sinfonia) in D major, G. 521, Concertos for Violincello & Orchestra in D major, G. 476, Octet (Notturno) in G major, Op. 38 No. 4, G. 470, Concerto for Violoncello & Orchestra in C major, G. 573 e Sinfonia in C minor, G. 519

Overture (Sinfonia) in D major, G. 521
01. Allegro con spirito molto - Andantino - Tempo I [5:05]

Concertos for Violincello & Orchestra in D major, G. 476
02. Allegro [6:12]
03. Largo [5:00]
04. Allegro piacere [3:40]

Octet (Notturno) in G major, Op. 38 No. 4, G. 47005. Andantino amoroso ma non largo [6:41]
06. Minuetto [4:33]
07. Finale: Allegro vivo [3:56]

Concerto for Violoncello & Orchestra in C major, G. 573
08. Maestoso [5:41]
09. Largo cantabile [4:15]
10. Allegro comodo [5:43]

Sinfonia in C minor, G. 519
11. Allegro vivo assai [6:03]
12. Pastorale. Lentarello [4:37]
13. Minuetto. Allegro [2:30]
14. Finale. Allegro [4:43]

Tafelmusik On Period Instruments
Jeanne Lamon, diretor
Anner Bylsma, violoncelo

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A. K. Glazunov - Quinteto para 2 violinos, viola e 2 cellos in A maior, Op. 39 e Quarteto No. 7 para 2 violinos, viola e cello in C maior, Op. 107

Como estou merencório, assim como a música que vou postar, decidir transcrever o texto da wikipédia sobre Glazunov. Segundo a citada fonte: "[Um certo] Mily Balakirev, professor de piano de sua mãe, aconselhou que o menino [Glazunov] estudasse com Nikolai Rimsky-Korsakov (1880) e dois anos depois executou num concerto a primeira sinfonia em mi maior, de Glazunov. Entre 1882 e 1886 Glazunov compôs dois quartetos de cordas, duas aberturas sobre temas folclóricos gregos, o poema sinfônico Stenka e a segunda sinfonia em fá sustenido menor. Visitou Franz Liszt em Weimar (1884) e sofreu sua influência, e também as de Richard Wagner e Tchaikovsky, mais tarde. Muitas das suas obras-primas datam da década de 1890: os balés Raymonda, Ruses d'amour e Les Saisons, as sinfonias nº 4, 5 e 6 (a 8ª e última é de 1906). De 1904 é o concerto para violino em lá menor. Professor (1899) e diretor (1905) do conservatório de São Petersburgo, permaneceu no lugar até 1928, quando decidiu deixar a União Soviética, por sentir-se isolado. Fez uma tournée aos Estados Unidos da América mas fixou-se em Paris depois de 1930. Outras obras: concerto-balada para violoncelo e orquestra (1931), concerto para saxofone, flauta e cordas (1934)". A resta apenas a audição dessas duas obras tristemente sorumbáticas. Boa pareciação!

A. K. Glazunov (1865-1936) - Quinteto para 2violinos, viola e 2 cellos in A maior, Op. 39 e Quarteto No. 7 para 2 violinos, viola e cello in C maior, Op. 107

Quinteto para 2violinos, viola e 2 cellos in A maior, Op. 39**
01. Allegro [9:20]
02. Scherzo: Allegro moderato [5:15]
03. Andante sostenuto [6:51]
04. Finale. Allegro moderato [7:23]

Quarteto No. 7 para 2 violinos, viola e cello in C maior, Op. 107
05. Adagio. Allegro giocoso [08:47]
(Remembrance of the past)
06. Adante affetuoso [6:56]
(The Breath of spring)
07. Allegro scherzando [6:12]
(In the mysterious forest)
08. Moderato [7:25]
(Russian Festivity)

The Shostakovich Quartet
Andrei Shishlov, 1st violino
Alexander Balashov, 2nd violino
Alexander Galkovsky, viola
Alexander Korchagin, 2nd cello
**Alexander Kovalev, 1st cello

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sábado, 19 de dezembro de 2009

George Frederic Handel (1685-1759) - Complete Wind Sonates

Dois CDs formidáveis de uma doçura sem igual. Música barroca da melhor qualidade - de Handel - alemão sisudo radicado na Inglaterra. Afirmam os historiadores que a facilidade com que o compositor escrevia impressionava. Sua produção foi bastante vasta. Escreveu diversas óperas e oratórios. Enquanto vivo, Handel foi bastante aclamado. Mesmo que após a sua morte tenha havido um certo esquecimento, no século XX houve um resgate de sua música. Handel é imensamente popular na Inglaterra, fato este que pode ser comprovado pelo local onde está enterrado - na Abadia de Westminster, lugar reservado ao nome das grandes figuras da história inglesa. Ou seja, o alemão não era brincadeira. Aqui temos uma mostra de seu refinamento nestas sonatas tão agradáveis para uma tarde de sábado. Não deixe de ouvir e se enternecer. Aprecie sem moderação!

George Frederic Handel (1685-1759) - Complete Wind Sonates

Disco 1

Flute Sonata in A minor, HWV 374 "Halle" No.1
01. Adagio
02. Allegro
03. Adagio
04. Allegro

Flute Sonata in E minor, HWV 375 "Halle" No.2 -
05. Adagio
06. Allegro
07. Grave
08. Minuet

Flute Sonata in B minor, HWV 376 "Halle" No.3
10. Allegro
11. Lergo
12. Allegro

Flute Sonata in E minor, Op.1, No.1a, HWV 379
13. Larghetto-Adagio
14. Andante
15. Largo
16. Allegro
17. Presto

Flute Sonata in D major, HWV 378
18. Adagio
19. Allegro
20. Adagio
21. Allegro

Trio Sonata for 2 Recorders and Continuo in F, HWV 405
22. Allegro
23. Grave
24. Allegro

Sinfonia for 2 Violins and Continuo in B flat, HWV 338
25. Allegro
26. Adagio
27. Allegro

Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in E minor, HWV 395
28. Largo
29. Allegro
30. Largo
31. Allegro

Disco 2

Oboe Sonata in C minor, Op.1, No.8, HWV 366
01. Largo
02. Allegro
03. Adagio
04. Bourrée angloise (Allegro)

Oboe Sonata in B flat major, HWV 357
05. (Andante)
06. Grave
07. Allegro

Oboe Sonata in f major, HWV 363a
08. Adagio
09. Allegro
10. Adagio
11. Bourrée (Angloise)
12. Menuetto

Recorder Sonata in G minor, Op.1, No.2, HWV 360
13. Larghetto - Adagio
14. Andante
15. Adagio
16. Presto

Recorder Sonata in A minor, Op.1, No.4, HWV 362
17. Larghetto (Adagio)
18. Allegro
19. Adagio
20. Allegro

Recorder Sonata in C major, Op.1, No.7, HWV 365
21. Larghetto - Adagio
22. Allegro
23. Larghetto
24. A tempo di gavotta
25. Allegro

Recorder Sonata in F major, Op.1, No.11, HWV 369
26. Larghetto
27. Allegro
28. Alla siciliana
29. Allegro

Recorder Sonata in B flat major, HWV 377
30. (Allegro)
31. Adagio
32. Allegro

Recorder Sonata in D minor, Op.1, No.8a, HWV 367a
33. Largov
34. Vivace
35. Presto
36. Adagio
37. Alla breve
38. Andante
39. A tempo di menuet

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Academy of St. Martin in the Fields Chamber Ensemble
Graham Sheen, Denis Vigay, Trevor Wye, William Bennett,
George Malcolm, Nicholas Kraemer, Neil Black,
Elisabeth Selin, Michala Petri, Kenneth Sillito, Malcolm Latchem

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonatas para piano Nos. 3, 5, 6 e 7 - CD 2

A palavra sonata deriva do latim (sonare) e significa basicamente "soar", "produzir um som". É uma composição para instrumentos solistas, geralmente piano, em três movimentos (normalmente dois rápidos e um lento), sendo um deles escrito na forma tradicional (exposição, desenvolvimento, reexposição). Os compositores que mais escreveram sonatas clássicas foram Mozart, Haydn e Beethoven (wikipédia). Mas como disse certa vez Hans von Bülow, as 32 sonatas compostas por Beethoven são o Novo Testamento da música. Ou seja, Beethoven explorou as possibilidades mais variadas para o gênero, o que atesta a sua genialidade incontestável. Aparecem nesta postagem quatro sonatas - as de número 3, 5, 6 e 7. Conduzindo-nos por esse mundo maravilhoso, temos Wilhelm Kempff. Não deixe de ouvir e apreciar sem moderação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonatas para piano Nos. 3, 5, 6 e 7

Sonata No.3 in C major, Op.2 no.3
01. I. Allegro con brio
02. II. Adagio
03. III. Scherzo. Allegro
04. IV. Allegro assai

Sonata No.5 in C minor, Op.10 no.1
05. I. Allegro molto e con brio
06. II. Adagio molto
07. III. Finale. Prestissimo

Sonata No.6 in F major, Op.10 no.2
08. I. Allegro
09. II. Allegretto
10. III. Presto

Sonata No.7 in D major, Op.10 no.3
11. I. Presto
12. II. Largo e mesto
13. III. Menuetto. Allegro
14. IV. Rondo. Allegro

Wilhelm Kempff, piano

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Johannes Brahms (1833-1897) - Quarteto para piano No. 1 em G menor, Op. 25 e Balada, Op. 10

Enquanto ouvia este CD, veio-me à memória o fragmento de uma poesia de Fernando Pessoa, poeta a quem muito aprecio. Diz o Pessoa: "Pobre velha música!/ Não sei por que agrado, / Enche-se de lágrimas/ Meu olhar parado". Notável. É tradução poética e exatificante da música de Brahms. O compositor possui uma singularidade tocante. Um tipo de refinamento paralisante. É como diz, ainda, o Pessoa em outro poema: "Escuto, e passou.../ Parece que foi só porque escutei/ Que parou". É uma música cheia de sinuosidades. Como se fosse o curso de um rio visto do alto de uma montanha. Suas curvas revelam mistérios, segredos. Li em dos livros do escritor gaúcho Érico Veríssimo (Solo de Clarineta I se não estou enganado), que quando ele começou a ouvir a música de Brahms sentia umas vibrações, umas palpitações estranhas na alma, um tipo de paralisia que o deixava triste. Seus olhos ficavam parados, estáticos. É preciso ter um coração que sente para perceber os segredos e mistérios subjacentes escondidos em cada curva, em cada palmo de sonoridade, que viaja e nos conduz em seu curso sinuoso. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) - Quarteto para piano No. 1 em G menor, Op. 25 e Balada, Op. 10

Quarteto para piano No. 1 em G menor**
01. Allegro [12:57]
02. Allegro, ma non troppo [8:15]
03. Andante con moto [9:53]
04. Rondo alla Zingarese: Presto [8:17]

Balada, Op. 10
05. Andante - Allegro - Andante [4:37]
06. Andante - Allegro non troppo - Molto staccato e leggiero - Andante [7:05]
07. Intermezzo. Allegro [4:25]
08. Andante con moto [8:53]

**Membros do Quarteto Amadeus
Norbert Brainin, violino
Peter Schidlof, viola
Martin Lovett, violoncelo

Emil Gilels, piano

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Robert Schumann - Konzertstück for 4 Horns e Orquestra in F major Op. 86, Sinfonia No. 3 in E flat major Op. 97 - "Renana" e Sinf. No. 4 em D menor

Chegamos ao fim da série das sinfonias de Robert Schumann. São gravações primorosas, muito bem executadas pelo Gardiner, valorando o trabalho sinfônico de Schumann, que deve ter conferido e apreciado. O fato é que durante muito tempo, as sinfonias de Schumann tiveram muito má impressão. Dizia-se que eram mal construídas, mal orquestradas e que eram um híbrido entre a sinfonia e o poema sinfônico. Hoje, apesar do seus "defeitos" ou talvez graças a eles, aparecem como a primeira tentativa de extensão da forma para tratar integrar numa unidade coerente, os elementos mais díspares. E mais ainda, pela forma como os seus diversos movimentos dependem organicamente uns dos outros, parecem anunciar o último Sibelius. Aparecem nesta postagem, o Konzertstück para 4 Horns e Orquestra in F major Op. 86, uma obra demasiado curta, mas bastante agradável; aparece, ainda, a Sinfonia No. 3 em Mi bemol maior, Op. 97 - "Renana", uma obra pela qual possuo grande admiração. Está repleta por uma sofisticação ensolarada. O título "Renana" supõe, mais que um preciso programa musical, um testemunho de fidelidade ao Romantismo alemão, para qual a figura do Reno tinha um valor simbólico fundamental; e surge ainda a Sinfonia No. 4 em D menor, Op. 12o que já apareceu aqui na última postagem. Todavia, temos aqui a versão de 1851 feita pelo próprio Schumann. - com cinco movimentos. A primeira versão foi de 1841. Fica aqui a certeza de um notável, um excelente registro, digno da magnitude do compositor alemão. Aprecie sem moderação!

Robert Schumann (1810-1856) - Konzertstück para 4 trompas e orquestra in F major Op. 86, Sinfonia No. 3 in E flat major Op. 97 - "Renana" e Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1851 Version).

Konzertstück for 4 Horns and Orchestra in F major Op. 86*
01. I. Lebhaft
02. II. Romanze - Ziemlich langsam, doch nicht schleppend
03. III. Sehr lebhaft

Sinfonia No. 3 in E flat major Op. 97 - "Renana"
04. I. Lebhaft
05. II. Scherzo - Sehr maessig
06. III. Nicht schnell
07. IV. Feierlich
08. V. Lebhaft

Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1851 Version).
09. I. Ziemlich langsam - Lebhaft
10. II. Romanza - Ziemlich langsam
11. III. Scherzo - Lebhaft
12. IV. Etwas zurueckhaltend
13. V. Lebhaft

Orchestre Révolutionaire et Romantique
*Roger Montgomery, Gavin Edwards,
Susan Dent, Robert Maskell, horns
John Elliot Gardiner, trompas

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Enrique Granados (1867-1916) - Danças Espanholas

O espanhol Enrique Granados nasceu em Lérida (Catalunha). Desde muito pequeno mostrou propensões para a música. Sua mãe foi responsavel por inculcar no jovem curioso as primeiras lições de piano. Aos 16 anos, fala-se que o jovem Granados interpretou de forma magistral a Sonata No. 2 de Schumann. Deixou a pequena Lérida e foi para Barcelona. Tornou-se um jovem boêmio e idealista. Adquiriu habilidades notáveis ao piano. Fazia excelentes concertos, o que lhe rendeu grande fama. Sua brilhante carreira foi interrompida pela morte prematura. Em 1916, no auge da Primeira Guerra Mundial, Granados morreu afogado juntamente com a esposa no Canal da Mancha. O navio em que viajava foi bombardeado. Foi um grande amigo de Isaac Albéniz. Sua obra possui uma linguagem própria. É repleta de características belamente espanholas. Ela estabelece uma linguagem intimista e pessoal com o ouvinte, evoca uma grande dose de refinamento e contenção. Granados escreveu uma ópera intitulada Goyescas e um poema sinfônico denominado A Divina Comédia e outras obras de grande referência como Maria del Carmen, Petrarca e Picarol. As Danças Espanholas - aqui apresentadas - foram compostas em finais do século XIX em vários fragmentos e em seguida foram reunidas. A obra fez grande sucesso pelo tratamento pianístico e pelo colorido do material de cunho popular. Cui, representante do Grupo dos Cinco da música russa, afirmou que As Danças Espanholas podem ser comparadas às Valsas Norueguesas de Edvard Grieg ou às Danças Húngaras de Brahms. Sendo assim, não deixe de apreciar. Boa audição!

Enrique Granados (1867-1916) - Danças Espanholas

01. Dança No. 2 - Oriental [04:48]
02. Dança No. 3 - Zarabanda [03:53]
03. Dança No. 4 - Villanesca [05:33]
04. Dança No. 5 - Andaluza [03:38]
05. Dança No. 6 - Rondalla aragonesa [04:35]
06. Dança No. 7 - Valenciana [05:07]
07. Dança No. 10 - Danza triste [04:12]
08. Dança No. 11 - Zambra [06:28]
09. Valsas Poéticas [13:25]

Fernando Castaño, Ramon Roncal , violão (1, 8)
Dubravka Tomsic, piano (2, 3, 5, 6, 9)
Pau Casals, cello, Nicolai Mednikoff, piano, (4)
Andres Segovia, violão, (7)

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Benjamin Britten (1913-1976) - 4 Sea Interludes e Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sinfonia No. 7 in A maior, Op. 92

Após ouvir este CD, senti-me premido a postá-lo. Uma tríade extraordinária se apresenta com galhardia e rigor - Britten, Beethoven e Bernstein (regência). O concerto de Brittem dispensa maiores comentários. É tão bom que nem percebemos a passagem do tempo. Quando menos percebemos, acaba. A Sinfonia No. 7 de Beethoven, que já apareceu por aqui com Toscanini, Carlos Kleiber e Karajan, traz à tona o sempre convicente Bernstein à frente da Sinfônica de Boston. Não deixe de ouvir e se deliciar com esta gravação com duas importantes obras e um regente no melhor de sua forma. Boa apreciação!

Benjamin Britten (1913-1976) - 4 Sea Interludes

I. Dawn [3:42]
1. Lento e tranquilo

II. Sunday Morning [4:01]
2. Allegro spiritoso

III. Moonlight [5:01]
3. Andante Comodo e rubato

IV. Storm
4. Presto con fuoco [5:26]

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sinfonia No. 7 in A maior, Op. 92

1. Poco sostenuto - Vivace [16:19]
2. Allegretto [9:48]
3. Presto [10:26]
4. Allegro con brio [8:40]

Na Amazon

Boston Symphony Orchestra
Leonard Bernstein

Total: 63min. 30 seg.

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Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) - Wassenaer atrib. Pergolesi - Concerti Armonici 1 - 6

Há uma série de lendas misteriosas acerca de Pergolesi. Uma das mais famosas giram em torno de sua morte. Segundo alguns, o compositor que morreu aos 26 anos, teria sido envenenado por um inimigo. Na verdade, um desafeto invejoso. O motivo seria a beleza e fama do jovem Giovanni Battista. Por sua vez, há outros que afirmam que Pergolesi era feio, disforme, repulsivamente desagradável. O fato é que o mítico Pergolesi foi um excelente compositor. Sua obra mais conhecida é o Stabat Mater. Morreu muito jovem, mas deixou uma obra considerável - e robusta. Neste CD, percebemos suas habilidades. É um agrdável registro. Vale a pena ser conferido. Não deixe de fazê-lo. Boa apreciacão!

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) - Wassenaer atrib. Pergolesi - Concerti Armonici 1 - 6

Concerto No.1 in G major [12:03]
01. Grave
02. Allegro
03. Grave, stacatto
04. Allegro

Concerto No.2 in G major [11:07]
05. Largo
06. Da capella, non presto
07. Largo affetuoso
08. Allegro

Concerto No.3 in A major [10:27]
09. Grave assai sustenuto
10. Da capella, Presto
11. Largo, Andante
12. Vivace

Concerto No.4 in F minor [10:27]
13. Adagio
14. Da capella (Presto)
15. A tempo commodo
16. a tempo giusto

Concerto No.5 in B flat major [9:06]
17. Largo, Andante
18. Da capella (Presto)
19. Adagio affetuoso
20. Allegro moderato

Concerto No.6 in E flat major [08:49]
21. Affetuoso
22. Presto
23. Largo
24. Vivace

Academy the Saint-Martin -in-the-Fields
Sir Neville Marriner, regente

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - String Quartets Nos. 2, 3, 7, 8 & 12

Já fazia um bom tempo que eu intentava postar estes quartetos de cordas de Shostakovich. Acredito que sejam os mais expressivos que ele compôs, principalmente, os de número 8 e 12 que constituem verdadeiras jóias. Descobri Shostakovich com a Sinfonia No. 11, uma verdadeira tormenta, um petardo daqueles que deixam a gente zonzo. Era uma gravação com o Dmitri Ktajenko. A princípio, escutei-o com certa desconfiança. Aos poucos ele se tornou em um dos meus compositores favoritos. Hoje, não consigo viver mais sem o Shosta. Ouvi-lo é uma experiência sempre necessária, de veemente arrojo. Lauro Machado Coelho diz que certa Sofia Khéntova, biógrafa de Shostakovich, afirmou com profundo entusiasmo que ele foi "o maior compositor do século XX". Esta é uma afirmação, verdadeiramente, ousada. Mas, não discordo de todo da escritora. Há compositores fenomenais no século XX, que foram importantes para a história musical e que foram responsáveis por apontar novas possibilidade à arte da composição. Shosta não foi um inovador, como o foram um Bartok, um Stravinsky ou um Schoenberg. Todavia, a sua música possui um singularismo enérgico e áspero que se inclui como uma das maiores obras do século XX. Há mais que arte em suas composições. Notamos um epicidade notável. Talvez, resultado de seus embates com as perseguições de que foi alvo pelo regime soviético. Assim, seguem cinco fascinantes quartetos de Shosta - os de número 2, 12, 8, 7 e 3, conforme aparece nos dois CDs. Não deixe de ouvir esse material imprescindível. Uma boa apreciação!

Dmitri Shostakovich(1906-1975) - String Quartet No. 2 in A major, String Quartet No. 12 in flat major, String Quartet No. 8 in C minor, String Quartet No. 7 in F sharp minor e String Quartet No. 3 in F major

Disco 1

String Quartet No. 2 in A major, Op. 68
1. 1. Overture moderato con moto
2. 2. Recitative And Romance, adagio
3. 3. Waltz, allegro
4. 4 .Theme And Variations, adagio, Moderato con moto

String Quartet No. 12 in flat major, Op. 133
5. 1. Moderatto
6. 2. Allegretto

Disco 2

String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110
1. 1. Largo
2. 2. Allegro molto
3. 3. Allegretto
4. 4. Largo
5. 5. Largo

String Quartet No. 7 in F sharp minor, Op. 108
6. 1. Lento
7. 2. Allegro

String Quartet No. 3 in F major, Op. 73
8. 1. Moderato con moto
9. 2. Allegro non troppo
10. 3. Adagio
11. 4. Moderato

Borodin String Quartet

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Franz Schubert (1797 - 1828) - Piano Sonata No.19 in C minor, D.958 e Piano Sonata No.20 in A, D.959

Estou ouvindo este CD agradável e revelador dos humores de Schubert - de um Schubert tardio. Ele está entre os últimos trabalhos do compositor. A vida breve de Schubert, não o privou de ser o criador de uma obra fenomenal, profunda. Nessas duas sonatas, percebemos um viés beethoviano em cada dedilhar ao piano. É um trabalho sério, cheio de hiatos, de intervalos, intercalando alegrias, tristezas e uma reflexão pujante. Uchida está em grande forma. A cada instante ela parece se amoldar com mais intimidade aos rigores exigidos pelo trabalho de Franz Schubert. O que resta dizer, de forma enfática e redundante, é que se trata de um trabalho essencial. Não deixe de ouvi-lo e apreciá-lo.

Franz Schubert (1797 - 1828) - Piano Sonata No.19 in C minor, D.958 e Piano Sonata No.20 in A, D.959 

Piano Sonata No.19 in C minor, D.958 
01. Allegro [10:21] 
02. Adagio [8:40] 
03. Menuetto (Allegro) [3:38] 
04. Allegro [8:13] 

Piano Sonata No.20 in A, D.959 
05. Allegro [15:31] 
06. Andantino [8:48] 
07. Scherzo (Allegro vivace) [5:16] 
08. Rondo (Allegretto) [12:00] 

 Mitsuko Uchida, piano 


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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Robert Schumann (1810-1856) - Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) e Sinfonia No. 2 in C major Op. 61

As duas sinfonias presentes neste registro não são tão conhecidas como a Sinfonia No. 1, "Primavera", nem a número 3, "Renana", mas mostram-se como grandes desafios. A Sinfonia No. 4 foi composta em 1841. Passou posteriormente por outras revisões. Por exemplo, a versão de 1851 possuía cinco movimentos, o que não se dá com a versão original de 1841 - que ora apresento. Aparece ainda a Sinfonia No. 2 - mais conhecida que a número 4. Ela foi esboçada em 1845, mas os problemas de saúde de Schumann impediram que o trabalho fosse logo concluído. Isso se deu apenas em 1846. É um trabalho de grande beleza. A orquestração é envolvente. O terceiro movimento - Adagio expressivo - é de grande beleza reflexiva. Talvez, reflexos da enfermidade, da depressão, do pessimismo que envolvia o compositor. Em suma: é um CD para ser descoberto após diversas audições. Não deixe de fazê-lo. Boa apreciação!

Robert Schumann (1810-1856) - Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) e Sinfonia No. 2 in C major Op. 61

Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) (1841)
01. Andante con moto - Allegro di molto [08:18]
02. Romanza- Andante [03:48]
03. Scherzo- Presto [05:07]
04. Largo - Finale- Allegro vivace [06:47]

Sinfonia No. 2 in C major Op. 61 (1845-46)
05. Sostenuto assai - Allegro, ma non troppo [12:12]
06. Scherzo- Allegro vivace [07:01]
07. Adagio espressivo [10:08]
08. Allegro molto vivace [08:29]

Orchestre Révolutionnaire et Romantique
John Eliot Gardiner, regente

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonata No.1 in F minor, Op. 2 no. 1, Sonata No.2 in A major, Op.2 no.2 e Sonata No.4 in E flat major, Op.7

Bateu-me um interesse, pretensamente, nobre, virtuoso. Fiquei numa dúvida estática sobre se principiava a postagem dos quartetos de cordas ou das sonatas de Beethoven. Após muito pensar, refletir, emular, as implicações dessas postagens, resolvir principiar pelas sonatas. Os quartetos de cordas de Beethoven ficarão para uma outra ocasião. As sonatas virão primeiro. Todavia, após me decidir sobre as sonatas, bateu-me a dúvida sobre quem seria o intérprete - Gilels, Baremboim, Jeno Jandö, Maria João Pires. Decidi-me pelo Kempff que tem aparecido por aqui com uma frequencia impressionável. Não fica difícil perceber o meu respeito pela habilidade do moço. Assim, surgem as três primeiras sonatas. São ao todo 32 sonatas. Ou seja, uma caminhada longa, mas prazerosa, cheia de descobertas de beleza. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonata No.1 in F minor, Op. 2 no. 1, Sonata No.2 in A major, Op.2 no.2 e Sonata No.4 in E flat major, Op.7

Sonata No.1 in F minor, Op. 2 no. 1 (1795)
01. Allegro
02. Adagio
03. Menuetto. Allegretto
04. Prestissimo

Sonata No.2 in A major, Op.2 no.2 (1795)
05. Allegro vivace
06. Largo apassionato
07. Scherzo. Allegretto
08. Rondo. Grazioso

Sonata No.4 in E flat major, Op.709. Allegro molto e con brio
10. Largo, con gran espressione
11. Allegro
12. Rondo. Poco allegretto e grazioso

Wilhelm Kempff, piano

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ludwig van Beethoven - Concertos para piano No. 3, 4 e 5, Rondo, Op. 51, No. 1 e 2

Apesar da postagem ser maravilhosa e, potencialmente, demandar bastante motivo para falatórios, estou parcimonioso com as palavras esta noite. Dessa forma, estou de passagem apenas para postar os dois últimos Cds com os concertos de Beethoven para piano e orquestra com o Kempff. Um material verdadeiramente imperdível. Portanto, aproveite. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Concerto para piano e orquestra No. 3 in C minor, Op. 37, Concerto para piano e orquestra No. 4 in G major, Op. 58, Rondo para piano No. 1 e 2 e Concerto para piano e Orquestra No. 5 in E flat major, Op. 73 - "Imperador"

Disco 2

Concerto para piano e orquestra No. 3 in C minor, Op. 37
1. Allegro con brio [15:51]
2. Largo [9:54]
3. Rondo. Allegro [9:27]

Concerto para piano e orquestra No. 4 in G major, Op. 58
4. Allegro moderato [16:56]
5. Andante con moto [5:18]
6. Rondo. Vivace [10:48]

Disco 3

Rondo para piano in C major, Op. 51 no. 1
1. Moderato e grazioso [7:00]

Rondo para piano in G major, Op. 51 no. 2
2. Andante cantabile e grazioso [8:35]

Concerto para piano e Orquestra No. 5 in E flat major, Op. 73 - "Imperador"
3. Allegro [20:31]
4. Adagio un poco moto - attaca: [7:50]
5. Rondo.Allegro [10:39]

Berliner Philharmoniker
Paul Van Kempen, regente
Wilhelm Kempff, piano

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Camille Saint-Säens - Sinfonia No. 3 em C menor, Op. 78 - Sinfonia com órgão, Pháeton, Op. 39, Danse Macabre, Op. 40 e Danse Bacchanele from Samson et

A Sinfonia No. 3 de Saint-Säens já apareceu por aqui em o SER DA MÚSICA. Gosto bastante dela. Não é difícil de perceber. Ela possui mistério e uma alma profudamente lizstiana. É cheia de um colorido orquestral digno de um grande trabalho. O segundo movimento é uma reflexão belissíma. Aparece ainda três outras peças significativas: Phaéton, Op. 39, Danse Macabre, Op. 40 e Danse Bacchanale, que já havia aparecido por aqui. Na condução temos o grande Maazel. Bom deleite!

Camille Saint-Säens (1841-1904) - Sinfonia No. 3 em C menor, Op. 78 - Sinfonia com órgão, Pháeton, Op. 39, Danse Macabre, Op. 40 e Danse Bacchanele from Samson et Dalila, Act III

Sinfonia No. 3 em C menor, Op. 78 - Sinfonia com órgão
1. Adagio [9:52]
2. Poco Adagio [11:11]
3. Allegro moderato [7:29]
4. Maestoso [8:17]

Pháeton, Op. 39 [8:19]
5. Pháeton, Op. 39

Danse Macabre, Op. 40 [6:24]
6. Danse Macabre, Op. 40

Danse Bacchanele from Samson et Dalila, Act III [7:16]
7. Danse Bacchanele from Samson et Dalila, Act III

Total: 58'58

Pittsburgh Symphony Orchestra

Lorin Maazel, regente
Anthony Newman, órgão

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Krzysztof Penderecki(1933-) - Paixão Segundo São Lucas

A Paixão segundo São Lucas ou Paixão e Morte de nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas foi escrita em 1966. É uma obra de profunda espiritualidade radical, asfixiante. Ouvi-la é uma experiência que arranha os nossos sentidos. Vejam só! Um país comunista - a Polônia - a falar da Paixão de Cristo. Isso em pleno século XX! Gerou muito atarantamento. Versa sobre um tema da paixão, ou seja, do sofrimento de Jesus - não em sentido bachiano. A paixão é um evento para-a-morte conforme os evangelhos. Quem já leu o Evangelho segundo Lucas, pode perceber que Lucas é um dos evangelistas que levaram a narração acerca de Jesus a um nível de pesquisa de campo. Ele diz que fez "uma acurada investigação". Tentou se apropriar dos detalhes mais importantes sobre a vida de Jesus. Assim, o evangelista mostra Jesus como se ele fosse o "Filho do Homem". O modelo perfeito que precisava morrer. Lucas era grego e seus ideais acerca de virtudes antropológicas eram helênicos. Ele centrou a sua pesquisa nesse sentido. A narração da paixão segundo Lucas é uma das mais alarmantes, assim como as de Mateus e Marcos. Diz ele que no momento da morte de Jesus, "escureceu-se o sol, houve trevas por sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então, Jesus clamou em alta voz: 'Pai, nas tuas mãos entrego o meu espiríto'". O evangelista mostra o princípio da paixão desde a noite da traição, quando Judas o entrega; Jesus perante as autoridades; até a morte na cruz. A Paixão segundo São Lucas de Penderecki leva em conta o texto do Evenagelho de Lucas e outras fontes - hinos, salmos e lamentações. Causa profundo impacto emocional. O texto é em latim. Somente ouvindo para entender o nível de provocação atordoante. Os cabelos da alma ficam eriçados. Boa apreciação!

Mais informações AQUI e AQUI

Ela está assim configurada:

Parte I

1. O Crux Ave ( "O Santa Cruz", do hino prodeunt Vexilla Regis), coro e orquestra

2. Et egressus ( "E ele saiu," Jardim do Getsêmani), narrador, barítono e orquestra

3. Meus Deus ( "Meu Deus", a oração de Cristo no Getsêmani, no Salmo 21), barítono, coro e orquestra

4. Domine, quis habitat ( "Senhor, quem morará ...", dos Salmos 14, 4 e 15), soprano e orquestra

5. Adhuc eo loquente ( "E, no entanto, enquanto ele falava," a traição de Judas a Cristo), narrador, barítono, coro e orquestra

6. Ierusalem ( "Jerusalém", da Lamentação de Jeremias), coro e orquestra

7. Ut quid, Domine ( "Por que, Senhor", do Salmo 9), coro a cappella

8. Eum autem Comprehendentes ( "Então, eles o levaram", negação de Pedro de Cristo), narrador, soprano, baixo, coro e orquestra

9. Iudica me, Deus ( "Dá pena de mim, ó Deus", do Salmo 42), baixo e orquestra

10. Et viri, qui illum tenebant ( "E os homens que detinham Jesus ...," zombando de Cristo), o narrador, barítono, coro e orquestra

11. Ierusalem (texto idêntico ao do ponto 6)

12. Miserere mei, Deus ( "Sede misericordiosos para mim, ó Deus", do Salmo 55), a cappella

13. Omnis et surgens ( "E a multidão se levantou ...," julgamento de Cristo diante de Pilatos e sentença de morte), narrador, barítono, baixo, coro e orquestra

Parte II

14. Et in pulverum ( "E no pó", do Salmo 21), coro e orquestra

15. Baiulans Et sibi crucem ( "E tendo a sua cruz," o caminho do Calvário), narrador e orquestra

16. Meus Popule ( "Meu povo," a partir do Improperia), coro e orquestra

17. Ibi eum crucifixerunt ( "Ali o crucificaram," o crucifixtion de Cristo), narrador e orquestra

18. Crux Fidelis ( "cross O fiel", de Pange lingua), soprano, coro e orquestra

19. Dicebat autem Iesus ( "Então disse Jesus," o perdão de Cristo), o narrador, barítono e orquestra

20. In mortis pulverum ( "no pó da morte", do Salmo 21), coro a cappella

21. Populus Et Stabat ( "E o povo estava", narrador zombando na cruz), Cristo, coro e orquestra

22. Unus autem ( "E um deles ...," os ladrões bons e maus), narrador, barítono, baixo, coro e orquestra

23. Stabant autem iuxta crucem ( "E junto à cruz", abordando a mãe de Jesus e João, a partir do Evangelho de João), o narrador, barítono e orquestra

24. Stabat Mater ( "A mãe ficou ...," da seqüência Stabat Mater), coro a cappella

25. Erat autem fere hora sexta ( "E era cerca da hora sexta", conta a morte de Cristo, tanto Lucas e João), o narrador, barítono, coro e orquestra

26. Alla breve (um tempo de marcação em italiano, indicando um metro rápida duple) orquestra, sozinho

27. In pulverem mortis ... In te, Domine, speravi ( "no pó da morte ... Em ti, ó Senhor, eu pus a minha confiança" do Salmo 30), soprano, barítono, baixo, coro e orquestra

Krzysztof Penderecki(1933-) - Paixão Segundo São Lucas

1. Part I: O Crux ave (Hymn ‘Vexilla Regis prodeunt’)
2. Part I: Et egressus (St. Luke)
3. Part I: Deus meus (Psalm 21)
4. Part I: Domine, quis habitabit (Psalms 14, 4 & 15)
5. Part I: Adhuc eo loquente (St. Luke)
6. Part I: Ierusalem (Lamentation of Jeremiah)
7. Part I: Ut quid, Domine (Psalm 9) 00:01:17
8. Part I: Comprehendentes autem eum (St. Luke)
9. Part I: Iudica me, Deus (Psalm 42)
10. Part I: Et viri, qui tenebant illum (St. Luke)
11. Part I: Ierusalem (Lamentation of Jeremiah)
12. Part I: Miserere mei, Deus (Psalm 55)
13. Part I: Et surgens omnis (St. Luke)
14. Part II: Et in pulverem (Psalm 21)
15. Part II: Et baiulans sibi crucem (St. Luke)
16. Part II: Popule meus (Improperia)
17. Part II: Ibi crucifixerunt eum (St. Luke)
18. Part II: Crux fidelis (Antiphons from ‘Pange lingua’)
19. Part II: Dividentes vero (St. Luke)
20. Part II: … in pulverem mortis (Psalm 21)
21. Part II: Et stabat populus (St. Luke)
22. Part II: Unus autem (St. Luke)
23. Part II: Stabant autem iuxta crucem (St. John)
24. Part II: Stabat Mater (Sequence)
25. Part II: Erat autem fere hora sexta (St. Luke, St. John)
26. Part II: Alla breve
27. Part II: In pulverem mortis… / In te, Domine, speravi (Psalm 30)

Warsaw National Philharmonic Orchestra
Warsaw Philharmonic Choir
Warsaw Boys Choir
Antoni Wit, regente
Klosinska, Izabela, soprano
Kolberger, Krzysztof, reader
Kruszewski, Adam, barítono
Tesarowicz, Romuald, baixo

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Johann Sebastian Bach e Luiggi Boccherini - Simply Baroque II

Acabei de chegar de uma caminhada. O vento está frio. Choveu a tarde inteira aqui em Brasília. Breves intervalos de uma luminosidade anêmica dourou a tarde deste sábado. Aproxima-se aquele clima de final de ano. São as confraternizações típicas que pouco a pouco vão se evidenciando. Desconhecemos a maioria das pessoas com as quais cruzamos durante o ano, todavia no final de ano emerge aquele clima de incipiente solidariedade. Os homens modernos têm uns assomos comportamentais que impressionam. Mas após fazer a caminhada, cheguei à minha casa, coloquei o CD que ora posto e fui visitado pela leveza da música barroca de Bach e Boccherini. Trata-se de um post envolvido por uma beleza incomum. Proveitoso e oportuno para uma noite fria. Boa apreciação!

Johann Sebastian Bach e Luiggi Boccherini - Simply Baroque II

Johann Sebastian Bach (1685-1770)
01. Was Gott tut, das ist wohlgetan, BWV 75
02. Aria from 'Goldberg Variations,' BWV 988
03. Wachet auf, ruft uns die Stimme (Sleepers Awake!), BWV 645
04. Wer nur den lieben Gott läßt walten, BWV 647
05. Die Hoffnung wart' der rechten Zeit, BWV 186
06. Meine Seele erhebet den Herren, BWV 648
07. Schafe können sicher weiden (Sheep May Safely Graze), BWV 208
08. Es danke, Gott, und lobe dich das Volk in guten Taten, BWV 76
09. Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ, BWV 649

Luiggi Boccherini (1743-1805)
Concerto in B flat major G.482
10. I. Allegro moderato
11. II. Andante grazioso
12. III. Rondo - Allegro

Concerto in D major G.476
13. I. Allegro
14. II. Largo
15. III. Allegro piacere

The Amsterdam Baroque Orchestra
Yo-Yo Ma, cello barroco
Ton Koopman, órgão, cravo e regência

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Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) - O Lago dos Cisnes, Op. 20

O Lago dos Cisnes (em russo: Лебединое Озеро, Lebedinoye Ozero) é um balé dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. Sua estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscou no dia 20 de fevereiro de 1877, sendo um fracasso não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O balé foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor logo começou a escrevê-lo.

Ato I

No castelo realiza-se com toda a pompa o aniversário do príncipe Siegfried. A rainha oferece ao filho como presente um arco e flechas e pede-lhe que, no dia seguinte, escolha uma esposa entre as convidadas da festa. Quando os convidados saem do castelo, um grupo de cisnes brancos passa perto do local. Enfeitiçado pela beleza das aves, o príncipe decide caçá-las.

Ato II

O lago do bosque e as suas margens pertencem ao reino do mago Rothbart, que domina a princesa Odette e todo o seu séquito sob a forma de uma ave de rapina. Rothbart transformou Odette e as suas donzelas em cisnes, e só à noite lhes permite recuperarem a aparência humana. A princesa só poderá ser libertada por um homem que a ame apenas ela. Siegfried louco de paixão pela princesa das cisnes, jura que será ele a quebrar o feitiço do mago.

Ato III

Na corte da Rainha aparece um nobre cavalheiro e sua filha. O principe julga reconhecer que a filha do nobre cavalheiro Odile é a sua amada Odette, mas na realidade por baixo das figuras do nobre cavalheiro e a sua filha escondem-se o mago Rothbart e a feiticeira Odile. A dança com o cisne negro decide a sorte do principe e da sua amada Odette: enfeitiçado por Odile, Siegfried proclama que escolheu Odile como sua bela futura esposa, quebrando assim o juramento feito a Odette.

Ato IV

Os cisnes brancos tentam em vão consolar a sua princesa. Mas Odette destroçada pela decisão do príncipe, aceita a sua má sorte. Nesse momento surge o príncipe Siegfried que explica a donzela como o mago Rothbart e a feiticeira Odile o enganaram. Odette perdoa o príncipe e os dois renovam os votos de amor um pelo o outro. O mago Rothbart, impotente contra esse amor, decide se vingar dos dois e então inunda as margens do lago, Odette e as suas donzelas logo se transformam em cisnes novamente e o príncipe Siegfried tomado pelo desespero se afoga nas profundas e turbulentas águas do lago dos cisnes. O príncipe não sobrevive. É a morte de amor.

Texto da WIKIPÉDIA

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) - O Lago dos Cisnes, Op. 20

01. Act 1 - 01 Introduction & Scène
02. Act 1 - 02 Valse
03. Act 1 - 03 Scène
04. Act 1 - 04 Pas de trois-
05. Act 1 - 05 Pas de deux-
06. Act 1 - 06 Pas d'action
07. Act 1 - 07 Sujet
08. Act 1 - 08 Danse des coupes
09. Act 1 - 09 Finale
10. Act 2 - 10 Scène
11. Act 2 - 11 Scène
12. Act 2 - 12 Scène
13. Act 2 - 13 Danse des cygnes-
14. Act 2 - 14 Scène
15. Act 3 - 15 Scène
16. Act 3 - 16 Danse du Corps de Ballet
17. Act 3 - 17 Sortie des invités & Valse
18. Act 3 - 18 Scène
19. Act 3 - 19 Pas de six-
20. Act 3 - 19a Appendix I- Pas de deux-
21. Act 3 - 20 Danse hongrois
22. Act 3 - 20a Appendix II- Danse russe
23. Act 3 - 21 Danse espagnole
24. Act 3 - 22 Danse neapolitaine
25. Act 3 - 23 Mazurka
26. Act 3 - 24 Scène
27. Act 4 - 25 Entr'acte
28. Act 4 - 26 Scène
29. Act 4 - 27 Danse des petits cygnes
30. Act 4 - 28 Scène
31. Act 4 - 29 Scène finale

London Symphony Orchestra
André Previn, regente

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Robert Schumann (1810-1856) - Sonata No. 2 in g-moll Op.22, Nachtstcke Op.23, Drei Romanzen Op.28 e Waldszenen Op. 82 - Final

Eis que surge, finalmente, o último registro da obra pianística de Schumann por Kempff. Como é uma noite sisuda e eu estou louco para sair da frente do computador, não farei maiores comentários. Estou ouvindo o presente CD enquanto digito estas palavras. É muito bom - assim como foram os demais. Boa apreciação!

Robert Schumann (1810-1856) - Sonata No. 2 in g-moll Op.22, Nachtstcke Op.23, Drei Romanzen Op.28 e Waldszenen Op. 82

Sonata No. 2 in g-moll, Op.22
01. So rasch wie moglich
02. Andantino. Getragen
03. Scherzo. Sehr rasch und markiert - attacca
04. Rondo. Presto-Prestissimo. Quasi Cadenza

Nachtstcke, Op.23
05. Mehr langsam oft zurckhaltend
06. Markiert und lebhaft
07. Mit groer Lebhaftigkeit
08. Ad libitum-Einfach

Drei Romanzen, Op.28
09. Sehr markiert
10. Einfach
11. Sehr markiert. Intermezzo I Presto. Intermezzo II. Etwas langsamer - Wie vorher

Waldszenen, Op. 82 - Neun Klavierstcke
12. Eintritt nicht zu schnell
13. Jager auf der Lauer. Hchst lebhaft
14. Einsame Blumen. Einfach
15. Verrufene Stelle. Ziemlich langsam
16. Freundliche Landschaft. Schnell
17. Herberge. Massig
18. Vogel als Prophet. Langsam, sehr zart
19. Jagdlied. Rasch, krftig
20. Abschied. Nicht zu schnell

Wilhelm Kempff, piano

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Concerto para piano e orquestra No. 17 em G maior, K. 453 e Concerto para piano e Orquestra em C maior, K. 467

Fato intrigante: assim como há livros que provocam sensações variadas, há também músicas que mudam o nosso ânimo. O bom leitor sabe que cada livro exige um tipo de abordagem, de relação diferenciada. Ler uma poesia não é o mesmo que ler um romance; ou ler um tratado de fisiologia é diferente de ler um livro história. Do mesma forma é com a música. Cada tipo de compositor exige e merece uma relação distinta. Quando ouço Bach penso nas coisas altas, sublimes, angélicas; ao ouvir Beethoven me sinto solitário, cheio de sensações que enobrecem a humanidade; mas quando escuto Mozart, bate-me logo um sensação de leveza e alegria. Ou seja, a relação que estabeleço com Mozart é de profundo entusiasmo e encanto. Sua música é sempre um caminho que me conduz à simplicidade e ao desejo por situações sensíveis. Neste dois concertos para piano que aqui estão postos, Mozart é um poeta de grande candura e beleza. Por isso, não deixe de ouvir e estabelecer uma relação de admiração com Wolfgang. Na condução dessa revelação apoteótica temos Abbado e Maria João Pires. Boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Concerto para piano e orquestra No. 17 em G maior, K. 453 e Concerto para piano e Orquestra em C maior, K. 467

Concerto para piano e orquestra No. 17 em G maior, K. 453
1. Allegro [12:01]
2. Andante [9:53]
3. Allegretto [7:24]

Concerto para piano e Orquestra No. 21 em C maior, K. 467
4. Allegro [14:03]
5. Andante [6:10]
6. Allegro vivace assai [6:39]

The Chamber Orchestra for Europe
Maria João Pires, piano
Claudio Abbado, regente

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