quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dmtri Shostakovich (1906-1975) - Sinfonia No. 5 em Ré menor, Op. 47 e Sinfonia No. 6 em Si menor, Op. 54

Apesar de ter mais de 200 posts separados para serem postados, hoje me bateu uma profunda indecisão sobre o que postar. Olhei, analisei e acabei encontrando esta maravilha. Duas sinfonias - as de números 5 e 6 - de um dos meus compositores favoritos - Shostakovich. E não se trata de qualquer gravação. A regência das mencionadas sinfonias do Shosta é executada pelo deus da regência - Evgeny Mravinsky - e por Mstslav Rostropovich. Apenas fazendo uma digressão: encontrava-me entendiado antes de ouvir a música de Shosta com Mravinsky e após a sonoridade inconfundível da Filarmônica de Leningrado entrar pelos meus ouvidos e tomar todo o meu ser com a Quinta Sinfonia, fui acometido por um profundo entusiasmo. Boa apreciação dessa CD imperdível.

Dmtri Shostakovich (1906-1975) - Sinfonia No. 5 em Ré menor, Op. 47 e Sinfonia No. 6 em Si menor, Op. 54

Sinfonia No. 5 em Ré menor, Op. 47
01. Moderato
02. Allegretto
03. Largo
04. Allegro non troppo

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky, regente

Sinfonia No. 6 em Si menor, Op. 54
05. Largo
06. Allegro
07. Presto

National Symphony Orchestra
Mstislav Rostropovich, regente

Na Amazon

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Trio en Si bémol majeur, Op. 11 e Trio en Mi bémol majeur, Op. 38

Quanto mais escuto Beethoven, mais robustece dentro de mim a percepção de que estou diante de uma dádiva, de um evento sacralizante. Beethoven era um homem de personalidade dura, indomável, mas de um gênio, de uma capacidade de fecundar ímpetos de sensibilidade. Não me canso de ouvir o mestre alemão. Minha paixão pela sua música é um acontecimento que me aviva. Faz surgir dentro de mim uma alegria fecunda. É uma alegria silenciosa e reverente. Não é a alegria que surge de dentes escancarados, cínica, extravagante. É uma alegria que me leva a mim mesmo e me torna mais complacente para com comigo e para com os demais homens. Beethoven depura em mim o "sim"e o "não" da vida e me torna capaz de acreditar de que viver vale a pena. Estes dois deliciosos trios traduz em completa exatidão aquilo que minhas palavras parcas não foram capazes de pintar. Ouça e aprecie!

P.S. Encontrei o CD somente na Amazon francesa.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Trio en Si bémol majeur, Op. 11 e Trio en Mi bémol majeur, Op. 38

Trio en Si bémol majeur, Op. 11
01. I. Allegro con brio
02. II. Adagio
03. III. Tema con variazioni 'Pria ch'io l'impregno'

Trio en Mi bémol majeur, Op. 38
04. I. Adagio- Allegro con brio
05. II. Adagio cantabile
06. III. Tempo di minuetto
07. IV. Tema con variazioni
08. V. Scherzo
09. VI. Andante con moto alla marcia - Presto

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Florent Héau, clarinete
Jérome Ducros, piano
Henri Demarquette, violoncelo

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Marin Marais (1656 -1728) -Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris, Suite N°1 e Suite N°4

Marin Marais foi um extraordinário compositor francês. Afirmam os inventores de causos que Marin Marais aprendeu viola da gamba tão rápido que em seis meses superou o mestre. Escreveu quatro óperas, mas ficou conhecido mesmo pelas composições instrumentais. Marais escreveu perto de 600 peças para viola, repartidas em 5 livros, cada um deles compreendendo, entre outras, uma quarentena de suites, às vezes com peças de caracteres, como Tombeau pour Monsieur de Sainte-Colombe. Este belo CD revela um pouco da arte de Marin. Boa apreciação!

Marin Marais (1656 -1728) -Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris, Suite N°1 En Do Majeur Pour Flute, Dessus De Viole Et Clavecin e Suite N°4 En Re Majeur Pour Basse De Viole Et Clavecin

Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris
01 - Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris

Suite N°1 En Do Majeur Pour Flute, Dessus De Viole Et Clavecin
02 -Prelude
03. Sarabande
04. Fantaisie
05. Loure
06. La Bagatelle
07. Gavotte
08. Menuet
09. Rondeau

Suite N°4 En Re Majeur Pour Basse De Viole Et Clavecin
10. Prélude
11. Allemande
12. Courante
13. Sarabande
14. La Folette
15. Gigue
16. Gavotte
17. Menuet La Chanterelle
18. Menuet La Trompette
19. Rondeau
20. Plainte
21. Charivary

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Nikolaus Harnoncourt, dessus de viole, basse de viole
Alice Harnoncourt, violon
Leopold Stastny, flute travesiere
Herbert Tachezi , cravecin

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sábado, 24 de abril de 2010

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonata para flauta e piano em Si bemol maior, Sonata para flauta e piano em Fá maior, Op. 17 e Serenata em Ré, Op.

Um CD de rara e delicada beleza, digno de Beethoven. Estas peças para flauta e piano de Beethoven são doces, alegres, repletas de beleza. Percebo aqui um Beethoven jovem, apesar de não ter encontrado uma referência histórica sobre a época de composição das peças. É um CD para se ouvir com bastante recorrência. Ele tranquiliza-nos. Sopra as melhores impressões numa alma que anseia pela solidão. Solidão é terapia. Apenas um piano e uma flauta são capazes para nos elevar. De nos transformar. Permite que acessemos, pela imaginação, as sensações mais nobres de um outono sábatico. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonata para flauta e piano em Si bemol maior, Sonata para flauta e piano em Fá maior, Op. 17 e Serenata em Ré, Op. 41

Sonata para flauta e piano em Si bemol maior
01. Allegro
02. Polonaise
03. Largo
04. Thème et variations

Sonata para flauta e piano em Fá maior, Op. 17
05. Allegro moderato
06. Poco adagio quasi andante
07. Rondo

Serenata em Ré, Op. 41
08. Entrata - Allegro
09. Tempo Ordinario d'un Menuetto
10. Allegro molto
11. Andante con variazoni
12. Allegro scherzando e vivace
13. Adagio
14. Allegro vivace desinvolto

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Emmanuel Pahud, flauta
Eric Lesage, piano Steinway

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Robert Schumann (1810-1856) - Sinfonia No. 3 in E flat major Op. 97 - "Renana", Franz Schubert (1797-1829) - Gesang der Geister über den Wassern e etc

Este CD traz duas peças que muito estimo - A Sinfonia No. 3 de Schumann - "Renana" - e a Sinfonia No. 8 de Schubert - "Inacabada". Esta última constitui para mim um hino. Entrei no mundo da música erudita por intermédio dessa peça. Ela foi a para mim a porta dimensional que me conduziu a um mundo de fascínio, beleza e revelações sublimes. Nunca deixei de ouvi-la. Sempre que posso, faço o meu dever. É um imperativo revigorante. Nesta gravação ao vivo, regida pelo competente Nikolaus Harnoncourt, temos uma excelente registro. Não deixe de apreciar!

Robert Schumann (1810-1856) - Sinfonia No. 3 in E flat major Op. 97 - "Renana" 
01. I. Lebhaft 
02. II. Scherzo - Sehr maessig 
03. III. Nicht schnell 
04. IV. Feierlich 
05. V. Lebhaft 

Franz Schubert (1797-1829) - Gesang der Geister über den Wassern 
06. Gesang der Geister über den Wassern 

Sinfonia No. 8 em B menor, D. 759 - "Inacabada" 
07. Allegro moderato 
08. Andante con moto 

Vienna Philharmonic Orchestra 
Arnold Schoenberg Choir 
Nikolaus Harnoncourt, regente 


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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Hector Berlioz (1803-1869) - Le Carnaval Romain Overture, Op. 9 e Symphonie Fantastique for Orchestra, H.48, Op. 14

A Sinfonia Fantástica Opus 14, nome oficial Episódio da Vida de um Artista, Sinfonia Fantástica em Cinco Partes (em francês Épisode de la vie d’un artiste, symphonie fantastique en cinq parties), foi a primeira sinfonia de Hector Berlioz , composta no ano de 1830. é o verdadeiro nome da obra, apresentada no dia 5 dezembro de 1830 no Conservatório de Paris, sob a batuta do maestro François-Antoine Habeneck. Esta apresentação difere da que conhecemos hoje, uma vez que Berlioz revisou o trabalho durante anos e só veio a republicá-la em 1845.

É o trabalho mais conhecido de Berlioz e foi criado por inspiração de sua paixão pela atriz irlandesa Harriet Smithson, após vê-la representar o papel de Ofélia na peça Hamlet, de Shakespeare, no Teatro de Paris, em 1827, e também pela leitura de Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe. A obra é um marco na música francesa, pois inaugura o sinfonismo na França. Berlioz quebra a estrutura formal da sinfonia, formada de quatro movimentos, quando a apresenta com um movimento a mais. Berlioz redigiu um roteiro impresso em 1831 em que indicava o que o protagonista imaginava em cada movimento da obra. Para o autor, o artista, sob efeito do ópio, tem alucinações e estas são traduzidas em cinco situações indicadas através dos cinco movimentos.

Movimentos

* Movimento I
Visões e Paixões - Largo; Allegro Agitato e Appassionato Assai.

* Movimento II
Um Baile - Valse: Allegro Ma Non Troppo.

* Movimento III
Cena Campestre - Adagio.

* Movimento IV
Marcha para o Cadafalso - Allegretto Non Troppo.

* Movimento V
Sonho de uma Noite de Sabá - Larghetto; Allegro Assai.

História

A Sinfonia Fantástica foi executada pela primeira vez em 5 de dezembro de 1830 com a Orquestra formada por membros do Conservatório de Paris, tendo como condutor François-Antoine Habeneck. Sofreu inúmeras revisões pelo autor até ser publicada em 1845. O seu roteiro explicativo, que segundo o autor "é indispensável à completa intelecção do plano dramático da obra" também sofreu revisões ao longo do tempo.

Texto extraído DAQUI

Hector Berlioz (1803-1869) - Le Carnaval Romain Overture, Op. 9 e Symphonie Fantastique for Orchestra, H.48, Op. 14
Le Carnaval Romain Overture, Op. 9
01. Le Carnaval Romain Overture, Op. 9

Symphonie Fantastique for Orchestra, H.48, Op. 14
02. 1. Rêveries, Passions
03. 2. Un Bal
04. 3. Scène Aux Champs
05. 4. Marche Au Supplice
06. 5A. Songe D'Une Nuit Du Sabbat (Opening)
07. 5B. Dies Irae
08. 5C. Ronde Du Sabbat
09. 5D. Dies Irae & Ronde Du Sabbat

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Berlin Philhamonic Orchestra
Chicago Simphony Orchestra

Claudio Abbado, regente

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Frédéric Chopin (1810-1849) - Ballades Nos. 1, 2, 3, 4 e Scherzi Nos. 1, 2, 3, 4 (CD 2 de 13)

Iniciei esta integral de um box com 13 CDs do moço polaco, sendo interpretado por Vladimir Ashkenazy e como diz o Chico Buarque: “Mas vou até o fim!” Como estou com certa pressa neste instante, evitarei maiores “falas”. Verborragia magra é o que teremos. Bom deleite!

Frédéric Chopin (1810-1849) - Ballades Nos. 1, 2, 3, 4 e Scherzi Nos. 1, 2, 3, 4 (CD 2 de 13)

01 - Ballade No.1 in G minor, Op.23
02 - Ballade No.2 in F, Op.38
03 - Ballade No.3 in A Flat, Op.47
04 - Ballade No.4 in F minor, Op.52
05 - Scherzo No.1 in B minor, Op.20
06 - Scherzo No.2 in B flat, Op.31
07 - Scherzo No.3 in C sharp minor, Op.39
08 - Scherzo No.4 in E minor, Op.54

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Vladimir Ashkenazy, piano

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dmtri Shostakovich (1906-1975) - Sinfonia No.4 em Dó menor, Op.43

Apesar da correria, busquei não olvidar o compromisso de postar este monumental CD. Tenho uma paixão inconteste por Shostakovich. Outra dia conversando com a minha namorada, ela me disse que não gostava da música russa por conta do forte tom bélico que pode se ouvir nas peças oriundas dessa terra. Pois é justamente desse "belicismo", dessa tensão, dessa constante luta que permeia a música russa, que me sinto atraído. Aqui nesta Sinfonia No. 4 de Shosta, meu compositor russo favorito, podemos encontrar esses aspectos. Só tenho a dizer: "Boa apreciação".

Dmtri Shostakovich (1906-1975) - Sinfonia No.4 em Dó menor, Op.43
01. Allegro poco moderato
02. Presto
03. Moderato con moto
04. Largo
05. Allegro

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Philadelphia Orchestra
Myung-Whun Chung, regente

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Johan Svendsen (1840-1911) - Sinfonia No. 1 em Ré maior, Op. 4, Sinfonia No. 2 em Si bemol maior, Op. 15 e Two Swedish Folk Tunes, for string orchestr

Johan Svendsen não é muito conhecido no Brasil. Eu, particularmente, ouvi pouca coisa do compositor. Possuo uma gravação das Rapsódias Norueguesas em fita K-7, peça cuja beleza é inconteste. O presente registro traz as sinfonias números 1 e 2. São sinfonias de extraordinária orquestração. Svendsen nasceu na Noruega, mas passou a maior parte de sua vida na Dinamarca. Escreveu majoriatariamente obras para orquestra. Durante a vida, relacionou-se com vários compositores, sendo que os principais deles são Grieg, Liszt e Wagner. Não deixe de apreciar estas duas sinfonias, que estão entre as principais obras do compositor. Boa apreciação!

Johan Svendsen (1840-1911) - Sinfonia No. 1 em Ré maior, Op. 4, Sinfonia No. 2 em Si bemol maior, Op. 15 e Two Swedish Folk Tunes, for string orchestra

Sinfonia No. 1 em Ré maior, Op. 4
01. Molto allegro
02. Andante
03. Allegro scherzando
04. Finale: Maestoso

Sinfonia No. 2 em Si bemol maior, Op. 15
05. Allegro
06. Andante sostenuto
07. Intermezzo: Allegro giusto
08. Finale: Andante - Allegro con fuoco

Two Swedish Folk Tunes, for string orchestra
09. Allt under himmelens fäste
10. Du gamla, du friska, du fjellhöga nord

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The Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi, regente

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domingo, 18 de abril de 2010

Arnold Schoenberg (1874-1951) - Gurre-lieder

Gurre-Lieder é uma cantata do compositor Arnold Schoenberg a partir de uma obra do escritor dinamarquês Jens Peter Jacobsen (traduzido para o alemão por Robert Franz Arnold). A tradução para o português seria mais ou menos assim: “canções de Gurre”. Gurre é um castelo medieval situado na Dinamarca. O poema trata sobre amor, assassinato e revelações tenebrosas. A obra é dividida em três partes. Schoenberg someçou a composição desse monumental trabalho em 1900 e somente concluiu em 1911. É uma obra gigantesca, de quase 100 minutos, que exige bastante disciplina para ser ouvida. O Mi bemol inicial é sufocante como uma sauna a vapor - uma imitação do Anel de Wagner, já que estamos falando da fase inicial de Schoenberg? A gravação ora apresentada é ao vivo. Mais informações AQUI. As informações das faixas foram extraídas a partir de uma gravação de Simon Rattle encontrada na Amazon.

Arnold Schoenberg (1874-1951) - Gurre-lieder


1. Gurrelieder, Part One: Orchestral Prelude
2. Gurrelieder, Part One: Nun dämfpt die Dämm'rung (Waldemar)
3. Gurrelieder, Part One: O, wenn des Mondes Strahlen (Tove)
4. Gurrelieder, Part One: Ross! Mein Ross! (Waldemar)
5. Gurrelieder, Part One: Sterne jubeln (Tove)
6. Gurrelieder, Part One: So tanzen die Engel vor Gottes Thron nicht (Waldemar)
7. Gurrelieder, Part One: Nun sag ich dir zum ersten mal (Tove)
8. Gurrelieder, Part One: Es ist Mitternachtszeit (Waldemar)
9. Gurrelieder, Part One: Du sendest mir einen Liebesblick (Tove)
10. Gurrelieder, Part One: Du wunderliche Tove! (Waldemar)
11. Gurrelieder, Part One: Orchestral interlude
12. Gurrelieder, Part One: Tauben von Gurre (Waldtaube)
13. Gurrelieder, Part Two: Herrgott, weisst du, was du tatest
14. Gurrelieder, Part Three: Erwacht, König Waldemars Mannen wert! (Waldemar)
15. Gurrelieder, Part Three: Deckel des Sarges klappert (Bauer & Chor)
16. Gurrelieder, Part Three: Gegrüsst, o König (Waldermars Männen)
17. Gurrelieder, Part Three: Mit Toves stimme flüstert der Wald (Waldemar)
18. Gurrelieder, Part Three: 'Ein seltsamer Vogel ist so'n Aal' (Klaus-Narr)
19. Gurrelieder, Part Three: Du strenger Richter droben (Waldemar)
20. Gurrelieder, Part Three: Der Hahn erhebt den Kopf zur Kraht
21. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Orchestral Prelude
22. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Herr Gänsefuss, Frau Gänsekraut (Sprecher)
23. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Seht die Sonne (Chor)

Bavarian Radio Chorus Bavarian
Radio Symphony Orchestra

Zubin Mehta, regente

Sharon Sweet, Tove
Florence Quivar, Waldtaube
Jon Frederic West, Waldemar
Hans Hotter, Erzähler
Jon Garrison, Klaus Narr
David Wilson-Johnson, Bauer

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sábado, 17 de abril de 2010

Fréderic Chopin (1810-1849) - 24 Prelúdios, Op.28, Prelúdios nos. 25 e 26, Impromptu nos. 1, 2, 3, 4 - (CD 1 de 13)

Chopin é um daqueles compositores que nos toca pela capacidade de traduzir as emoções humanas em música de qualidade. O compositor notabilizou-se de forma extraordinária por fazer isso com um único instrumento - o piano. Sua capacidade é um elemento que gesta admiração em todos aqueles que gostam da sua música. Eu sou da opinião, que mesmo aqueles que não gostam, devem silenciar e ouvi-lo. É uma música grande, eloquente, carregada de emoções misteriosas - aquelas que se escondem na interioridade humana. Este é o primeiro CD dessa extraordinária caixa com 13 registros ao todo. Ainda não tinha ouvido. Terei a oportunidade de ouvir à medida que for postando. Vamos nos empanturrar de Chopin! Uma boa apreciação!

Fréderic Chopin (1810-1849) - 24 Prelúdios, Op.28, Prelúdios nos. 25 e 26, Impromptu nos. 1, 2, 3, 4 - CD 1

24 Prelúdios, Op.28

01. 1. in C major [0:34]
02. 2. in A minor [2:32]
03. 3. in G major [1:01]
04. 4. in E minor [2:18]
05. 5. in D major [0:38]
06. 6. in B minor [2:04]
07. 7. in A major [0:50]
08. 8. in F sharp minor [1:55]
09. 9. in E major [1:18]
10. 10. in C sharp minor [0:40]
11. 11. in B major [0:49]
12. 12. in G sharp minor [1:14]
13. 13. in F sharp major [3:19]
14. 14. in E flat minor [0:26]
15. 15. in D flat major (”Raindrop”) [5:56]
16. 16. in B flat minor [1:13]
17. 17. in A flat major [3:20]
18. 18. in F minor [1:03]
19. 19. in E flat major [1:27]
20. 20. in C minor [1:59]
21. 21. in B flat major [1:58]
22. 22. in G minor [0:53]
23. 23. in F major [1:01]
24. 24. in D minor [2:40]

Prélude No.25 in C sharp minor, Op.45
25 - Prélude No.25 in C sharp minor, Op.45 [04:39]

Prélude No.26 in A flat, Op.posth.P2 No.7 (BI 86) (Pierre Wolf)
26 - Prélude No.26 in A flat, Op.posth.P2 No.7 (BI 86) (Pierre Wolf) [00:43]

Impromptu No.1 in A flat, Op.29
27 - Impromptu No.1 in A flat, Op.29 [04:00]

Impromptu No.2 in F sharp, Op.36
28 - Impromptu No.2 in F sharp, Op.36 [05:58]

Impromptu No.3 in G flat, Op.51
29 - Impromptu No.3 in G flat, Op.51 [04:33]

Impromptu No.4 in C sharp minor, Op.posth.66 (BI 87) (Fantaisie-Impromptu)
30 - Impromptu No.4 in C sharp minor, Op.posth.66 (BI 87) (Fantaisie-Impromptu) [04:53]

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Vladimir Ashkenazy, piano

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Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Variações Goldeberg, BWV 988

As Variações Goldberg, BWV 988, formam um conjunto de variações para cravo compostas por Johann Sebastian Bach. Publicadas inicialmente em 1741 como o quarto volume da série Clavier-Übung ("Prática do Teclado") de Bach, a obra é considerada um dos mais importantes exemplos da forma variação. Depois da exposição da ária no começo da peça, surgem trinta variações seguidas pela repetição da ária. As Variações foram escritas, provavelmente, por volta de 1741 para o Conde Hermann Karl von Keyserling; foram tocadas para o conde por seu jovem e talentoso cravista Johann Gottlieb Goldberg, a quem elas foram, por fim, dedicadas. As Variações Goldberg eram tidas no passado como um exercício técnico árido e aborrecido. Hoje, entretanto, o conteúdo e a abrangência emocional da obra tem sido reconhecido e se tornou a peça favorita de muitos ouvintes de música erudita. As Variações são largamente executadas e gravadas e têm sido objeto de muitos artigos, livros e estudos analíticos.

Bastante incomum nas obras de Bach, as Variações Goldberg foram publicadas durante sua vida, especificamente em 1741. O editor foi o amigo de Bach Balthasar Schmid de Nuremberga. Schmid imprimiu a obra utilizando chapas de cobre gravadas em vez de utilizar tipos móveis. Portanto, as notas da primeira edição foram escritas a mão pelo próprio Schmid. Esta edição contém vários erros de impressão. A capa, mostrada na figura acima, reza, em alemão: Clavier Ubung / bestehend / in einer ARIA / mit verschiedenen Veraenderungen / vors Clavicimbal / mit 2 Manualen. / Denen Liebhabern zur Gemüths- / Ergetzung verfertiget von / Johann Sebastian Bach / Königl. Pohl. u. Curfl. Saechs. Hoff- / Compositeur, Capellmeister, u. Directore / Chori Musici in Leipzig. / Nürnberg in Verlegung / Balthasar Schmids, que significa: "Prática do teclado, consistindo de uma ÁRIA para cravo com diversas variações para cravo de manual duplo (dois teclados). Composto para conhecedores e para o refrigério dos espíritos por Johann Sebastian Bach, compositor da corte real da Polônia e da corte eleitoral da Saxônia, Kapellmeister e Diretor de Música Coral em Leipzig. Nuremberg, Balthasar Schmid, editor." Com a expressão "Clavier Ubung" (atualmente se escreve "Klavier Übung"), Bach designou as Variações como o quarto e último volume de uma série de obras para o cravo publicadas para os "Liebhaber", isto é, tecladistas amadores dotados de destreza e discernimento.

Sobrevivem hoje 19 cópias da primeira edição, mantidas em museus ou livrarias de livros raros. Destas, a mais valiosa se encontra em Paris, na Biblioteca Nacional da França, que inclui correções e adições feitas pelo compositor. Estas cópias contêm virtualmente as únicas informações disponíveis aos editores modernos que tentam recuperar as intenções originais de Bach. O autógrafo (manuscrito) não sobreviveu. Uma cópia manuscrita da ária foi encontrada no caderno de música, de 1725, da segunda esposa de Bach, Anna Magdalena. Christoph Wolff, com base na evidência caligráfica, sugere que Anna Magdalena tenha copiado a ária da partitura autógrafa por volta de 1740; ela aparece em duas páginas anteriormente deixadas em branco.

Texto completo AQUI

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Variações Goldeberg, BWV 988

01 Goldberg Variations, BWV 988 - Aria
02 Variatio 1 A 1 Clav.
03 Variatio 2 A 1 Clav.
04 Variatio 3 Canone All'Unisono. A 1. Clav.
05 Variatio 4 A 1 Clav.
06 Variatio 5 A 1 Ovvero 2 Clav.
07 Variatio 6 Canone Alla Seconda. A 1 Clav.
08 Variatio 7 A 1 Ovvero 2 Clav. Al Tempo Di Giga
09 Variatio 8 A 2 Clav.
10 Variatio 9 Canone Alla Terza. A 1. Clav.
11 Variatio 10 Fughetta. A 1 Clav.
12 Variatio 11 A 2 Clav.
13 Variatio 12 Canone Alla Quarta. (A 1 Clav.)
14 Variatio 13 A 2 Clav.
15 Variatio 14 A 2 Clav.
16 Variatio 15 Canone Alla Quinta. A 1 Clav. Andante
17 Variatio 16 Ouverture. A 1 Clav.
18 Variatio 17 A 2 Clav.
19 Variatio 18 Canone All Sesta. A 1 Clav.
20 Variatio 19 A 1 Clav.
21 Variatio 20 A 2 Clav.
22 Variatio 21 Canone Alla Settima. A 1 Clav.
23 Variatio 22 Alla Breve A 1 Clav.
24 Variatio 23 A 2 Clav.
25 Variatio 24 Canone All'Ottava. A 1 Clav.
26 Variatio 25 A 2 Clav. Adagio
27 Variatio 26 A 2 Clav.
28 Variatio 27 Canone Alla Nona. A 2 Clav.
29 Variatio 28 A 2 Clav.
30 Variatio 29 A 1 Ovvero 2 Clav.
31 Variatio 30 Quodlibet. A 1 Clav.
32 Aria Da Capo

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Simone Dinnerstein, piano

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Richard Wagner (1813-1883) - Orchestral Favourites

Não gosto de Wagner. Isso mesmo! Não gosto do compositor alemão. Devo apresentar as minhas razões: Wagner me cansa. O aspecto "grandioso", "pomposo", de sua música me enche de uma grande impaciência. Sua música é tão "densa" e "eloquente", que nos mata por asfixia. Emprego aqui uma paráfrase de Brahms, quando se referia a Burckner, um wagneriano pleno. Johannes costumava dizer que "as sinfonias de Bruckner eram grandes serpentes". O mesmo se pode dizer das obras do mestre de Bruckner. Ou seja, aproximam-se de nós e, após ter nos dominado, vai nos apertando, nos comprimindo, espremendo, até que não resistamos - embora eu goste das sinfonias de Bruckner. Encho-me de azia existencial todas as vezes que escuto Wagner. Mas respeito a importância do alemão. Não quero apenas detratá-lo. Sua contribuição para a música é positiva - Bruckner, Mahler, Richard Strauss (corrijam-me se estiver errado). Aqui temos Solti regendo os trabalhos orquestrais de Wagner, extraídos das óperas que escreveu. Boa apreciação!

Richard Wagner (1813-1883) - Orchestral Favourites

Disco 1

01. Rienzi - Overture
02. Der fliegende Hollander - Overture
03. Tristan und Isolde - Prelude, Act I
04. Tannhauser - Overture
05. Tannhauser - Bacchanale

Disco 2

1. Lohengrin - Prelude to Act I
2. Siegfried Idyll
3. Die Meistersinger von Nürnberg - Act 1 - Prelude & Hymn
4. Parsifal - Prelude
5. Götterdämmerung / Dritter Aufzug - Siegfried's Funeral March

Wiener Philharmoniker
Sir Georg Solti, regente

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György Ligeti (1923-2006) - Requiem, for soprano, mezzo-soprano, 2choruses & orchestra, Aventures, for 3 voices & 7 instruments e Nouvelles Aventures

Escutei por duas vezes o Réquiem de György Ligeti no dia de hoje. Incorrendo numa digressão - para demonstrar o meu espanto - afirmo que esta é uma das postagens mais ousadas que já fiz aqui em O SER DA MÚSICA. Ao final de cada uma das audições, fiquei com aquele espanto de quem contempla o não-convencional. O Réquiem de Ligeti foge àquela estética do sublime, de aspecto transfigurante que encontramos nos réquiens de Mozart ou Fauré. Distingue-se apenas uma musicalidade áspera, emanada de um "vespeiro de vozes humanas". É como se o réquiem - música de entrega da alma dos mortos - tivesse os próprios mortos a cantarem - criaturas "danadas". Surgem duas outras obras - Aventures e Nouvelles Aventures - também de aspecto desafiante. Nesta postagem encontramos espasmos, risos zombeteiros, "macaquices" e outras reações desafiantes. Boa degustação!

P.S. Não disponho de muitos dados, afora os da Amazon.

György Ligeti (1923-2006) - Requiem, for soprano, mezzo-soprano, 2 choruses & orchestra, Aventures, for 3 voices & 7 instruments e Nouvelles Aventures

1. Requiem, for soprano, mezzo-soprano, 2 choruses & orchestra

2 Aventures, for 3 voices & 7 instruments

3. Nouvelles Aventures

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Igor Stravinsky (1882-1971) - Symphonies of Wind Instruments, Claude Debussy (1862-1918) - Prélude á l'après-midi d'un faune e etc

Quais adjetivos devo usar para classificar esse registro? Sinceramente, faltam-me os adjetivos que exprimem precisão. Simplesmente, um conjunto de três compositores que foram singulares para a música do século XX. Havia separado este registro para postar desde o mês de janeiro. Somente hoje estou a fazê-lo. Não faz mal. Antes tarde do que nunca. Valery Gergiev, um dos regentes que mais reverencio na atualidade, é o condutor. Boa apreciação!

Igor Stravinsky (1882-1971) - Symphonies of Wind Instruments
01. Symphonies of Wind Instruments

Claude Debussy (1862-1918) - Prélude á l'après-midi d'un faune
02. Prélude á l'après-midi d'un faune

Sergei Prokofiev (1891-1953) - Seven, They are Seven, cantata*
03. Seven, They are Seven, cantata

Claude Debussy (1862-1918) - La Mer
04. 1. From Dawn till Noon on the Sea (De l'aube à midi sur la mer)
05. 2. Play of the Waves (Jeux de vagues)
06. 3. Dialogue of the Wind and the Sea (Dialogue du vent et de la mer)

Igor Stravinsky (1882-1971) - The Rite Of Spring
07. Part I: The Adoration of the Earth: Introduction
08. Part I: The Adoration of the Earth: Harbingers of Spring (Dances of the Young Girls)
09. Part I: The Adoration of the Earth: Mock Abduction
10. Part I: The Adoration of the Earth: Spring Khorovod (Round Dances)
11. Part I: The Adoration of the Earth: Games of the Rival Tribes
12. Part I: The Adoration of the Earth: Procession of the Wise Elder
13. Part I: The Adoration of the Earth: Adoration of the Earth (Wise Elder); Dance of the Earth
14. Part II: The Sacrifice: Introduction
15. Part II: The Sacrifice: Mystic Circles of the Young Girls
16. Part II: The Sacrifice: Glorification of the Chosen Victim
17. Part II: The Sacrifice: Summoning of the Ancestors
18. Part II: The Sacrifice: Ritual of the Ancestors
19. Part II: The Sacrifice: Sacrificial Dance (Chosen One)

London Symphony Chorus
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev, condutor
*Avgust Amonov, tenor


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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor

Quem visita O SER DA MÚSICA com certa regularidade pode perceber a minha relação apaixonada pela música de Mahler - principalmente pela Quinta Sinfonia. O compositor austríaco foi um dos grandes gigantes da arte. Suas sinfonias são livros abertos; incursões filósoficas e psicológicas no ser do homem. Mahler estudava a si mesmo e aos homens fazendo música. Este registro com Pierre Boulez é, simplesmente, genial. Algo para a qual não deve tergiversar. É ouvir e se deleitar. Boa apreciação!

Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor

01 - Trauermarsch
02 - Sturmisch bewegt. Mit groBter Vehemenz
03 - Scherzo (Kraftig nicht zu schnell)
04 - Adagietto (Sehr langsam)
05 - Rondo Finale (Allegro)

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Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez, regente

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Frédéric Chopin (1810-1849) - Sonata In G Minor e César Franck (1822-1890) - Sonata In A Major

Iria postar Mozart, mas não deu certo. O arquivo enviado apresentou falhas. Abortei o plano. Deixarei para outro dia. Lamentavelmente. Mudei para Chopin e Franck, uma postagem não menos valorosa. Boa fruição!

Frédéric Chopin (1810-1849) - Sonata In G Minor

01. I. Allegro Moderato [11:08]
02. II. Scherzo [05:20]
03. III. Largo [04:01]
04. IV. Finale [06:47]

César Franck (1822-1890) - Sonata In A Major

05. I. Allegro Ben Moderato [06:24]
06. II. Sonata In A Major II Allegro [08:45]
07. III Recitativo-Fantasia [07:38]
08. IV Allegretto Poco Mosso [06:52]

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Jacqueline Du Pré, Cello
Daniel Barenboim, Piano

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Wolfgang Amadeus Mozart (1770-1791) - Piano Concerto No.23 In A, K.488 e Piano Concerto No.24 In C Minor, K.491

Um extraordinário CD. Foi lançado recentemente. Traz dois dos principais concertos para piano e orquestra de Mozart. Uchida, uma das principais pianistas da atualidade, dignifica a música de Mozart com uma execução primorosa. O interessante é que Uchida atua nestes concertos como regente e pianista. Só tenho a dizer: "Boa apreciação!"

Wolfgang Amadeus Mozart (1770-1791) - Piano Concerto No.23 In A, K.488 e Piano Concerto No.24 In C Minor, K.491

Piano Concerto No.23 In A, K.488
01. Allegro [11:43]
02. Adagio [6:47]
03. Allegro Assai [8:18]

Piano Concerto No.24 In C Minor, K.491
04. (Allegro) [14:43]
05. Larghetto [8:04]
06. (Allegretto) [9:55]

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Cleveland Orchestra
Mitsuko Uchida, piano e regência

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sábado, 10 de abril de 2010

Carl Orff (1895-1982) - Carmina Burana

Os carmina burana (do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga; e bura(m), em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura; por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido) são textos poéticos contidos em um importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados durante a secularização de 1803, no convento de Benediktbeuern - a antiga Bura Sancti Benedicti, fundada por volta de 740 por São Bonifácio, nas proximidades de Bad Tölz, na Alta Baviera. O códex compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Atualmente o manuscrito encontra-se na Biblioteca Nacional de Munique.

Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, teve acesso a esse códex de poesia medieval e arranjou alguns dos poemas em canções seculares para solistas e coro, "acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”.

O códice

O códice encontrado em Benediktbeuern continha poemas dos monges e eruditos errantes — os goliardos —, quase todos escritos em latim medieval, exceto 47 versos, escritos em médio-alto alemão vernacular e vestígios de frâncico. Um estudioso de dialetos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847, dando-lhe o título de “Carmina Burana”, que, em latim, significa “Canções de Benediktbeuern”.

Acredita-se que todos os poemas fossem destinados ao canto mas os copistas responsáveis pelo manuscrito, nele não indicaram a música de todos os carmes, de modo que só foi possível reconstruir o andamento melódico de 47 deles. O códex é subdividido em seis partes:

-Carmina moralia et satirica (1-55), de caráter satírico e moral;
-Carmina veris et amoris (56-186), cantos primaveris e de amor;
-Carmina lusorum et potatorum (187-228), cantos orgiásticos e festivos;
-Carmina divina, de conteúdo moralístico-sacro (parte que provavelmente foi adicionada já no início do século XIV).
-Ludi, jogos religiosos.
-Supplementum, suplemento com diferentes versões dos carmina.

Os textos são muito diferentes entre si e mostram a diversidade da produção goliardesca. Se, de um lado, há os conhecidos hinos orgiásticos, as canções de amor de alto conteúdo erótico e as paródias blasfemas da liturgia, de outro emergem a recusa moralística da riqueza e a veemente condenação à Cúria Romana, por ser voltada apenas à busca do poder. Assim diz o carme n°. 10:

A morte agora reina sobre os prelados que não querem administrar os sacramentos sem obter recompensas (...) São ladrões, não apóstolos, e destroem a lei do Senhor.

E o carme n°. 11:

Sobre a terra nestes tempos, o dinheiro é rei absoluto (...) A venal cúria papal é cada vez mais ávida dele. Ele impera nas celas dos abades e a multidão de priores, com as suas capas negras, só a ele louva.

Os versos mostram que os chamados clerici vagantes não se dedicavam somente ao vício, mas mas que se inseriam entre os adversários do crescente mundanismo da Igreja e da conformação monárquica do Papado, ao mesmo tempo que defendiam uma ideologia progressista, distante da clausura da vida monástica.

Além disso, a variedade de conteúdos do manuscrito é também indiscutivelmente atribuída ao fato de que os vários carmina tenham autores diferentes, cada um com seu próprio caráter, as próprias inclinações e provavelmente a própria ideologia, não se tratando de um movimento cultural literário compacto e homogêneo no sentido moderno do termo.

Os textos originais são entremeados por notas morais e didáticas, como se usava no primeiro Medievo, e a variedade dos assuntos - especialmente de natureza religiosa e amorosa, mas também profana e licenciosa - e de línguas adotadas, expressa o estilo de vida e o pensamento dos autores, os clerici vagantes ou goliardos, que costumavam deslocar-se pelas várias universidades europeias nascentes, assimilando-lhes o espírito mais concreto e terreno.

A cantata
O compositor alemão Carl Orff musicou alguns dos Carmina Burana, compondo uma cantata homônima. Com o subtítulo "Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae", a obra, por suas características, pode ser definida também como uma "cantata cênica". Estreou em junho de 1937, em Frankfurt e faz parte da trilogia "Trionfi" que Orff compôs em diferentes períodos, e que compreende os "Catulli carmina" (1943) e o "Trionfo di Afrodite" (1952).

A cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa.

Orff optou por compor uma música inteiramente nova, embora no manuscrito original existissem alguns traços musicais para alguns trechos. Requer três solistas (um soprano, um tenor e um barítono), dois coros (um dos quais de vozes brancas), pantomimos, bailarinos e uma grande orquestra (Orff compôs também uma segunda versão, na qual a orquestra é substituída por dois pianos e percussão).

A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).

Carmina Burana - O Fortuna, Imperatrix Mundi
Em latim Em português
O Fortuna, Ó Fortuna,
Velut Luna És como a Lua
Statu variabilis, Mutável,
Semper crescis Sempre aumentas
Aut decrescis; Ou diminuis;
Vita detestabilis A detestável vida
Nunc obdurat Ora oprime
Et tunc curat E ora cura
Ludo mentis aciem, Para brincar com a mente;
Egestatem, Miséria,
Potestatem Poder,
Dissolvit ut glaciem. Ela os funde como gelo.

Sors immanis Sorte imensa
Et inanis, E vazia,
Rota tu volubilis Tu, roda volúvel
Status malus, És má,
Vana salus Vã é a felicidade
Semper dissolubilis, Sempre dissolúvel,
Obumbrata Nebulosa
Et velata E velada
Michi quoque niteris; Também a mim contagias;
Nunc per ludum Agora por brincadeira
Dorsum nudum O dorso nu
Fero tui sceleris. Entrego à tua perversidade.

Sors salutis A sorte na saúde
Et virtutis E virtude
Michi nunc contraria Agora me é contrária.
Est affectus
Et defectus E tira
Semper in angaria. Mantendo sempre escravizado
Hac in hora Nesta hora
Sine mora Sem demora
Corde pulsum tangite; Tange a corda vibrante;
Quod per sortem Porque a sorte
Sternit fortem, Abate o forte,
Mecum omnes plangite! Chorai todos comigo!

Boa apreciação!

FONTE: AQUI

Carl Orff (1895-1982) - Carmina Burana

01 - O Fortuna
02 - Fortune plango vulnera
03 - Veris leta facies
04 - Omnia sol temperat
05 - Ecce gratum
06 - Tanz
07 - Floret silva nibilis
08 - Chramer, gip die varwe mir
09 - Reie - Swaz hie gat umbe - chume, chume geselle min - Swaz hie gat umbe
10 - Were diu werlt alle min
11 - Estuans interius
12 - Olim lacus colueram
13 - Ego sum abbas
14 - In taberna quando sumus
15 - Amor volat undique
16 - Dies, nox et omnia
17 - Stetit puella
18 - Circa mea pectora
19 - Si puer cum puellula
20 - Veni, veni, venias
21 - In trutina mentis dubia
22 - Tempus est iocundum
23 - Dulcissime
24 - Ave formosissima
25 - O Fortuna

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London Symphony Orchestra
Eduardo Mata, regente
Barbara Hendricks, soprano
John Aler, tenor
Hakan Hagegard, barítono

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Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 6 em A maior WAB 106

Não tecerei comentários. A obra se auto-explica. É grande. Poderosa. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No. 6 em A maior WAB 106

01. 1. Maestoso
02. 2. Adagio - Sehr Feierlich
03. 3. Scherzo, Trio
04. 4. Finale

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Staatskapelle Dresden
Bernard Haitink

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Kronos Quartet plays Sigur Rós

Este é um daqueles CDs que você é obrigado a ouvir mais de uma vez. Poucos grupos têm tanto sucesso, fazendo a ponte entre popular e erudito quanto o Kronos Quartet. Quem quiser se aprofundar, vai verificar que o Kronos possui em seu repertório rock, jazz, world music e etc. Originalmente formado por David Harrington no primeiro violino, John Sherba no segundo violino, Hank Dutt na viola, e Joan Jeanrenaud no violoncelo, o Kronos Quartet foi formado em San Francisco em 1973. Embora todos os quatro membros sejam profundos conhecedores da música dita erudita, eles rapidamente dispensaram as formalidades rígidas de seu ofício, fazendo uma música de câmara com toda a energia apaixonada comumente associado com o rock. É que pode se verificar nesse lacônico registro. A primeira faixa é de uma beleza comovente que faz bem aos sentidos. A segunda faixa presentifica o Woodstock. Jimmy Hendrix, o anjo negro da gruitarra, ganha vida. As distorções são como gritos, pedidos de liberdade, orgia dionísiaca ao meio dia. Boa apreciação!

Kronos Quartet plays Sigur Rós
01. Flugufrelsarinn (Kronos version) [8:24]
02. Star-Spangled Banner (Kronos version, inspired by Jimi Hendrix) [3:42]

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Phillip Glass (1937-) - Itaipu and Three Songs

Possuía esta obra há mais de um ano, mas foi somente hoje que eu a escutei. Maravilhosa. Phillip Glass a compôs no ano de 1989 em homenagem à hidrelétrica de Itaipu, construída sobre o Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai. O trabalho foi encomendado pela Orquestra Sinfônica de Atlanta. Atualmente, o presidente paraguaio Fernando Lugo, quer "um preço de mercado justo" (palavras dele) pela energia que o Paraguai vende ao Brasil. Mas isso é outra história. O texto da cantata de Glass foi composta em guarani, com tradução feita por Daniele Thomas, por informações não oficiais, parece que ela é filha do cartunista Ziraldo. Corrijam-me se estiver errado. Aproveitem!

Phillip Glass (1937-) - Itaipu and Three Songs

01. Mato Grasso [11:54]
02. Itaipu - The Lake ( O Lago) [8:23]
03. Itaipu - The Dam (A Represa) [11:17]
04. Itaipu - To the Sea (Ao Mar) [4:52]

Los Angeles Master Chorale
Grant Gershon, regente

05. There are Some Men (Leonard Cohen) [2:52]
06. Quand les Hommes (Raymond Levesque) [2:59]
07. Pierre de Soleil (Octavio Paz) [4:02]

Crouch End Festival Chorus
David Temple, regente

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Johannes Brahms (1833-1897) - Sinfonia No. 4 em E menor, Op. 98 (CD 3 de 3) - final

Vamos à última postagem da integral com as sinfonias de Brahms. Agora temos a monumental Sinfonia No. 4. Entre as 4 sinfonias de Brahms, a que mais gosto é a de número 1. Ela é trágica, tensa, cheia de uma massa orquestral que celebra a perfeição. Mas a número 4, reconheço, é a perfeição sinfônica de Brahms. É como se ele fosse treinando, burilando-se, aperfeiçoando-se nas demais e, na número 4, Brahms exatificasse a potencialização do sublime. Ele começou a composição da obra no ano de 1884, ou seja, um ano após ter concluída a magnificente número 3. O compositor concluiu a número 4 em 1885, numa fase de grande maturidade e proficuidade musical. Rattle conduz com autoridade. É uma trabalho digno de respeito. Boa apreciação dessa monumental Sinfonia No. 4 do meu querido Brahms.

Johannes Brahms (1833-1897) - Sinfonia No. 4 em E menor, Op. 98

01 Allegro Non Troppo
02 Andante Moderato
03 Allegro Giocoso, Poco Meno Presto, Tempo
04 Allegro Energico E Passionato, Più Allegro

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Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Aviso - Feliz Aniversário!

O SER DA MÚSICA completa no dia de hoje, um ano de existência. Há um ano atrás eu iniciava as postagens neste espaço. Em alguns momentos relutei quanto ao fato de continuar com o blog. Pensei em encerrar as atividades por causa do "silêncio" que impera. O número de visitas é relativamente pequeno. "Serão as postagens que são deficientes? Ou os textos que escrevo que são de péssima qualidade?" - ás vezes me interrogo. Existe, sei, um público cativo, que visita este espaço todos os dias. Mais que qualquer coisa, o que me estimula é justamente o fato que cresço cada vez que posto algo aqui neste espaço. A net está cheia de atrativos e o que mais tem na teia da virtualidade é lixo. Nada como um espaço no qual a boa música ajude-nos a crescer enquanto criaturas. A música que como dizia Maupassant: "É exata como lógica, mas vaga como um sonho!"

Parabéns ao SER DA MÚSICA!

Carlinus!

Ludwig van Beethoven - 33 Variações em Sol maior sobre uma valsa de Anton Diabelli, Op. 120 e J. S. Bach - Partita No. 4 em Ré maior, BWV 828

As 33 Variações sobre um tema de Anton Diabelli foi escrita por Beethoven entre os anos de 1819 e 1823. Acredito que Diabelli tenha se tornado mais conhecido por conta dessa fato. Beethoven utilizou-se de uma valsa do citado compositor e compôs uma das peças supremas para piano da história da música ocidental. Foi escrita de forma lenta, gradual. Beethoven já se encontrava surdo. Como disse certa vez Hans von Bülow: "As 33 Variações sobre um tema de Diabelli constituem um microcosmo da arte de Beethoven". Ou seja, é como se suas sinfonias, quartetos de cordas, sonatas, trios e etc estivessem ali condensados. Fantástico. Já havia algum tempo que eu tencionava postar esta obra. Havia separado uma versão com Pollini, mas após escutar essa extraordinária versão com Kovacevich, Pollini aparecerá outro dia. É uma extraordinária gravação. Aparece ainda, neste magnificente CD, a Partita No. 4 de Bach. Ou seja, é para ouvir e ficar sisudo - em silêncio - de queirxo caído. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - 33 Variações em Sol maior sobre uma valsa de Anton Diabelli, Op. 120

01 - Tema- Vivace
02 - I AlIa marcia maestoso
03 - II Poco allegro
04 - III L'istesso tempo
05 - IV Un poco più vivace
06 - V Allegro vivace
07 - VI Allegro ma non troppo e serioso
08 - VII Un poco più allegro
09 - VIII Poco vivace
10 - IX Allegro pesante e risoluto
11 - X Presto
12 - XI Allegretto
13 - XII Un poco più moto
14 - XIII Vivace
15 - XIV Grave e maestoso
16 - XV Presto scherzando
17 - XVI Allegro
18 - XVII Allegro
19 - XVIII Poco moderato
20 - XIX Presto
21 - XX Andante
22 - XXI Allegro con brio - Meno allegro
23 - XXII Allegro molto
24 - XXIII Allegro assai
25 - XXIV Fughetta- Andante
26 - XXV Allegro
27 - XXVI Piacevole
28 - XXVII Vivace
29 - XXVIII Allegro
30 - XXIX Adagio ma non troppo
31 - XXX Andante, sempre cantabile
32 - 32 XXXI Largo, molto espressivo
33 - XXXII Fuga- Allegro
34 - XXXIII Tempo di menuetto moderato

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Partita No. 4 em Ré maior, BWV 828

35 - I Ouverture
36 - II Allemande
37 - III Courante
38 - IV Aria
39 - V Sarabande
40 - VI Menuet
41 - VII Gigue

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Stephen Kovacevich, piano

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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Jean Sibelius (1865-1957) - Sinfonia No. 5 em E flat, Carl Nielsen (1865-1931) - Pan and Syrinx - Pastorale e Sinfonia No. 4 "The Inextinguishable"

Este é um registro fenomenal. É para se ouvir com bastante atenção. É música vinda do norte do planeta - Sibelius e Nielsen, ou seja, Finlândia e Dinamarca, respectivamente. Do primeiro temos a sinfonia no. 5. É uma das sinfonias do compositor finlândes que mais admiro. Das sinfonias de Sibelius, gosto especialmente da segunda, terceira, quinta e sétima sinfonias, minhas preferidas. A versão com Rattle desperta uma curiosidade até excitante. A outra obra é a Sinfonia no. 4 de Carl Nielsen. Apesar de ter algumas versões de suas sinfonias, ainda não conhecia o compositor - infelizmente. Perdi bastante tempo. Tenho algo a dizer sobre a sinfonia número 4: simplesmente arrebatadora. Rattle se sai bem no presente registro. Por isso, uma boa apreciação!

Jean Sibelius (1865-1957) - Sinfonia No. 5 em E flat

01. Tempo molto moderato - Allegro moderato - Presto
02. Andante mosso, quasi allegretto
03. Allegro molto - Un pocchettino largamente

Philharmonia Orchestra
Sir Simon Rattle, regente

Carl Nielsen (1865-1931) - Pan and Syrinx - Pastorale*

04. Pan and Syrinx - Pastorale

Sinfonia No. 4 "The Inextinguishable"*

05. Allegro
06. Poco allegretto
07. Poco adagio quasi andante
08. Allegro

City of Birmihgham Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle, regente

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Sonatas para Piano Nos. 10, 11, 12 & 14

A pianista portuguesa Maria João Pires, que reside no Brasil atualmente, construiu uma carreira sólida. Fato interessante é que tenho me impressionado a cada vez que a escuto. Sua habilidade, primor e elegância com dose certa e equilibrada é um ponto certo. Pianista madura e experimentada, Maria João Pires tem gravado CDs de grande importância. Aponto alguns que já postei aqui em O SER DA MÚSICA. Por exemplo, as sonatas para violino e piano de Beethoven em parceria com Dumay. Há alguns dias eu postei as sonatas para violino e piano de Brahms - AQUI. Assustei-me quando escutei. Simplesmente, uma gravação perfeita. Não deixe de ouvir mais estas sonatas para piano de Wolfgang com a valorosa Maria João Pires. Boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Sonatas para Piano Nos. 10, 11, 12 & 14

Sonata para piano No. 10 in C major, K330
01. Allegro moderato
02. Andante cantabile
03. Allegretto

Sonata para piano No. 11 in A major, K331 - 'Alla Turca'
04. Andante grazioso
05. Menuetto
06. Alla turca, Allegretto

Sonata para piano No. 12 in F major, K332
07. Allegro
08. Adagio
09. Allegro assai

Sonata para piano No. 14 in C minor, K457
10. Allegro molto
11. Adagio
12. Allegro assai

Maria João Pires, piano

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domingo, 4 de abril de 2010

Tomaso Albinoni (1671-1751) - 8 Concertos

Fazia um bom tempo que este excelente CD do compositor Tomaso Albinoni estava reservado para ser postado. Estou ouvindo o registro agora. Muito bom! Deixa-nos com aquela impressão vaga, de reverência. Sei lá! Deve ser a ocasião. Fim de feriado. Domingo à noite. O compositor italiano com sua melodia barroca nos aquece. A flauta da Michala Petri faz emanar eflúvios suaves, doces. Acho que estou sob o efeito da música. Aprecie!

Tomaso Albinoni (1671-1751) - 8 Concertos

Concerto, Op. 7 No. 3 in B-flat major
01. Allegro
02. Adagio
03. Allegro

Concerto, Op. 7 No. 6 in D major
04. Allegro
05. Adagio
06. Allegro

Concerto, Op. 7 No. 9 in F major
07. Allegro
08. Adagio
09. Allegro

Concerto, Op. 7 No. 12 in C major
10. Allegro
11. Adagio
12. Allegro

Concerto, Op. 9 No. 2 in D minor
13. Allegro e non presto
14. Adagio
15. Allegro

Concerto, Op. 9 No. 5 in C major
16. Allegro
17. Adagio
18. Allegro

Concerto, Op. 9 No. 8 in G minor
19. Allegro
20. Adagio
21. Allegro

Concerto, Op. 9 No. 11 in B-flat major
22. Allegro
23. Adagio
24. Allegro

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I Solisti Veneti
Claudio Scimone, condutor
Michala Petri, flauta doce

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sábado, 3 de abril de 2010

Richard Strauss (1864-1949) - Vida de Herói (Ein Heldenleben) e Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 6 em Lá menor - "Trágica"

Achei por bem postar o ensaio abaixo sobre Mahler e Richard Strauss - DAQUI. É bastante elucidativo. O CD abaixo, com regência de Barbirolli, é para ouvir e cair de joelhos em preces apaixonadas. É algo que aturde. Vida de Herói de Strauss é uma beleza de profundidade e rigor orquestral a nos provocar os sentidos. Boa apreciação!

PROFETAS DA MODERNIDADE

GUSTAV MAHLER e RICHARD STRAUSS precederam as vanguardas do início do século pontuando os limites da música tonal. Este ensaio exclusivo revela a extrema coerência de suas opções estéticas e revela as faces de heróis psíquicos.

FILIPE W. SALLES

Richard Strauss e Gustav Mahler foram duas personalidades muito próximas. Ambos eram excelentes orquestradores, regentes e produtores de concertos. Foram amigos, eram conterrâneos e pareciam buscar, através de suas músicas, a mesma coisa: o auto-conhecimento. Diferenças, apenas quanto ao estilo e à forma: Strauss optou pelo poema sinfônico e pela ópera; Mahler pela sinfonia e pela canção. Talvez não exista música mais pessoal e intimista que a de Mahler, com a possível exceção de Richard Strauss. O contrário também serve. Os traços que constituem ambos os estilos, épico em Strauss e melodramático em Mahler, são marcados pela presença de um protagonista, explícito em Strauss e implícito em Mahler. Este protagonista, a quem nos dois casos serve a denominação de "herói", é claramente apresentado na obra de Strauss, sendo ele motivo dos temas e títulos de seus principais poemas sinfônicos, "Don Juan", "Macbeth", "Morte e Transfiguração", "Till Eulenspiegel", "Don Quixote", e até mesmo no "Assim Falou Zarathustra". No caso de Mahler, as referências são menos diretas.

O herói é uma personificação arquetípica (e no caso de Strauss, muitas vezes literária), podendo figurar como "extensão" do ego. Extremamente explícito em Strauss, é levado às últimas conseqüências na "Vida de Herói" e na "Sinfonia Doméstica". Nos dois casos temos um Strauss experiente e maduro pondo toda a energia de seus anseies num forno - e servindo-os no prato da grande orquestra.

Mahler, talvez até inconscientemente, envereda por caminhos semelhantes no que diz respeito ao uso da grande orquestra romântica, mas de uma forma incontestavelmente mais problemática. Não se contenta em apresentar o problema com uma solução já prevista (como é o caso da música de programa): ele fornece o problema e procura resolvê-lo no próprio processo criador. Por esse motivo, suas sinfonias são colossos modernos, titãs adormecidos que escondem tesouros do inconsciente. Sua mais curta sinfonia tem entre 50 e 54 minutos. Sua mais longa chega a 100 minutos. Se Strauss foi objetivo o suficiente para ir direto ao poema sinfônico descrever suas emoções, Mahler seguiu o caminho oposto, subjetivando a forma - até então "absoluta"- da sinfonia. Mahler nunca explicitou "sinfonia descritiva" ou "absoluta". "A sinfonia", segundo Mahler, "deve abranger tudo".

Sua Primeira Sinfonia, a "Titã", tem, inegavelmente, um Programa mais ou menos definido, assim como a Segunda e a Terceira, Mas podemos ouvir a "Titã" sem nenhum conhecimento de seu programa. O efeito será o mesmo. Talvez isso não funcione na imensa Terceira, mas trata-se de um caso à parte. Da mesma forma, a "absoluta" Quinta Sinfonia, que dispensa qualquer argumento extra-musical, tem a mais típica estrutura descritiva de Mahler: "Tragédia-Consolação-Triunfo", presentes de forma clara também na Primeira, Segunda, Terceira, e Sétimas sinfonias. Richard Strauss estabelece parâmetros diametralmente opostos. Em quase todos os seus poemas sinfônicos, o herói começa em plena atividade, a desenvolve de acordo com o argumento, e finalmente morre, numa metáfora da antecipação do inevitável. "Don Juan", seu primeiro poema sinfônico, já inicia seus acordes num frenético "Triunfo", onde o desenrolar orquestral gira em torno deste ideal, indo cair na tragédia de forma brusca e incontestável. A estrutura para Strauss seria "Triunfo-Degustação-Tragédia". Tragédia que, vinda de Strauss, não é idêntica à de Mahler. A tragédia de Mahler está ligada à angústia, ao sofrimento, e aos aspectos Psicológicos que determinam estes estados - fruto de conflitos pessoais e, por este motivo, distantes de uma realidade cotidiana. A tragédia de Strauss tem mais um espírito de realidade, de fatos concretos e consumados. "Till Eulenspiegel" ilustra com maestria esta metáfora, onde a morte de Till nada mais é do que uma conseqüência lógica do contexto na história. Não chega a ser uma "tragédia" propriamente, mas uma conformação com a realidade. "Morte e Transfiguração" vai pelos mesmos caminhos, sendo a morte do protagonista justamente o triunfo da obra, o objetivo final da própria vida.

Mahler está longe de encarar a morte de forma tão otimista, embora procure sempre estabelecer aspectos místicos, como uma, espécie de compensação pelo seu inconformismo - caso, por exemplo, da Segunda Sinfonia, a da Ressurreição. O principal fator que determina esta diferença de enfoque na obra de Mahler e Richard Strauss talvez seja a escolha do herói. É fato que ambos se projetam em suas peças, algo como autobiografias musicais. Mas enquanto Strauss procura resolver-se externamente, enfrentando cara-a-cara a realidade, Mahler trava uma luta constante consigo próprio, subvertendo a realidade através da reação emocional que lhe espelha o mundo. São visões bastante antagônicas: é como se Strauss observasse o mundo e respondesse a ele exatamente como o vê e interpreta, ao passo que Mahler observa, sente, relaciona, interpreta e reage, dando a suas sinfonias uma duração que freqüentemente ultrapassa os 70 minutos de execução. Talvez por isso Strauss tenha dado preferência no poema sinfônico, forma muito mais livre que a sinfonia e de caráter mais sucinto. O mais curto poema sinfônico de Strauss, "Till Eulenspiegel", tem algo em torno de 15 minutos, e o mais longo, "Vida de Herói", 45.

Há extrema coerência, em ambos, na escolha de suas formas de expressão. Um poema sinfônico como os de Strauss certamente não comporta tanta informação como as sinfonias de Mahler - e estas nunca conseguiriam ser claras e objetivas como os poemas de Strauss sem cair numa extrema redundância. Ambos contornam facilmente estas possíveis aberrações estéticas numa simples escolha inteligente do meio correto de utilizar a música.
A estrutura de narração de Mahler (tragédia, consolação, triunfo), é visivelmente modificada, sutil ou abruptamente, na Quarta, Sexta, Oitava e Nona sinfonias. Destas, apenas a Sexta e a Oitava são abruptas, a Sexta é inteiramente trágica e angustiante, ao passo que a Oitava é triunfal e otimista do começo ao fim. A Quarta é um meio termo, uma sinfonia que parece não tomar muito partido desta relação, pois está montada sobre um afresco extremamente original de melodias brilhantemente orquestradas, cuja intenção é justamente espelhar uma espécie de ingenuidade infantil. A Nona é indefinível. Pertence a um universo abstrato, místico, transcendente. Um universo de um compositor que esgotou as possibilidades estruturais padronizadas pelo próprio estilo e busca, através dele, vislumbrar outras dimensões. Processo semelhante ao que ocorre no "Das Lied von der Erde", ciclo de canções sobre poemas chineses onde a estrutura também é subvertida, sendo a última parte um canto de despedida que Mahler interpretou como o de sua própria vida.

Tudo aquilo que é problemático para Mahler parece ser bastante natural para Richard Strauss. Strauss sempre tratou a psicologia do inconsciente através do argumento de suas obras, e não propriamente do material musical. Fez uma música puramente objetiva, de clareza incomparável, que hesita em se estender nos devaneios contrastantes típicos de Mahler. "Also Sprach Zarathustra" talvez seja o melhor exemplo da relação Strauss/Mahler, porque ambos esboçaram gigantescos afrescos sinfônicos sobre o texto de Nietzsche em épocas muito próximas. A intenção de Strauss era clara: não queria transformar filosofia em música, mas tentar exprimir a idéia do conflito homem-natureza e sua evolução até o nascimento do super-homem nietzschiano ("Übermensch"). Mahler já transcende a descrição sonora de um ideal para um problema puramente existencial, não descrevendo-o musicalmente, mas sim traduzindo suas sensações interpretadas e relacionadas em todo o seu esdrúxulo inconsciente. Assim, a Terceira Sinfonia de Mahler, que se utiliza em seu 4o movimento de um trecho para contralto do Zarathustra, possui todo um contexto maior, relacionado também às lembranças da infância (As marchas, as canções do Wunderhorn), à associação com a morte e o amor, sugerindo uma interpretação muito mais pessoal do texto de Nietzsche do que a de Strauss. Strauss pensava de uma forma mais sintética, pois o próprio argumento de seus poemas já traduzia determinada opinião.

Talvez por toda esta série de diferenças, a obra de Strauss é freqüentemente considerada mais superficial. Erro beócio: a obra de Strauss simplesmente narra uma situação psicológica ou uma ação através de uma projeção do ego num herói, ao passo que em Mahler o herói é a própria música. A narração de Strauss é em terceira pessoa, e a de Mahler é em primeira. Uma simples diferença de perspectiva. A música de Mahler é intimista, a de Strauss é pictórica, e dá mais amplitude a diferentes interpretações relacionadas ao mundo das imagens e das palavras. Mahler é mais hermético. Incontestavelmente, Richard Strauss foi um mestre da orquestração que sabia colocar números extraordinariamente grandes de instrumentos e tratá-los com uma naturalidade camerística, ao passo que Mahler custou um pouco a desprender-se da grandiloqüência wagneriana dos efeitos de massa (típicos da Segunda e Terceira sinfonias) até atingir um refinamento que já era nítido no "Don Juan" de Strauss. O caso Mahler/Strauss é particularmente interessante porque ambos tiveram a oportunidade de acompanhar o crescimento um do outro, bebendo em fontes muito próximas (Beethoven, Wagner, Bruckner), mas sem perder suas particularidades.

Mahler morreu em 1911 e Strauss em 1949, mas seu último "poema sinfônico", (ainda que chamado de sinfonia), a "Sinfonia Alpina", é de 1914, sendo portanto a produção de poemas tonais (e não de óperas) que vai de encontro à comparação com a obra de Mahler. Estes dois mestres absolutos da forma e da orquestração foram os últimos patamares da música puramente tonal, que logo em seguida seria totalmente desestruturada por Schoenberg e Stravinsky. Talvez seja chegada a hora de reavaliar a importância de Mahler e Strauss, pois foram eles os últimos mestres antes da escola dodecafônica, onde a música erudita perdeu grande parte de seu público, que voltou às origens de Bach e Mozart. Afinal, além da questão tecnológica e social (e claro, considerando o mundo hoje consumido pela comunicação), poucas diferenças existem entre o fim-de-século deles e o nosso. Seria superestimar a arte de ambos considerá-los profetas da modernidade?

Disco 1

Richard Strauss (1864-1949) - Vida de Herói (Ein Heldenleben)
01. Ein Heldenleben - Das Held
02. Ein Heldenleben - Des Helden Widersacher
03. Ein Heldenleben - Des Helden Gefährtin
04. Ein Heldenleben - Thema der Siegesgewissheit
05. Ein Heldenleben - Des Helden Walstatt
06. Ein Heldenleben - Des Helden Walstatt_ Kriegsfanfaren
07. Ein Heldenleben - Des Helden Friedenswerke
08. Ein Heldenleben - Des Helden Weltflucht und Vollendung
09. Ein Heldenleben - Entsagung
London Symphony Orchestra
Sir John Barbirolli
Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 6 em Lá menor - "Trágica"
10. I. Allegro Energico, Ma Non Troppo; H
Disco 2
01. II. Andante moderato
02. III. Scherzo. Wuchtig
03. IV. Finale. Allegro moderato - Allegro energico
New Philharmonic Orchestra
Sir John Barbirolli
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