O opus 77 de Brahms foi composto no ano de 1878 e é um exemplo de um grande concerto para violino. Quando discutimos o gênero concerto para violiono, pelo menos eu, penso nos concertos de Mendelssohn (opus 64), Beethoven (opus 61), Sibelius (não me recordo o número do opus, 47?), Tchaikovsky (opus 35) e acrescentaria o concerto de Schoenberg (opus 36). O concerto de Brahms não poderia ficar de fora por toda por todas características positivas que possui. Brahms era detalhista em excesso. Demorava anos para compor algo. Um exemplo é a Sinfonia No. 1. Existe uma linguagem estética que atrai os admiradores de Brahms. Érico Veríssimo diz em sua autobiografia, Solo de Clarineta, que Brahms passou a ser um morador permanente em sua casa por causa de todos os efeitos que causava: "Brahms que havia anos rondava a minha casa, acabou por entrar nela e lá ficou como um amigo íntimo...". Em outro momento diz que 'adormecia embalado pela música de Brahms". O fato é que existe uma película, uma curvatura, um ângulo de visão que nos eleva, chama as cores, fragrâncias e os sentidos do cosmos todas as vezes que ouvimos o alemão. Brahms era uma poeta de alma sensível. Sua música é poesia. E poesia é uma força que apenas sugere. Escolhi essa gravação singular com dois dos músicos mais respeitados do século XX - Klemperer (regência) e David Oistrakh. Um bom deleite!
Johannes Brahms (1833-1897) - Violin Concerto in D Major, Op.77
05. I. Allegro non troppo
06. II. Adagio
07. III. Allegro giocoso, ma non tro
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French National Radio Orchestra
Otto Klemperer, regente
David Oistrakh, violino
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4 comentários:
Sou iniciando na música erudita; assim é temerário e absurdo falar alguma coisa por aqui. Um abraço Carlos.
Somente posso lhe agradecer. Obrigada!
Maravilhosamente perfeito! Abraços!
please update, thanks
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