segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ludwig van Beethoven - Concertos para piano e Orquestra No. 3 em C menor, Op. 37 e Concerto para piano e Orquestra No. 4 em G maior, Op. 58

Nada tão necessário quanto ouvir Beethoven. Muitos críticos o acham "sentimentaloíde". Ao meu modo de ver esta crítica não procede. É um dos maiores gênios da humanidade. O processo de crescimento das habilidades para compor de Ludwig não se deram como em Mozart. Wolfgang compunha aos borbotões com uma regularidade de impressionar. Já Beethoven à medida que envelhecia e a surdez o acometia, mais o seu gênio e suas peças foram ganhando um brilho imortal. Sua vida foi uma escrita com tintas trágicas. Pechá-lo de "sentimentaloíde" é desconhecer o gigantismo humano e existencial que fervilhava em sua interioridade. Beethovem é uma espécie de poeta-musical que sabe exprimir por meio da música qualquer conteúdo emocional ou dramático. Os 5 concertos para piano que compôs revelam um pouco da personalidade do compositor. São psicografias. Estou ouvindo neste momento o Concerto No.3 e percebo uma carga densa de beleza e valores do silenciosos acumulados. Mas este concerto não é o que mais gosto. Reverencio o No. 4 pela beleza e o 5 pela grandeza utópica contidos em cada movimento. Pararei por aqui. Parafraseio Drummond no Poema de Sete Faces: essa música e essa solidão põe a gente sentimental como o diabo. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Concertos para piano e Orquestra No. 3 em C menor, Op. 37 e Concerto para piano e Orquestra No. 4 em G maior, Op. 58 

Concerto para piano e Orquestra No. 3 em C menor, Op. 37 
1. Allegro con brio [16:07] 
2. Largo [10:07] 
3. Rondo.Allegro [9:28] 

Concerto para piano e Orquestra No. 4 em G maior, Op. 58 
4. Allegro moderato [17:18] 
5. Andante con moto [5:17] 
6. Rondo.Vivace [10:00] 

Berliner Phillharmoniker 
Claudio Abbado, regente 
Maurizio Pollini, piano 


 Have Joy!

Um comentário:

Marcelo disse...

Quem me dera a humanidade fosse mais repleta de sentimentaloides... Obrigado pela postagem, Carlinus!