Ouvir Anton Bruckner é ser acometido por uma experiência grandiosa. Bruckner não é um compositor fácil para quem o ouve pela primeira vez. Os temas repisados; aqueles devaneios aparentemente desnecessários; as subidas e as descidas; o bater e bater mais uma vez no mesmo motivo para trazer à tona aquilo que tanto se deseja; a viagem que não termina por uma galáxia tactilmente infindável. A música que parece ter um corpo gigantesco e sempre a reaparecer no mesmo lugar; aquela sensação de que já ouvimos o que estamos ouvindo. Uma sensação de digressão. O trabalho enorme. E o resultado é que quem não está acostumado acaba se afastando, cansando-se. Todavia, para aqueles que já se ambientaram às paisagens brucknerianas, a música do austríaco é um evento transfigurante. É uma viagem espiritual. Uma força rompente e que faz emular uma aura de mosteiro alpino. As sinfonias de Bruckner são trabalhos para monges. A número 4 é um dos seus trabalhos mais populares. Há uma monumentalidade em sua força profusa. Apesar de gostar de Harnoncourt, esta gravação da Quarta de Bruckner não me agradou tanto. Achei as partes lentas extremamnte "sonolentas". Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 4 in E-flat major - "Romântica"
01 - I - Bewegt, nicht zu schnell
02 - II - Andante quasi Allegretto
03 - III - Scherzo. Bewegt - Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend
04 - IV - Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell
Versão: 1878/80
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Royal Concertgebouw Orchestra
Nikolaus Harnoncourt, regente
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