Para concluir a integral da obra de camerística de Mendelssohn. Já informei de minha admiração pelo alemão. Falei no último post sobre as prerregogativas que tornam o compositor especial para mim. Poucos compositores foram tão prolíficos na infância quanto Mendelssohn. Talvez, somente Mozart seja uma contraparte. Compor, por exemplo, o belo e genial octeto aos 16 anos não é para qualquer um. Ele é um dos grandes românticos do século XIX. Poderíamos colocá-lo ao lado de Beethoven, Schubert ou Schumann pela proximidade histórica. Mendelssohn era um indíviduo culto, da alta burguesia germânica. Seu pai era banqueiro. Teve o privilégio de na família ter um filósofo - Moses Mendelssohn, o que de certa forma indica uma reputação intelectual no seio familiar. Seu romantismo é o mais puro, o mais doce, o "mais santo" dos romantismos. Curiosamente, à época do III Reich, Hitler proibiu a execução da música de Mendelssohn pelo fato deste ser judeu. Que pena! A ignorância do Füher impediu que apreciasse belos trabalhos de um dos maiores gênios da humanidade. Isso ensina uma lição: a arte não pertence somente a um povo ou uma sociedade. Ela é um patrimônio imortal para todos os homens. Não deixe de apreciar. Bom deleite!
Felix Mendelssohn (1809-1847) - Complete String Quartets, Quintets, Sextets & Octet
DISCO 04
Four Pieces for String Quartet Op.81
01. Andante sostenuto (with variation) in E
02. Scherzo: Allegro leggiero in A minor
03. Capriccio: Andante con moto – Allegro fugato, assai vivacein E minor
04. Fuga: A tempo ordinario in E flat minor
String Quartet in E flat
05. Allegro moderato
06. Adagio non troppo
07. Minuetto
08. Fuga
Gewandhaus-Quartett
DISCO 05
String Quintet in A major Op.18
01. Allegro con moto
02. Intermezzo, andante sostenuto
03. Scherzo, allegro di molto
04. Allegro vivace
String Quintet in B flat major Op.87
05. Allegro vivace
06. Andante scherzando
07. Adagio e lento
08. Allegro molto vivace
Sharon Quartet
DISCO 06
Piano Sextet in D major Op.110, for piano, violin, 2 violas, cello & double-bass
01. Allegro vivace
02. Adagio
03. Menuetto
04. Allegro vivace
Octet for Strings in E flat major Op.20
05. Allegro moderato ma con fuoco
06. Andante
07. Scherzo,allegro leggierissimo
08. Presto
Amati String Orchestra
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5 comentários:
Somente após a fruição dos seis cd's que compõem a série, achei-me em condições de enviar este comentário, sobre mais uma fantástica postagem de nosso desprendido e generoso amigo Carlinus!
Assim falou mestre Otto Maria Carpeaux:
"Neto do filósofo judeu Moses Mendelssohn, Felix Mendelssohn-Bartholdy, foi batizado, quando criança, na Igreja Luterana, à qual sempre ficou ortodoxamente fiel; filho de rico banqueiro, recebeu brilhante educação; nunca chegou a conhecer as preocupações materiais da vida; de precocidade extraordinária, obteve cedo o mais completo sucesso como pianista, regente e compositor, sendo idolatrado em vida; fundou os famosos concertos sinfônicos do Gewandhaus, em Leipzig e o não menos famoso Conservatório dessa cidade.
Como regente – o primeiro grande regente de orquestra do século XIX, criou o repertório histórico dos nossos concertos, com as obras de Haydn, Mozart e Beethoven como base. Em 1829 ressuscitou o esquecido Bach, regendo em Berlin a Paixão Segundo São Mateus; mérito que não é possível exagerar. Como admirador de Handel, deu um reflexo da arte dele em seus oratórios Paulus (1835) e Elias (1846). Também foi Mendelssohn um dos poucos que, em seu tempo, reconheceram o valor dos últimos quartetos para cordas de Beethoven; há traços disso em seu próprio quarteto em fá menor, op. 80 de 1847.
Depois de ter sido o compositor mais festejado da época, caiu Mendelssohn em desprezo; em parte porque a crítica acreditava reconhecer nele um epígono da grande época clássica, que só adotou certas feições exteriores do romantismo; em parte por motivos extra-artísticos, pelo furioso anti-semitismo dos wagnerianos. Durante a época nazista, suas obras estavam banidas do repertório alemão.
A música de Mendelssohn é sempre nobre; e hesita-se em chamá-lo de epígono – como é de hábito classificá-lo – porque sua linguagem musical é inconfundivelmente pessoal.”
Ou seja: em Mendelssohn existe uma sensibilidade verdadeiramente romântica, aliada ao sentido da medida de um clássico; como toda sua obra de câmara revela e expressa de forma candente.
Afora o valor de todas estas peças, é absolutamente espantoso o Octeto Op. 20, para quatro violinos, duas violas e dois violoncelos. É uma assombrosa obra-prima da literatura camerística, composta por jovem de apenas dezesseis anos! Nem Mozart chegou perto!
Obras imprescindíveis para todos que amam a música.
Repetindo, como sempre, muito obrigado por mais esta belíssima postagem.
Olá Carlinus, cheguei até seu blog através do PqpBach, procurando conhecer mais obras de Mendelssohn, até agora conheço a Sinf. 4, a op.64 com Zukerman e Sonho de uma noite de verão, ele é mto bom, vale a pena ouvir, sentir e vivenciá-lo. Fico + feliz ainda de encontrar + obras dele e dispor d pessoas como vc q desenvolvem esse trabalho c/ bom gosto, carinho e simplicidade!!!
Td d bom pela música e pelo blog, + uma vez mto obrigada!!!
Carlinus
Venho agradecer pela postagens magnificas da obra camerística de Mendelsshon. Após as palavras de O. M. Carpeaux, pouco teria a dizer.
Há um problema com o "link"(Mediafire) do 4º disco. Se puder fazer a gentileza de verificar, ficaríamos muito gratos.
Ouvi até agora sómente o CD 6 e fiquei contagiado e emocionado com o Piano Sexteto Op.110 e o Octeto Op.20.
São peças envolventes e de rara beleza. Grato e um abraço do Dirceu.
Hola Carlinos
Agradecer antes de nada todo el trabajo que te tomas por acercarnos a la música tan bella que tienes en el blog. Comentarte que el CD6 no está, el link se ha caído.
Gracias por todo
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