quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Camille Saint-Säens (1835-1921) - Piano Trio No. 1 in F major, Op. 18 e Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 92

Sain-Säens foi um importante compositor francês do século XIX. Foi contemporâneo de Brahms. Säens, ao meu modo de ver, merece mais respeito do que possui. Talvez, o mistério da existência (ou da providência para os religiosos) foi o fato do compositor não ter nascido na Alemanha. À época do francês, a música alemã estava no centro do mundo. Wagner e Liszt eram personalidades de coqueluche. Brahms corria numa trilha independente, levando consigo, empunhando a tradição de Haydn, Mozart e Beethoven. Era o bom Romantismo. A força inconteste de um estilo filosoficamente arrebatador. Säens estava na França. Sua técnica destoava dos encaminhamentos do mundo da música. A ópera era o estilo predominante. Verdi, Wagner, Puccinni e outros. Talvez tenha sido por isso, que Säens tenha ficado com marca de um "compositor menor" - algo, necessariamente, contestável. Os trios aqui presentes neste post foram compostos em momentos distintos. O primeiro trio foi composto em 1863 e, o segundo, em 1890. Ou seja, em momentos completamente díspares da vida de Saint-Säens. O pessoal da Amazon deu 5 estrelas ao CD. E, de fato, ele é muito bom. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Camille Saint-Säens (1835-1921) - Piano Trio No. 1 in F major, Op. 18 e Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 92

Piano Trio No. 1 in F major, Op. 18
01. I. Allegro vivace
02. II. Andante
03. III. Scherzo¡GPresto
04. IV. Allegro

Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 92
05. I. Allegro ma non troppo
06. II. Allegretto
07. III. Andante con moto
08. IV. Grazioso, poco allegro
09. V. Allegro

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The Florestan Trio
Anthony Marwood, violino
Richard Lester, cello
Susan Tomes, piano

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2 comentários:

Beto Toda Música disse...

Recaem sobre Saint-Saëns acusações tais como: mero perfeccionista da forma, frio academicismo, entre outras.
Tais preconceitos ainda pesam freqüentemente na interpretação de suas obras. Ele é lembrado com menosprezo nas palavras de Debussy: “Saint-Saëns é o homem que mais sabe música no mundo inteiro”. Com isto, Debussy quis dizer que Saint-Saëns se sufocava em sua erudição.
Os que desprezam sua arte são dúvida os que menos a conhecem e, sobretudo, esquecem-se da influência que ele teria exercido sobre a música francesa em pleno encantamento wagneriano.
Saint-Saëns soube revalorizar um Marc-Antoine Charpentier, um Rameau.
A arte de Saint-Saëns não é rígida nem afetada: é simplesmente a obra de um romântico acorrentado, cujo perfeito domínio de seu ofício pode muitas vezes tê-la inibido. Não podemos esquecer a admiração, ao contrário de Debussy, que lhe devotava Ravel.
Os dois trios ora postados são uma prova candente da grandeza de Saint-Saëns. Basta apenas, ouvirmos com os ouvidos abertos e a mente esvaziada de pré-julgamentos.
Mais uma vez. Obrigado pela bela postagem.

Anônimo disse...

Could you please reupload this post? I would really like to listen to this music! Thank you