A obra de câmara de Schubert é uma das melhores coisas que já foram escritas para o estilo. O senso angustiado, por exemplo, do Quinteto (D. 956) que surge nesse CD é algo arrebatador. Há um sopro suave, mas que nos impele a um torpor. Em seguida, a obra ganha força, energia, ritmo, digna do último período de Schubert. É um trabalho póstumo, escrito no ano de 1828, mas somente conhecido em 1853. Nele vemos a amargura dos últimos momentos de Schubert. Mil oitocentos e vinte e oito é o ano da morte do compositor. É uma obra que me emociona bastante. Já a outra obra (D. 581) é do ano de 1817. Schubert era um jovem recém-saído da adolescência, mas com um nível de versatilidade incrível. À guisa de informação, vale ressaltar que as missas mais belas foram escritas na fase de adolescência do compositor. A obra segue à risca a tradição dos compositores clássicos de Viena - Haydn, Mozart, Beethoven. O último movimento é um rondó deslumbrante. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Franz Schubert (1797-1828) - String Quintet in C major, D. 956, Op. 163 e String Trio in B flat major, D. 581
String Quintet in C major, D. 956, Op. 16301. I. Allegro ma non troppo
02. II. Adagio
03. III. Scherzo - Presto
04. IV. Allegretto
String Trio in B flat major, D. 581
05. I. Allegro moderato
06. II. Andante
07. III. Menuetto - Allegretto
08. IV. Rondo - Allegretto
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Um comentário:
Um belo dia estava passeando em um sebo no centro da cidade do Rio de Janeiro quando, no setor de cd's, deparei-me com esta jóia, que você postou.
Os quintetos de Schubert foram para minha casa por meros cinco reais!
Por este motivo, não baixei esta postagem.
Se por uma acaso eu fosse obrigado pelos deuses da música a escolher dez composições para levar além túmulo, não exitaria em levar o quinteto para cordas d. 956.
Obra prima absoluta.
Mais uma vez, parabéns pelo maravilhoso trabalho de divulgação do belo.
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