quarta-feira, 29 de julho de 2009

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No.1 em Dó menor

Anton Bruckner era uma figura estranha. Possuía uma personalidade perturbada e tímida. Foi educado em mosteiros alemães. Talvez nunca tenha se deitado com uma mulher. Coitado! Abraçou o wagnerismo e tentou construir sinfonias repletas do espiríto do compositor de Bayreuth. Ainda estou aprendendo a ouvi-lo. Suas sinfonias são enormes desafios. São saturantes. Provocam cansassos demasiados. Brahms disse certa vez que "eram serpentes gigantescas". De fato, elas nos sufocam. Esmagam-nos. Provocam asfixia. Essas são impressões causadas em mim cada vez que o escuto. Mas, hoje, ouvir esta sinfonia No.1 e fiquei impressionado. Possuía uma gravação dela em fita K-7 e já a tinha escutado. A impressão positiva, provocou-me para que eu a postasse. Ah! ia esqucendo! A regência é com Herbert von Karajan à frente da Filarmônica de Berlim. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) - Sinfonia No.1 em Dó menor

1. Allegro
2. Adagio
3. Scherzo: Schnell
4. Bewegt, Feurig


Orquestra Filarmônica de Berlim
Herbert von Karajan


BAIXAR AQUI


Por Carlos AntônioM. Albuquerque

Have Joy!


2 comentários:

Marco Eduardo disse...

Eu ouvi Richard Wagner por 4 anos seguidos. Tinha Wagner como a minha paixão-mor...

É que....eu não conhecia...eu não O conhecia: BRUCKNER.

Bruckner é Magistral. Ouço-o há 3 anos seguidos...e sei que não haverá um maior do que ele.

As sinfonias de Bruckner são os trilhos do meu cérebro. Pego-me tocando-as antes de dormir, depois de acordar, tomando banho, almoçando, lendo.

Limpam a alma...

E não me asfixiam de forma alguma.
É preciso insistir para ver a grandeza de Bruckner, porque está além da visão comum. É como ver a face de Deus...

apenas alguns o conseguem.

Treine... persista...persevere...e conseguirá.

Carlinus disse...

Entendo o que você está dizendo, Marco. Este texto foi escrito há dois anos e já não reflete o que penso sobre Bruckner. Hoje, penso como você - "ouvir Bruckner é como ver a face de Deus". É uma experiência sublime.

Ainda bem que com o tempo a gente tem a oportunidade de mudar, reciclar a si mesmo.

Obrigado pelo comentário.

Abraços musicais!