Existe beleza no caos? Essa é uma pergunta boba, mas intrigante. Pois, penso que ela tenha tudo a ver com o presente disco. É algo desafiador. Os ouvidos pouco afeitos à sonoridade "áspera", repleta de "hastes" e "arestas" cortantes; à sonoridade misteriosa e angulosa em sua dissipação, que chega a parecer que subverte a noção de tempo, quiçá venha achar este disco bastante "bizarro". O efeito estético se dá como se uma esponja fosse passada em nossa percepção e noção de tempo fosse completamente apagada. Das obras do disco, talvez, as mais conhecidas sejam Armpsphères e Lontano, ambas de Ligeti. A primeira, por exemplo, foi utilizada em 2001: uma odisseia no espaço e, talvez, sem ela, o filme perdesse em beleza, eteridade e grandiosidade espiritual. Não deixe de ouvir esse belo disco, que tem a regência do memorável Claudio Abbado, à frente da Filarmônica de Viena. Uma boa apreciação assustada!
01 - Wolfgang Rihm - Départ
02 - Györgi Ligeti - Armpsphères
03 - Györgi Ligeti - Lontano
04 - Luigi Nono - Liebeslied
05 - Pierre Boulez - Notation I- Modéré - Fantasque
06 - Pierre Boulez - Notation IV- Rythmique
07 - Pierre Boulez - Notation III- Très modéré
08 - Pierre Boulez - Notation II- Très vif. Strident
Wiener Philharmoniker
Wiener Jeunesse-Chor
Claudio Abbado, regente
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