Eis aqui as duas sinfonias que se apresentaram para mim e disseram: "Você nunca mais será o mesmo após ouvir-nos". E desde que ouvi, nunca mais fui o mesmo conforme a promessa. A música deixou de ser apenas um prazer inconsequente e tornou-se religião. Abandonei aquele voluntarismo para tudo que surgia e me tornei alguém apaixonado pela ordem que existe na beleza. São dois trabalhos da escola Romântica, com dois de seus principais expoentes - Schubert e Mendelssohn. Apresentam linguagens bem diversas. A Sinfonia de Mendelssohn é trágica, densa, eivada por uma angústia infinita. Como se os últimos momentos da vida estivessem sendo abraçados sorvidos com muita força. Já o trabalho de Mendelssohn é airoso. O alemão acostumado à seriedade alemã, ao fazer uma viagem à Itália no início da década de 30 do século XIX, voltou de lá fascinado. O vento marítimo. As planícies ensolaradas. Os camponeses trabalhando a terra. Aquele senso de festa por todos os lados, fizeram com que Mendelssohn concebesse esta quase bucólica sinfônia número 4. A regência fica a cargo de Sinopoli. Não deixe de ouvir esta baita interpretação. Boa apreciação!
Franz Schubert (1797-1828) -
Symphony No. 8 in B minor, D. 759, "Unfinished"
02. I. Allegro moderato
03. II. Andante con moto
Symphony No. 8 in B minor, D. 759, "Unfinished"
02. I. Allegro moderato
03. II. Andante con moto
Felix Mendelssohn (1809-1847) -
Sinfonia No. 4 em A menor, Op. 90 - "Italiana"
01. Allegro vivace
02. Andante con moto
03. Con moto moderato
04. Saltarello
01. Allegro vivace
02. Andante con moto
03. Con moto moderato
04. Saltarello
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Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente
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2 comentários:
Valeu! É dificil achar uma sinfonia no8.
O que Goethe está fazendo ali?
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