Vaughan Williams é uma importante personalidade da música inglesa. Embora não seja tão conhecido e comentado aqui no Brasil, o compositor é uma figura popular em seu país. Tenho uma admiração toda especial por aquilo que já ouvir do inglês. A árvore genealógica do compositor leva-o até Charles Darwin. Nasceu numa família de intelectuais bem situados, mas sempre militou pelo igualitarismo. Foi amigo de Gustav Holst. Essa amizade era tão expressiva que os dois ficavam por horas e horas a discutirem, a se ajudarem no processo de composição. Chegou inclusive a ter aulas com Maurice Ravel. Observa-se que partindo dessa particularidade, Vaughan Williams não é uma figura de pouca monta. Suas peças são habitadas por uma grande eteridade. Impressiono-me com suas sinfonias, principalmente a Sinfonia Pastoral, que é belíssima e possui umapersonalidade essencilamente mística. Foi resultado do seu trabalho voluntário em ambulâncias durante o período da Segunda Grande Guerra. Talvez a sua participação na guerra tenha infundido poderes religiosos em sua sensibilidade. A Sea Symphony que ora posto é de uma beleza simplesmente singular. É uma sinfonia coral escrita possivelmente entre 1903 e 1909. É conhecida também como Sinfonia no. 1. É uma obra de juventude e revela quão profundas eram as intensões de Vaughan Williams. Impressiona este aspecto paradoxal. Esta sinfonia estreiou em 1910 no Festival de Leeds, quando o compositor estava com 38 anos de idade. A Sea Symphony ou Sinfonia do Mar é a mais longa de todas as sinfonias do compositor. Possui aproximadamente 70 minutos. A canção baseia-se num poema de Walt Whitman, um dos mais importantes poetas em língua inglesa. Whitman também influenciou Fernando Pessoa. Possivelmente, Vaughan tenha escolhido o poema de Walt Whitman por enxergar o poder transcendente e metafísico do texto poético do escritor americano. São por esses fatores, que o trabalho sinfônico de estréia mostra-se tão relevante. Não deixe de conferir o trabalho desse importante compositor que explora outras possibilidades sonoras. A música de Vaughan cria um importante contraste com a música germânica, italiana ou francesa. Não é a toa que Ravel certa vez disse: "Rauph Vaughan Williams é o único dos meus alunos que não reescreve as minhas músicas". Boa apreciação!
Rauph Vaughan Williams (1872-1958) - A Sea Symphony "Sinfonia do Mar" para soprano, barítono, coro e orquestra
I. A Song for All Seas, All Ships
01. Behold the Sea, itself
02. Today a rude brief recitative
03. Flaunt out O sea your separate flags of nations
04. Token of all brave captains
05. A pennant universal
II. On the Beach at Night, Alone
06. On the Beach at Night, alone
07. A vast similitude binterlocks all
III. The Waves
08. Scherzo
IV. The Explorers
09. O vast rondure, swimming in space
10. Down from the gardens of Asia descending
11. O we can wait no longer
12. O thou transcendent
13. Greater than stars or suns
14. Sail forth
15. O my brave Soul!
London Philharmonic Choir (cantilena)
And The London Philharmonic
Bernard Haitink, regente
Felicity Lott, soprano
Jonathan Summers, barítono
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Have Joy!
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