Se Shostakovich havia feito da Décima Terceira (Babi Yar) um trabalho desolador, brutal, ele retorna a esse ponto na Sinfonia 14. Sua Décima Quarta Sinfonia é um dos seus trabalhos mais sombrios. Se na Décima encontramos desolação e uma atmosfera de medo; se já na Décima Primeira encontramos truculência e a expectativa de redenção por meio da Revolução; se na Décima Terceira Shostakovich viraliza contra a indiferença assassina, que é parceira da omissão; na Décima Quarta ele pintará um quadro tenebroso do que é a própria vida, ou seja, um encontro inexorável com a morte. A Sinfonia versa sobre a mortalidade. E ergue-se como uma possibilidade de libertação e redenção da humanidade. Mais um genial trabalho. Vasily Petrenko, mais uma vez, levanta-se como um dos grandes intérpretes de Shosta na atualidade. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Dmitri Shostakovich (1906-1975) -
Symphony No 14, Op 135
01. I De profundis, Adagio
02. II Malaguena, Allegretto -
03. III Lorelei, Allegro molto -
04. IV The Suicide, Adagio
05. V On Watch, Allegretto -
06. VI Madam, look, Allegretto -
07. VII In the Sante Prison, Adagio
08. VIII The Zaporozhian Cossacks Reply to the Sultan of Constantinople, Allegro -
09. IX O Delvig, Delvig, Andante
10. X The Death of the Poet, Largo -
11. XI Conclusion, Moderato
Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Alexander Vinogradov, barítono
Gal James, soprano
Vasily Petrenko, regente
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Um comentário:
Um belo texto de apresentação. situou muito bem o trabalho na sequência da obra de Shostakovich.
Abraços,
Ranieri.
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