segunda-feira, 7 de abril de 2025

Claude Debussy (1862-1918) - Études & Pour le piano

Eis que surge mais um disco com a música de Debussy. A música para piano de Debussy, sem sombras de dúvida, foi um marco fundamental na história da música ocidental. Ela foi responsável por romper com as convenções harmônicas e formais do romantismo do século XIX. E uma das páginas importantes de sua obra são os “Études”. Compostos em 1915, três anos antes da morte do compositor, eles representam o domínio técnico e expressivo do compositor sobre o instrumento.

As obras foram dedicadas à memória de Chopin que revolucionou a técnica pianística no século anterior. Os “Estudos” são compostos por 12 peças. Em um primeiro momento, as obras não sugerem nada de especial. Todavia, essa impressão é meramente aparente, pois estão impregnadas pelo selo distintivo da linguagem debussyana e são pequenas obras-primas de experimentação sonora.

As composições são singelas, introspectivas, pequenas paisagens impressionistas. As obras dizem muito sem recorrer ao virtuosismo tão característico dos compositores românticos. Dessa forma, o francês rompe com a tradição romântica centrada em Beethoven, Brahms e Liszt. Debussy utiliza cores e texturas que influenciariam outros compositores que lhe sucederam. Vale mencionar Boulez e Messiaen, dois dos nomes mais importantes da música do século XX. A interpretação das obras do compositor – neste disco - fica a cargo do pianista escocês Steven Osborne. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

 Claude Debussy (1862-1918) -

01 - No. 1, Pour les cinq doigts (d'après M. Czerny)
02 - No. 2, Pour les tierces
03 - No. 3, Pour les quartes
04 - No. 4, Pour les sixtes
05 - No. 5, Pour les octaves
06 - No. 6, Pour les huit doigts
07 - No. 7, Pour les degrés chromatiques
08 - No. 8, Pour les agréments
09 - No. 9, Pour les notes répétées
10 - No. 10, Pour les sonorités opposées
11 - No. 11, Pour les arpèges composés
12 - No. 12, Pour les accords
13 - I. Prélude
14 - II. Sarabande
15 - III. Toccata
16 - La plus que lente
17 - Berceuse héroïque
18 - Étude retrouvée (Reconstr. Howat)

Steven Osborne, piano

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domingo, 6 de abril de 2025

Richard Strauss (1864-1949) - Orchestral Works (CDs 5, 6, 7, 8 & 9 de 9 - final)

Esta é a postagem de número 7930. Um número bastante significativo para o período de existência deste espaço. Acontece que hoje, dia 6 de abril, o "blog" completa 16 anos de atividade. Um tempo amplo e jamais programado. Em 2009, quando planejei este espaço, não imaginava que teria uma existência tão longeva. O início se deu como um mero exercício para divulgar o que eu costumava ouvir - como faço até os dias de hoje. Tudo que posto por aqui passa por uma audição prévia. A música clássica é uma das minhas companhias diárias. Escuto rock, jazz, blues, MPB, mas é a música clássica que me segue para aonde quer que eu vá. 

Ao longo de 16 anos, muita coisa já aconteceu por aqui - já pensei em encerrar esse espaço algumas vezes. Já postei com texto e postei sem texto. Já cheguei a ficar seis meses sem postar, numa espécie de voluntarismo sabática. Faço um esforço imenso para conseguir escrever alguma coisa todos os dias. Tenho dois empregos, um filho pequeno e uma vida bastante agitada. Além de tudo isso, ainda preciso encontrar tempo para praticar as minhas corridas semanais e ler, duas das coisas que mais gosto de fazer. Todavia, seguimos, pois tento fazer das postagens um elemento indissociável de minha rotina.

Há um número enorme "links expirados". Tenho consciência disso. Muitos visitantes pedem, quase que diariamente, para que eu atualize os arquivos inexistentes. A maior parte das vezes, não consigo atender aos pedidos. Não é por falta de educação ou boa vontade. É por falta de tempo mesmo.

Outra questão - para finalizar - é: por que continuar com um espaço como este, se não ganho nada com isso e se há outros meios de as pessoas conseguirem ouvir as músicas postadas?  Faço-o por duas razões: (1) aprendo muito com essas postagens; e (2) em respeito às pessoas que ainda procuram este lugar após dezesseis anos. 

Não deixe de ouvir (como sempre) a boa música. Boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) -

DISCO 05

01. Also Sprach Zarathustra, Op. 30
02. Der Rosenkavalier
03. Tod und Verklarung

DISCO 06

01. Salome
02. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Overture
03. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Joudain-Minuet
04. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. The fencing master
05. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Entrance and dance of the tailors
06. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Minuet of Lully
07. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Courante
08. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Entry of Cleonte
09. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. Intermezzo
10. Le Bourgeois gentilhomme - Suite. The dinner
11. Schlagobers
12. Josephslegende

DISCO 07

01. Metamorphosen Study For 23 Solo Strings
02. Eine Alpensinfonie, Op.64 Nigh
03. Eine Alpensinfonie, Op.64 Sunrise
04. Eine Alpensinfonie, Op.64 The Ascent
05. Eine Alpensinfonie, Op.64 Entering The Forrest
06. Eine Alpensinfonie, Op.64 Strolling By The Stream
07. Eine Alpensinfonie, Op.64 By The Waterfall
08. Eine Alpensinfonie, Op.64 Apparition
09. Eine Alpensinfonie, Op.64 In Flowery Meadows
10. Eine Alpensinfonie, Op.64 In A Mountain Pasture
11. Eine Alpensinfonie, Op.64 Lost In The Thickets and Undergrow
12. Eine Alpensinfonie, Op.64 On The Glacier
13. Eine Alpensinfonie, Op.64 Dangerous Moments
14. Eine Alpensinfonie, Op.64 On The Summit
15. Eine Alpensinfonie, Op.64 Vision
16. Eine Alpensinfonie, Op.64 Mists Rise Up
17. Eine Alpensinfonie, Op.64 The Sun Grows Dark
18. Eine Alpensinfonie, Op.64 Elegy
19. Eine Alpensinfonie, Op.64 Quiet Before The Storm
20. Eine Alpensinfonie, Op.64 A Thunderstorm
21. Eine Alpensinfonie, Op.64 Sunset
22. Eine Alpensinfonie, Op.64 Conclusion
23. Eine Alpensinfonie, Op.64 Nigh

DISCO 08

01. Aus Italien. Andante -In the Campagna
02. Aus Italien. Allegro molto con brio - The ruins of Rome
03. Aus Italien. Andantino - On the beach at Sorrento
04. Aus Italien. Finale - Neapolitan folk life
05. Macbeth

DISCO 09

01. Introduction (Mäßiges Zeitmaß) (Don Quixote Sinks Into Madness)
02. Mäßig (Don Quixote)
03. Maggiore (Sancho Panza)
04. Variation I (The Adventure With The Windmills)
05. Variation II (The Battle With The Sheep)
06. Variation III (Discourse Between Knight And Squire)
07. Variation IV (The Adventure With The Pilgrims)
08. Variation V (The Knight’s Vigil)
09. Variation VI (The Meeting With Dulcinea)
10. Variation VII (The Voyage In The Enchanted Boat)
11. Variation VIII (The Voyage in The Enchanted Boat)
12. Variation IX (The Combat With The Two Magicians)
13. Variation X (The Defeat Of Don Quixote)
14. Finale (Sehr Ruhig)
15. Dance Suite From Harpsichord Pieces By François Couperin - I: Entrée And Stately Round
16. II: Courante
17. III: Carillon
18. IV: Sarabande
19. V: Gavotte
20. VI: Tourbillon
21. VII: Allemande
22. VIII: March

Staatskapelle Dresden
Rudolf Kempe, regente

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sábado, 5 de abril de 2025

Joseph Martin Kraus (1756-1792) - Musica Sacra

Esta é segunda postagem com a obra de Joseph Martin Kraus neste espaço. Curiosamente, ele nasceu no mesmo ano em que Mozart nasceu e morreu um ano após a morte do compositor austríaco. Sua música é imensamente agradável. São por essas e outras que ele ficou conhecido como o "Mozart sueco". As afinidades estilísticas entre os dois compositores são salientes. Kraus nasceu na Alemanha, mas viveu boa parte de sua vida na Suécia.  Suas obras são detentoras de uma emoção intensa. Em 1778, foi eleito "kapellmeister" da corte sueca e, a partir disso, escreveu uma série de obras relevantes. Entre essas destacam-se sinfonias, óperas, música sacra e música de câmera.

Neste disco, encontramos uma das suas bonitas obras religiosas - "A morte de Jesus" (Der Tod Jesu). Ela foi composta entre os anos de 1785 e 1786. É uma das obras mais expressivas do compositor. Foi encomendada para ser apresentada na Semana Santa, seguindo a tradição luterana de meditar musicalmente sobre a Paixão de Cristo. Kraus procura evitar o sentimentalismo profundo na obra, criando uma atmosfera mais direta e nobre. Todavia, deixa espaços para momentos de grande consolo e beleza, além de esperança na redenção e na vida eterna. Vale a pena conhecer a sua música.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Joseph Martin Kraus (1756-1792) -

01. 01 - Der Tod Jesu, VB 17 Intro Und Rezitativ 'Kommt Geliebte
02. 02 - Der Tod Jesu, VB 17 Arie 'Er Starb, Um Uns Von Ewigem Tod Zu Retten'
03. 03 - Der Tod Jesu, VB 17 Rezitativ 'O Weinet Mit Mir'
04. 04 - Der Tod Jesu, VB 17 Duett 'Weine, Sunder, Weine'
05. 05 - Der Tod Jesu, VB 17 Choral 'Jesus Ruft Dir, O Sunder Mein'
06. 06 - Der Tod Jesu, VB 17 Rezitativ Ja, Man Schleppte Ihn'
07. 07 - Der Tod Jesu, VB 17 Intermezzo
08. 08 - Der Tod Jesu, VB 17 Chor 'Der Racher Kommt'
09. 09 - Der Tod Jesu, VB 17 Rezitativ 'An Jenem Tage'Arie 'Sei Ewig Mir Gesegnet'
10. 10 - Der Tod Jesu, VB 17 Rezitativ 'Komm, Gottsellger Pilgrim'
11. 11 - Der Tod Jesu, VB 17 Choral 'O Traurigkeit, O Herzeleid'
12. 12 - Der Tod Jesu, VB 17 Rezitativ 'Sind Wir Frei Von Seinem Tode'
13. 13 - Der Tod Jesu, VB 17 Arie 'Wenn Einst Die Ungewitter'
14. 14 - Der Tod Jesu, VB 17 Schlusschor 'Erbarme Dich Unser'
15. 15 - Kom! Din Herdestaf Att Bara, VB 15 Arie 'Kom Din Herdestaf'
16. 16 - Kom! Din Herdestaf Att Bara, VB 15 Duett 'Tala Till Ditt Eget Hjerta'
17. 17 - Zwei Satze Zu Einem Te Deum Miserere Nostri, VB 13
18. 18 - Zwei Satze Zu Einem Te Deum In Te Domine Speravi, VB 11

Philharmonia Chor Stuttgart
Stuttgarter Kammerorchester

Helmut Wolf, diretor

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Robert Schumann (1810-1856) - Symphony No. 1 in B flat major, Op. 38 - "Spring" e Symphony No. 3 in E flat major, Op. 97 "Rhenish"

Tenho uma grande admiração pelas quatro sinfonias escritas por Robert Schumann. O compositor se consolidou primeiramente como um extraordinário autor de música para piano e de canções. Foi somente a partir de 1840 que ele começou a se dedicar à música orquestral. Não chegou a escrever muita coisa nessa seara, mas, aquilo que escreveu, conserva um grande valor. 

A Sinfonia No. 1 é do ano de 1841. Ela foi escrita em um surto criativo. Nesse ano, o compositor casou com a pianista Clara Wieck, o grande amor de sua vida. Schumann completou o rascunho da obra em apenas quatro dias. A orquestração da obra foi concebida nas semanas seguintes. Mendelssohn a estreou no mesmo ano em Leipzig. A obra recebeu o nome de "Primavera", pois foi inspirada no poema de Adolf Böttger que evocava o renascimento da natureza. A obra, de fato, possui uma caráter repleto de energia, de bom astral, refletindo a ideia de alegria e esperança.

Já a Sinfonia No. 3 é do ano de 1850, ano em que o compositor assumiu um cargo como diretor musical. Inspirado pela viagem que realizou com Clara, seguindo ao longo do Reno, embasbacado pela natureza, a obra expressa uma conexão profunda com a paisagem, a cultura e a história da região renana. A obra possui uma orquestração rica, de grande vitalidade, entremeada pelo lirismo típico do compositor. É uma obra de grande beleza. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Robert Schumann (1810-1856) -

01 - I. Andante un poco maestro - Allegro molto vivace
02 - II. Larghetto
03 - III. Scherzo_ Molto vivace
04 - IV. Allegro animato  e grazioso
05 - I. Lebhaft
06 - II. Scherzo_ Sehr massig
07 - III. Nicht schnell
08 - IV. Feierlich
09 - V. Lebhaft

Polish National Radio Symphony Orchestra (Katowice)
Antoni Wit, regente

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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Jazz - Wayne Shorter (1933-2023) - Juju

Que disco maravilhoso! Este é o quinto disco do saxofonista Wayne Shorter. Foi lançado em 1965 pelo lendário selo Blue Note. O disco traz nomes de peso do jazz - Wayne Shorter no saxofone tenor, McCoy Tyner no piano, Reggie Workman no baixo e Elvin Jones na bateria; três membros do clássico quarteto de John Coltrane, o que naturalmente aproximou o álbum do universo sonoro coltraniano, mas com uma assinatura única de Shorter.

O disco se destaca pela sofisticação de suas composições. O título remete à espiritualidade africana. As composições são todas de Wayne Shorter.  O compositor foi um dos mais influentes músicos e saxofonistas da história do movimento. Ao longo de sua carreira, o compositor se destacou pela sua mente criativa e exploratória. 

Não deixe de ouvir este disco sensacional. Uma boa apreciação!

Wayne Shorter (1933-2023) -

01. Juju (Shorter) - 8:33
02. Deluge (Shorter) - 6:53
03. House of Jade (Shorter) - 6:54
04. Mahjong (Shorter) - 7:44
05. Yes or No (Shorter) - 6:38
06. Twelve More Bars to Go (Shorter) - 5:29

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Franz Schubert (1797-1828) - Piano Quintet In A / A-Dur, Op. Posth. 114 - D 667 e Variations On Trockne Blumen For Flute And Piano, Op. Posth. 160 - D 802

 

Schubert era um compositor demasiadamente sensível. Ele escreveu obras de destacada beleza. Sua obra camerística pode ser colocada nesse patamar. Eu, particularmente, tenho "A truta" como uma das minhas obras favoritas da vida. Ela é belíssima. Possui alguns das características que imortalizaram o compositor. A obra foi escrita em 1817, mas foi estreada somente em 1829, ou seja, um ano após a morte do austríaco.

A obra foi inspirada no lieder "Die Forelle", também composto em 1817. Inclusive, a melodia do lieder aparece em diversas passagens da obra - tanto nos momentos mais delicados quanto nos mais intensos. O quinteto é marcado pelo equilíbrio entre os instrumentos e pela fluidez melódica. A obra é ensolarada, possui um caráter brilhante e otimista, destoando de muitas composições do compositor de caráter mais melancólica como, por exemplo, a bela e genial "A morte e a donzela". 

O disco ainda traz a "Introdução e Variação sobre "Trockne Blumen", composto em 1824. A obra se baseia no lider "Trockne Blumen", pertencente ao ciclo "Die schöne Müllerin", de 1823. A obra nos fornece, inicialmente, um clima nostálgico e reflexivo, que vai ganhando nuances delicados à medida que a obra avança. A flauta apresenta um papel de destaque. É algo de grande elegância e que acaba por criar uma atmosfera bastante agradável. Ou seja, trata-se de um disco maravilhoso. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Franz Schubert (1797-1828) -

Piano Quintet In A / A-Dur, Op. Posth. 114 - D 667
01. Allegro Vivace 13:21
02. Andante 6:51
03. Scherzo - Presto 4:07
04. Theme (Andantino) - Variations 1-5 - Allegretto 7:28
05. Allegro Giusto 6:30

Variations On Trockne Blumen For Flute And Piano, Op. Posth. 160 - D 802
06. Introduction (Andante) 2:50
07. Theme (Andantino) 2:05
08. Variation 1 1:52
09. Variation 2 1:41
10. Variation 3 2:04
11. Variation 4 1:46
12. Variation 5 2:15
13. Variation 6 2:43
14. Variation 7 3:12
15. Piano Trio (Notturno) In E Flat / Es-Dur, Op. Posth. 148 - D 897: Adagio 9:45

Martin Helmchen - piano
Christian Tetzlaff - violin
Antoine Tamesti - viola
Marie-Elisabeth Hecker - cello
Alois Posch - double bass
Aldo Baerten - flute

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quinta-feira, 3 de abril de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - Concertos & Sinfonias

Vivaldi foi um compositor de grande produtividade e de grande genialidade. Seus críticos costumavam dizer que ele se repetia. Crítico é a coisa mais chata que existe. Não produzem nada e falam mal daqueles que produzem. O fato é que Vivaldi é um dos nomes mais significativos da música. Escreveu para uma gama incontável de instrumentos. 

Neste disco, o violoncelista italiano, um especialista no "padre vermelho", apresenta concertos e sinfonias tanto populares quanto as menos conhecidas do compositor. Sua abordagem é boa, equilibrada, e o Musica Antiqua Latina é excelente.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Antonio Vivaldi (1678-1741) - 

01. Cello Concerto in D Minor, RV 405 : I. Allegro (3:03)
02. Cello Concerto in D Minor, RV 405 : II. Adagio (3:28)
03. Cello Concerto in D Minor, RV 405 : III. Allegro (2:25)
04. Sinfonia for Strings in D Major, RV 125 : I. Allegro (1:30)
05. Sinfonia for Strings in D Major, RV 125 : II. Adagio (3:32)
06. Sinfonia for Strings in D Major, RV 125 : III. Allegro (1:35)
07. Cello Concerto in G Major, RV 413 : I. Allegro (3:30)
08. Cello Concerto in G Major, RV 413 : II. Largo (3:22)
09. Cello Concerto in G Major, RV 413 : III. Allegro (2:50)
10. Mandolin Concerto in C Major, RV 425 : I. Allegro (2:54)
11. Mandolin Concerto in C Major, RV 425 : II. Largo (3:42)
12. Mandolin Concerto in C Major, RV 425 : III. Allegro (2:08)
13. Concerto for Two Cellos in G Minor, RV 531 : I. Allegro (4:00)
14. Concerto for Two Cellos in G Minor, RV 531 : II. Largo (3:22)
15. Concerto for Two Cellos in G Minor, RV 531 : III. Allegro (2:55)
16. Chamber Concerto in D Minor, RV 96 : I. Allegro (2:34)
17. Chamber Concerto in D Minor, RV 96 : II. Largo (2:50)
18. Chamber Concerto in D Minor, RV 96 : III. Allegro (2:26)
19. Concerto for Two Violins in G Minor, RV 517 : I. Allegro (3:49)
20. Concerto for Two Violins in G Minor, RV 517 : II. Andante (2:51)
21. Concerto for Two Violins in G Minor, RV 517 : III. Allegro (3:15)
22. Sinfonia for Strings in B Minor, RV 168 : I. Allegro (2:16)
23. Sinfonia for Strings in B Minor, RV 168 : II. Andante (2:36)
24. Sinfonia for Strings in B Minor, RV 168 : III. Allegro (3:51)

Musica Antiqua Latina
Giordano Antonelli, diretor

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quarta-feira, 2 de abril de 2025

Orlande de Lassus (1532-1594) - Penitential Psalms

Orlando de Lassus foi um importante compositor da Renascença. De tradição católica, Lassus foi um dos nomes mais importante desse período, ao lado de Victoria e Palestrina. Foi um dos mestres da polifonia. O período em que o compositor viveu foi protagonizado por grandes disputas políticas e religiosas. O Concílio de Trento (1545-1563) consolidou importantes mudanças na música sacra a fim de fazer frente ao movimento Protestante. Lassus lidou com muita desenvoltura com essas mudanças. O compositor assimilou as transformações sem perder a referência à sofisticação polifônica.

Um dos exemplos são os chamados Penitential Psalms (Salmos Pentenciais), que refletem sua sensibilidade religiosa e estética. Os chamados “salmos penitenciais” são obras voltadas para introspecção e para o arrependimento, ligados à tradição da Igreja Católica que enxerga na penitência, do ponto de vista teológico, uma forma de purificação espiritual.

No total são sete salmos penitenciais. Os Salmos escolhidos para a coleção são os de número 6, 32, 38, 51, 102, 130 e 143. Apesar de utilizar o modelo da música sacra tradicional, Lassus faz uso de certos recursos expansivos que, de certa forma, antecipam a música barroca. Assim, essas composições demonstram uma importância grandiosa, pois além da beleza, do aspecto sublime, constituem um ponto inflexivo na história da música.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!   

Orlande de Lassus (1532-1594) -

DISCO 01


01. Penitential Psalm No.1 (14:10)
02. Penitential Psalm No.2 (19:02)
03. Penitential Psalm No.3 (27:24)
04. Laudate Psalms (11:13)

DISCO 02


01. Penitential Psalm No.4 (20:55)
02. Penitential Psalm No.5 (25:38)
03. Penitential Psalm No.6 (8:56)
04. Penitential Psalm No.7 (15:12)

Henry's Eight
Jonathan Brown, diretor

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terça-feira, 1 de abril de 2025

Claude Debussy (1862-1918) - Prélude à l'après-midi d'un faune, L. 86, Nocturnes, L. 98 e Images, L. 122

Já tive dificuldades em ouvir Debussy. Não gostava do sabor da sua música. Hoje, tenho uma admiração desmedida por suas composições. Ainda bem. Amadurecemos. Evoluímos. O universo é muito generoso com a gente. Se não fosse assim, perderíamos a oportunidade de perceber, de crescer, de atentar para fatos e fenômenos. Aprendi a gostar das paisagens, das imagens sinestésicas do compositor. Foi justamente por causa dessa característica, que o compositor revolucionou a linguagem harmônica do século XX.

Neste disco, encontramos três de suas obras orquestrais mais representativas. Faltou só “La Mer” para ficar completo. A primeira delas é “Prélude à l'après-midi d'un faune”, composta em 1894. A obra foi inspirada em poema homônimo de Stéphane Mallarmé. O que chama atenção é a atmosfera sensual e onírica que a obra procura retratar. A melodia conduzida pela flauta que abre a obra cria um cenário de languidez e mistério, enquanto a orquestração rica em cores vai criando as imagens sensuais do poema. Sua linguagem inovadora.

A segunda obra do disco é “Nocturnes”, escrita para orquestra e coro feminino. Cada movimento explora uma atmosfera diferente. É uma obra de grande beleza, de emblemática leveza; há uma riqueza nas texturas. O próprio compositor escreveu a respeito: “O título Noturnos deve ser entendido aqui em um sentido geral e, sobretudo, decorativo. Não se trata, portanto, da forma usual de um noturno, mas das várias impressões e efeitos especiais da luz que a palavra sugere. Nuages (“nuvens”) evoca o aspecto imutável do céu com o movimento lento e melancólico das nuvens, que se dissolvem em tons de cinza com leves toques de branco.  Fêtes (“festas”) trazem o ritmo vibrante, dançante da atmosfera, com lampejos súbitos de luz. Há também o episódio da procissão (uma visão deslumbrante, quimérica), que passa pela cena festiva e se mistura com ela. Mas o pano de fundo permanece sempre o mesmo: o festival com sua mistura de música e poeira luminosa participando do ritmo geral. Sirènes (“sereias”) nos mostra o mar com seus incontáveis ritmos e então, dentre as ondas prateadas pela luz da lua, ouve-se o canto misterioso das Sereias que riem e vão embora”. Os “Noturnos” são do ano de 1899.

A terceira obra do disco é “Images”, escrita entre os anos de 1905 e 1912. É uma obra cuja estrutura é bem audaciosa. Debussy procura explorar um universo sonoro com melodias escocesas (“Gigues”), com a exuberância das cores da música espanhola (“Iberia”) e a leveza primaveril (“Rondes de printemps”).

As três obras são demonstrações da genialidade do compositor. Elas foram responsáveis promover uma revolução na música do século XX. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Claude Debussy (1862-1918) -

01 - Debussy_ Prélude à l'après-midi d'un faune, L. 86
02 - Debussy_ Nocturnes, L. 98_ I. Nuages
03 - Debussy_ Nocturnes, L. 98_ II. Fêtes
04 - Debussy_ Nocturnes, L. 98_ III. Sirènes
05 - Debussy_ Images, L. 122_ I. Gigues
06 - Debussy_ Images, L. 122_ II. Ibéria
07 - Debussy_ Images, L. 122_ III. Rondes de printemps

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink, regente
Mariss Jansons, regente

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segunda-feira, 31 de março de 2025

Peter Philips (1561-1628) - Motets & Madrigaux

Peter Philips foi um dos principais compositores ingleses do período renascentista, destacando-se principalmente na música religiosa. Philips nasceu em Londres em período de forte ebulição religiosa. Esse fato foi responsável por modelar sua trajetória musical. Católico fervoroso que era, o compositor deixou a Inglaterra para evitar perseguições religiosas e passou boa parte de sua vida na atual Bélgica, onde trabalhou como organista e compositor.

Seus motetos são exemplos do estilo polifônico refinado. Inspirado pelos compositores flamengos e italianos, Philips desenvolveu uma escrita contrapontística densa. Seus motetos são peças de grande profundidade espiritual e mostram um grande domínio da técnica.

Philips também compôs madrigais, um gênero secular muito comum e popular no final do século XVI. Seus madrigais apresentam forte influência da tradição italiana e um grande refinamento melódico. A importância do compositor é grandiosa, pois conseguiu reunir a influência de outros compositores que lidavam com a polifonia – Lassus, Palestrina, Victoria – e contribuiu com o estilo polifônico em seu país.  

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Peter Philips (1561-1628) -

01. Non piu guerra
02. Il dolce mormorio
03. Chi vi mira
04. Lasso, non e morir
05. Pavana a la memoire de Lord Pagget
06. Ut, re, mi, fa, sol, la
07. Nov'herbe e vaghi fiori
08. Amarilli (d'apres Giulio Caccini)
09. Voi volete ch'io muoia
10. Baciai per haver vita
11. Tocca, tocca
12. Cantantibus organis
13. Alma redemptoris mater
14. Salve Regina
15. Ave verum corpus
16. Ave Maria
17. Regina caeli laetari
18. Ave regina caelorum
19. Ecce vicit Leo

Cappella Mediterranea
Leonardo García Alarcón, diretor

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Sergei Prokofiev (1891-1953) - Symphony No. 3 in C minor, Op. 44 e Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111

As duas obras encontradas neste disco foram compostas em momentos bem diversos da vida de Prokofiev. São duas obras bem poderosas. A primeira delas, a Sinfonia No. 3, composta em 1928. Neste período, o compositor vivia no Ocidente - França. Havia, em 1927, concluído a ópera “O anjo de fogo”. A obra não chegou a ser encenada. Com as sobras do material, escreveu a espetacular Sinfonia No. 3 em dó menor. Trata-se de um trabalho com uma atmosfera carregada e intensa. A orquestração da obra é poderosa, carregada por harmonias dissonantes. Possui um aspecto sombrio e um forte viés expressionista.

Já a Sinfonia No. 6 foi composta entre os anos de 1945 e 1947, ou seja, logo após o término da 2ª Guerra Mundial. Nesse período, o compositor já se encontrava de volta à União Soviética. Apesar do triunfo da União Soviética no conflito, os humores internos não eram dos melhores. Diferentemente, da 5ª Sinfonia, que possui um clima triunfalista, afirmativo, quase épico, a Sexta é aziaga, reflexiva, tempestuosa. Os três movimentos da obra são repletos de ambivalências.

Historicamente, a Sexta enfrentou problemas com os censores do regime soviético. A obra foi classificada como “formalista”, “pessimista”; ou seja, não atendia aos intentos pedagógicos do regime, que propugnava aquilo que ficou conhecido como realismo soviético.  Esse movimento vigorou entre os anos de 1930 e 1960 e servia para classificar os trabalhos artísticos. Desse modo, a arte e a cultura deveriam estar a serviço dos ideais da revolução; a arte deveria representar a causa dos proletários; e a arte deveria ser afirmativa e ser usada para legitimar a ideia do trabalho duro. As obras artísticas que não fossem medidas por essa régua, eram censuradas e seus autores silenciados ou colocados em um plano marginal perante as autoridades do Partido.

A Sexta, de Prokofiev, era tudo menos isso. É um dos seus trabalhos mais icônicos do compositor. Embora, fizesse referências às perdas resultantes na Guerra, isso não foi o suficiente para agradar as autoridades soviéticas. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Sergei Prokofiev (1891-1953) -

Symphony No. 3 in C minor, Op. 44
01. I. Moderato
02. II. Andante
03. III. Allegro agitato
04. IV. Andante mosso

Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111
05. I. Allegro moderato
06. II. Largo
07. III. Vivace

Deutsche Radio Philharmonie
Pietari Inkinen, regente

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domingo, 30 de março de 2025

Richard Strauss (1864-1949) - Orchestral Works (CDs 1, 2, 3 & 4 de 9)

Esse material com a música de Richard Strauss é algo extraordinário. Gosto muito das obras do alemão. É possível, por meio desse material, descobrir algumas das obras do compositor que não são tão conhecidas. Dois exemplos são os os concertos para oboé ou violino. Todavia, seus poemas sinfônicos são as obras mais significativas do material e aquelas que o notabilizaram.

Os poemas sinfônicos de Richard Strauss podem ser compreendidos como ricas contribuições ao gênero. Ao escrevê-los, o compositor expandiu a linguagem orquestral ao narrar histórias, emoções,  personagens, por intermédio da música instrumental, sem a necessidade de palavras. Cada um dos poemas sinfônicos apresenta uma narrativa programática, na qual Strauss ilustra musicalmente eventos e conceitos filosóficos, alguns inspirados na literatura e na poesia.

As imagens criadas por Strauss são quase que cinematográficas. Um exemplo pode ser mencionado, por exemplo, em "A Sinfonia Alpina", uma das obras do compositor de que mais gosto. As questões suscitadas na temática da obra são belíssimas e inspiradoras. Strauss elevou o uso da orquestra para explorar seus recursos musicais. Ao elevar o nível técnico, passou a exigir dos instrumentistas um virtuosismo excepcional. Neste disco encontramos quatro de seus poemas sinfônicos. A gravação dessa obras foi realizada nos anos 70 por Rudolf Kempe. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) -

DISCO 01

01. Horn Concerto No.1 in Eb Op.11 -I- Allegro
02. Horn Concerto No.1 in Eb Op.11 -II- Andante
03. Horn Concerto No.1 in Eb Op.11 -III- Allegro
04. Horn Concerto No.2 in Eb -I- Allegro
05. Horn Concerto No.2 in Eb -II- Andante con moto
06. Horn Concerto No.2 in Eb -III- Rondo (Allegro molto)
07. Oboe Concerto in D -I- Allegro moderato
08. Oboe Concerto in D -II- Andante
09. Oboe Concerto in D -III- Vivace
10. Duett-Concertino for Clarinet, Bassoon & Strings -I- Allegro moderato
11. Duett-Concertino for Clarinet, Bassoon & Strings -II- Andante
12. Duett-Concertino for Clarinet, Bassoon & Strings -III- Rondo

DISCO 02

01. Burleske for piano and orchestra in D minor
02. Parergon zur Sinfonia Domestica, Op. 73 for piano left hand & orchestra
03. Panathenaenzug, Op. 74 - Symphonic studies for piano left hand & orchestra

DISCO 03

01. Till Eulenspiegels lustige Streiche, Op 28
02. Don Juan, Op 20
03. Ein Heldenleben, Op 40 - Der Held
04. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Widersacher
05. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Gefährtin
06. Ein Heldenleben, Op 40 - Thema der Siegesgewißheit
07. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Walstat
08. Ein Heldenleben, Op 40 - Kriegsfanfaren
09. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Friedenswerke
10. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Weltflucht und Vollendung
11. Ein Heldenleben, Op 40 - Entsagung

DISCO 04

01. Violinkonzert d-moll, Op. 8 - I Allegro
02. Violinkonzert d-moll, Op. 8 - II Lento
03. Violinkonzert d-moll, Op. 8 - III Rondo
04. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Bewegt - Thema I - Thema II - Thema III
05. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Scherzo (Munter)
06. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Wiegenlied - Maessig langsam
07. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Adagio - (Langsam)
08. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Finale (Sehr lebhaft)

Staatskapelle Dresden
Rudolf Kempe, regente

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sábado, 29 de março de 2025

Jazz - Herbie Hancock (1940 - ) - My Point Of View (1963)

 

Que disco excelente. Ouvi-o duas vezes ontem e hoje. "My Point Of View" é o segundo álbum de estúdio do compositor Herbie Hancock. Quando o disco foi lançado, seu nome se consolidou como uma das grandes promessas do jazz nos anos 60, já que o disco é de 1963. O disco foi lançado pelo icônico selo Blue Note. Apresenta uma sonoridade sofisticada, típica do músico. 

O álbum conta com uma formação estelar, com Donald Byrd no trompete, Hank Mobley no saxofone tenor, Grachan Moncur III no trombone, Grant Green na guitarra, Chuck Israels no contrabaixo e Tony Williams na bateria – um grupo de músicos talentosos que ajudaram a expandir as ideias musicais de Hancock. 

As faixas do álbum apresentam uma diversidade estilística notável. A abertura, "Blind Man, Blind Man", traz uma forte influência do "rhythm and blues", refletindo o gosto de Hancock pelo "soul" e pelo "groove". "A Tribute to Someone" apresenta uma escrita melódica sofisticada, com harmonias refinadas e solos expressivos. "King Cobra" mergulha em um jazz mais experimental, enquanto "The Pleasure is Mine" exibe uma abordagem mais introspectiva, explorando as possibilidades expressivas do piano. O álbum se encerra com "And What If I Don’t", uma faixa descontraída que evidencia o "swing" e a fluidez do grupo.

"My Point Of View" é muito bom. Ele evidencia Hancock dando demonstrações de que ele estava a consolidar a sua identidade musical. É possível notar sua sensibilidade. O uso de recursos que, mais tarde, por exemplo, seriam utilizados em outros momentos pelo músico, incluindo a sua fase elétrica nos anos de 1970. 

Não deixe de ouvir este sensacional disco. Uma boa apreciação!

01. Blind Man, Blind Man (Hancock) - 8:19
02. A Tribute to Someone (Hancock) - 8:46
03. King Cobra (Hancock) - 6:55
04. The Pleasure Is Mine (Hancock) - 4:05
05. And What If I Don't (Hancock) - 6:34

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Édouard Lalo (1823-1892) - Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21, Camille Saint-Säens (1835-1921) - Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61 e Pablo Sarasate (1844-1908) - Carmen Fantasy, Op. 25

As três obras que aparecem neste disco são ricas contribuições da literatura violinística do século XIX. A primeira delas é a "Sinfonia Espanhola" que, no fundo, não é uma sinfonia propriamente dita. É um híbrido entre a sinfonia e um concerto para violino, refletindo a influência da música espanhola. Lalo compôs em homenagem a Pablo Sarasate, em 1874. A obra se destaca pelo virtuosismo, pela sonoridade exótica e pelo ritmos dançantes. É belíssima!

Já o Concerto No. 3, de Sant-Säens, escrito em 1880, é uma das obras mais importantes do compositor. Diferente das obras anteriores, esse concerto se destaca pela escrita refinada e lírica. Já a Fantasia Carmen, de Sarasate, escrita em 1883, baseia-se na Ópera Carmen, de Bizet. A peça combina certas passagens icônicas da obra de Bizet, com um destaque eletricamente virtuosístico. Isso torna a missão de executar a obra um desafio grandioso. Neste disco, o violinista James Ehnes mostra por que é um dos grandes músicos da atualidade. É tudo medido e calaculado. Disco bastante bonito e imprescindível. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: I. Allegro non troppo (7:39)
02. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: II. Scherzando (4:12)
03. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: III. Intermezzo (6:15)
04. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: IV. Andante (6:07)
05. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: V. Rondo (8:12)
06. Saint-Saëns: Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61: I. Allegro non troppo (8:18)
07. Saint-Saëns: Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61: II. Andantino quasi allegretto (8:30)
08. Saint-Saëns: Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61: III. Molto moderato e maestoso (10:21)
09. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: Introducción [Entr’acte before Act IV] (2:45)
10. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: I. Moderato (3:01)
11. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: II. Lento assai (2:19)
12. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: III. Allegro moderato (1:54)
13. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: IV. Moderato (2:30)

BBC Philharmonic

Juanjo Mena, regente
James Ehnes, violino

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sexta-feira, 28 de março de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Symphonies Nos. 6 & 7, The Tempest

 

Sibelius é um compositor de cujas obras eu gosto bastante. Suas sinfonias são experiências sonoras de muito bom gosto. Hoje, por exemplo, fui para o meu trabalho aqui em Brasília ouvindo este disco. Enquanto estava no ônibus lotado (de pé), lendo uma biografia sobre o poeta Cruz e Souza, a música de Sibelius embalava os meus pensamentos. Sua Sexta se mostrava, naquele momento, absurdamente linda. 

A Sexta foi composta entre os anos de 1918 e 1923. Ela apresenta elementos dramáticos grandiosos. Há uma textura diáfana e um caráter decididamente introspectivo na obra. A paisagem é sutil e evocativa. Tudo bonito e carregado por uma atmosfera intensa. 

A Sinfonia No. 7 é do ano de 1924 e representa a culminação do amadurecimento do compositor. Diferentemente dos outros trabalhos sinfônicos do compositor, ela é composta em apenas um movimento. Já o opus 109 é a música incidental, baseado na obra de Shaskespeare. Vale lembrar que Beethoven escreveu uma das suas sonatas baseada na mesma obra do dramaturgo inglês, cujo nome também é "A tempestade". A música de "The Tempest, Op. 109" é evocativa e se divide em uma abertura, interlúdios e várias peças que retratam personagens e eventos da história. A condução excelente fica a cargo de  Santtu-Matias Rouvali. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Jean Sibelius (1865-1957) -

01. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: I. Allegro molto moderato - Poco tranquillo
02. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: II. Allegretto moderato - Poco con moto - Poco a poco meno piano - Tempo I
03. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: III. Poco vivace
04. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: IV. Allegro molto - Allegro assai - Doppio più lento
05. Symphony No. 7 in C Major, Op. 105
06. The Tempest, Op. 109: I. Largamente assai
07. The Tempest, Op. 109: II. Andante con moto
08. The Tempest, Op. 109: III. Allegretto grazioso
09. The Tempest, Op. 109: IV. Largo
10. The Tempest, Op. 109: V. Allegretto moderato
11. The Tempest, Op. 109: VI. Un poco con moto
12. The Tempest, Op. 109: VII. Allegretto
13. The Tempest, Op. 109: VIII. Poco con moto 

Gothenburg Symphony Orchestra
Santtu-Matias Rouvali, regente

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quinta-feira, 27 de março de 2025

Frédéric Chopin (1810-1849) - Études, Op. 10 & 25

 

Os "Estudos", de Chopin, são um dos conjuntos musicais mais bonitos e expressivos da história da música para piano. Densamente líricos e poéticos - como tudo o que o compositor polonês escreveu - as obras possuem dois números de opus - de número 10 (de 1830 a 1832) e 25 (de 1832 a 1836). Vale mencionar ainda que existem outras peças avulsas que podem ser classificadas como "estudos", mas sem número de opus. 

Essas obras do compositor inovaram a linguagem por causa dos seus padrões rítmicos desafiadores. Ao escrever essas obras, o compositor pretendia expandir as possibilidades técnicas do instrumento. Essas obras sintetizam algumas das características marcantes do compositor. Nessas obras ele não via a música para piano como algo mecânico, mas como algo que era capaz de revelar as emoções mais profundas do pianista. Sua linguagem densamente romântica e emotiva fornece aos estudos uma identidade singular. 

Obras como o Opus 10, No. 3 são uma das músicas mais sensíveis da história da música para o instrumento. Impossível ouvir e não se admirar. Mas, ao mesmo tempo, é possível verificar o quanto a escrita é desafiadora. Um outro exemplo extraordinário é o Opus, 10 No. 12 ("Revolucionário"), que exige uma capacidade singular do intérprete. A interpretação fica a cargo do saudoso Maurizio Pollini, morto em 23 de março de 2024. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Frédéric Chopin (1810-1849) - 

01. 12 Études, Op. 10: No. 1 in C Major (1:57)
02. 12 Études, Op. 10: No. 2 in A Minor "Chromatique" (1:27)
03. 12 Études, Op. 10: No. 3 in E Major "Tristesse" (4:14)
04. 12 Études, Op. 10: No. 4 in C-Sharp Minor (2:06)
05. 12 Études, Op. 10: No. 5 in G-Flat Major "Black Keys" (1:40)
06. 12 Études, Op. 10: No. 6 in E-Flat Minor (4:14)
07. 12 Études, Op. 10: No. 7 in C Major (1:34)
08. 12 Études, Op. 10: No. 8 in F Major (2:21)
09. 12 Études, Op. 10: No. 9 in F Minor (2:15)
10. 12 Études, Op. 10: No. 10 in A-Flat Major (2:07)
11. 12 Études, Op. 10: No. 11 in E-Flat Major "Arpeggio" (2:16)
12. 12 Etudes, Op. 10: No. 12 in C Minor "Revolutionary" (2:40)
13. 12 Études, Op. 25: No. 1 in A-Flat Major "Aeolian Harp" (2:26)
14. 12 Études, Op. 25: No. 2 in F Minor (1:30)
15. 12 Études, Op. 25: No. 3 in F Major (1:54)
16. 12 Études, Op. 25: No. 4 in A Minor (1:47)
17. 12 Études, Op. 25: No. 5 in E Minor (3:03)
18. 12 Études, Op. 25: No. 6 in G-Sharp Minor (2:03)
19. 12 Études, Op. 25: No. 7 in C-Sharp Minor (5:35)
20. 12 Études, Op. 25: No. 8 in D-Flat Major (1:10)
21. 12 Études, Op. 25: No. 9 in G-Flat Major "Butterfly" (1:04)
22. 12 Études, Op. 25: No. 10 in B Minor (4:18)
23. 12 Études, Op. 25: No. 11 in A Minor "Winter Wind" (3:38)
24. 12 Études, Op. 25: No. 12 in C Minor (2:27)

Maurizio Pollini, piano

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quarta-feira, 26 de março de 2025

Eugène Ysaÿe (1858-1931) - 6 Sonatas for Solo Violin, Op. 27

Eugène Ysaÿe foi um violinista e compositor belga, amplamente reconhecido pela contribuição ao repertório violinístico do século XX. As Seis Sonatas para violino solo são uma das páginas mais significativas da música do século passado. Compostas em 1923, as obras transbordam a influência de Bach. As sonatas foram dedicadas a seis violinistas famosos de sua época - Joseph Szigeti, Jacques Thibaud, George Enescu, Fritz Kreisler, Mathieu Crickboom e Manuel Quiroga. Cada uma delas procura abordar as características técnicas e estilísticas do violinista a quem foi dedicada.

O interessante é que o compositor, ao escrever as obras, buscou levar a escrita para violino solo a um novo patamar; incorporou influências da música de sua época, como cromatismos, acordes dissonantes e efeitos estendidos. Mencionam-se ainda influências impressionistas e folclóricas. A interpretação exige muito do violinista, pois são carregadas de virtuosismo, de lirismo e de grande carga dramática. Ao escrever as obras, o compositor olha para trás e isso pode ser percebido pela forte inclinação bachiana, mas, ao mesmo tempo, mostra-se atento ao momento histórico em que viveu. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Eugène Ysaÿe (1858-1931) -

01. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: I. Grave. Lento assai (5:21)
02. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: II. Fugato. Molto moderato (5:03)
03. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: III. Allegretto poco scherzoso. Amabile (5:15)
04. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: IV. Finale con brio. Allegro fermo (3:05)
05. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: I. Obsession. Prélude. Poco vivace - Meno mosso - Tempo vivo (2:27)
06. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: II. Malinconia. Poco lento (3:15)
07. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: III. Danse des ombres. Sarabande. Lento - Variation I - Variation II. Musette - V (5:05)
08. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: IV. Les Furies. Allegro furioso (3:38)
09. Sonata for Solo Violin No. 3 in D Minor, Op. 27: Ballade (7:13)
10. Sonata for Solo Violin No. 4 in E Minor, Op. 27: I. Allemanda. Lento maestoso (6:18)
11. Sonata for Solo Violin No. 4 in E Minor, Op. 27: II. Sarabande. Quasi lento (3:53)
12. Sonata for Solo Violin No. 4 in E Minor, Op. 27: III. Finale. Presto ma non troppo (3:18)
13. Sonata for Solo Violin No. 5 in G Major, Op. 27: I. L'Aurore. Lento assai (5:00)
14. Sonata for Solo Violin No. 5 in G Major, Op. 27: II. Danse rustique. Allegro giocoso molto moderato - Moderato amabile - Tempo pri (5:40)
15. Sonata for Solo Violin No. 6 in E Major, Op. 27: Allegro giusto non troppo vivo - Poco lento - Allegretto poco scherzando - Allegr (8:10)

Sergey Khachatryan, violino

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terça-feira, 25 de março de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Paulus (St Paul), Op. 36

O oratório "Paulus", de Mendelssohn, foi composto entre os anos de 1834 e 1836. É uma obra bonita, elegante, imponente. A obra possui uma evidente influência dos oratório barrocos, sobretudo das composições de Bach e Handel. Mendelssohn buscou combinar os elementos do coral luterano e do estilo romântico. É tida como uma das escritas mais representativas da música religiosa do período romântico.

A obra é dividida em duas partes e procura descrever, conforme narra o livro de Atos dos apóstolos, Paulo antes e depois da conversão. Antes de se converter ao cristianismo e se tornar um dos nomes mais significativos da história da Igreja, essa importante figura era chamado de Saulo; era um ardoroso praticante do judaísmo, estando incluído no rol do partido dos fariseus, um das seitas mais radicais do seu tempo. Nesse período, Saulo era um algoz para os cristãos. A caminho de Damasco, quando era conduzido pela fúria e pelo ódio, ocorre um episódio espantoso, que o livro descreve como uma aparição de Jesus. Desse encontro dramático e decisivo encontro, resulta uma mudança na consciência do chamado 13º apóstolo. 

Na segunda parte da obra, descreve-se a pregação do apóstolo e os homéricos desafios para difundir a fé cristã. Paulo fundou igrejas, disseminou os ensinamentos de Jesus; elaborou revisionismos teológicos; foi preso, açoitado; enfrentou naufrágios e, dizem, foi morto em Roma, durante o governo do sanguinário Nero. Mendelssohn transforma essa história poderosa em música. Para isso,  utiliza corais majestosos, árias expressivas e uma orquestração rica, que acaba por criar um profundo envolvimento espiritual. É evidente a influência de Bach.

Do ponto de vista teológico-filosófico, a vida de Paulo aponta para mudança interior; ou seja, para uma guinada de perspectiva. A transformação interior, suscitada pela fé, redireciona o mais forte e inquebrável dos praticantes da fé judaica. Paulo explicita o quanto a fé em Cristo é capaz de provocar essa mudança. Mendelssohn, que tinha origem judaica e havia se convertido ao cristianismo, entendia muito bem o que havia se dado com o chamado apóstolo dos gentios e coloca nesse extraordinário oratório a força incandescente da vida de Paulo. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Felix Mendelssohn (1809-1847) -

DISCO 01

01. Part I - Overture
02. Part I - Chorus 'Herr! Der Du bist der Gott'
03. Part I - Chorale 'Allein Gott in der Hoh' sei Ehr'
04. Part I - Recitative 'Die Menge der Glaubigen' (Solo soprano, Basses I & II)
05. Part I - Chorus 'Dieser Mensch hort nicht auf zu reden'
06. Part I - Recitative and Chorus 'Und sie sahen auf ihn Alle' (Solo soprano, Stephen, Chorus)
07. Part I - Aria 'Jerusalem! Jerusalem, die du todtest die Propheten' (Solo soprano)
08. Part I - Recitative and Chorus 'Sie aber sturmten auf ihn ein' (Solo tenor, Chorus)
09. Part I - Recitative and Chorale 'Und sie steinigten ihn' (Solo tenor, Chorus)
10. Part I - Recitative 'Und die Zeugen legten ab' (Solo soprano)
11. Part I - Chorus 'Siehe, wir preisen selig'
12. Part I - Recitative and Aria 'Saulus aber zerstorte die Gemeinde' (Solo tenor, Saul)
13. Part I - Recitative and Arioso 'Ung zog mit einer Schaar gen Damaskus' (Solo contralto)
14. Part I - Recitative with Chorus 'Und als er auf dem Wege war' (Solo tenor, Chorus, Saul)
15. Part I - Chorus 'Mache dich auf, werde Licht!'
16. Part I - Chorale 'Wachet auf! ruft und die Stimme'
17. Part I - Recitative 'Die Manner aber die seine Gefahrten waren' (Solo tenor)
18. Part I - Aria 'Gott sei mir gnadig' (Paul)
19. Part I - Recitative 'Es war aber ein Junger zu Damaskus mit' (Solo tenor, Solo soprano)
20. Part I - Aria with Chorus 'Ich danke Dir, Herr mein Gott' (Paul, Chorus)
21. Part I - Recitative 'Und Ananias ging hin' (Solo soprano, Solo tenor)
22. Part I - Chorus 'O welch' ein Tiefe des Reichthums'

DISCO 02

01. Part II - Chorus 'Der Erdkreis ist nun Herrn'
02. Part II - Recitative 'Und Paulus kam zu der Gemeinde' (Solo soprano)
03. Part II - Duettino 'So sind wir nun Botschafter' (Barnabas, Paul)
04. Part II - Chorus 'Wie lieblich sied die Boten'
05. Part II - Recitative and Arioso 'Und wie sie ausgesandt' (Solo soprano)
06. Part II - Recitative with Chorus 'Da aber die Juden das Volk sah'n' (Solo tenor, Chorus)
07. Part II - Chorus and Chorale 'Ist das nicht, der zu Jerusalem' (Chorus, Quartet)
08. Part II - Recitative 'Paulus aber und Barnabas sprachen' (Solo tenor, Paul)
09. Part II - Duet 'Denn also hat uns der Herr geboten' (Paul, Barnabas)
10. Part II - Recitative 'Und es war ein Mann zu Lystra' (Solo soprano)
11. Part II - Chorus 'Die Gotter sind der Menschen gleich geworden'
12. Part II - Recitative 'Und nannten Barnabas Jupiter' (Solo soprano)
13. Part II - Chorus 'Seid uns gnadig, hohe Gotter!'
14. Part II - Recitative, Air and Chorus 'Da das die Apostel horten' (Solo tenor, Paul, Chorus, Second soprano)
15. Part II - Recitative 'Da ward das Volk erreget wider sie' (Solo soprano)
16. Part II - Chorus 'Hier ist der Herren Tempel!'
17. Part II - Recitative 'Und sie alle verfolgten Paulus' (Solo soprano)
18. Part II - Cavatina 'Sei getreu bis in den Tod' (Solo tenor)
19. Part II - Recitative 'Paulus sandte hin, und liess fordern' (Solo soprano, Paul)
20. Part II - Chorus and Recitative 'Schone doch deiner selbst!' (Quartet, Chorus, Paul, Solo tenor)
21. Part II - Chorus 'Sehet, welch' eine Liebe'
22. Part II - Recitative 'Und wenn er gleich geopfert wird' (Solo soprano)
23. Part II - Chorus 'Nicht aber ihm allein'

BBC National Orchestra of Wales
Richard Hickox, regente
Susan Gritton, soprano
Jean Rigby, mezzo-soprano
Barry Banks, tenor 

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segunda-feira, 24 de março de 2025

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) - String Quartets 16, 1 & 17


Mieczyslaw Weinberg tem aparecido por aqui, nestes últimos dias, com bastante recorrência. Desta vez, aparecem três quartetos de cordas. Ao longo de sua carreira, o compositor escreveu 17 no total. A escrita inicia no ano de 1937 e termina em 1986. Curiosamente, este disco traz o primeiro e o último quarteto. Uma boa oportunidade para se observar as variações, as gradações, no processo de mudança estilística do compositor.

O Quarteto de No. 1 foi composto em 1937, quando o compositor ainda se encontrava na Polônia. À época, o compositor tinha apenas com 18 anos de idade. Foi dedicado ao professor de piano do compositor. A obra demonstra as influências de Shostakovich, Mahler, Miaskovsky e Bartók. Já o Quarteto de No. 16, foi escrito em 1981 e coloca em primeiro plano o período tardio do compositor. Incorpora elementos de sobriedade, austeridade e introspecção. 

O Quarteto de No. 17 foi escrito em 1986. Sintetiza as técnicas que o compositor utilizou ao longo de sua prolífica carreira. Weinberg foi um compositor que se destacou pela profundidade emocional de suas obras. Sua obra camerística foi um campo de experimentações. Muitas das ideias aparecem em outras obras. A influência de Shostakovich é evidente nessas composições. Os dois alimentaram uma grande amizade. Admiravam-se mutuamente. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) -

01 - String Quartet No. 16, Op. 130- I. Allegro
02 - String Quartet No. 16, Op. 130- II. Allegro - Andantino
03 - String Quartet No. 16, Op. 130- III. Lento
04 - String Quartet No. 16, Op. 130- IV. Moderato
05 - String Quartet No. 1, Op. 2- I. Allegro comodo
06 - String Quartet No. 1, Op. 2- II. Andante tranquillo
07 - String Quartet No. 1, Op. 2- III. Allegro molto
08 - String Quartet No. 17, Op. 146

Silesian Quartet

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Enrique Granados (1867-1916) - Goyescas e Albéniz (1860-1909) - Iberia


Um disco bastante agradável. Bom para ser escutado a qualquer momento. Traz duas obras de compositores espanhóis. A primeira delas é "Goyescas", obra esta cuja escrita se deu entre os anos de 1909 e 1911. A obra é composta por uma série de seis peças para piano solo. É inspirada na pintura e no universo de Francisco Goya, refletindo a Espanha do século XVIII por meio de uma sonoridade profunda e rica em expressividade. O compositor usou harmonias refinadas e sofisticadas ornamentações para evocar a dramaticidade da obra de Goya. É uma das obras mais bonitas e importantes do repertório pianístico da música espanhola. 

Já a segunda obra do disco - "Iberia" - de Albéniz, composta entre os anos de 1905 e 1909. Trata-se de uma coleção de doze peças e é dividida em quatro cadernos; é uma verdadeira celebração à Espanha, especialmente a região da Andaluzia. O compositor mistura elementos do folclore espanhol com os sofisticados matizes do impressionismo; utiliza harmonias inovadoras, ritmos flamencos e um virtuosismo impressionante. O resultado é uma obra de grande beleza. 

Quando escreveu a obra, Albéniz já se encontrava bastante debilitado. No ano em que a terminou a obra, faleceu. A música teve uma forte influência sobre os compositores franceses. Vale mencionar os nomes de Debussy e Ravel, que admiravam a abordagem harmônica de traduzir para o piano a sonoridade espanhola do compositor. Não deixe de ouvir esse bonito disco. Uma boa apreciação!

DISCO 01

01 - Goyescas - 'Los majos enamorados' - I. Los Requiebros
02 - II. Coloquio en la reja
03 - III. El fandango de Candil
04 - Quejas, o la maja y el ruisenor
05 - V. El amor y la muerte
06 - VI. Epilogo
07 - Iberia - 1er Cahier - I. Evocation
08 - II. El puerto
09 - III. El corpus Christi en Sevilla

DISCO 02

01 - Iberia - 2e cahier - IV. Rondena
02 - V. Almeria
03 - VI. Triana
04 - 3e cahier - VII. El albaicin
05 - VIII. El polo
06 - IX. Lavapies
07 - 4e cahier - X. Malaga
08 - XI. Jerez
09 - XII. Eritana

Aldo Ciccolini, piano

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