terça-feira, 17 de junho de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 7, Op. 60 -"Leningrad"


A Sinfonia No. 7 é um dos trabalhos mais simbólicos e emblemáticos do século XX. Ela se constitui como uma espécie de hino de resistência do povo soviético à invasão perpetrada pelos nazistas. É uma denúncia da truculência da guerra, dessa noite escura e espessa, geradora de atrocidades impensáveis. Ela recebe o nome de Leningrado, pois aponta para o cerco de 900 (de 1941 a 1944) dias dos nazistas à cidade e que ceifou a vida de milhares de pessoas. Foi um dos bloqueios mais violentos da história, resultando em fome, doenças e bombardeios. A cidade ficou sem energia elétrica, sem água, sem aquecimento para resistir ao rigoroso inverno russo. Apesar da inclemente ação das forças nazistas, apesar da fome e da escassez material, a população resistiu bravamente, formando milícias urbanas e defendendo a cidade.

Carlos Drummond de Andrade escreveu em referência à cidade os seguintes versos:

Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora,
e o hálito selvagem da liberdade
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem,
enquanto outros, vingadores, se elevam
.

Shostakovich nasceu em Leningrado (atual São Petersburgo).  Teve de sair de lá. Começou a escrever a Sétima Sinfonia antes e durante a invasão nazista. Sua escrita se deu entre junho e dezembro de 1941. A estreia mundial da Sinfonia nº 7 aconteceu em 5 de março de 1942, na cidade de Kuibyshev, conduzida por Samuil Samosud. A performance foi transmitida por rádio e rapidamente a sinfonia tornou-se símbolo de resistência soviética.

No entanto, o episódio mais notável foi a estreia em Leningrado, em 9 de agosto de 1942, durante o cerco. A apresentação foi feita por uma orquestra montada às pressas com músicos que haviam sobrevivido à fome e ao frio, muitos sendo retirados diretamente da linha de frente. Para garantir silêncio, os soviéticos lançaram uma operação militar para silenciar a artilharia nazista no dia do concerto.

A Sinfonia Leningrado é um documento histórico feito em forma de música. Somente alguém com uma personalidade complexa como Shostakovich poderia criar algo com a sua envergadura. Ela possui elementos grandiloquentes de contestação da guerra, mas o compositor pode ter desejado realizar críticas ao stalinismo. Certamente ele não perderia a oportunidade de criar essa ambiguidade. Diferentemente de outros compositores que foram acossados pelo regime, Shostakovich realizava concessões, “pero no mucho”.

A “Leningrado” possui quatro movimentos. (1) Allegretto – contém o trecho mais famoso da Sinfonia – uma marcha marcial repetitiva que vai rompendo em um crescendo até se tornar ensurdecedora. Representa a marcha do exército. Faz lembrar o Bolero de Ravel. (2) Moderato (poco allegretto) – trata-se de um interlúdio sombrio e melancólico; explora as dores e tragédias humanas. (3) Adagio – absurdamente triste, emocional; representa o luto, o sofrimento e possui um forte sabor espiritual. (4) Allegro non tropo – possui um final dramático, pois combina a ideia de um triunfo contido e denúncia da estupidez da guerra; além disso pode ser sentido como uma crítica ao totalitarismo.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Allegretto
02 - Moderato (Poco Allegretto)
03 - Adagio
04 - Allegro non troppo

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente 

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Antonín Dvorak (1841-1904) - Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70 e Robert Schumann (1810-1856) - Symphony No. 2 in C Major, Op. 61


As três últimas sinfonias escritas pelo tcheco Antonin Dvorak são obras bastante expressivas. São extraordinárias. A mais popular delas é a No. 9, conhecida popularmente como “Do Novo Mundo”, por fazer referência ao período em que o compositor esteve na América do Norte, no final do século XIX. Talvez, seja seu trabalho mais famoso. Todavia, a Sinfonia No. 7 é, para muitos, o trabalho mais maduro e dramático do compositor. Nesse trabalho, o compositor busca uma linguagem mais austera e profunda do que nos trabalhos sinfônicos que havia escrito até aquele momento.

A obra foi escrita em 1885.  O motivo para escrevê-la veio de um momento em que constatou uma manifestação nacionalista chegando à estação ferroviária de Praga. Essa visão encheu o compositor de um forte orgulho nacional. Embora a Sétima aborde uma questão nacional, ela transcende essa perspectiva. Torna-se universal e integra o compositor à tradição germânica, colocando-o ao lado de nomes como Beethoven, Schubert e Brahms.

A Sinfonia No. 2, de Schumann, foi escrita nos anos de 1845 e 1846. É o trabalho sinfônico de que mais gosto do compositor. Ela contrasta com o momento vivido por Schumann quando a Sinfonia foi escrita. O alemão passava por um momento de desânimo, saúde frágil e com flertes depressivos. Apesar de cenário difícil, a Segunda é triunfante e luminosa.

Escrita em quatro movimentos, o destaque fica – ao meu modo de ver – com o Adagio expressivo, considerado um dos momentos mais líricos, introspectivos do compositor, talvez, como uma reflexão ao momento que vivia.  Já o quarto movimento – o Finale – acentua o clima de superação e vitória. Schumann chegou a afirmar à época que a música o ajudava “lutar contra a escuridão”.

Não deixe de ouvir este bonito disco. Uma boa apreciação! 

01. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: I. Allegro maestoso (10:46)
02. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: II. Poco adagio (9:33)
03. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: III. Scherzo: Vivace (7:16)
04. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: IV. Finale: Allegro (9:15)
05. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: I. Sostenuto assai - Allegro ma non Troppo (11:44)
06. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: II. Scherzo: Allegro vivace (6:45)
07. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: III. Adagio espressivo (9:03)
08. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: IV. Allegro molto vivace (8:12)

London Philharmonic Orchestra
Edward Gardner, regente 

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domingo, 15 de junho de 2025

Robert Schumann (1810-1856) - Complete Symphonies

Dizem que foi quando ouviu a Nona Sinfonia de Schubert, que Schumann se sentiu encorajado a começar a escrever a sua Primeira Sinfonia. Até então, o compositor havia escrito obras para piano e música camerística. Era o ano de 1841.  O compositor evitava incursionar por obras maiores e concentrava-se em ciclos ou coletâneas de peças menores, o que acabou por ajudar que ele adquirisse a fama de miniaturista. Assim escrever uma sinfonia era um grande desafio para ele. De modo extraordinário, ele esboçou a sua Primeira Sinfonia em apenas quatro dias. Cinco semanas depois, a obra estrearia em Leipzig, sob a regência de Mendelssohn. O sucesso veio de maneira imediata. 

O título de Sinfonia "Primavera" foi tirado de um poema de Adolf Böttger finalizado com os versos "Oh, vire e vire e mude o seu curso/ No vale, a primavera viceja", que inspiraram a abertura da Sinfonia. Assim, em dez anos o compositor escreveu as quatro sinfonias  - de 1841 a 1851. As quatro sinfonias são obras fundamentais do repertório romântico, refletindo a paixão do compositor pela literatura, seu lirismo pianístico e a consolidação de uma voz orquestral única. 

O alemão era um compositor absolutamente literário; e as sinfonias frequentemente transmitem uma narrativa sem palavras, como se fossem "poemas sem palavras". Os temas são cantáveis, muitas vezes derivados de suas canções ou peças para piano, desenvolvidos com grande riqueza harmônica. Eu, particularmente, gosto muito delas. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Robert Schumann (1810-1856) - 

01. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": I. Andante un poco maestoso - Allegro molto vivace - Animato (11:22)
02. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": II. Larghetto (5:23)
03. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": III. Scherzo. Molto vivace - Trio I & Trio II. Molto più vivace (5:46)
04. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": IV. Allegro animato e grazioso - Andante - Poco a poco accelerando (8:33)
05. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: I. Sostenuto assai - Un poco più vivace - Allegro ma non troppo (12:33)
06. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: II. Scherzo - Trio I - Trio 2 - Coda. Allegro vivace (7:19)
07. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: III. Adagio espressivo (9:16)
08. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: IV. Allegro molto vivace (7:58)
09. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: I. Lebhaft (Vivace) (9:06)
10. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: II. Scherzo. Sehr mäßig (Molto moderato) (6:51)
11. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: III. Nicht schnell (Moderato) (4:53)
12. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: IV. Feierlich (Maestoso) (5:07)
13. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: V. Lebhaft (Vivace) (5:56)
14. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: I. Ziemlich langsam (Lento assai) - Lebhaft (Vivace) (10:38)
15. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: II. Romanze. Ziemlich langsam (Lento assai) (4:07)
16. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: III. Scherzo - Trio. Lebhaft (Vivace) (7:05)
17. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: IV. Langsam (Lento) - Lebhaft (Vivace) - Schneller (Più animato) - Presto (8:21)

Dresdner Philharmonie
Marek Janowski, regente 

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sábado, 14 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 17 em Sol menor, Op. 41 e Sinfonia nº 20 em Mi maior, Op. 50 - vol. 7

 
Voltamos aos trabalhos de Nikolai Myaskovsky. Dessa vez, vamos às sinfonias de número 17 e a de número 20. Como abordado em outras postagens, Nikolai Myaskovsky foi um dos compositores que mais soberam explicitar o seu país em sua música. Quando o escutamos, é possível perceber as demandas e as exigências do seu tempo. Os dois trabalhos presentes neste disco foram escritas em um período crítico da história soviética: a iminência da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Os eventos políticos turbulentos fora e dentro do seu país foram condicionantes imperativas.

A Sinfonia de Nº 17, por exemplo, foi escrita entre os anos de 1936 e 1937. Vivia-se o auge dos expurgos stalinistas. Artistas e intelectuais eram vigiados e presos. Havia uma pressão para que houvesse um alinhamento com a doutrina do Partido. Myaskovsky não foi molestado pelos algozes do regime, mas sentia a pressão se avivar no seu entorno. A Décima Sétima Sinfonia possui quatro movimentos e mantém uma forma tradicional, com harmonias expansivas e melodias profundamente líricas. O primeiro movimento é dramático e sombrio, com explosões orquestrais. É possível sentir ecos de Tchaikovsky e Rachmaninov, mas de forma contida. O compositor sabia que não podia expandir sua subjetividade criativa. Era necessário seguir a pedagogia do regime para não ser perseguido.

Já a Vigésima, escrita em 1940, destoa da Décima Sétima por ser mais lírica. Escrita um ano antes da invasão nazista, ela procura criar uma ambiente de relativa calma antes da catástrofe. Trata-se de uma obra luminosa. O destaque fica com o terceiro movimento - adagio -, que é bem mahleriano. O último movimento é forte, seguro, e transmite um otimismo controlado. 

Mais dois trabalhos que dão uma ideia do que foi o século XX. Ouvir Myaskovsky é se apropriar de um momento histórico. Seus trabalhos fundem o romantismo tardio com as impressões de um momento. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) -

(01) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Lento. Allegro molto agitato
(02) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Lento. Assai
(03) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Allegro poco vivace
(04) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Andante
(05) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Allegro con spirito
(06) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Adagoi
(07) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Allegro inquietto

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente   

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Johannes Brahms (1833-1897) - Violin Concerto in D, Op. 77 e Double concerto in A minor, Op. 102

Um disco com duas das mais significativas obras do repertório romântico. São obras eloquentes, que dispensam maiores apresentações. A primeira delas, o Op. 77, foi composta em 1878, enquanto Brahms passava o verão em Pörtschach, uma cidade pitoresca à beira do lago Wörthersee, na Áustria. Foi um período bom e agradável para o compositor. É desse momento a escrita da Segunda Sinfonia. A obra foi dedicada ao grande violinista Joseph Joachim, um dos maiores intérpretes da época e amigo próximo de Brahms. Joachim teve um papel fundamental na criação do concerto, auxiliando Brahms - que não era violinista - na escrita das passagens técnicas. 

Originalmente, o concerto tinha quatro movimentos, incluindo um scherzo, mas Joachim sugeriu que Brahms removesse esse movimento, deixando a estrutura mais tradicional em três partes. A estreia ocorreu em Leipzig, em 1º de janeiro de 1879, com Joachim como solista e a Orquestra Gewandhaus sob a regência do próprio Brahms. 

Já o Op. 102, a outra obra monumental do disco, foi escrita 1887. É a última obra orquestral do compositor. A partir daí, ele se dedicou às formações menores, que são verdadeiras obras-primas.  O Concerto Duplo foi criado em um momento de reconciliação entre Brahms e Joseph Joachim, após uma ruptura causada pelo divórcio conturbado de Joachim. A esposa do violinista, a cantora Amalie Schneeweiss, havia sido acusada de infidelidade, e Brahms, contrariando Joachim, tomou seu partido, causando um afastamento entre os dois.

Para reatar a amizade, Brahms compôs este concerto, que exigia a colaboração entre Joachim (violino) e Robert Hausmann (violoncelista do Quarteto Joachim). A estreia aconteceu em Cologne, em 18 de outubro de 1887, sob a regência de Brahms. 

Não deixe de ouvir. uma boa apreciação! 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

Violin Concerto in D, Op. 77
01. I. Allegro non troppo (Kadenz, Joseph Joachim) [0:21:01.00]
02. II. Adagio [0:08:33.00]
03. III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace ; Poco piu presto [0:07:44.00]

Double concerto in A minor, Op. 102
04. I. Allegro [0:17:09.00]
05. II. Andante [0:08:02.00]
06. III. Vivace non troppo ; Poco meno allegro ; Tempo I [0:08:51.00]

Berlin Philharmonic Orchestra
Claudio Abbado, regente
Gil Shaham, violino
Jian Wang, violoncelo 

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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Two Pieces for String Quartet, Op. 36a, Seven Romances on Poems of Alexander Blok, Op. 127 e Piano Quintet in G minor, Op. 57


Minha admiração pela música de Shostakovich é bem grande. Gosto de tudo que diz respeito a ele. Sua linguagem fortemente emocional; suas finas e sutis ironias; a crítica subliminar e as tensão política que o envolvia são combustíveis que seduzem quando nós o escutamos. Mas há também aquelas obras melancólicas, sombrias, represadas, repletas de fagulhas de tristeza. 

A "Two Pieces for String Quartet, Op. 36a" foi originalmente escritas para órgão em 1929, essas peças foram rearranjadas para quarteto de cordas em 1931. Elas refletem o estilo inicial de Shostakovich, combinando elementos neoclássicos com uma linguagem harmônica moderna. Já a "Seven Romances on Poems of Alexander Blok" foi composta para soprano, violino, violoncelo e piano, baseada em poemas do simbolista russo Alexander Blok. Foi dedicada a Mstislav Rostropovich e sua esposa, Galina Vishnevskaya.

E a terceira e última obra do disco  - o "Piano Quintet in G minor, Op. 57" - é uma das obras camerísticas mais celebradas do compositor. Ela é do ano de 1940. Foi escrita logo após a Quinta Sinfonia. A Op. 57 foi bem recebido e ganhou o Prêmio Stálin no ano de 1941. 

Não deixe de ouvir este excelente disco. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

Two Pieces for String Quartet, Op. 36a
01. Elegy
02. Polka

Seven Romances on Poems of Alexander Blok, Op. 127

03. Ophelia's Song
04. Hamayun, The Prophetic Bird
05. We Were Together
06. The City Is Asleep
07. The Storm
08. Secret Sign
09. Music

Piano Quintet in G minor, Op. 57
10. Prelude
11. Fugue
12. Scherzo
13. Intermezzo
14. Finale

Fitzwilliam String Quartet
Elisabeth Söderström, soprano
Vladimir Ashkenazy, piano 

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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Ernõ von Dohnányi (1877-1960) - Suite in F minor , Variations on a Nursery Theme e The Veil of Pierrette

Ernõ von Dohnányi foi um compositor húngaro, ou seja, patrício de Bartók e Kódaly. Ele foi importante, pois contribuiu de forma significativa com a transição de um romantismo tardio para a modernidade. Embora tenha sido contemporâneo de Bartók e Kodály, Dohnányi manteve um estilo mais conservador, fortemente influenciado por Brahms, Liszt e os modelos clássicos alemães. Neste disco, surgem algumas de suas obras orquestrais.
 
O destaque fica por conta de "Variations on a Nursery Theme". A obra foi composta em 1914, , pouco antes da Primeira Guerra Mundial, essa peça para piano e orquestra é uma das obras mais conhecidas e cativantes de Dohnányi. Baseia-se na melodia da canção infantil "Twinkle, Twinkle, Little Star" e se destaca pelo seu espírito paródico e virtuosismo. Após uma introdução grandiosa e quase wagneriana, a melodia simples é apresentada e, em seguida, transformada em uma série de variações que exploram diversos estilos musicais. Algumas dessas variações imitam ou parodiam compositores como Wagner, Liszt, Debussy e até Tchaikovsky, revelando o lado humorístico e altamente técnico de Dohnányi.
 
Há ainda duas outras obras. O disco é agradável. É possível conhecer o lado histriônico do compositor em algumas dessas peças. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Ernő von Dohnányi (1877-1960) - 

01. Suite in F# minor -I- Andante con variazioni [0:11:04.20]
02. Suite in F# minor -II- Scherzo: Allegretto vivace [0:04:28.43]
03. Suite in F# minor -III- Romance: Andante poco moto [0:05:53.53]
04. Suite in F# minor -IV- Rondo: Allegro vivace [0:07:23.36]
05. Variations on a Nursery Theme - Introduction - Theme - [0:04:47.21]
06. Variations on a Nursery Theme - Variation I - [0:00:34.65]
07. Variations on a Nursery Theme - Variation II: Risoluto - [0:00:31.44]
08. Variations on a Nursery Theme - Variation III - [0:01:39.54]
09. Variations on a Nursery Theme - Variation IV - [0:01:05.27]
10. Variations on a Nursery Theme - Variation V - [0:01:00.69]
11. Variations on a Nursery Theme - Variation VI - [0:00:41.01]
12. Variations on a Nursery Theme - Variation VII: Walzer - [0:02:17.40]
13. Variations on a Nursery Theme - Variation VIII: Alla marcia - [0:01:25.43]
14. Variations on a Nursery Theme - Variation IX: Presto - [0:01:54.31]
15. Variations on a Nursery Theme - Variation X: Passacaglia - [0:03:48.45]
16. Variations on a Nursery Theme - Variation XI: Choral - [0:01:33.66]
17. Variations on a Nursery Theme - Finale fugato [0:03:19.52]
18. The Veil of Pierrette -I- Pierrot's Love-lament [0:04:55.10]
19. The Veil of Pierrette -II- Waltz-rondo [0:02:43.16]
20. The Veil of Pierrette -III- Merry Funeral March [0:02:49.08]
21. The Veil of Pierrette -IV- Wedding Waltz [0:05:57.53]

BBC Philharmonic
Matthias Bamert, regente
Howard Shelley, piano 

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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Sinfonias from Cantatas

 
Johann Sebastian Bach, embora amplamente reconhecido por sua vasta produção musical, não compôs sinfonias no sentido clássico do termo, como fariam mais tarde compositores como Haydn, Mozart e Beethoven. No entanto, ele é autor de obras orquestrais importantes que antecipam muitos dos elementos que seriam centrais na sinfonia clássica. Portanto, ao falar das “sinfonias” de Bach, muitas vezes estamos nos referindo a outras formas orquestrais que ele compôs.
 
Um exemplo são as "sinfonias" dentro das cantatas. O compositor costumava incluir movimentos instrumentais introdutórios dentro, conhecidos como sinfonias ou sonatas. A finalidade dessas composições era preparar o ambiente emocional das obras vocais. São altamente expressivas. Serviram como referência para o desenvolvimento da sinfonia conforme passamos a conhecê-la. 
 
Neste disco, encontramos algumas dessas sinfonias. São espetaculares como é próprio daquilo que o compositor escreveu. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 

01. Sinfonia from Cantata BWV 188 Ich habe meine Zuversicht
02. Sinfonia from Cantata BWV 174 Ich liebe den Höchsten von ganzem Gemüte
03. Sinfonia from Cantata BWV 169 Gott soll allein mein Herze haben
04. Sinfonia from Cantata BWV 12 Weinen, Klagen, Sorgen, Zagen - Adagio Assai
05. Sinfonia from Cantata BWV 49 Ich geh und suche mit Verlangen
06. Sinfonia from Cantata BWV 146 Wir müssen durch viel Trübsal
07. Concerto from Cantata BWV 35 Geist und Seele wird verwirret, Pt. 1
08. Sinfonia from Cantata BWV 35 Geist und Seele wird verwirret, Pt. 2, presto
09. Sinfonia from Cantata BWV 156 Ich steh mit einem Fuß im Grabe - Adagio
10. Sinfonia from Cantata BWV 52 Falsche Welt, dir trau ich nicht

Ensemble Cordia 

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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Krzysztof Penderecki (1933-2020) - Chamber Music


Quem visita este espaço, sabe que, vez ou outra, o compositor polonês Krzysztof Penderecki  aparece por aqui. Gosto dele. Aprecio a sua linguagem característica. Tudo que ele escreveu é bom, interessante e grandioso. Penderecki foi alguém que elaborou experiências sonoras radicais, recriando-se como ninguém. No que diz respeito às suas peças camerísticas, o compositor buscou por novas formas de expressão, transitando por entre vanguardas. 

Destacam-se nessas composições, o dramatismo – ou seja, uma evocação quase teatral, com contrastes abruptos entre o silêncio e o clímax; e uma fusão entre o passado e o presente – o uso de formas barrocas, que demonstra uma relação entre o presente e a história.

Em suma, a obra camerística do compositor polonês é um microcosmo de sua própria história. Embora esses trabalhos não sejam tão conhecidos, são uma importante faceta de sua obra. Nelas, o compositor procurou inserir um tipo de sonoridade única, onde é possível perceber a experimentação e um olhar transitivo para o passado. Desse trabalho, era possível notar uma densa alquimia sonora. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

 Krzysztof Penderecki (1933-2020) - 

01 - Ensemble Villa Musica - String Trio- I. Allegro molto
02 - Ensemble Villa Musica - String Trio- II. Vivace
03 - Ensemble Villa Musica - Prelude for Clarinet Solo
04 - Ensemble Villa Musica - Per Slava for Violoncello Solo
05 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- I. Allegro
06 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- II. Andante
07 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- III. Allegro vivace
08 - Ensemble Villa Musica - Cadenza per viola sola
09 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- I. Notturno
10 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- II. Scherzo
11 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- III. Serenad
12 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- IV. Abschied

Ensemble Villa Musica

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 15 in A Major, Op. 141


A Sinfonia No. 15, de Shostakovich, foi composta em 1971. É o último trabalho sinfônico do compositor. Quando escreveu a obra, Shostakovich enfrentava alguns problemas de saúde. A obra, por isso, a apresenta feições meio ambíguas – de leveza consolidada, ironias sutis e uma melancolia profunda. 

No ano de 1971, Shostakovich foi internado no sanatório de Kurgan. Além disso, enfrentava incontornáveis problemas cardíacos. Sua condição inspirava cuidados. Ressaltavam-se ainda as dificuldades musculares. A obra nasceu contexto. Seu filho, Maxim Shostakovich, conduzi-a durante a estreia.

Ao escutar um trabalho sinfônico do compositor, as questões épicos e marciais eclodem explicitamente. É incontestável. O compositor era alguém ligado à história. Não teria como ser diferente. Afinal, ele viveu em um país que surgiu de uma revolução e se tornou uma das experiências políticas mais emblemáticas da história. Ao longo do século XX, as questões políticas e sociais se agudizaram. O compositor foi vigiado pela censura. A única forma de fazer sua voz ouvida era produzir arte. Sua obra foi fecundada em meio ao tensionamento com as autoridades do seu país.

Todavia, quando se escuta a Décima Quinta, um cenário novo se faz perceber. De certa forma, muitas das marcas do compositor estão no trabalho. Acontece que, na Décima Quinta, uma ironia sutil, permeada pelo melancólico e pelo trágico são questões salientes. Shostakovich faz pequenas inserções de Rossini e Wagner. Oscila entre a alegria ensolarada do compositor italiano ao trágico, ao brumoso, de “Tristão e Isolda”, de Wagner. Alguns estudiosos veem nisso um acerto de contas com a história; ou, simplesmente, um tipo de testamento musical, pondo em relevo os traços mais inimistas da personalidade do compositor, que viveu em um dos momentos mais sensíveis da história.

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ I. Allegretto (Live)
02 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ II. Adagio - Largo - Adagio - Largo (Live)
03 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ III. Allegretto (Live)
04 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ IV. Adagio - Allegretto - Adagio - Allegretto (Live)

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink, regente 

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domingo, 8 de junho de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Complete Piano Sonatas


Passei boa parte da minha semana revisitando essas sonatas. Como é bom e importante realizar esse exercício. Existe um mundo de riquezas sutis nelas. É possível perceber os humores do compositor; suas intenções estéticas; sua disposição psicológica. Não é para menos. As 32 sonatas formam um conjunto que pode ser colocado entre as produções artísticas mais importantes do mundo ocidental. Elas foram escritas ao longo da vida de Beethoven. Por isso, é possível perceber as fases, a evolução, as camadas psicológicas, a maturidade do compositor.

Inicialmente, é possível perceber a influência latente da música de Mozart e Haydn. É a fase do classicismo expressivo. Logo em seguida, Beethoven vai imprimindo características expressivas próprias. Ele subverte a mera originalidade formal e passa dar ao piano uma eloquência, como se o instrumento tivesse uma voz própria. A partir desse salto, o compositor dar ao piano uma voz quase orquestral. Cada sonata passa a ter uma dicção própria – algumas são melancólicas e introspectivas como, por exemplo, a “Sonata ao Luar” (a de número 14); outras são dramáticas como a “Appassionata” (a de número 23). Nota-se um movimento dialético, pois o compositor faz o desenvolvimento temático ganhar contornos intensivos. Há uma exploração harmônica ousada, realçando a mudança estética, ou seja, o próprio romantismo. Com isso, observa-se uma grande variedade emocional que migra do desespero ao heroísmo.

De uma perspectiva filosófica, as sonatas de Beethoven não são apenas exercícios formais ou técnicos - elas são veículos de uma visão de mundo. Em sua obra, encontramos a ideia de transformação, de luta interior, de redenção através da arte. Em um contexto marcado pelos ideais iluministas e pelo espírito revolucionário do fim do século XVIII, Beethoven parece usar a música para expressar a liberdade do indivíduo, o heroísmo trágico e o poder do espírito humano frente às adversidades. O piano era o instrumento filosófico de Beethoven. Era o canal como ele disseminava seu idealismo e sua metafísica para o mundo.

Após a composição dessas sonatas, a forma como se passou a pensar música para piano não foi mais a mesma. Compositores como Schubert, Chopin, Brahms e Liszt viram em Beethoven uma referência. Claro, Schubert era coetâneo de Beethoven, mas, claro, deve ter usado as composições do mestre Ludwig como um horizonte necessário para as suas próprias composições.  

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -  

01. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: I. Allegro
02. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: II. Adagio
03. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: III. Menuetto. Allegretto
04. Piano Sonata No. 1 in F Minor, Op. 2 No. 1: IV. Prestissimo
05. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: I. Allegro vivace
06. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: II. Largo appassionato
07. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: III. Scherzo. Allegretto
08. Piano Sonata No. 2 in A Major, Op. 2 No. 2: IV. Rondo. Grazioso
09. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: I. Allegro con brio
10. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: II. Adagio
11. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: III. Scherzo. Allegro
12. Piano Sonata No. 3 in C Major, Op. 2 No. 3: IV. Allegro assai
13. Piano Sonata No. 5 in C Minor, Op. 10 No. 1: I. Allegro molto e con brio
14. Piano Sonata No. 5 in C Minor, Op. 10 No. 1: II. Adagio molto
15. Piano Sonata No. 5 in C Minor, Op. 10 No. 1: III. Finale. Prestissimo
16. Piano Sonata No. 6 in F Major, Op. 10 No. 2: I. Allegro
17. Piano Sonata No. 6 in F Major, Op. 10 No. 2: II. Allegretto
18. Piano Sonata No. 6 in F Major, Op. 10 No. 2: III. Presto
19. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: I. Presto
20. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: II. Largo e mesto
21. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: III. Menuetto. Allegro
22. Piano Sonata No. 7 in D Major, Op. 10 No. 3: IV. Rondo. Allegro
23. Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13 "Pathétique": I. Grave – Allegro di molto e con brio
24. Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13 "Pathétique": II. Adagio cantabile
25. Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13 "Pathétique": III. Rondo. Allegro
26. Piano Sonata No. 9 in E Major, Op. 14 No. 1: I. Allegro
27. Piano Sonata No. 9 in E Major, Op. 14 No. 1: II. Allegretto
28. Piano Sonata No. 9 in E Major, Op. 14 No. 1: III. Rondo. Allegro comodo
29. Piano Sonata No. 10 in G Major, Op. 14 No. 2: I. Allegro
30. Piano Sonata No. 10 in G Major, Op. 14 No. 2: II. Andante
31. Piano Sonata No. 10 in G Major, Op. 14 No. 2: III. Scherzo. Allegro assai
32. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: I. Allegro con brio
33. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: II. Adagio con molto espressione
34. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: III. Menuetto
35. Piano Sonata No. 11 in B-Flat Major, Op. 22: IV. Rondo. Allegretto
36. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": I. Andante con variazioni
37. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": II. Scherzo. Allegro molto
38. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": III. Marcia funebre sulla morte d'un eroe
39. Piano Sonata No. 12 in A-Flat Major, Op. 26 "Funeral March": IV. Allegro
40. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": I. Andante – Allegro – Tempo I
41. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": II. Allegro molto e vivace
42. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": III. Adagio con espressione
43. Piano Sonata No. 13 in E-Flat Major, Op. 27 No. 1 "Quasi una fantasia": IV. Allegro vivace
44. Piano Sonata No. 14 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 2 "Moonlight": I. Adagio sostenuto
45. Piano Sonata No. 14 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 2 "Moonlight": II. Allegretto
46. Piano Sonata No. 14 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 2 "Moonlight": III. Presto agitato
47. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": I. Allegro
48. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": II. Andante
49. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": III. Scherzo. Allegro vivace
50. Piano Sonata No. 15 in D Major, Op. 28 "Pastorale": IV. Rondo. Allegro ma non troppo
51. Piano Sonata No. 16 in G Major, Op. 31 No. 1: I. Allegro vivace
52. Piano Sonata No. 16 in G Major, Op. 31 No. 1: II. Adagio grazioso
53. Piano Sonata No. 16 in G Major, Op. 31 No. 1: III. Rondo. Allegretto
54. Piano Sonata No. 17 in D Minor, Op. 31 No. 2 "The Tempest": I. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
55. Piano Sonata No. 17 in D Minor, Op. 31 No. 2 "The Tempest": II. Adagio
56. Piano Sonata No. 17 in D Minor, Op. 31 No. 2 "The Tempest": III. Allegretto
57. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": I. Allegro
58. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": II. Scherzo. Allegretto vivace
59. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": III. Menuetto. Moderato e grazioso
60. Piano Sonata No. 18 in E-Flat Major, Op. 31 No. 3 "The Hunt": IV. Presto con fuoco
61. Piano Sonata No. 19 in G Minor, Op. 49 No. 1: I. Andante
62. Piano Sonata No. 19 in G Minor, Op. 49 No. 1: II. Rondo. Allegro
63. Piano Sonata No. 20 in G Major, Op. 49 No. 2: I. Allegro ma non troppo
64. Piano Sonata No. 20 in G Major, Op. 49 No. 2: II. Tempo di Menuetto
65. Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 "Waldstein": I. Allegro con brio
66. Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 "Waldstein": II. Introduzione. Adagio molto
67. Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 "Waldstein": III. Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo
68. Piano Sonata No. 22 in F Major, Op. 54: I. In tempo d'un menuetto
69. Piano Sonata No. 22 in F Major, Op. 54: II. Allegretto
70. Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 "Appassionata": I. Allegro assai
71. Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 "Appassionata": II. Andante con moto
72. Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 "Appassionata": III. Allegro ma non troppo
73. Piano Sonata No. 24 in F-Sharp Major, Op. 78 "A Thérèse": I. Adagio cantabile – Allegro ma non troppo
74. Piano Sonata No. 24 in F-Sharp Major, Op. 78 "A Thérèse": II. Allegro vivace
75. Piano Sonata No. 25 in G Major, Op. 79: I. Presto alla tedesca
76. Piano Sonata No. 25 in G Major, Op. 79: II. Andante
77. Piano Sonata No. 25 in G Major, Op. 79: III. Vivace
78. Piano Sonata No. 26 in E-Flat Major, Op. 81a "Les adieux": I. Das Lebewohl. Adagio – Allegro
79. Piano Sonata No. 26 in E-Flat Major, Op. 81a "Les adieux": II. Abwesenheit. Andante espressivo
80. Piano Sonata No. 26 in E-Flat Major, Op. 81a "Les adieux": III. Das Wiedersehen. Vivacissimamente
81. Piano Sonata No. 27 in E Minor, Op. 90: I. Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
82. Piano Sonata No. 27 in E Minor, Op. 90: II. Nicht zu geschwind und sehr singbar vorgetragen
83. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: I. Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung. Allegretto ma non troppo
84. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: II. Lebhaft, marschmäßig. Vivace alla marcia
85. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: III. Langsam und sehnsuchtsvoll. Adagio ma non troppo, con affetto
86. Piano Sonata No. 28 in A Major, Op. 101: IV. Geschwind, doch nicht zu sehr und mit Entschlossenheit. Allegro
87. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": I. Allegro molto e con brio
88. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": II. Largo con gran espressione
89. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": III. Allegro
90. Piano Sonata No. 4 in E-Flat Major, Op. 7 "Grande Sonate": IV. Rondo. Poco allegretto e grazioso
91. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": I. Allegro
92. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": II. Scherzo. Assai vivace
93. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": III. Adagio sostenuto
94. Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 "Hammerklavier": IV. Largo – Allegro – Allegro risoluto
95. Piano Sonata No. 30 in E Major, Op. 109: I. Vivace ma non troppo – Adagio espressivo – II. Prestissimo
96. Piano Sonata No. 30 in E Major, Op. 109: III. Andante molto cantabile ed espressivo. Gesangvoll mit innigster Empfindung
97. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: I. Moderato cantabile molto espressivo
98. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: II. Allegro molto
99. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: III. Adagio ma non troppo
100. Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110: IV. Fuga. Allegro ma non troppo
101. Piano Sonata No. 32 in C Minor, Op. 111: I. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
102. Piano Sonata No. 32 in C Minor, Op. 111: II. Arietta. Adagio molto semplice cantabile 

Hie Yon Choi, piano 

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sábado, 7 de junho de 2025

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) - The Prussian Sonatas e Piano Concerto in A Minor, Wq. 26

As “Prussian Sonatas” ou, simplesmente, vertido para a língua portuguesa – “Sonatas Prussianas” – são um conjunto de seis sonatas compostas por Carl Philipp Emanuel Bach, em 1742, dedicadas ao rei Frederico II da Prússia. O monarca era também conhecido como Frederico, O Grande. Essas obras foram compostas no contexto que envolve a chegada de C.P.E. Bach à corte de Frederico II, onde serviu como cravista oficial da orquestra real.

A corte era um local de intensa produção musical e era povoada por instrumentistas e compositores importantes da época. Ao dedicar essas sonatas ao monarca, C.P.E. Bach demonstrava sua homenagem, a sua deferência, mas também afirmava a sua sofisticação e o domínio da escrita para piano. Vale lembrar que as obras foram escritas para cravo.

Essas obras imprimem uma grande sensibilidade. São belíssimas. Refinadas. Há emoções profundas e sutis envolvidas em cada uma delas. Observa-se ainda uma expressividade marcante. C.P.E. Bach foge do modelo rigoroso do contraponto tão característico da escrita do seu pai, Johann Sebastian Bach. Os ornamentos das sonatas são expressivos; as pausas, dramáticas. Essas sonatas exigem habilidade do intérprete. Uma versatilidade para que as emoções envolvidas em cada uma possa fluir.

Elas constituem uma ponte entre o barroco tardio e o classicismo emergente que se afirmava. “As Sonatas Prussianas” foram responsáveis pela evolução da forma sonata e o desenvolvimento musical do século XVIII.

Impossível ouvir esse disco e não se impressionar com a sua beleza. Que grande pianista é essa Ana-Marija Markovina. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) -

01 - Keyboard Sonata in E Major, Wq. 48_3, H. 26, _Prussian Sonata No. 3__ I. Poco allegro
02 - Keyboard Sonata in E Major, Wq. 48_3, H. 26, _Prussian Sonata No. 3__ II. Adagio
03 - Keyboard Sonata in E Major, Wq. 48_3, H. 26, _Prussian Sonata No. 3__ III. Presto
04 - Keyboard Sonata in B-Flat Major, Wq. 48_2, H. 25, _Prussian Sonata No. 2__ I. Vivace
05 - Keyboard Sonata in B-Flat Major, Wq. 48_2, H. 25, _Prussian Sonata No. 2__ II. Adagio
06 - Keyboard Sonata in B-Flat Major, Wq. 48_2, H. 25, _Prussian Sonata No. 2__ III. Allegro assai
07 - Keyboard Sonata in F Major, Wq. 48_1, H. 24, _Prussian Sonata No. 1__ I. Poco allegro
08 - Keyboard Sonata in F Major, Wq. 48_1, H. 24, _Prussian Sonata No. 1__ II. Andante
09 - Keyboard Sonata in F Major, Wq. 48_1, H. 24, _Prussian Sonata No. 1__ III. Vivace
10 - Keyboard Sonata in C Minor, Wq. 48_4, H. 27, _Prussian Sonata No. 4__ I. Allegro
11 - Keyboard Sonata in C Minor, Wq. 48_4, H. 27, _Prussian Sonata No. 4__ II. Adagio
12 - Keyboard Sonata in C Minor, Wq. 48_4, H. 27, _Prussian Sonata No. 4__ III. Presto
13 - Keyboard Sonata in C Major, Wq. 48_5, H. 28, _Prussian Sonata No. 5__ I. Poco allegro
14 - Keyboard Sonata in C Major, Wq. 48_5, H. 28, _Prussian Sonata No. 5__ II. Andante
15 - Keyboard Sonata in C Major, Wq. 48_5, H. 28, _Prussian Sonata No. 5__ III. Allegro assai
16 - Keyboard Sonata in A Major, Wq. 48_6, H. 29, _Prussian Sonata No. 6__ I. Allegro
17 - Keyboard Sonata in A Major, Wq. 48_6, H. 29, _Prussian Sonata No. 6__ II. Adagio
18 - Keyboard Sonata in A Major, Wq. 48_6, H. 29, _Prussian Sonata No. 6__ III. Allegro
19 - Keyboard Concerto in A Minor, Wq. 26, H. 430_ I. Allegro assai
20 - Keyboard Concerto in A Minor, Wq. 26, H. 430_ II. Andante
21 - Keyboard Concerto in A Minor, Wq. 26, H. 430_ III. Allegro assai

Ana-Marija Markovina, piano 

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