sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Ottorino Respighi (1879-1936) - Pini di Roma, Fontane di Roma e Feste Romane

 

Numa Itália sufocada pelo fascismo, que permitia apenas a exaltação das tradições e cerceava a livre criação musical; e num cenário musical preponderantemente operístico, dominado pelos compositores veristas, “a geração de oitenta” – à qual pertenceu Respighi – surgiu e se manteve – em meio às mais diversas crises – na luta pela renovação do gosto musical italiano. Na tentativa de conciliação, se orientaram por uma curiosidade pelo novo, pelas vanguardas e pela pesquisa do antigo, do tradicional. Em resposta ao gosto musical italiano, entregue por muito tempo à produção operística, propunham a reabilitação da arte instrumental italiana.

Ottorino Respighi, inicialmente aluno do Liceo Musicale de Bologna, estudou orquestração com Rimski-Korsakov em São Petersburgo e composição com Max Bruch em Berlim. Tornou-se professor na Academia Santa Cecília em Roma e se deixou influenciar por Debussy e Richard Strauss. Sua poética tentava amenizar o verismo triunfante, articulando-o com as tradições musicais (velhos modos de cantochão, música italiana dos séculos XVI e XVIII), com a influência de algumas novas correntes e o espírito reformista. Acabou por criar uma espécie de mistura pós-romântica e impressionista, de tendência neoclássica. Sua produção desafia uma linha classificatória.

Fontes de Roma, Pinheiros de Roma e Festas Romanas compõem a trilogia romana. Os três poemas sinfônicos, gênero de grande destaque em Respighi, evidenciam suas características – a esplêndida orquestração e a elegância e riqueza da escrita, o refinamento de harmonia e timbre – que contribuíram para a conformação de um modelo italiano de poema sinfônico. Sente-se uma preferência pelas formas amplas e estruturas imponentes. 

Daqui

Ottorino Respighi (1879-1936) - 

01 Pini di Roma - I Pini di Villa Borghese
02 Pini di Roma - I Pini presso una catacomba
03 Pini di Roma - I Pini del Gianicolo
04 Pini di Roma - I Pini della Via Appia
05 Fontane di Roma - La fontana di Valle Giulia all...
06 Fontane di Roma - La fontana del Tritone al mattino
07 Fontane di Roma - La fontana di Trevi al meriggio
08 Fontane di Roma - La fontana di Villa Medici al tramonto
09 Feste romane - Circenses
10 Feste romane - Giubileo
11 Feste romane - L'Ottobrata
12 Feste romane - La Befana

Oslo Philharmonic Orchestra

Mariss Jansons, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Robert Schumann (1810-1856) - Works for Piano & Orchestra

 Até 1840, Robert Schumann compôs quase que exclusivamente para o piano. Sua futura esposa, Clara Wieck, escreveu em seu diário, em 1839: “Meu maior desejo é que Robert componha para orquestra. Sua imaginação não pode ficar limitada ao piano… O escopo de suas composições é sempre orquestral”.

Mas foi só em 1841, um ano depois de seu casamento, que Clara conseguiu convencê-lo a tentar o gênero sinfônico. Data desse ano sua Sinfonia nº 1 em Si Bemol Maior, Op. 38, conhecida como “Primavera”. Veio depois uma Fantasia para Piano e Orquestra, composta para Clara, uma das maiores pianistas de seu tempo. Schumann resolveu depois acrescentar-lhe dois movimentos, criando assim seu Concerto para Piano e Orquestra, o único que compôs.

O Concerto segue a estrutura dos de Mozart e Beethoven, mas inova em vários aspectos. O mais notável é que se afasta do modelo da época, usado para exibir o virtuosismo do pianista.

Schumann tinha, aliás, escrito anos antes, em uma crítica à prática vigente: “E assim, devemos esperar o gênio que nos vai mostrar, de uma nova e brilhante maneira, como orquestra e piano podem ser combinados e como o solista pode mostrar toda a riqueza de seu instrumento e de sua arte, enquanto a orquestra, não mais apenas uma espectadora, pode entrelaçar suas diferentes facetas à cena”.

Foi ele mesmo quem realizou esse novo modelo. A crítica que Liszt fez à obra é reveladora: “É um concerto sem piano!”.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Robert Schumann (1810-1856) -

01. Piano Concerto in A Minor, Op. 54 - I. Allegro affettuoso
02. Piano Concerto in A Minor, Op. 54 - II. Intermezzo -  Andantino grazioso
03. Piano Concerto in A Minor, Op. 54 - III. Allegro vivace
04. Introduction and Allegro appassionato, Op. 92 - Introduction and Allegro appassionato, Op. 92
05. Introduction and Concert Allegro, Op. 134 - Introduction and Concert-Allegro, Op. 134

Gulbenkian Orchestra
Stephen Gunzenhauser, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Piano Quartet in G minor, K478 e Piano Quartet in E-flat major, K 493

 
Nesta postagem noturna, encontramos dois singulares quartetos para piano, de Mozart. O primeiro deles - o K. 478 - foi escrito em 1785, ou seja, seis anos antes da morte do compositor. O austríaco estava próximo dos trinta anos. Estava no auge da forma. A escrita da obra foi um lance ousado, posto que o piano "dialogava" de igual para igual com os demais instrumentos, algo que chocou os conservadores. O editor Hoffmeister, que encomendara três quartetos, assustou-se e cancelou o contrato após o primeiro.

Já o segundo - o K.493 -, escrito um anos após o primeiro, trouxe um caráter mais lírico, luminoso e equilibrado, atendendo ao gosto dos ouvintes. A obras são modelos; representam não apenas um marco na música de câmara, mas também a consolidação de uma linguagem que influenciaria gerações posteriores, de Beethoven a Brahms. O diálogo íntimo entre piano e cordas, a riqueza harmônica e a variedade de afetos fazem dessas obras não apenas exercícios de inovação, mas também peças de intensa expressividade.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - 

01. Piano Quartet in G minor, K478 I. Allegro
02. Piano Quartet in G minor, K478 II.  Andante
03. Piano Quartet in G minor, K478 III. Rondeau
04. Piano Quartet in E-flat major, K 493 I. Allegro
05. Piano Quartet in E-flat major, K 493 II.  Larghetto
06. Piano Quartet in E-flat major, K 493 III. Allegretto

Quatuor Festetics

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Pēteris Vasks (1946 - ) - Works for Violin and String Orchestra

A música de Pēteris Vasks ganha outra dimensão quando a gente lembra da história turbulenta — social e política — da Letônia, seu país natal. Suas obras mudam de clima o tempo todo: às vezes surgem momentos de uma beleza arrebatadora, que logo dão lugar a sons fragmentados e cheios de drama. Para Vasks, as três peças para violino e orquestra apresentadas aqui refletem essa dualidade entre a esperança otimista por um futuro melhor e a preocupação com o mundo de hoje. Estão incluídas a fantasia Vox Amoris, o concerto Tāla gaisma (Distant Light), sua primeira e mais extensa obra para violino e orquestra de cordas, e o poema sinfônico Vientuļais eņģelis (Lonely Angel). Todas ganham vida nas mãos da excepcional violinista Alina Pogostkina, acompanhada com maestria pela Sinfonietta Riga sob a regência de Juha Kangas.

Descobrir a música de um compositor pela primeira vez através de uma intérprete igualmente nova para os ouvidos é sempre uma experiência marcante. Foi exatamente isso que aconteceu comigo num concerto da Filarmônica de Los Angeles, regido por Gustavo Dudamel, quando ouvi o Tāla gaisma (Distant Light). Naquela noite, Alina Pogostkina — jovem, linda e absurdamente talentosa — foi a solista. Difícil imaginar uma experiência musical mais perfeita.

A música de Vasks é tão bem construída que soa natural, quase improvisada. Entre suas influências mais fortes estão Arvo Pärt, Giya Kancheli e Henryk Górecki. Assim como eles, ele consegue criar aquela sensação de silêncio luminoso, que parece vir tanto das profundezas da Terra quanto das distâncias inalcançáveis do universo. Mas também compõe passagens tecnicamente desafiadoras, cheias de glissandos e efeitos que testam não só o solista, mas também toda a orquestra de cordas.

Segundo Vasks, o tema de Vox Amoris é a força mais poderosa do mundo: o amor. Ele mesmo disse: "Espero que essa peça toque o coração do ouvinte e torne o mundo um pouco mais aberto e acolhedor para o amor." O violino, como “a voz do amor”, leva o público por uma jornada que vai do florescer delicado até a paixão mais intensa. Já o concerto Tāla gaisma (Distant Light), sua primeira e maior obra para violino e orquestra de cordas, é formado por uma sequência de episódios contrastantes, com toques da música folclórica da Letônia. Não há pausas, apenas três cadências extraordinárias para o violino — difíceis de tocar e arrebatadoras de ouvir.

No terceiro trabalho desse conjunto, Vientuļais eņģelis (Lonely Angel), Vasks tinha uma imagem muito clara na cabeça: “Eu vi um anjo voando sobre o mundo. O anjo olhava para a condição da humanidade com tristeza, mas o leve e quase imperceptível bater de suas asas trazia conforto e cura. Essa peça é a minha música depois da dor.”

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!  

Pēteris Vasks (1946 - ) - 

01. Vox Amoris (23:47)
Fantasia per violino ed archi (2008/09)

02. Tālā gaisma - Distant Light (32:03)
- Concerto for violin and string orchestra (1996/97)

03. Vientuļais eņģelis - Lonely Angel (12:50)
- Meditation for violin and string orchestra (1999/2006)

Sinfonieta Riga
Juha Kangas, regente
Alina Pogostkina, violino 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Serenade No. 13 in G major, K525 'Eine kleine Nachtmusik' e Serenade No. 9 in D major, K320 'Posthorn'

 “Ei, eu conheço essa música!” – é o que qualquer um diria ao ouvir essas notas. Mas na verdade elas ainda não eram famosas na época em que Salieri viveu: a obra só foi publicada em 1827, dois anos após a morte de Salieri. E é bem capaz que a obra nunca tenha sido tocada durante a vida de Mozart…

No século XVIII, as serenatas eram compostas para servir de “fundo musical” para algum evento ao ar livre, como bem nos explicou meu colega Frederico Toscano no seu post sobre Cassações, Serenatas e Divertimentos. Os organizadores do evento encomendavam uma música, e o compositor escrevia lá qualquer coisinha, nada muito sério porque ninguém iria prestar muita atenção mesmo. A grande maioria das 13 serenatas de Mozart foi escrita assim, sob encomenda, mas da Serenata nº13 em Sol Maior K.525 pouco se sabe, pois não há dedicatória no manuscrito nem registros de algum evento da época em suas cartas. Em agosto de 1787 Mozart estava escrevendo o segundo ato de Don Giovanni, e deve ter interrompido o trabalho para arrecadar uma graninha extra com a serenata.

Texto completo aqui.  

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - 

Serenade No. 13 in G major, K525 'Eine kleine Nachtmusik'
01. I. Allegro
02. II. Romance: Andante
03. III. Menuetto: Allegretto
04. IV. Rondo: Allegro

Serenade No. 9 in D major, K320 'Posthorn'
05. I. Adagio maestoso - Allegro con spirito
06. II. Menuetto: Allegretto
07. III. Concertante: Andante grazioso
08. IV. Rondeau: Allegro ma non troppo
09. V. Andantino
10. VI. Menuetto. Trio I. Trio II
11. VII. Finale: Presto

Prague Chamber Orchestra
Charles Mackerras, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Piotri I. Tchaikovsky (1840-1893) - Romeo and Juliet - Fantasy Overture e Symphony no.6 in b minor, op.74 `Pathetique`

Tchaikovsky soube como ninguém verter as emoções, transformando-as em melodias poderosas e únicas. Neste disco, encontramos duas obras separadas por vinte anos, mas que demonstram como seu romantismo era repleto de sensibilidades que expressam o lado mais misterioso da alma humana.

                A primeira obra é a Fantasia Sinfônica Romeo e Julieta, escrita em 1869. Esta é para mim um dos trabalhos mais bonitos e significativos do compositor russo. Tchaikovsky inspira-se na conhecida tragédia de Shakespeare. Ela é um exemplo de como o compositor utiliza certas histórias para fazer música. Não se trata de uma sinfonia; a obra é um poema sinfônico. Tchaikovsky não reconta a história, visitando cena por cena. Ele, simplesmente, foca nos elementos centrais da história. Notam-se os conflitos; os reveses; a disputa entre as duas famílias; as dúvidas; o triunfo; e, ao final, a tragédia. É belíssimo.

                A segunda obra do disco é a poderosa e melancólica Sinfonia No. 6. Em minha humilde opinião, uma obra-prima sobre a psicologia humana. Ela funciona como uma espécie de testamento musical. Escrita em 1893, a “Patética” é a última obra escrita pelo compositor. Ao ser cunhada com o adjetivo pelo qual ficou também conhecida, quer apontar para a paixão que pretende evocar. “Pathetikos”, em grego, significa “capaz de sentir”, “que provoca emoção”. O termo deriva de “Pathos” – “paixão”, “sofrimento”, “sentimento intenso”. A obra é repleta de luzes mortiças, que bruxuleiam, a cada novo sopro dos ventos do pessimismo, da melancolia. A obra é, assim, uma espécie de réquiem de despedida do compositor. O último movimento, lento e com notas decrescentes, é um adeus, um suspiro final que se desvanece no silêncio.

                O compositor regeu a obra nove dias antes de sua morte. Esse fato torna a obra mais poderosa e repleto de significados. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Piotri I. Tchaikovsky (1840-1893) - 

01 Romeo and Juliet - Fantasy Overture - guido cantelli
02 Symphony no.6 in b minor, op.74 `Pathetique` - i.adagio -
03  ii.Allegro con grazia - guido cantelli
04 iii.Allegro molto vivace - guido cantelli
05 iv.Finale- adagio lamentoso - andante - tempo i -

Philharmonia Orchestra

Guido Cantelli, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

domingo, 7 de setembro de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – St. Matthew Passion, BWV 244

 

Não se sabe a data exata da composição da Paixão segundo Mateus, mas tudo leva a crer que Bach a escreveu no início de 1727 para as celebrações da Sexta-feira santa daquele ano, que caiu num dia 11 de abril, na Igreja de São Tomás, a Thomaskirche, em Leipzig, cidade na qual ele desempenhava a função de Kantor (algo como um secretário municipal da música). Ele voltaria à partitura em 1736 promovendo pequenas revisões, acrescendo o órgão ao baixo-contínuo, para nova apresentação. Depois disso, silêncio. Por um século, essa obra genial estaria encoberta pelo silêncio.

A obra usa os capítulos 26 e 27 do Evangelho de Mateus, entremeados a corais e árias com libreto organizado pelo poeta Christian Friedrich Henrici, mais conhecido como Picander. Por isso, depois do Coral de abertura, o tenor que conduz a ação como o Evangelista já começa seu recitativo dizendo "Da Jesus diese Rede vollendet hatte..." (Quando Jesus terminou estas palavras...), porque a Paixão de Bach pega, literalmente, o bonde andando: é provável que a Paixão fosse apresentada à congregação de fiéis na sequência das leituras da bíblia luterana, daí um início tão abrupto, Jesus terminando de dizer palavras que no texto cantado não apareceram.

Cada recitativo do Evangelista Mateus é acompanhado do baixo-contínuo, como a tradição exige. Poderá ser somente o cravo, ou o órgão. Mas cada vez que Jesus fala — e temos esse contraste logo no segundo recitativo da obra — a sua voz é acompanhada de um "halo musical" das cordas, ou seja, sua voz é protegida por essa moldura especial. Num dos momentos cruciais da Paixão, e essa será sua última fala/recitativo, esse "halo" desaparece e a voz de Jesus é acompanhada "a seco", com o baixo-contínuo comum: é no momento em que ele pergunta, na única frase que não é dita em alemão: "Eli, Eli, lama asabthani?"; que logo o Evangelista nos traduz (para o alemão, claro): "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?".

Esses recitativos de Mateus vão costurando a narrativa, contando a história, e a cada momento se soma uma ária ou coral. Há muito de linguagem cifrada na partitura, coisas que só os músicos vêem. Por exemplo, quando a palavra cálice é cantada, Bach sempre dispõe as notas da melodia de maneira que se desenhe na pauta um cálice inclinado. E há também mimetismos sutis: quando a soprano canta em "Blute nur, du liebes Herz!" (Sangra, querido coração) a ação da serpente (Schlange) na ária que fala da traição de Judas, a música da frase "sepenteia" a palavra. Ou em "Buß und Reu" (Contrição e arrependimento) o tocar staccato das flautas sugerem os pingos das lágrimas que o texto explicita.

Texto completo aqui 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -  

DISCO 01

01 Part I: Double Chor & Boy's Chor - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
02 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
03 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
04 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
05 Part I: Double Chor - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
06 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
07 Part I: Chor I - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
08 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
09 Part I: Alto Recit. - Brigit Finnilae
10 Part I: Alto Aria - Brigit Finnilae
11 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
12 Part I: Soprano Aria - Elly Amling
13 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
14 Part I: Chorus I - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
15 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
16 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
17 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel/Leslie Fyson
18 Part I: Soprano Recit. - Elly Amling
19 Part I: Soprano Aria - Elly Amling
20 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
21 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
22 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel/Nielson Taylor
23 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
24 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
25 Part I: Tenor Recit. and Chorale - Ernst Haeflinger
26 Part I: Tenor Aria and Chor II - Ernst Haeflinger
27 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
28 Part I: Bass Recit. - Benjamin Luxon
29 Part I: Bass Aria - Benjamin Luxon
30 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
31 Part I: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
32 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel/Leslie Fyson
33 Part I: Alto & Soprano Duet and Chorus II - Brigit Finnilae/Elly Ameling

DISCO 02


01 Part I: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
02 Part I: Double Chorus - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
03 Part II: Alto Aria and Chorus II - Brigit Finnilae
04 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
05 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
06 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/John Noble/Shirley Mintey
07 Part II: Tenor Recit. - Ernst Haeflinger
08 Part II: Tenor Aria - Ernst Haeflinger
09 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/John Noble/Barry McDaniel
10 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
11 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
12 Part II: Dramatic Recit. - Ernat Haeflinger/Neilson Taylor/Patricia Clark
13 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Neilson Taylor
14 Part II: Alto Aria - Brigit Finnilae
15 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
16 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Leslie Fryson
17 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/John Noble/Leslie Fyson
18 Part II: Bass Aria - Benjamin Luxon
19 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon/Barry McDaniel
20 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
21 Part II: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon/Julie Kennard
22 Part II: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir

DISCO 03


01 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon
02 Part III: Soprano Recit. - Elly Amling
03 Part III: Soprano Aria - Elly Amling
04 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haaeflinger/Benjamin Luxon
05 Part III: Alto Recit. - Brigit Finnilae
06 Part III: Alto Aria - Brigit Finnilae
07 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
08 Part III: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
09 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
10 Part III: Bass Recit. - Benjamin Luxon
11 Part III: Bass Aria - Benjamin Luxon
12 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
13 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
14 Part III: Alto Recit - Brigit Finnilae
15 Part III: Alto Aria and Chorus II - Brigit Finnilae
16 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Barry McDaniel
17 Part III: Chorale - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir
18 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger
19 Part III: Bass Recit. - Benjamin Luxon
20 Part III: Bass Aria - Benjamin Luxon
21 Part III: Dramatic Recit. - Ernst Haeflinger/Benjamin Luxon
22 Part III: Quartet and Chorus II - Benjamin Luxon/Ernst Haeflinger/Brigit Finnilae/Elly Amling
23 Part III: Double Chorus - Ambrosian SIngers/Desborough School Boys Choir

English Chamber Orchestra
Ambrosian Singers
Desborough School Boys' Choir

Johannes Somary, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sábado, 6 de setembro de 2025

Philip Glass (1937 - ) - Complete Études For Solo Piano


"A pianista Sally Whitwell volta a mergulhar na música do mestre do minimalismo Philip Glass em seu novo álbum pela ABC Classics, oferecendo uma jornada intensa e envolvente para piano solo.

Em 2011, Whitwell levou para casa o Prêmio ARIA de Melhor Álbum Clássico com Mad Rush, uma coletânea dedicada à obra de Glass. Desde então, sua conexão com o compositor só cresceu, especialmente em torno dos Études – a maior e mais importante obra de Glass para piano solo. Tanto que, em 2013, depois de ouvir Mad Rush, o próprio Glass a convidou para a estreia mundial dos Études, tocando ao lado dele no Perth International Arts Festival. Depois disso, ele voltou a chamá-la para apresentações em Nova York e Los Angeles. Este novo álbum é fruto dessa parceria tão próxima.

Os Études – vinte peças reunidas em dois volumes – foram compostos ao longo de vinte anos, entre 1991 e 2012, e retratam a evolução musical de um dos grandes nomes da nossa época. Como explica Whitwell: “No começo da série, a gente ouve aquele jovem rebelde, desafiando a academia musical com suas estruturas repetitivas, que puxam você para um espaço meditativo único (se você se deixar levar). Mas, ao final, surge uma figura muito mais calma e pragmática. O jovem furioso dá lugar a um lirismo cheio da sabedoria que só a experiência de vida traz”.

Para Whitwell, essa música também tem um lado muito pessoal – tanto que ela decorou todas as notas do ciclo, que dura cerca de noventa minutos. Ela lembra com carinho a primeira vez que tocou para Glass, apenas os dois na sala: “Ele ouviu com atenção e, no final, me aplaudiu sozinho. ‘Seu toque tem verdadeira poesia’, disse. Naquele momento pensei: ‘Pronto, já posso morrer feliz’”."

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Philip Glass (1937 - ) - 

01. Études: No. 1 (07:55)
02. Études: No. 2 (07:26)
03. Études: No. 3 (04:25)
04. Études: No. 4 (08:21)
05. Études: No. 5 (09:07)
06. Études: No. 6 (06:28)
07. Études: No. 7 (10:03)
08. Études: No. 8 (06:40)
09. Études: No. 9 (03:24)
10. Études: No. 10 (09:47)
11. Études: No. 11 (06:57)
12. Études: No. 12 (08:39)
13. Études: No. 13 (04:09)
14. Études: No. 14 (07:18)
15. Études: No. 15 (07:56)
16. Études: No. 16 (06:23)
17. Études: No. 17 (08:31)
18. Études: No. 18 (06:53)
19. Études: No. 19 (07:14)
20. Études: No. 20 (10:04)

Sally Whitwell, piano 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Johannes Brahms (1833-1897) - Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38, Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99 e Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: Ballata and Ballabile, Op. 160

Encontramos neste disco duas das mais bonitas e delicadas obras do repertório. O Op. 38 de Brahms é, para mim, uma das coisas mais impressionantes escritas por Brahms. Elaborada entre os anos de 1862 e 1865, naquele lento e gradual movimento do compositor, como se maturasse com muita reverência cada nota. Outra coisa importante a se dizer é o encontro perfeito entre os dois instrumentos. Brahms sabia, como ninguém, proporcionar esse encontro.

A Sonata No. 2 é do ano de 1886, ou seja, mais de vinte anos depois, quando o compositor era um espécie de reverendo instrumentalizado; dono de todas as referências e digno de respeito. A diferença é notável: se na primeira obra predomina a introspecção e o peso romântico, aqui encontramos um compositor expansivo, de linguagem mais ousada. Em vinte anos, o compositor desenvolvera novas percepções; a finalidade estética é completamente outra.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38: I. Allegro non troppo
02. Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38: II. Allegro quasi Menuetto
03. Cello Sonata No. 1 in E Minor, Op. 38: III. Allegro
04. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: I. Allegro vivace
05. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: II. Adagio affettuoso
06. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: III. Allegro passionato
07. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: IV. Allegro molto
08. Cello Sonata No. 2 in F Major, Op. 99: Ballata and Ballabile, Op. 160: No. 1, Ballata

Steffan Morris, violoncelo
Alasdair Beatson, piano

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No. 2 in C Minor, - "Resurrection"


Sempre fanático pelo tema da morte, Mahler havia terminado a composição de sua Primeira Sinfonia (1888) e logo escreveu o que deveria ser um Poema Sinfônico chamado Totenfeier (Rito Funeral). Logo segue-lhe a ideia de continuar a composição e escrever uma grande Sinfonia nos moldes da Nona de Beethoven (com a intervenção do Coral no fim). Cinco anos depois — Mahler tinha de dividir seu tempo com as atividades de regente e só lhe sobravam as férias de verão para compor — estão prontos os segundo e terceiro movimentos (1893). No ano seguinte (1894), durante os funerais de Hans von Bülow, o grande regente do século XIX, veio-lhe a inspiração para a conclusão da obra com o poema "Die Auferstehung" (A Ressurreição) de Friedrich Klopstock (1724-1803), não temendo a comparação da obra com a Nona de Beethoven — entre a Nona, primeira a usar voz, e esta, só há outra Sinfonia que tenha ousado o coral, a Segunda de Mendelssohn, obra que nunca chegou a alcançar notoriedade — e usando duas solistas, soprano e contralto, e coro no final.

 Texto completo aqui

Gustav Mahler (1860-1911) - 

01 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ I. Allegro maestoso - Mit durchaus ernstem, feierlic
02 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ II. Andante moderato - Sehr gemächlich, nie eilen
03 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ III. In ruhig fießender Bewegung
04 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ IV. Urlicht -Sehr feierlich, aber schlicht
05 - Symphony No. 2 in C Minor, _Resurrection__ V. Im Tempo des Scherzo, wild herausfahrend - langsa

Münchner Philharmoniker
Philharmonischer Chor München

Anne Schwanewilms, soprano
Olga Borodina, mezzo-soprano
Valery Gergiev, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Jazz - Julian "Cannonball" Adderley (192-1975) - Cannonball's Sharpshooters (1959)

Extraído do encarte:

"Gravando três álbuns de estúdio pelo selo EmArcy, os Sharpshooters de Cannonball Adderley eram uma banda de jazz poderosa no fim dos anos 1950, capaz de colocar swing em qualquer situação e se destacar entre os melhores. Com Junior Mance no piano, Sam Jones no baixo e Jimmy Cobb na bateria, Cannonball e seu irmão Nat Adderley eram jovens, já muito respeitados, e garantiam que esse quinteto pudesse ser colocado entre as melhores bandas de jazz da época. Com uma seção rítmica de primeira, os Adderleys tinham praticamente a formação ideal — tanto para o soul-jazz quanto para o hard bop. Músicas como “Our Delight”, de Tadd Dameron, a acelerada “Stay on It” e o standard “If I Love Again” mostram bem isso, sendo grandes exemplos da energia do jazz pós-Charlie Parker — especialmente a última, em que os sopros se envolvem num diálogo cheio de vida e criatividade".

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. Our Delight
02. What's New
03. Fuller Bop Man
04. Jubilation
05. Stay On It
06. If I Love Again
07. Straight, No Chaser

Not on original LP but from the same sessions:
08. Fuller Bop Man (Long Version)
09. I'll Remember April

From the album "Kenya: Afro-Cuban Jazz with Machito" featuring Cannonball Adderley
10. Congo Mulence
11. Oyeme
12. Cannonology
13. Tururato
14. Minor Rama
15. Conversation
16. Frenzy 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

John Adams (1947 - ) - Absolute Jest for String Quartet and Orchestra e Naive and Sentimental Music

Do encarte do disco:

No encerramento de sua trajetória como Diretor Musical e após conduzir as celebrações do 125º aniversário da orquestra ao longo de duas temporadas, Peter Oundjian e a Royal Scottish National Orchestra apresentam sua segunda incursão discográfica pelo universo sonoro de John Adams, em parceria com o extraordinário Doric String Quartet.

Entre as obras escolhidas está Naive and Sentimental Music, uma sinfonia em larga escala que mobiliza seis percussionistas, sampler de teclado e até uma guitarra de aço amplificada. O resultado é um painel grandioso, repleto de contrastes e choques harmônicos, que traduz em sons a reflexão de Friedrich Schiller, no ensaio de 1795 Über naive und sentimentalische Dichtung, sobre a tensão entre a poesia “ingênua” e a “sentimental”. Ao mesmo tempo, a obra espelha a vida musical “bipolar” de Esa-Pekka Salonen, a quem é dedicada e que, em 1999, regeu a estreia com a Filarmônica de Los Angeles.

A outra peça do programa, Absolute Jest, é um scherzo monumental para quarteto de cordas amplificado e orquestra, permeado de referências a Beethoven — presença tutelar que Adams sempre reverenciou. O quarteto solista, inserido tardiamente na partitura, amplia ainda mais os ecos dos quartetos beethovenianos, permitindo um fluxo de virtuosismo quase “interestelar”, aqui encarnado com brilho pelo Doric String Quartet.

Não faltam vozes que apontem John Adams como o maior compositor vivo dos Estados Unidos. O fato é que sua música tem encontrado cada vez mais espaço em palcos britânicos e europeus. Talvez não por acaso: essas obras, entre todas as de sua produção, dialogam de forma particular com a herança musical do continente.

Em Absolute Jest (2011), Adams constrói uma fantasia vibrante em sete seções contínuas sobre os quartetos tardios de Beethoven, sobretudo o nº 16 em Fá maior, Op. 135, e o nº 14 em Dó sustenido menor, Op. 131. Longe de ser um concerto convencional para quarteto e orquestra, a obra utiliza os solistas como ponto de partida para o jogo criativo da orquestra, em uma experiência sonora tão espirituosa quanto qualquer outra de seu catálogo.

Naive and Sentimental Music revela um caráter quase bruckneriano — como se Bruckner tivesse trocado as montanhas austríacas pelo sol californiano e experimentado os timbres de uma guitarra havaiana ou country. Se existem registros tecnicamente mais polidos da obra, poucos captam com tanta autenticidade sua essência quanto esta leitura de Oundjian.

O resultado é uma gravação que não apenas reafirma a vitalidade da música de Adams, mas também celebra o diálogo transatlântico entre tradição e modernidade. Uma recomendação segura para quem busca conhecer — ou redescobrir — o compositor em sua dimensão mais universal.

John Adams (1947 - ) - 

Absolute Jest for String Quartet and Orchestra (2011, revised 2012)
Dedicated to my friends Brent Assink, John Goldman, and Michael Tilson Thomas
01. Dotted crotchet = 100 - Poco miù mosso - Tranquillo (lo stesso tempo dotted crotcher = 100) - (10:36)
02. Presto dotted crotchet = 130 - Lo stesso tempo - minim = 97 - dotted crotchet = 127 - (3:36)
03. Lo stesso tempo (dotted crotchet = 116) - minim = 87 - crotchet = 87 - (1:08)
04. Meno mosso crotchet = 80 - crotchet = 76 Moderato e tranquillo - dotted minum = 116 - (3:20)
05. Vivacissimo (Lo stesso tempo dotted minum = 116) - (1:56)
06. Prestissimo dotted crotchet = 116 - minum = 88 - minum = 102 - minum = 60 (4:49)

Naive and Sentimental Music (1997-98) - 
for Orchestra
For Esa-Pekka
07. I. Naive and Sentimental Music. Quaver = 92 - quaver = 108 - quaver = 116 - (18:51)
08. II. Mother of the Man. Very calm crotchet = 72 - crotchet = 60 - (15:49)
09. III. Chain to the Rhythm. Crotchet = 92 - minum = 96 - minum = 72 - minum = 100 (11:18)

Doric String Quartet
Royal Scottish National Orchestra

Peter Oundjian, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Steve Reich (1936 - ) - Music for 18 Musicians

"Music for 18 Musicians" foi escrita em 1976. Na ocasião, o compositor possuía apenas 40 anos. A música causou um grande impacto, pois ela é uma experiência de suspensão do tempo; há quase que uma sensualidade hipnótica. O resultado é uma obra-prima do minimalismo musical. 

Escrita para um conjunto de vozes femininas, cordas, clarinetes, pianos, marimbas, xilofones e vibrafones, a obra constrói um verdadeiro organismo vivo. Durante pouco mais de uma hora, o que se ouve é um fluxo contínuo de padrões rítmicos e harmônicos que se expandem e se contraem como respirações. O ciclo é sustentado por um pulso constante — uma batida quase orgânica — que guia os intérpretes e imerge o ouvinte em um estado meditativo. É algo que enfeitiça. Há uma repetição de padrões que cria um efeito extraordinário.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Steve Reich (1936 - ) - 

01. Pulses (04:12)
02. Section I (04:04)
03. Section II (04:03)
04. Section IIIA (03:46)
05. Section IIIB (03:59)
06. Section IV (04:53)
07. Section V (04:48)
08. Section VI (03:56)
09. Section VII (03:33)
10. Section VIII (03:19)
11. Section IX (04:04)
12. Section X (01:18)
13. Section XI (04:12)
14. Pulses II (03:47)

Erik Hall  

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Richard Strauss (1864-1949) - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209

Eu, particularmente, tenho uma grande e profunda admiração pela obra orquestral do compositor alemão Richard Strauss. Seus poemas sinfônicos são tratados expressivos, poesia sonora em forma de força, de ímpeto romântico. Herdeiro de Wagner, Strauss escreveu obras sobre heróis, personagens da literatura, da filosofia; descreveu paisagens, como na notável "Sinfonia Alpina". 

Na obra presente nesta postagem, Strauss se retira do grandioso, do fáustico e se integra à rotina de um cenário doméstico, no caso, a sua própria casa. O compositor procura retratar a arte de conviver em família, no espaço imaculado do próprio lar. Ele procura desenhar como é essa convivência - as alegrias, as conversas bem humoradas; os agastamentos inexoráveis e até mesmo as brincadeiras infantis. O extraordinário é que o compositor utiliza os recursos de uma grande orquestra para realizar essa crônica em forma de descrição sonora. 

A obra estreou em 1904. Houve quem achasse banal esse tipo de criação, como se fosse algo menor;  pois, segundo os críticos, poderia reduzir o gênero poema sinfônico. Todavia, houve quem enxergasse o engenho do compositor, pois ele transformou o cotidiano, a rotina doméstica em arte, sacralizando os elementos constituintes da vida privada. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Richard Strauss (1864-1949) - 

01 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ I. Thema I
02 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ II. Thema II
03 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ III. Thema III
04 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ IV. Scherzo
05 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ V. Wiegenlied
06 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ VI. Adagio
07 - Sinfonia Domestica, Op. 53, TrV 209_ VII. Finale

Münchner Philharmoniker

Zubin Mehta, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Jazz - The George Benson Quartet - It's Uptown

Lançado em 1966 pela Columbia Records, "It's Uptown" é um marco inicial na discografia de George Benson. Gravado quando o guitarrista tinha apenas 23 anos, o álbum apresenta o quarteto formado por ele, o organista Lonnie Smith, o saxofonista barítono Ronnie Cuber e o baterista Jimmy Lovelace. O disco foi produzido pelo lendário John Hammond, figura chave na carreira de grandes nomes do jazz e do blues.

O trabalho evidencia a versatilidade de Benson, que já demonstrava uma habilidade técnica impressionante para o jazz bebop e soul-jazz. Faixas como "Hello Birdie" e "Myna Bird Blues", de sua própria autoria, mostram linhas de guitarra velozes e intrincadas, onde Benson esbanja fluidez e virtuosismo.

Apesar da forte base no jazz, o álbum também mostra o interesse de Benson em explorar outras sonoridades. Em "Ain't That Peculiar", por exemplo, o quarteto entrega uma interpretação vibrante do sucesso de Marvin Gaye, com uma energia que flerta com o rhythm and blues. Outros clássicos como "Summertime" e "Willow Weep for Me" recebem releituras cheias de personalidade, com solos extensos que destacam a profundidade musical do artista. 

O disco é excelente, cheio de energia. O álbum demonstra a solidez do jazz de Benson, ao mesmo tempo que insinua os rumos que ele tomaria em sua carreira, caminhando em direção a uma fusão de gêneros que o consagraria décadas depois como um dos maiores ícones da música contemporânea.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01 - Clockwise
02 - Summertime
03 - Ain't That Peculiar
04 - Jaguar
05 - Willow Weep For Me
06 - A Foggy Day
07 - Hello Birdie
08 - Bullfight
09 - Stormy Weather
10 - Eternally
11 - Myna Bird Blues
12 - J.H. Bossa Nova
13 - Clockwise (alternate take)
14 - Eternally (short version)
15 - Sideman
16 - Minor Chant

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 1, Op. 10, Symphony No. 3 - "The First of May", Op. 20, Scherzo, Op. 1 e Scherzo, Op. 7

Shostakovich foi um compositor que viveu em um tempo histórico de incontáveis tensões. O genial compositor sempre teve de administrar os influxos geniais de sua capacidade criativa e o olhar onipresente do regime soviético. A alternativa para sobreviver a isso foi a utilização da ironia, do humor e do sarcasmo como elementos intrínsecos de sua arte. A dualidade pode ser percebida, por exemplo, neste disco, que nos apresenta dois emblemáticos trabalhos sinfônicos – as sinfonias de número 1 e 3.

A Sinfonia Nº foi composta quando o compositor tinha apenas 19 anos de idade como trabalho de conclusão de curso (1925), no Conservatório de Leningrado. Àquela altura, o trabalho chamou a atenção pela originalidade. Não possuía a eloquência sinfônica de uma sinfonia de Mahler ou a melancolia característica, conectada a uma força orquestral, como era tão próprio de Tchaikovsky. Pelo contrário, Shostakovich com aquele trabalho estava apresentando ao mundo a sinfonia moderna por excelência. Era a maneira como o intelectual o artista deveria sobreviver, como diria Eric Hobsbawn, na ‘era dos extremos’. Suas sinfonias eram uma forma de respiração. A Nº 1 era densa de irreverência, humor, sarcasmo e drama. Como uma espécie de proto-sinfonia, essas seriam as marcas inescapáveis de suas composições. Resultado: o reconhecimento e o sucesso foram imediatos.

Já A Sinfonia Nº 3, escrita em 1929, em um período que prenunciava anos difíceis para o compositor, era uma tentativa de conciliação com os ideais do regime soviético. Conhecida como “O Primeiro de Maio”, foi dedicada ao aniversário da Revolução de Outubro. Ela conservava um caráter programático, pois como disse o próprio compositor, era uma “composição de concerto-sinfonia-poema”. A peça procura alternar momentos de vigor e entusiasmo; ao final, aparece um coro cantando um poema em homenagem à Revolução. É fácil perceber o desconforto do compositor. É como se olhássemos para ele e testemunhássemos o seu “sorriso amarelo”, como que a pedir desculpas.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01. Shostakovich- Scherzo, Op. 1
02. Shostakovich- Scherzo, Op. 7
03. Shostakovich- Symphony No. 1, Op. 10- I. Allegretto
04. Shostakovich- Symphony No. 1, Op. 10- II. Allegro
05. Shostakovich- Symphony No. 1, Op. 10-
06. Shostakovich- Symphony No. 1, Op. 10- IV. Allegro molto
07. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- I. Allegretto
08. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- II. Allegro
09. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- III. Più mosso
10. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- IV. Allegro
11. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- V. Andante
12. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- VI. Allegro
13. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- VII. Andante
14. Shostakovich- Symphony No. 3, Op. 20- VIII. Moderato

BBC Philharmonic Orchestra
John Storgårds, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

domingo, 31 de agosto de 2025

Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 3 in D Minor, WAB 103 - "Wagner Symphony" e Symphony No. 4 in E-Flat Major, WAB 104 - "Romantic"

 

Muito já se escreveu sobre a personalidade de Anton Bruckner. Ficou para a posteridade a imagem de alguém tímido, inseguro, religioso, bonachão. Todavia, foi um indivíduo com essas credenciais que, facilmente, seria transformado em um pária, que escreveu sinfonias que estão entre os monumentos mais extraordinários já concebidos pelo ser humano. Penso que este disco apresente dois trabalhos que são pontos inflexivos em sua trajetória. A primeira delas é a Número 3, conhecida como "Wagner"; e a outra é a Número 4, a poderosa "Romântica". A Número 3 aponta para uma ascensão que levaria o compositor para a "Romântica". Tudo que surge após a "Romântica" é coisa de gênio.

Sempre, quando sei que vou Bruckner, preparo-me para um grande evento. Faço-me todo atenção. Os blocos sonoros densos, a estrutura colossal, que procura abarcar a complexidade e a beleza da vida; e tudo isso revestido por uma religiosidade subjacente. O primeiro movimento da Quarta é uma das coisas mais belas já criadas. Aquele início com a trompa de caça arrepia a alma. O frescor das melodias torna uma experiência quase que espiritual. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Anton Bruckner (1824-1896) - 

01. Symphony No. 3 in D Minor, WAB 103 "Wagner Symphony": I. Gemäßigt, mehr bewegt, misterioso (1877 Version) (19:31)
02. Symphony No. 3 in D Minor, WAB 103 "Wagner Symphony": II. Adagio. Bewegt, quasi andante (1877 Version) (13:26)
03. Symphony No. 3 in D Minor, WAB 103 "Wagner Symphony": III. Scherzo. Ziemlich schnell (1877 Version) (6:53)
04. Symphony No. 3 in D Minor, WAB 103 "Wagner Symphony": IV. Finale. Allegro (1877 Version) (14:37)
05. Symphony No. 4 in E-Flat Major, WAB 104 "Romantic": I. Bewegt, nicht zu schnell (1886 Version) (17:46)
06. Symphony No. 4 in E-Flat Major, WAB 104 "Romantic": II. Andante, quasi allegretto (1886 Version) (14:36)
07. Symphony No. 4 in E-Flat Major, WAB 104 "Romantic": III. Scherzo. Bewegt - Trio. Nicht zu schnell (1886 Version) (10:32)
08. Symphony No. 4 in E-Flat Major, WAB 104 "Romantic": IV. Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell (1886 Version) (20:13) 

Royal Concertgebouw Orchestra
Nikolaus Harnoncourt, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

 

sábado, 30 de agosto de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Johannes-Passion

 

Para as celebrações da Sexta-feira Santa em 1724, Bach criou esta Paixão de grande beleza, menos conhecida que a Paixão segundo Mateus, em relação a qual esta perde um pouco em monumentalidade, mas nela Bach foi mais direto, melodicamente mais lírico.

A Paixão segundo João é criada logo após a chegada de Bach a Leipzig, uma cidade sem teatro de ópera, de vida luterana contrita e austera. Ao ser contratado, constava de seus deveres evitar, na música a produzir, os exageros operísticos. Um músico com sua imensa capacidade não iria se acanhar ante obstáculos, e o clima intimista alcançado é perfeito.

São dois os capítulos, 18 e 19, do Evangelho de João, dos quais Bach usa sem alterações as palavras da Bíblia na tradução de Lutero para as interferências do Evangelista. Solistas cantam os trechos de Jesus, Pedro, Pilatus, e o Coro dá voz à turba. Costurando as passagens, Árias para diversos solistas dão conta do estado de espírito de cada personagem, embasando dramaticamente cada situação e reforçando o contexto emocional de cada momento.

Uma diferença entre os Chorus e os Chorale: num serviço religioso (como na época) o primeiro é cantado pelo coro, fazendo parte da história; já o segundo, o Chorale, é cantado por toda a congregação (o povo na Igreja) e funciona como um comentário que abre à participação dos ouvintes.

Daqui 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 

DISCO 01

ERSTER TEIL
01. Nr. 1. Chorus: Herr, unser Herrscher
02. Nr. 2. Rezitativ (Evangelist, Jesus) mit Chorus: Jesus ging mit seinen Jüngern
03. Nr. 3. Choral: O große Lieb, o Lieb ohn' alle Masse
04. Nr. 4. Rezitativ (Evangelist, Jesus): Auf daß das Wort erfüllet würde
05. Nr. 5. Choral: Dein Will gescheh, Herr Gott, zugleich
06. Nr. 6. Rezitativ (Evangelist): Die Schar aber und der Oberhauptmann
07. Nr. 7. Aria (Alt): Von den Stricken meiner Sünden
08. Nr. 8. Rezitativ (Evangelist): Simon Petrus aber folgete Jesum nach
09. Nr. 9. Aria (Sopran): Ich folge dir gleichfalls
10. Nr. 10. Rezitativ (Evangelist, Ancilla, Petrus, Jesus, Servus): Derselbige Jünger war dem 

Hohenpriester bekannt
11. Nr. 11. Choral: Wer hat dich so geschlagen
12. Nr. 12. Rezitativ (Evangelist, Petrus, Servus) mit Chorus: Und Hannas sandte ihn gebunden
13. Nr. 13. Aria (Tenor): Ach, mein Sinn
14. Nr. 14. Choral: Petrus, der nicht denkt zurück

ZWEITER TEIL
15. Nr. 15. Choral: Christus, der uns selig macht
16. Nr. 16. Rezitativ (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Chorus: Da führeten sie Jesum
17. Nr. 17. Choral: Ach, großer König, groß zu allen Zeiten
18. Nr. 18. Rezitativ (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Chorus: Da sprach Pilatus zu ihm
19. Nr. 19. Arioso (Baß): Betrachte, meine Seel
20. Nr. 20. Aria (Tenor): Erwäge, wie sein blutgefärbter Rücken

DISCO 02

01. Nr. 21. Rezitativ (Evangelist, Pilatus, Jesus) mit Chorus: Und die Kriegsknechte flochten eine Krone von Dornen
02. Nr. 22. Choral: Durch dein Gefängnis, Gottes Sohn
03. Nr. 23. Rezitativ (Evangelist) mit Chorus: Die Juden aber schrien und sprachen
04. Nr. 24. Aria (Baß) mit Chor: Eilt, ihr angefochtnen Seelen
05. Nr. 25. Rezitativ (Evangelist) mit Chorus: Allda kreuzigten sie ihn
06. Nr. 26. Choral: In meines Herzens Grunde
07. Nr. 27. Rezitativ (Evangelist) mit Chorus: Die Kriegsknechte aber
08. Nr. 28. Choral: Er nahm alles wohl in acht
09. Nr. 29. Rezitativ (Evangelist, Jesus): Und von Stund an nahm sie
10. Nr. 30. Aria (Alt): Es ist vollbracht
11. Nr. 31. Rezitativ (Evangelist): Und neigte das Haupt und verschied
12. Nr. 32. Aria (Baß) mit Chor: Mein teurer Heiland
13. Nr. 33. Rezitativ (Evangelist): Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriß
14. Nr. 34. Arioso (Tenor): Mein Herz, in dem die ganze Welt
15. Nr. 35. Aria (Sopran): Zerfließe, mein Herze
16. Nr. 36. Rezitativ (Evangelist): Die Juden aber, dieweil es der Rüsttag war
17. Nr. 37. Choral: O hilf, Christe, Gottes Sohn
18. Nr. 38. Rezitativ (Evangelist): Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia
19. Nr. 39. Chorus: Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine
20. Nr. 40. Choral: Ach Herr, laß dein lieb Engelein

Netherlands Radio Chorus
Royal Concertgebouw Orchestra, Amsterdam

Eugen Jochum, regente 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Louis Spohr (1784-1859) - Violin Concerto No. 4, Op. 10 e Violin Concerto No. 11, Op. 70

Tenho postado algumas obras de Louis Spohr por aqui. O compositor foi uma importante figura da música do século XIX, ao lado de Beethoven e Schubert, por exemplo. Todavia, ao longo das décadas acabou sendo esquecido. O compositor foi um virtuose que deixou uma quantidade considerável de obras - concertos, sinfonias, óperas, música de câmara e, simplesmente, quinze concertos para violino. Neste disco, encontramos dois deles.

O primeiro é o Concerto No.4, escrito em 1806. Quando escreveu a obra, tinha apenas 22 anos de idade. A obra foi escrita por um entusiasta do classicismo, mas com uma expressividade lírica e romântica. A segunda obra é o Concerto No. 11, escrita em 1827, uma obra que mostra um Spohr maduro e pleno de sua competência como compositor e instrumentista. É notável a poesia da obra não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Louis Spohr (1784-1859) - 

(01)_[Ulf_Hoelscher]_Violin_Concerto_No._4,_Op._10-_I._Allegro_moderato
(02)_[Ulf_Hoelscher]_Violin_Concerto_No._4,_Op._10-_II._Adagio
(03)_[Ulf_Hoelscher]_Violin_Concerto_No._4,_Op._10-_III._Rondo_Allegretto
(04)_[Ulf_Hoelscher]_Violin_Concerto_No._11,_Op._70-_I._Adagio-Allegro_vivace
(05)_[Ulf_Hoelscher]_Violin_Concerto_No._11,_Op._70-_II._Adagio
(06)_[Ulf_Hoelscher]_Violin_Concerto_No._11,_Op._70-_III._Rondo._Allegretto

Rundfunk-Sinfoniorchester Berlin
Christian Fröhlich, regente
Ulf Hoelscher, violino 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

Georg Philipp Telemann (1683-1767) - Ouvertures pittoresques

Texto do encarte:

"Ao longo de uma carreira vasta e extraordinariamente produtiva, Georg Philipp Telemann cultivou um profundo apreço pela ouverture-suite: uma abertura à maneira francesa, seguida por uma sequência de danças e peças de caráter. Embora herdasse o modelo rigoroso da tradição francesa, soube temperá-lo com sua imaginação fértil e espírito lúdico, permanecendo fiel a essa forma muito depois de ela ter saído de moda.

Entre as variantes de que mais gostava estava a chamada ouverture pittoresque, que lhe oferecia o prazer de explorar a pintura sonora e a caracterização vívida. Não por acaso, um de seus contemporâneos observou: “Ninguém pinta com pinceladas mais vigorosas do que ele.” Exemplos notáveis são a célebre Völker-Ouvertüre, em que desfilam diferentes nacionalidades — turcos, suíços e moscovitas —, e a Ouverture, jointes d'une Suite tragi-comique, na qual Telemann retrata enfermidades como a hipocondria e a gota, bem como seus possíveis remédios, com engenho e humor refinado.

Desde cedo também se deixou inspirar pela música popular, sobretudo a tradição polonesa da região de Cracóvia, onde viveu em sua juventude como mestre de capela na corte do conde Erdmann von Promnitz. Ali, fascinado pelo que chamou de uma “verdadeira beleza bárbara”, ousou vestir essas melodias folclóricas com as vestes da música italiana. O resultado foi surpreendente: nos dois concertos “poloneses” para cordas, a paixão de Telemann pela música da Polônia transparece desde a primeira nota. Ambos se iniciam com polonaises solenes e festivas, enriquecidas por curvas melódicas cromáticas, e seguem para movimentos rápidos cheios de cores locais — como os efeitos de bordão que evocam o som rústico da dudy, a gaita de foles polonesa".

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Georg Philipp Telemann (1683-1767) - 


Ouverture in D major, TWV55:D15
01. Ouverture
02. Prélude. Très viste
03. Gigue
04. Menuet I / Menuet II
05. Harlequinade
06. Loure
07. Rondeau
08. Réjouissance

Ouverture in B flat major, TWV55:B5 (‘Völker-Ouvertüre’)
09. Ouverture
10. Menuet I / Menuet II. Doucement
11. Les Turcs
12. Les Suisses. Grave – Viste
13. Les Moscovites
14. Les Portugais. Grave – Viste
15. Les Boiteux
16. Les Coureurs

Concerto polonois in B flat major, TWV43:B3
17. Polonoise
18. Allegro
19. Largo
20. Allegro

Concerto polonois in G major, TWV43:G7
21. Allegro moderato
22. Allegro vivace
23. Largo
24. Allegro

Ouverture, jointes d’une Suite tragi-comique in D major, TWV55:D22
25. Ouverture
26. Le Podagre. Loure
27. Remède expérimenté: La Poste et la Dance. Menuet en Rondeau
28. L’hypocondre. Sarabande/Gigue
29. Remède: Souffrance héroïque. Marche
30. Le Petit-Maître
31. Remède: Petite-maison. Furies

Arte dei Suonatori
Martin Gester, regente

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Alberto Ginastera (1916-1983) - String Quartets

Que disco espetacular. Algumas palavras extraídas do material de apresentação do disco:

"O Quarteto Miró, celebrando três décadas de trajetória artística, apresenta um álbum dedicado à integral dos quartetos de cordas de Alberto Ginastera, um dos grandes mestres da música latino-americana do século XX. Criador de contrastes arrebatadores e de uma profundidade emocional rara, Ginastera soube entrelaçar em sua obra a essência das tradições populares argentinas, a ousadia da linguagem modernista e um poderoso senso de expressão interior. Esses três quartetos percorrem todo o arco de sua criação, revelando uma jornada fascinante através de três fases estilísticas distintas.

Os dois primeiros quartetos, ainda pouco explorados no universo fonográfico, são verdadeiras joias ocultas: obras que, embora frequentemente ovacionadas em apresentações ao vivo, raramente foram registradas ao lado do terceiro. O primeiro quarteto irradia energia rítmica e cores folclóricas vibrantes; o segundo mergulha em um lirismo introspectivo e delicado; o terceiro se ergue com intensidade sombria e arrebatadora. Cada um deles reflete a fusão singular de influências que marcam a escrita de Ginastera — ecos de Bartók e Stravinsky transfigurados em uma voz inconfundível, marcada pela força expressiva e pelo poder narrativo.

Reunidos, esses quartetos formam um ciclo monumental, no qual cada peça é uma história autônoma e, ao mesmo tempo, parte de uma grande tapeçaria musical. É nesse entrelaçamento de narrativas, entre a memória das raízes e a ousadia da modernidade, que resplandece a genialidade de Ginastera".

Não deixe de ouvir. Uma boa apresentação.   

01. Ginastera- String Quartet No. 1, Op. 20- I. Allegro violento ed agitato
02. Ginastera- String Quartet No. 1, Op. 20- II. Vivacissimo
03. Ginastera- String Quartet No. 1, Op. 20- III. Calmo e poetico
04. Ginastera- String Quartet No. 1, Op. 20- IV. Allegramente rústico
05. Ginastera- String Quartet No. 2, Op. 26- I. Allegro rústico
06. Ginastera- String Quartet No. 2, Op. 26- II. Adagio angoscioso
07. Ginastera- String Quartet No. 2, Op. 26- III. Presto magico
08. Ginastera- String Quartet No. 2, Op. 26- IV. Libero e rapsodico
09. Ginastera- String Quartet No. 2, Op. 26- V. Furioso
10. Ginastera- String Quartet No. 3, Op. 40- I. Contemplativo
11. Ginastera- String Quartet No. 3, Op. 40- II. Fantastico
12. Ginastera- String Quartet No. 3, Op. 40- III. Amoroso
13. Ginastera- String Quartet No. 3, Op. 40- IV. Drammatico
14. Ginastera- String Quartet No. 3, Op. 40- V. Di nuovo contemplativo

Miró Quartet
Kiera Duffy 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Gabriel Fauré (1824-1924) - Piano Quartet No. 1 in C Minor, Op. 15 e Piano Quartet No. 2 in G Minor, Op. 45

Em meio à tradição francesa da virada do século XIX para o XX, a obra de Gabriel Fauré se destaca por sua elegância refinada, por possuir sutileza harmônica e uma rara capacidade de unir o lirismo melódico à inovação estrutural. Pode-se dizer que duas das suas criações mais emblemáticas para música de câmara estão os dois quartetos com piano - o Quarteto em Dó menor, Op. 15 (1876–79, revisto em 1883) e o Quarteto em Sol menor, Op. 45 (1885–86). Apesar de compartilharem a mesma formação - piano, violino, viola e violoncelo -, as obras revelam momentos distintos do compositor: um Fauré ainda jovem, apaixonado e influenciado pelo romantismo germânico, e um Fauré já maduro, com uma linguagem cada vez mais pessoal e ousada.

O Op. 15 do compositor estreou em 1880, com o próprio Fauré ao piano, o primeiro quarteto é considerado um marco no repertório camerístico francês. A obra respira energia juvenil e um lirismo imediato. Já o Op. 45, foi escrito alguns anos mais tarde, em 1886; o segundo quarteto reflete um Fauré já consolidado em sua carreira, então diretor do Conservatório de Paris. Aqui a escrita se torna mais expansiva, ousada e densa em termos harmônicos.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Gabriel Fauré (1824-1924) - 

01 - Piano Quartet No. 1 in C Minor, Op. 15- I. Allegro
02 - Piano Quartet No. 1 in C Minor, Op. 15- II. Scherz
03 - Piano Quartet No. 1 in C Minor, Op. 15- III. Adagi
04 - Piano Quartet No. 1 in C Minor, Op. 15- IV. Allegr
05 - Piano Quartet No. 2 in G Minor, Op. 45- I. Allegro
06 - Piano Quartet No. 2 in G Minor, Op. 45- II. Allegr
07 - Piano Quartet No. 2 in G Minor, Op. 45- III. Adagi
08 - Piano Quartet No. 2 in G Minor, Op. 45- IV. Allegr

Ensemble Villa Musica 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!

 

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Antonín Dvorak (1841-1904) - String Quartet No. 12 in F major, Op. 96 - American B.179 e Bedrich Smetana (1824-1884) - String Quartet No. 1 in E minor - "From my Life"

Este disco nos apresenta duas obras de dois compositores tchecos – Dvorak e Smetana. O primeiro deles é o conhecido Quarteto Americano, cuja escrita se deu no ano de 1893, quando o compositor esteve em Spilville, Iowa; é uma obra-prima incontestável de grande serenidade e beleza. A obra procura desenhar a paisagem, os ares, as cores dos Estados Unidos. Dvorak, fascinado pelos cantos dos pássaros e pela música folclórica nativa americana, incorpora esses elementos em sua música, criando uma atmosfera que é ao mesmo tempo exótica e familiar.

A outra obra do disco é o também famoso quarteto “Da minha vida”, de Biedrich Smetana. Diferentemente, da composição de seu conterrâneo, encontramos nessa obra um aspecto essencialmente trágico. Escrito em 1876, após o compositor ter perdido a audição, o quarteto é uma autobiografia sonora. Cada movimento representa uma fase de sua vida: a juventude, os triunfos musicais, a vida familiar e, no movimento final, a tragédia da surdez.

Os dois quartetos são belos à sua maneira. Enquanto a obra de Dvorak procura descrever as belezas vistas, constatadas pelos olhos de alguém que se encontrava em um país distante e diferente do seu, Smetana nos convida a uma viagem introspectiva e repleta de tragicidade. Enquanto composição de Dvorak é contagiante, luminosa, Smetana aponta para os eventos dolorosas da vida. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01. String Quartet No. 12 in F major, Op. 96 - American B.179 - 1. Allegro ma non troppo
02. String Quartet No. 12 in F major, Op. 96 - American B.179 - 2. Lento
03. String Quartet No. 12 in F major, Op. 96 - American B.179 - 3. Molto vivace
04. String Quartet No. 12 in F major, Op. 96 - American B.179 - 4. Finale (Vivace ma non troppo)
05. String Quartet No. 1 in E minor From my Life - 1. Allegro vivo appassionato
06. String Quartet No. 1 in E minor From my Life - 2. Allegro moderato alla Polka
07. String Quartet No. 1 in E minor From my Life - 3. Largo sostenuto
08. String Quartet No. 1 in E minor From my Life - 4. Vivace

Guarneri Quartet 

Você pode comprar este disco na Amazon

*Para acessar o link, por favor, clicar na imagem.

*Se possível, deixe um comentário. Sua participação é importante. Ela ajuda a manter o nosso blog!