terça-feira, 24 de junho de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - Concerti per fagotto IV

 

Antonio Vivaldi (1678-1741) -  

Concerto RV 469 in Do Maggiore
01. Allegro
02. Largo
03. [Senza Indicazione di Tempo]

Concerto RV 491 in Fa Maggiore

04. Allegro Molto
05. Largo
06. [Senza Indicazione di Tempo]

Concerto RV 498 in La Minore
07. Allegro
08. Larghetto
09. Allegro

Concerto RV 492 in Sol Maggiore
10. Allegro non molto
11. Largo
12. Allegro

Concerto RV 500 in La Minore
13. Allegro
14. Largo
15. Allegro

Concerto RV 473 in Do Maggiore
16. Allegro non molto
17. Largo
18. Minuet

L'Onda Armonica 

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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Frédéric Chopin (1810-1849) - 24 Préludes, Op. 28, Johannes Brahms (1833-1897) - 3 Intermezzi, Op. 117 e Robert Schumann (1810-1856) - Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations"


 

01. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 1 in C Major (0:49)
02. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 2 in A Minor (2:22)
03. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 3 in G Major (0:57)
04. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 4 in E Minor (2:24)
05. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 5 in D Major (0:36)
06. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 6 in B Minor (2:09)
07. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 7 in A Major (0:43)
08. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 8 in F-Sharp Minor (2:11)
09. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 9 in E Major (1:32)
10. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 10 in C-Sharp Minor (0:34)
11. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 11 in B Major (0:46)
12. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 12 in G-Sharp Minor (1:20)
13. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 13 in F-Sharp Major (3:34)
14. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 14 in E-Flat Minor (0:42)
15. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 15 in D-Flat Major, "Raindrop" (6:47)
16. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 16 in B-Flat Minor (1:07)
17. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 17 in A-Flat Major (3:50)
18. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 18 in F Minor (1:07)
19. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 19 in E-Flat Major (1:27)
20. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 20 in C Minor (1:58)
21. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 21 in B-Flat Major (2:24)
22. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 22 in G Minor (0:51)
23. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 23 in F Major (1:02)
24. Chopin: 24 Préludes, Op. 28: No. 24 in D Minor (2:42)
25. Brahms: 3 Intermezzi, Op. 117: No. 1 in E-Flat Major (6:10)
26. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": I. Theme (2:04)
27. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": II. Variation 1 (1:41)
28. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": III. Variation 2 (1:56)
29. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": IV. Variation 3 (2:13)
30. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": V. Variation 4 (2:00)
31. Schumann: Theme & Variations in E-Flat Major, WoO 24, "Ghost Variations": VI. Variation 5 (3:29)

Eric Lu, piano 

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domingo, 22 de junho de 2025

Johannes Brahms (1833-1897) - Symphonies, Festival Academic Overture & Tragic Overture

 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

01. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: I. Un poco sostenuto - Allegro (17:02)
02. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: II. Andante sostenuto (8:49)
03. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: III. Un poco allegretto e grazioso (4:49)
04. Symphony No. 1 in C Minor, Op. 68: IV. Finale. Adagio (16:05)
05. Tragic Overture, Op. 81 (12:22)
06. Academic Festival Overture, Op. 80 (10:11)
07. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: I. Allegro non troppo (19:07)
08. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: II. Adagio non troppo (9:26)
09. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: III. Allegretto grazioso. Quasi andantino (5:46)
10. Symphony No. 2 in D Major, Op. 73: IV. Allegro con spirito (8:35)
11. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: I. Allegro con brio (12:56)
12. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: II. Andante (9:05)
13. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: III. Poco allegretto (5:38)
14. Symphony No. 3 in F Major, Op. 90: IV. Allegro (8:45)
15. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: I. Allegro non troppo (12:53)
16. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: II. Andante moderato (11:54)
17. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: III. Allegro giocoso (6:18)
18. Symphony No. 4 in E Minor, Op. 98: IV. Allegro energico e passionato (9:32)

London Philharmonic Orchestra
Eugen Jochum, regente 

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sábado, 21 de junho de 2025

Dmitry Shostakovich (1906-1975) - Concerto for Cello and Orchestra in E flat major, Op. 107 e Dmitry Kabalevsky (1904-1987) - Concerto for Cello and Orchestra in G minor, Op. 49

 

Dmitry Shostakovich (1906-1975) - 

Concerto for Cello and Orchestra in E flat major, Op. 107

01. I. Allegretto
02. Il. Moderato
- Ill. Cadenza
- IV. Allegro con moto

Dmitry Kabalevsky (1904-1987) - 


Concerto for Cello and Orchestra in G minor, Op. 49

03. I. Allegro
04. Il. Largo
05. Ill. Allegretto

Philadelphia Orchestra
Eugene Ormandy, regente
Yo-Yo Ma, violoncelo 

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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Antonio Vivaldi (1678-1741) - The Four Seasons

 

As quatro estações estão entre as obras mais gravadas de toda a história do disco e existem sob todas as formas de arranjos e adaptações. Tornaram-se um patrimônio da nossa cultura. Mesmo quem não conhece música clássica certamente as ouviu. Já em seu tempo, estes concertos tinham imensa popularidade: a peça estrangeira mais executada nos Concerts Spirituels, tradicionais séries de concertos de alto nível que aconteciam em Paris, era tão apreciada pelo público francês que, em 1766, o compositor Michel Corrette (1707-1795) utilizou a música da Primavera no seu grandioso salmo Laudate Dominum. De 1950 para cá, a obra de Vivaldi recuperou integralmente a reputação que tinha na época em que foi composta.

O primeiro concerto de As quatro estações, em Mi maior (RV 269), intitulado A Primavera, é o mais famoso do conjunto, já tendo até sido utilizado em comercial de sabonetes na década de 80. No soneto que acompanha a obra, anuncia-se a chegada da primavera, com a saudação festiva dos pássaros e o murmúrio das fontes e das brisas suaves.

O sol abrasador atinge os camponeses no segundo concerto, em Sol menor (RV 315), chamado de O Verão, mas uma tempestade se anuncia, eclodindo no terceiro movimento numa furiosa chuva de granizo acompanhada pelo crepitar de uma rápida passagem ornamental na orquestra e no solo.

O Outono, terceiro concerto da série em Fá maior (RV 293), abre com uma dança camponesa para celebrar a colheita e conclui com uma caça (completa, com “trompas, armas e cães”), que culmina na morte de um veado selvagem. 

Finalmente, o Inverno, quatro e último concerto das Estações, em Fá menor (RV 297), descreve primeiro o frio e o bater de dentes (vídeo a seguir), depois momentos calmos junto ao fogo e, enfim, a alegria temerária de deslizar no gelo quebradiço e ouvir o assobio dos ventos invernais. 

Na verdade, cada compasso fala por si, tornando praticamente desnecessários os sonetos explicativos. A sequência dos eventos está perfeitamente clara, um quadro fresco como uma pintura. Tudo é imediatamente percebido, sem ser, no entanto, ingênuo, pois esses quatro concertos, com sua tradicional sucessão de movimentos rápido-lento-rápido, trazem muitas surpresas, agradando inclusive o conhecedor experiente por sua riqueza formal que nada tem de esquemática, por expressivas irregularidades, com mudanças de tempos e de ritmos.

Com cerca de 500 gravações realizadas, As quatro estações representam o epicentro do gosto do grande público: são doces, melodicamente irresistíveis e descomplicadas para se apreciar. O passar dos seus quase 300 anos de composição em nada as afetou, e, apesar de ouvidas com frequência nas salas de concerto e por meio de gravações, elas em nada perderam seu frescor original. É como se tivessem sido escritas ontem. A escala das gravações vai desde a versão com grande orquestra do regente austríaco Herbert von Karajan (1908-1989) e a Filarmônica de Berlim até os 16 instrumentos espartanos na interpretação do Drottningholm Baroque Ensemble da Suécia. A primeira a vender maciçamente foi a gravação de 1955, com o grupo I Musici, de Roma, com Felix Ayo como solista, tão bem sucedida que teve que ser refeita quatro anos depois em estéreo – e teve 9,5 milhões de discos vendidos.

“Natureza e arte combinaram-se antes do que se possa imaginar”, como teria desejado o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Em As quatro estações, sentimos a fúria de Vivaldi, mas essa fúria era pura paixão, paixão pela arte. Apesar de sua saúde frágil, o incansável Padre Ruivo passou 40 anos de sua vida como professor de um orfanato recebendo um salário que não ia além daquele de um principiante, evidentemente por amor desinteressado à arte.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Trecho extraído daqui 

01 - The Four Seasons, Violin Concerto in E Major, Op. 8 No. 1, RV 269 _Spring__ I. Allegro
02 - The Four Seasons, Violin Concerto in E Major, Op. 8 No. 1, RV 269 _Spring__ II. Largo e pianissimo sempre
03 - The Four Seasons, Violin Concerto in E Major, Op. 8 No. 1, RV 269 _Spring__ III. Danza pastorale. Allegro
04 - The Four Seasons, Violin Concerto in G Minor, Op. 8 No. 2, RV 315 _Summer__ I. Allegro non molto
05 - The Four Seasons, Violin Concerto in G Minor, Op. 8 No. 2, RV 315 _Summer__ II. Adagio e piano
06 - The Four Seasons, Violin Concerto in G Minor, Op. 8 No. 2, RV 315 _Summer__ III. Presto
07 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Major, Op. 8 No. 3, RV 293 _Autumn__ I. Allegro
08 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Major, Op. 8 No. 3, RV 293 _Autumn__ II. Adagio molto
09 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Major, Op. 8 No. 3, RV 293 _Autumn__ III. Allegro
10 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Minor, Op. 8 No. 4, RV 297 _Winter__ I. Allegro non molto
11 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Minor, Op. 8 No. 4, RV 297 _Winter__ II. Largo
12 - The Four Seasons, Violin Concerto in F Minor, Op. 8 No. 4, RV 297 _Winter__ III. Allegro

Anima Musicæ Chamber Orchestra 

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Alexander Tcherepnin (1899-1977) - Prelude to "La Princesse lointaine", Op. 4, Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) - Capriccio Espagnol, Op. 34 e Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) - Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55

 

01. Tcherepnin: Prelude to "La Princesse lointaine", Op. 4
02. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: I. Alborada. Vivo e strepitoso
03. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: II. Variazioni. Andante con moto
04. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: III. Alborada. Vivo e strepitoso
05. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: IV. Scena e canto gitano. Allegretto
06. Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol, Op. 34: V. Fandango asturiano
07. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: I. Élégie. Andantino molto cantabile
08. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: II. Valse mélancolique. Allegro moderato
09. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: III. Scherzo. Presto
10. Tchaikovsky: Orchestral Suite No. 3 in G Major, Op. 55: IV. Tema con variazioni. Andante con moto

NDR Radiophilharmonie

Stanislav Kochanovsky, regente  

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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Giovanni Battista Sammartini (1695-1750) - Concertos for the organ, Op. 9

 

Giovanni Battista Sammartini (1695-1750) - 

01. Concerto Secondo (F major) - Allegro
02. Concerto Secondo (F major) - Andante
03. Concerto Secondo (F major) - Allegro
04. Concerto Primo (A major) - Andante spiritoso
05. Concerto Primo (A major) - Allegro assai
06. Concerto Primo (A major) - Andante
07. Concerto Primo (A major) - Allegro assai
08. Giovanni Battista Sammartini Sonata in C major
09. Concerto Quarto (Bb major) - Allegro
10. Concerto Quarto (Bb major) - Sostenuto
11. Concerto Quarto (Bb major) - Andante
12. Concerto Quarto (Bb major) - Allegro
13. Concerto Terzo (G major) - Spiritoso
14. Concerto Terzo (G major) - Andante
15. Concerto Terzo (G major) - Allegro
16. Giovanni Battista Sammartini Sonata in G major, 'con trombe di registro'

La Risonanza 

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terça-feira, 17 de junho de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 7, Op. 60 -"Leningrad"


A Sinfonia No. 7 é um dos trabalhos mais simbólicos e emblemáticos do século XX. Ela se constitui como uma espécie de hino de resistência do povo soviético à invasão perpetrada pelos nazistas. É uma denúncia da truculência da guerra, dessa noite escura e espessa, geradora de atrocidades impensáveis. Ela recebe o nome de Leningrado, pois aponta para o cerco de 900 (de 1941 a 1944) dias dos nazistas à cidade e que ceifou a vida de milhares de pessoas. Foi um dos bloqueios mais violentos da história, resultando em fome, doenças e bombardeios. A cidade ficou sem energia elétrica, sem água, sem aquecimento para resistir ao rigoroso inverno russo. Apesar da inclemente ação das forças nazistas, apesar da fome e da escassez material, a população resistiu bravamente, formando milícias urbanas e defendendo a cidade.

Carlos Drummond de Andrade escreveu em referência à cidade os seguintes versos:

Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora,
e o hálito selvagem da liberdade
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem,
enquanto outros, vingadores, se elevam
.

Shostakovich nasceu em Leningrado (atual São Petersburgo).  Teve de sair de lá. Começou a escrever a Sétima Sinfonia antes e durante a invasão nazista. Sua escrita se deu entre junho e dezembro de 1941. A estreia mundial da Sinfonia nº 7 aconteceu em 5 de março de 1942, na cidade de Kuibyshev, conduzida por Samuil Samosud. A performance foi transmitida por rádio e rapidamente a sinfonia tornou-se símbolo de resistência soviética.

No entanto, o episódio mais notável foi a estreia em Leningrado, em 9 de agosto de 1942, durante o cerco. A apresentação foi feita por uma orquestra montada às pressas com músicos que haviam sobrevivido à fome e ao frio, muitos sendo retirados diretamente da linha de frente. Para garantir silêncio, os soviéticos lançaram uma operação militar para silenciar a artilharia nazista no dia do concerto.

A Sinfonia Leningrado é um documento histórico feito em forma de música. Somente alguém com uma personalidade complexa como Shostakovich poderia criar algo com a sua envergadura. Ela possui elementos grandiloquentes de contestação da guerra, mas o compositor pode ter desejado realizar críticas ao stalinismo. Certamente ele não perderia a oportunidade de criar essa ambiguidade. Diferentemente de outros compositores que foram acossados pelo regime, Shostakovich realizava concessões, “pero no mucho”.

A “Leningrado” possui quatro movimentos. (1) Allegretto – contém o trecho mais famoso da Sinfonia – uma marcha marcial repetitiva que vai rompendo em um crescendo até se tornar ensurdecedora. Representa a marcha do exército. Faz lembrar o Bolero de Ravel. (2) Moderato (poco allegretto) – trata-se de um interlúdio sombrio e melancólico; explora as dores e tragédias humanas. (3) Adagio – absurdamente triste, emocional; representa o luto, o sofrimento e possui um forte sabor espiritual. (4) Allegro non tropo – possui um final dramático, pois combina a ideia de um triunfo contido e denúncia da estupidez da guerra; além disso pode ser sentido como uma crítica ao totalitarismo.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Allegretto
02 - Moderato (Poco Allegretto)
03 - Adagio
04 - Allegro non troppo

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente 

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Antonín Dvorak (1841-1904) - Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70 e Robert Schumann (1810-1856) - Symphony No. 2 in C Major, Op. 61


As três últimas sinfonias escritas pelo tcheco Antonin Dvorak são obras bastante expressivas. São extraordinárias. A mais popular delas é a No. 9, conhecida popularmente como “Do Novo Mundo”, por fazer referência ao período em que o compositor esteve na América do Norte, no final do século XIX. Talvez, seja seu trabalho mais famoso. Todavia, a Sinfonia No. 7 é, para muitos, o trabalho mais maduro e dramático do compositor. Nesse trabalho, o compositor busca uma linguagem mais austera e profunda do que nos trabalhos sinfônicos que havia escrito até aquele momento.

A obra foi escrita em 1885.  O motivo para escrevê-la veio de um momento em que constatou uma manifestação nacionalista chegando à estação ferroviária de Praga. Essa visão encheu o compositor de um forte orgulho nacional. Embora a Sétima aborde uma questão nacional, ela transcende essa perspectiva. Torna-se universal e integra o compositor à tradição germânica, colocando-o ao lado de nomes como Beethoven, Schubert e Brahms.

A Sinfonia No. 2, de Schumann, foi escrita nos anos de 1845 e 1846. É o trabalho sinfônico de que mais gosto do compositor. Ela contrasta com o momento vivido por Schumann quando a Sinfonia foi escrita. O alemão passava por um momento de desânimo, saúde frágil e com flertes depressivos. Apesar de cenário difícil, a Segunda é triunfante e luminosa.

Escrita em quatro movimentos, o destaque fica – ao meu modo de ver – com o Adagio expressivo, considerado um dos momentos mais líricos, introspectivos do compositor, talvez, como uma reflexão ao momento que vivia.  Já o quarto movimento – o Finale – acentua o clima de superação e vitória. Schumann chegou a afirmar à época que a música o ajudava “lutar contra a escuridão”.

Não deixe de ouvir este bonito disco. Uma boa apreciação! 

01. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: I. Allegro maestoso (10:46)
02. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: II. Poco adagio (9:33)
03. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: III. Scherzo: Vivace (7:16)
04. Dvořák: Symphony No. 7 in D Minor, Op. 70: IV. Finale: Allegro (9:15)
05. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: I. Sostenuto assai - Allegro ma non Troppo (11:44)
06. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: II. Scherzo: Allegro vivace (6:45)
07. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: III. Adagio espressivo (9:03)
08. Schumann: Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: IV. Allegro molto vivace (8:12)

London Philharmonic Orchestra
Edward Gardner, regente 

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domingo, 15 de junho de 2025

Robert Schumann (1810-1856) - Complete Symphonies

Dizem que foi quando ouviu a Nona Sinfonia de Schubert, que Schumann se sentiu encorajado a começar a escrever a sua Primeira Sinfonia. Até então, o compositor havia escrito obras para piano e música camerística. Era o ano de 1841.  O compositor evitava incursionar por obras maiores e concentrava-se em ciclos ou coletâneas de peças menores, o que acabou por ajudar que ele adquirisse a fama de miniaturista. Assim escrever uma sinfonia era um grande desafio para ele. De modo extraordinário, ele esboçou a sua Primeira Sinfonia em apenas quatro dias. Cinco semanas depois, a obra estrearia em Leipzig, sob a regência de Mendelssohn. O sucesso veio de maneira imediata. 

O título de Sinfonia "Primavera" foi tirado de um poema de Adolf Böttger finalizado com os versos "Oh, vire e vire e mude o seu curso/ No vale, a primavera viceja", que inspiraram a abertura da Sinfonia. Assim, em dez anos o compositor escreveu as quatro sinfonias  - de 1841 a 1851. As quatro sinfonias são obras fundamentais do repertório romântico, refletindo a paixão do compositor pela literatura, seu lirismo pianístico e a consolidação de uma voz orquestral única. 

O alemão era um compositor absolutamente literário; e as sinfonias frequentemente transmitem uma narrativa sem palavras, como se fossem "poemas sem palavras". Os temas são cantáveis, muitas vezes derivados de suas canções ou peças para piano, desenvolvidos com grande riqueza harmônica. Eu, particularmente, gosto muito delas. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Robert Schumann (1810-1856) - 

01. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": I. Andante un poco maestoso - Allegro molto vivace - Animato (11:22)
02. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": II. Larghetto (5:23)
03. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": III. Scherzo. Molto vivace - Trio I & Trio II. Molto più vivace (5:46)
04. Symphony No. 1 in B-Flat Major, Op. 38 "Spring": IV. Allegro animato e grazioso - Andante - Poco a poco accelerando (8:33)
05. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: I. Sostenuto assai - Un poco più vivace - Allegro ma non troppo (12:33)
06. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: II. Scherzo - Trio I - Trio 2 - Coda. Allegro vivace (7:19)
07. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: III. Adagio espressivo (9:16)
08. Symphony No. 2 in C Major, Op. 61: IV. Allegro molto vivace (7:58)
09. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: I. Lebhaft (Vivace) (9:06)
10. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: II. Scherzo. Sehr mäßig (Molto moderato) (6:51)
11. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: III. Nicht schnell (Moderato) (4:53)
12. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: IV. Feierlich (Maestoso) (5:07)
13. Symphonie No. 3 in E-Flat Major, Op. 97: V. Lebhaft (Vivace) (5:56)
14. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: I. Ziemlich langsam (Lento assai) - Lebhaft (Vivace) (10:38)
15. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: II. Romanze. Ziemlich langsam (Lento assai) (4:07)
16. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: III. Scherzo - Trio. Lebhaft (Vivace) (7:05)
17. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120: IV. Langsam (Lento) - Lebhaft (Vivace) - Schneller (Più animato) - Presto (8:21)

Dresdner Philharmonie
Marek Janowski, regente 

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sábado, 14 de junho de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 17 em Sol menor, Op. 41 e Sinfonia nº 20 em Mi maior, Op. 50 - vol. 7

 
Voltamos aos trabalhos de Nikolai Myaskovsky. Dessa vez, vamos às sinfonias de número 17 e a de número 20. Como abordado em outras postagens, Nikolai Myaskovsky foi um dos compositores que mais soberam explicitar o seu país em sua música. Quando o escutamos, é possível perceber as demandas e as exigências do seu tempo. Os dois trabalhos presentes neste disco foram escritas em um período crítico da história soviética: a iminência da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Os eventos políticos turbulentos fora e dentro do seu país foram condicionantes imperativas.

A Sinfonia de Nº 17, por exemplo, foi escrita entre os anos de 1936 e 1937. Vivia-se o auge dos expurgos stalinistas. Artistas e intelectuais eram vigiados e presos. Havia uma pressão para que houvesse um alinhamento com a doutrina do Partido. Myaskovsky não foi molestado pelos algozes do regime, mas sentia a pressão se avivar no seu entorno. A Décima Sétima Sinfonia possui quatro movimentos e mantém uma forma tradicional, com harmonias expansivas e melodias profundamente líricas. O primeiro movimento é dramático e sombrio, com explosões orquestrais. É possível sentir ecos de Tchaikovsky e Rachmaninov, mas de forma contida. O compositor sabia que não podia expandir sua subjetividade criativa. Era necessário seguir a pedagogia do regime para não ser perseguido.

Já a Vigésima, escrita em 1940, destoa da Décima Sétima por ser mais lírica. Escrita um ano antes da invasão nazista, ela procura criar uma ambiente de relativa calma antes da catástrofe. Trata-se de uma obra luminosa. O destaque fica com o terceiro movimento - adagio -, que é bem mahleriano. O último movimento é forte, seguro, e transmite um otimismo controlado. 

Mais dois trabalhos que dão uma ideia do que foi o século XX. Ouvir Myaskovsky é se apropriar de um momento histórico. Seus trabalhos fundem o romantismo tardio com as impressões de um momento. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) -

(01) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Lento. Allegro molto agitato
(02) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Lento. Assai
(03) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Allegro poco vivace
(04) Symphony No. 17(1937) in gis-moll op.41- Andante
(05) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Allegro con spirito
(06) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Adagoi
(07) Symphony No. 20(1940) in E-dur op.50- Allegro inquietto

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente   

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Johannes Brahms (1833-1897) - Violin Concerto in D, Op. 77 e Double concerto in A minor, Op. 102

Um disco com duas das mais significativas obras do repertório romântico. São obras eloquentes, que dispensam maiores apresentações. A primeira delas, o Op. 77, foi composta em 1878, enquanto Brahms passava o verão em Pörtschach, uma cidade pitoresca à beira do lago Wörthersee, na Áustria. Foi um período bom e agradável para o compositor. É desse momento a escrita da Segunda Sinfonia. A obra foi dedicada ao grande violinista Joseph Joachim, um dos maiores intérpretes da época e amigo próximo de Brahms. Joachim teve um papel fundamental na criação do concerto, auxiliando Brahms - que não era violinista - na escrita das passagens técnicas. 

Originalmente, o concerto tinha quatro movimentos, incluindo um scherzo, mas Joachim sugeriu que Brahms removesse esse movimento, deixando a estrutura mais tradicional em três partes. A estreia ocorreu em Leipzig, em 1º de janeiro de 1879, com Joachim como solista e a Orquestra Gewandhaus sob a regência do próprio Brahms. 

Já o Op. 102, a outra obra monumental do disco, foi escrita 1887. É a última obra orquestral do compositor. A partir daí, ele se dedicou às formações menores, que são verdadeiras obras-primas.  O Concerto Duplo foi criado em um momento de reconciliação entre Brahms e Joseph Joachim, após uma ruptura causada pelo divórcio conturbado de Joachim. A esposa do violinista, a cantora Amalie Schneeweiss, havia sido acusada de infidelidade, e Brahms, contrariando Joachim, tomou seu partido, causando um afastamento entre os dois.

Para reatar a amizade, Brahms compôs este concerto, que exigia a colaboração entre Joachim (violino) e Robert Hausmann (violoncelista do Quarteto Joachim). A estreia aconteceu em Cologne, em 18 de outubro de 1887, sob a regência de Brahms. 

Não deixe de ouvir. uma boa apreciação! 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

Violin Concerto in D, Op. 77
01. I. Allegro non troppo (Kadenz, Joseph Joachim) [0:21:01.00]
02. II. Adagio [0:08:33.00]
03. III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace ; Poco piu presto [0:07:44.00]

Double concerto in A minor, Op. 102
04. I. Allegro [0:17:09.00]
05. II. Andante [0:08:02.00]
06. III. Vivace non troppo ; Poco meno allegro ; Tempo I [0:08:51.00]

Berlin Philharmonic Orchestra
Claudio Abbado, regente
Gil Shaham, violino
Jian Wang, violoncelo 

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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Two Pieces for String Quartet, Op. 36a, Seven Romances on Poems of Alexander Blok, Op. 127 e Piano Quintet in G minor, Op. 57


Minha admiração pela música de Shostakovich é bem grande. Gosto de tudo que diz respeito a ele. Sua linguagem fortemente emocional; suas finas e sutis ironias; a crítica subliminar e as tensão política que o envolvia são combustíveis que seduzem quando nós o escutamos. Mas há também aquelas obras melancólicas, sombrias, represadas, repletas de fagulhas de tristeza. 

A "Two Pieces for String Quartet, Op. 36a" foi originalmente escritas para órgão em 1929, essas peças foram rearranjadas para quarteto de cordas em 1931. Elas refletem o estilo inicial de Shostakovich, combinando elementos neoclássicos com uma linguagem harmônica moderna. Já a "Seven Romances on Poems of Alexander Blok" foi composta para soprano, violino, violoncelo e piano, baseada em poemas do simbolista russo Alexander Blok. Foi dedicada a Mstislav Rostropovich e sua esposa, Galina Vishnevskaya.

E a terceira e última obra do disco  - o "Piano Quintet in G minor, Op. 57" - é uma das obras camerísticas mais celebradas do compositor. Ela é do ano de 1940. Foi escrita logo após a Quinta Sinfonia. A Op. 57 foi bem recebido e ganhou o Prêmio Stálin no ano de 1941. 

Não deixe de ouvir este excelente disco. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

Two Pieces for String Quartet, Op. 36a
01. Elegy
02. Polka

Seven Romances on Poems of Alexander Blok, Op. 127

03. Ophelia's Song
04. Hamayun, The Prophetic Bird
05. We Were Together
06. The City Is Asleep
07. The Storm
08. Secret Sign
09. Music

Piano Quintet in G minor, Op. 57
10. Prelude
11. Fugue
12. Scherzo
13. Intermezzo
14. Finale

Fitzwilliam String Quartet
Elisabeth Söderström, soprano
Vladimir Ashkenazy, piano 

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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Ernõ von Dohnányi (1877-1960) - Suite in F minor , Variations on a Nursery Theme e The Veil of Pierrette

Ernõ von Dohnányi foi um compositor húngaro, ou seja, patrício de Bartók e Kódaly. Ele foi importante, pois contribuiu de forma significativa com a transição de um romantismo tardio para a modernidade. Embora tenha sido contemporâneo de Bartók e Kodály, Dohnányi manteve um estilo mais conservador, fortemente influenciado por Brahms, Liszt e os modelos clássicos alemães. Neste disco, surgem algumas de suas obras orquestrais.
 
O destaque fica por conta de "Variations on a Nursery Theme". A obra foi composta em 1914, , pouco antes da Primeira Guerra Mundial, essa peça para piano e orquestra é uma das obras mais conhecidas e cativantes de Dohnányi. Baseia-se na melodia da canção infantil "Twinkle, Twinkle, Little Star" e se destaca pelo seu espírito paródico e virtuosismo. Após uma introdução grandiosa e quase wagneriana, a melodia simples é apresentada e, em seguida, transformada em uma série de variações que exploram diversos estilos musicais. Algumas dessas variações imitam ou parodiam compositores como Wagner, Liszt, Debussy e até Tchaikovsky, revelando o lado humorístico e altamente técnico de Dohnányi.
 
Há ainda duas outras obras. O disco é agradável. É possível conhecer o lado histriônico do compositor em algumas dessas peças. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Ernő von Dohnányi (1877-1960) - 

01. Suite in F# minor -I- Andante con variazioni [0:11:04.20]
02. Suite in F# minor -II- Scherzo: Allegretto vivace [0:04:28.43]
03. Suite in F# minor -III- Romance: Andante poco moto [0:05:53.53]
04. Suite in F# minor -IV- Rondo: Allegro vivace [0:07:23.36]
05. Variations on a Nursery Theme - Introduction - Theme - [0:04:47.21]
06. Variations on a Nursery Theme - Variation I - [0:00:34.65]
07. Variations on a Nursery Theme - Variation II: Risoluto - [0:00:31.44]
08. Variations on a Nursery Theme - Variation III - [0:01:39.54]
09. Variations on a Nursery Theme - Variation IV - [0:01:05.27]
10. Variations on a Nursery Theme - Variation V - [0:01:00.69]
11. Variations on a Nursery Theme - Variation VI - [0:00:41.01]
12. Variations on a Nursery Theme - Variation VII: Walzer - [0:02:17.40]
13. Variations on a Nursery Theme - Variation VIII: Alla marcia - [0:01:25.43]
14. Variations on a Nursery Theme - Variation IX: Presto - [0:01:54.31]
15. Variations on a Nursery Theme - Variation X: Passacaglia - [0:03:48.45]
16. Variations on a Nursery Theme - Variation XI: Choral - [0:01:33.66]
17. Variations on a Nursery Theme - Finale fugato [0:03:19.52]
18. The Veil of Pierrette -I- Pierrot's Love-lament [0:04:55.10]
19. The Veil of Pierrette -II- Waltz-rondo [0:02:43.16]
20. The Veil of Pierrette -III- Merry Funeral March [0:02:49.08]
21. The Veil of Pierrette -IV- Wedding Waltz [0:05:57.53]

BBC Philharmonic
Matthias Bamert, regente
Howard Shelley, piano 

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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Sinfonias from Cantatas

 
Johann Sebastian Bach, embora amplamente reconhecido por sua vasta produção musical, não compôs sinfonias no sentido clássico do termo, como fariam mais tarde compositores como Haydn, Mozart e Beethoven. No entanto, ele é autor de obras orquestrais importantes que antecipam muitos dos elementos que seriam centrais na sinfonia clássica. Portanto, ao falar das “sinfonias” de Bach, muitas vezes estamos nos referindo a outras formas orquestrais que ele compôs.
 
Um exemplo são as "sinfonias" dentro das cantatas. O compositor costumava incluir movimentos instrumentais introdutórios dentro, conhecidos como sinfonias ou sonatas. A finalidade dessas composições era preparar o ambiente emocional das obras vocais. São altamente expressivas. Serviram como referência para o desenvolvimento da sinfonia conforme passamos a conhecê-la. 
 
Neste disco, encontramos algumas dessas sinfonias. São espetaculares como é próprio daquilo que o compositor escreveu. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 

01. Sinfonia from Cantata BWV 188 Ich habe meine Zuversicht
02. Sinfonia from Cantata BWV 174 Ich liebe den Höchsten von ganzem Gemüte
03. Sinfonia from Cantata BWV 169 Gott soll allein mein Herze haben
04. Sinfonia from Cantata BWV 12 Weinen, Klagen, Sorgen, Zagen - Adagio Assai
05. Sinfonia from Cantata BWV 49 Ich geh und suche mit Verlangen
06. Sinfonia from Cantata BWV 146 Wir müssen durch viel Trübsal
07. Concerto from Cantata BWV 35 Geist und Seele wird verwirret, Pt. 1
08. Sinfonia from Cantata BWV 35 Geist und Seele wird verwirret, Pt. 2, presto
09. Sinfonia from Cantata BWV 156 Ich steh mit einem Fuß im Grabe - Adagio
10. Sinfonia from Cantata BWV 52 Falsche Welt, dir trau ich nicht

Ensemble Cordia 

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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Krzysztof Penderecki (1933-2020) - Chamber Music


Quem visita este espaço, sabe que, vez ou outra, o compositor polonês Krzysztof Penderecki  aparece por aqui. Gosto dele. Aprecio a sua linguagem característica. Tudo que ele escreveu é bom, interessante e grandioso. Penderecki foi alguém que elaborou experiências sonoras radicais, recriando-se como ninguém. No que diz respeito às suas peças camerísticas, o compositor buscou por novas formas de expressão, transitando por entre vanguardas. 

Destacam-se nessas composições, o dramatismo – ou seja, uma evocação quase teatral, com contrastes abruptos entre o silêncio e o clímax; e uma fusão entre o passado e o presente – o uso de formas barrocas, que demonstra uma relação entre o presente e a história.

Em suma, a obra camerística do compositor polonês é um microcosmo de sua própria história. Embora esses trabalhos não sejam tão conhecidos, são uma importante faceta de sua obra. Nelas, o compositor procurou inserir um tipo de sonoridade única, onde é possível perceber a experimentação e um olhar transitivo para o passado. Desse trabalho, era possível notar uma densa alquimia sonora. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

 Krzysztof Penderecki (1933-2020) - 

01 - Ensemble Villa Musica - String Trio- I. Allegro molto
02 - Ensemble Villa Musica - String Trio- II. Vivace
03 - Ensemble Villa Musica - Prelude for Clarinet Solo
04 - Ensemble Villa Musica - Per Slava for Violoncello Solo
05 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- I. Allegro
06 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- II. Andante
07 - Ensemble Villa Musica - Sonata for Violin and Piano- III. Allegro vivace
08 - Ensemble Villa Musica - Cadenza per viola sola
09 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- I. Notturno
10 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- II. Scherzo
11 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- III. Serenad
12 - Ensemble Villa Musica - Quartet for Clarinet and String Trio- IV. Abschied

Ensemble Villa Musica

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Symphony No. 15 in A Major, Op. 141


A Sinfonia No. 15, de Shostakovich, foi composta em 1971. É o último trabalho sinfônico do compositor. Quando escreveu a obra, Shostakovich enfrentava alguns problemas de saúde. A obra, por isso, a apresenta feições meio ambíguas – de leveza consolidada, ironias sutis e uma melancolia profunda. 

No ano de 1971, Shostakovich foi internado no sanatório de Kurgan. Além disso, enfrentava incontornáveis problemas cardíacos. Sua condição inspirava cuidados. Ressaltavam-se ainda as dificuldades musculares. A obra nasceu contexto. Seu filho, Maxim Shostakovich, conduzi-a durante a estreia.

Ao escutar um trabalho sinfônico do compositor, as questões épicos e marciais eclodem explicitamente. É incontestável. O compositor era alguém ligado à história. Não teria como ser diferente. Afinal, ele viveu em um país que surgiu de uma revolução e se tornou uma das experiências políticas mais emblemáticas da história. Ao longo do século XX, as questões políticas e sociais se agudizaram. O compositor foi vigiado pela censura. A única forma de fazer sua voz ouvida era produzir arte. Sua obra foi fecundada em meio ao tensionamento com as autoridades do seu país.

Todavia, quando se escuta a Décima Quinta, um cenário novo se faz perceber. De certa forma, muitas das marcas do compositor estão no trabalho. Acontece que, na Décima Quinta, uma ironia sutil, permeada pelo melancólico e pelo trágico são questões salientes. Shostakovich faz pequenas inserções de Rossini e Wagner. Oscila entre a alegria ensolarada do compositor italiano ao trágico, ao brumoso, de “Tristão e Isolda”, de Wagner. Alguns estudiosos veem nisso um acerto de contas com a história; ou, simplesmente, um tipo de testamento musical, pondo em relevo os traços mais inimistas da personalidade do compositor, que viveu em um dos momentos mais sensíveis da história.

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ I. Allegretto (Live)
02 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ II. Adagio - Largo - Adagio - Largo (Live)
03 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ III. Allegretto (Live)
04 - Shostakovich_ Symphony No. 15 in A Major, Op. 141_ IV. Adagio - Allegretto - Adagio - Allegretto (Live)

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink, regente 

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