quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Louis Spohr (1784-1859) - Violin Concerto No. 2, Op. 2 e Violin Concerto No. 5, Op. 17

 
Há algumas semanas, postei um disco com três dos concertos para violino de Louis Spohr. Dessa vez, saem mais dois concertos - os de número 2 e 5. O número 2 foi composto em 1804. É perceptível as marcas do classicismo tardio, mas há também os laivos do romantismo nascente. A orquestração elegante e a escrita solista exigente refletem não apenas a técnica impecável do próprio Spohr, mas também a busca por um discurso mais narrativo. O segundo andamento, de intensa melodia cantabile, é um exemplo do seu domínio da linha melódica, enquanto o finale exibe um frescor rítmico que conquista pela vivacidade.
 
Já no Concerto No. 5, escrito em 1830, nota-se a maturidade do compositor. Spohr expande as possibilidades da harmonia e explora texturas mais densas. A abertura é solene, com um diálogo entre solista e orquestra que se desenvolve de forma quase dramática, enquanto o andamento lento mergulha num lirismo introspectivo. O último movimento, com seu caráter dançante e brilho técnico, confirma o equilíbrio entre a exigência virtuosa e a musicalidade pura.
 
Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Louis Spohr (1784-1859) - 

(01)_Violin_Concerto_No._2,_Op._2-_I._Allegro_moderato
(02)_Violin_Concerto_No._2,_Op._2-_II._Adagio
(03)_Violin_Concerto_No._2,_Op._2-_III._Alla_Polacca
(04)_Violin_Concerto_No._5,_Op._17-_I._Allegro_moderato
(05)_Violin_Concerto_No._5,_Op._17-_II._Adagio_ma_non_troppo
(06)_Violin_Concerto_No._5,_Op._17-_III._Rondo-_Allegretto

Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin
Christian Fröhlich, regente
Ulf Hoelscher, violino 

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Sir Edward Elgar (1857-1934) - Cello Concerto, Enigma Variations, Introduction and Allegro, Elegy

"Compostas em 1899 por Edward Elgar, as Variações Sobre um Tema Original, apelidadas pelo próprio compositor de "Variações Enigma" constituem uma obra de cerca de 35 minutos para orquestra. Possui um tema e 14 variações. Cada variação corresponde a um amigo ou parente de Elgar. Nelas ele faz um retrato em 2 camadas dessas pessoas ou de situações e, até, cacoetes relacionados a elas. Eu me apaixonei por essa música recentemente, agora, em 2020. E espero que vocês também gostem, porque é encantadora.

(...)

Em 19 de junho de 1899 o maestro Hans Richter, um dos grandes regentes da história, talvez o maior de sua época, conduziu a estreia das "Variações Enigma". A crítica foi unânime em elogiar a estrutura e a orquestração da peça.

O enigma diz respeito, provavelmente, a uma melodia que estaria escondida na música. Elgar fala das peças de teatro modernas, em que o personagem principal nunca aparece no palco. Ele chama o tema principal de enigma, de modo que os estudiosos têm quase certeza que a charada seria uma melodia que poderia fazer contraponto com esse tema. Ou seja, é ambíguo, podendo o enigma ser o próprio tema, ou esse contraponto invisível.

O compositor foi pro túmulo sem revelar, dando apenas algumas pistas. Por exemplo, a melodia que faz contraponto com o tema seria muito conhecida. Além disso, um tema secreto maior percorre todas as variações. Elgar ficou surpreso de não terem descoberto o enigma desde a estreia". 

daqui

Sir Edward Elgar (1857-1934) - 

Variations on an Original Theme ('Enigma') Op.36
01. Theme (Andante) (1:24)
02. I. C.A.E. (the composer's wife) (1:38)
03. II. H.D.S.P. (Hew David Steuart-Powell) (0:43)
04. III. R.B.T. (Richard Baxter Townshend) (1:19)
05. IV. W.M.B. (William Meath Baker) (0:29)
06. V. R.P.A. (Richard Penrose Arnold) (1:57)
07. VI. Ysobel (Isabel Fitton) (1:14)
08. VII. Troyte (Troyte Griffith) (0:57)
09. VIII. W.N. (Winifred Norbury) (1:39)
10. IX. Nimrod (A.J.Jaeger) (3:22)
11. X. Intermezzo Dorabella (Dora Penny) (2:08)
12. XI. G.R.S. (George Robertson Sinclair) (0:51)
13. XII. B.G.N. (Basil G. Nevinson) (2:40)
14. XIII. Romanza: *** [Lady Mary Lygon] (2:36)
15. XIV. Finale: E.D.U. (the composer) (5:03)

16. Introduction and Allegro Op. 47 (13:44)

Cello Concerto in E minor Op.85
17. I. Adagio-Moderato (7:21)
18. II. Lento-Allegro molto (4:24)
19. III. Adagio (4:37)
20. IV. Allegro, ma non troppo (11:00)

21. Elegy Op. 58 (4:01)

Hallé Orchestra
Sir John Barbirolli, regente
André Navarra, viloncelo 

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terça-feira, 12 de agosto de 2025

Antonín Dvorak (1841-1904) - Symphony No. 8 in G major, Op. 88, B. 163 e Johannes Brahms (1833-1897) - Symphony No. 1 in C minor, Op. 68

Disco com duas gravações de fôlego. A Sinfonia No. 8, de Dvorak, é um dos trabalhos de que mais gosto do compositor. Escrita em 1889, a Oitava do compositor tcheco é considerada por muitos como o seu trabalho sinfônico mais luminoso. O compositor tcheco, então no auge da maturidade criativa, afastou-se da densidade dramática típica de outros românticos para construir uma partitura vibrante, repleta de melodias líricas, cores orquestrais exuberantes e um sentido quase narrativo de paisagem. A música revela o folclore boêmio, alternando momentos de serenidade pastoral com explosões de energia, como se retratasse o ciclo da vida no campo.

Já a Sinfonia No. 1, de Brahms, é um dos trabalhos sinfônicos mais espetaculares da história. Ela é cheia de qualidades. Concluída em 1876 após quase vinte anos de hesitação e revisão, carrega outro tipo de tensão: a da busca por estar à altura do legado de Beethoven. Apelidada por Hans von Bülow de “a Décima de Beethoven”, a obra se abre com uma introdução lenta e dramática, cujos acordes pesados prenunciam a densidade emocional que se seguirá. Essa obra demonstrava que o legado de Beethoven continuava vivo, em movimento, e que Brahms era um dos seus mais ardorosos discípulos. 

Não deixe de ouvir essas gravações acontecidas na década de sessenta do século XX. Uma boa apreciação! 

01 - Symphony No. 8 in G major, Op. 88, B. 163_I. Allegro con brio
02 - Symphony No. 8 in G major, Op. 88, B. 163_II. Adagio
03 - Symphony No. 8 in G major, Op. 88, B. 163_III. Allegretto grazioso - Molto vivace
04 - Symphony No. 8 in G major, Op. 88, B. 163_IV. Allegro ma non troppo
05 - Symphony No. 1 in C minor, Op. 68_I. Un poco sostenuto - Allegro06 - Symphony No. 1 in C minor, Op. 68_II. Andante sostenuto
07 - Symphony No. 1 in C minor, Op. 68_III. Un poco allegretto e grazioso
08 - Symphony No. 1 in C minor, Op. 68_IV. Adagio - Piu andante - Allegro non troppo ma con brio - Piu allegro

Czech Philharmonic Orchestra
Swiss Festival Orchestra

George Szell, regente 

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segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 - "Waldstein" e Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 - "Appassionata"

Temos aqui duas das sonatas para piano mais famosas de Beethoven. A primeira delas é a Sonata No. 21 - "Waldstein" -, escrita entre 1803 e 1804. É uma obra que rompe com as convenções de Mozart e Haydn. Vale mencionar que, nessa época, o velho mestre Joseph Haydn ainda estava vivo. Beethoven, por sua vez, havia radicalizado, esticado, por meio de um turbilhão criativo, as estruturas da música do século XVIII. Inaugurava um novo período. O primeiro movimento, Allegro con brio, é uma torrente de energia luminosa, impulsionada por padrões rítmicos contínuos e modulações ousadas. O segundo movimento, originalmente mais extenso, foi substituído por um breve Introduzione - ponte etérea que conduz ao Rondo final. Este desfecho, com seu tema límpido e progressivamente mais brilhante, traduz uma espécie de triunfo pianístico, um Beethoven radiante e assertivo.

A segunda obra é a maravilhosa Sonata No. 23 - "Appassionata". A obra foi escrita em 1804 e 1805, mas estreou somente em 1807. Ela é a metáfora da tempestade, dos ventos procelosos, dos caos insinuante. A Sonata No. 23 mergulha nas profundezas emocionais do próprio Beethoven. O primeiro movimento, Allegro assai, abre com um motivo sombrio e enigmático, explorando contrastes violentos entre pianíssimo e fortíssimo. O Andante con moto central oferece uma trégua, com variações sobre um tema simples, quase coral, mas o Allegro ma non troppo final explode em uma catarse dramática - um dos finais mais implacáveis de toda a literatura pianística. Ou seja, é algo que somente alguém como Beethoven poderia conceber. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

01 - Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 _Waldstein_ - I. Allegro con brio
02 - Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 _Waldstein_ - II. Introduzione. Adagio molto
03 - Piano Sonata No. 21 in C Major, Op. 53 _Waldstein_ - III. Rondo. Allegretto moderato - Prestissimo
04 - Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 _Appassionata_ - I. Allegro assai
05 - Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 _Appassionata_ - II. Andante con moto
06 - Piano Sonata No. 23 in F Minor, Op. 57 _Appassionata_ - III. Allegro ma non troppo

Rudolf Serkin, piano 

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domingo, 10 de agosto de 2025

Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 4 in E flat 'Romantic' e Symphony No. 6 in A major

Para mim, ouvir Bruckner é sempre um experiência indizível. Preparo-me para ouvi-lo. Sei que ali existem camadas complexas de alto idealismo, de reverência, de expectativas. Cada sinfonia do compositor é uma escada que ele construiu a caminho da perfeição. Ele parecia se exceder a cada trabalho. Neste disco, encontramos duas das suas sinfonias - as de número 4 e 6. 

A Sinfonia No. 4 foi composta em 1874; é, talvez, o seu trabalho mais popular. O próprio compositor a batizou de “Romântica” e sugeriu imagens: castelos medievais emergindo na névoa, cavaleiros partindo para caçadas, o amanhecer nas florestas austríacas. Desde os primeiros acordes, com as trompas anunciando um dia novo, a obra se abre como um cenário cinematográfico antes do cinema existir.

Já a Sinfonia No. 6 foi escrita entre os anos de 1879 e 1881. Ela é uma espécie de obra extraída de um bloco de pedra de forma perfeita. É uma das menos tocadas, talvez, por sua estrutura pouco convencional. Bruckner não lhe deu apelidos ou descrições poéticas, mas críticos já a chamaram de “a mais atrevida” pela ousadia harmônica e rítmica. O andamento inicial, “Majestoso”, avança com firmeza quase obstinada, enquanto o Adagio oferece uma beleza austera, mais de contemplação do que de conforto. É como se Bruckner, aqui, falasse menos ao coração e mais à mente - mas sem perder a espiritualidade que permeia toda a sua obra.

Em suma: neste disco, encontramos dois dos trabalhos mais espetaculares de Bruckner. Se de um lado há a poderosa Quarta, do outro temos a enigmática Sexta. As duas são faces do mesmo sujeito de coração inquieto e incansável. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Anton Bruckner (1824-1896) - 

DISCO 01

01. Symphony No. 4 in E flat 'Romantic'_ I. Bewegt, nicht zu schnell
02. Symphony No. 4 in E flat 'Romantic'_ II. Andante quasi allegretto
03. Symphony No. 4 in E flat 'Romantic'_ III. Scherzo (Bewegt) & Trio (Nicht zu schnell)
04. Symphony No. 4 in E flat 'Romantic'_ IV. Finale (Bewegt, doch nicht zu schnell)

DISCO 02

01. Symphony No. 6 in A major_ I. Maestoso
02. Symphony No. 6 in A major_ II. Adagio (Sehr feierlich)
03. Symphony No. 6 in A major_ III. Scherzo (Nicht schnell) & Trio (Langsam)
04. Symphony No. 6 in A major_ IV_ Finale (Bewegt, doch nicht zu schnell)

Berliner Philharmoniker
Ricardo Muti, regente 

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sábado, 9 de agosto de 2025

Johannes Brahms (1833-1897) - Piano Sonata No. 1 in C Major, Op. 1, Piano Sonata No. 2 in F-Sharp Minor, Op. 2, Rhapsody in B Minor, Op. 79 No. 1 e Rhapsody in G Minor, Op. 79 No. 2

As obras para piano encontradas neste disco são obras escritas em períodos bem diversos da vida de Johannes Brahms. As duas sonatas para piano são obras de juventude. Foram inicialmente estreadas em 1853. Ou seja, Brahms era somente um jovem sóbrio, de vinte anos, que tinha como referências Beethoven e Schumann. As duas sonatas fogem ao sentimental e se fixam no terreno da densidade harmônica e a energia rítmica. As duas exigem do intérprete uma técnica capaz de absorver a atmosfera lírica, com tempestades virtuosística.

Já as Rapsódias foram escritas em 1879, ou seja, quase trinta anos depois das duas sonatas presentes neste disco. A primeira é sombria, quase narrativa, alternando inquietação e melancolia; a segunda, mais brilhante e leve, brinca com danças húngaras e acentos rítmicos incisivos.

O contraste entre as sonatas e as rapsódias mostra, em poucas páginas de partitura, o arco da trajetória criativa de Brahms: de um jovem ambicioso que queria escrever “como os grandes” a um mestre capaz de concentrar mundos de emoção em poucos compassos.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Johannes Brahms (1833-1897) - 

01 - Piano Sonata No. 1 in C Major, Op. 1_ I. Allegro
02 - Piano Sonata No. 1 in C Major, Op. 1_ II. Andante (Nach einem altdeutschen Minneliede)
03 - Piano Sonata No. 1 in C Major, Op. 1_ III. Allegro molto e con fuoco – Più mosso
04 - Piano Sonata No. 1 in C Major, Op. 1_ IV. Allegro con fuoco – Presto non troppo ed agitato
05 - Piano Sonata No. 2 in F-Sharp Minor, Op. 2_ I. Allegro non troppo, ma energico
06 - Piano Sonata No. 2 in F-Sharp Minor, Op. 2_ II. Andante con espressione
07 - Piano Sonata No. 2 in F-Sharp Minor, Op. 2_ III. Scherzo. Allegro – Poco più moderato
08 - Piano Sonata No. 2 in F-Sharp Minor, Op. 2_ IV. Finale. Sostenuto – Allegro non troppo e rubato
09 - Rhapsody in B Minor, Op. 79 No. 1
10 - Rhapsody in G Minor, Op. 79 No. 2

Garrick Ohlsson, piano 

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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Franz Liszt (1811-1886) - Piano Sonata, Benediction de Dieu Dans la Solitude, Fantasie Und Fuge Uber Das Thema etc

Em uma época em que as práticas musicais passavam por intensas transformações, poucos compositores encarnaram de maneira tão ampla todas as delícias, os infernos e os paradoxos do espírito romântico, como Franz Liszt o fez. Pianista ímpar e compositor de grande originalidade, Liszt teve uma vida agitada, talvez mais próxima à de um herói de ficção que a de um músico. Desde um megaestrelato, com direito a surtos histéricos de tietes (então sem precedentes na história da música) à autorreclusão religiosa, sua vida foi permeada por diferentes experiências, refletidas em uma obra tão bela quanto profícua e heterogênea.

Nascido em 22 de outubro de 1811, Ferencz (Franz) foi filho único de Adam Liszt, funcionário a serviço da família Esterházy (a mesma que patrocinou a carreira de Joseph Haydn), talentoso músico amador de quem o jovem também herdaria uma sólida cultura católica (seu pai chegou a ser seminarista na Ordem Franciscana). Sua terra natal era um pequeno vilarejo húngaro, Doborján, à época dominado pelo Império Austro- -Húngaro, hoje cidade austríaca de Raiding. Franz Liszt cresceu já mergulhado em um grande paradoxo: vestiu, literalmente, a camisa da independência pró-Hungria (pois em várias ocasiões fazia questão de usar “trajes típicos”), embora tivesse o alemão como língua materna e fosse incapaz de manter uma conversa em seu idioma pátrio.

Relata-se que já aos seis anos de idade Liszt mostrava excepcional talento ao piano. Dois anos depois, após uma audição pública na corte, seu pai foi encorajado a transferir-se com o filho para Viena, onde Franz teve aulas de piano com Carl Czerny e de teoria musical com Antonio Salieri. Apesar de muito jovem, sua presença foi marcante, tanto que ele foi um dos cinquenta compositores convidados a escrever uma das variações sobre um tema de Anton Diabelli. Foi também em Viena que o jovem Liszt conheceu o já reputado Beethoven, por quem nutriu ao longo da vida profunda admiração, tendo sido um de seus principais divulgadores.

Mesmo que Viena fosse uma das principais capitais musicais da época, seu pai viu em Paris o local para um melhor aproveitamento de seu talento. Em 1823, ambos se transferiram para lá, mas, por conta de implicâncias políticas contra estrangeiros, foi negada ao prodígio a admissão em seu famoso conservatório. Não se dando por vencidos, pai e filho empreendem vários concertos na cidade, intermediados por apresentações na Inglaterra. Foram anos de intensa atividade, em que o nome de Liszt foi amplamente divulgado como pianista, ao mesmo tempo em que passou a compor suas primeiras obras. Porém, tudo mudaria com a morte do patriarca, em meados de 1827.

Texto completo aqui 

Franz Liszt (1811-1886) - 

01 Liszt_ Fantasie & Fuge Über Das T
02 Liszt_ Harmonies Poétiques & Reli
03 Liszt_ Venezia & Napoli, S 162 -
04 Liszt_ Venezia & Napoli, S 162 -
05 Liszt_ Venezia & Napoli, S 162 -
06 Liszt_ Sonate, S 178, _Piano Sona
07 Liszt_ Sonate, S 178, _Piano Sona
08 Liszt_ Sonate, S 178, _Piano Sona
09 Liszt_ Sonate, S 178, _Piano Sona
10 Liszt_ Sonate, S 178, _Piano Sona

Marc-André Hamelin, piano 

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Violin Concertos Nos. 1 & 2

Tirei o texto abaixo daqui. Fiz algumas adaptações.

"Compostos com quase 20 anos de diferença, os dois concertos para violino de Dmitri Shostakovich foram concebidos para o grande violinista David Oistrakh. Shostakovich concluiu o Concerto nº 1 em 1948, numa época em que havia caído em desgraça com as autoridades soviéticas e parecia incerto se a obra algum dia seria apresentada ao público. Isso se reflete no concerto, que começa com uma canção sombria e solitária para violino, sobre violoncelos e contrabaixos sombrios. Ao longo da obra, há alusões à situação do compositor, como o motivo D-S-C-H, que aparece em tantas de suas obras e que, no segundo movimento, está intimamente relacionado a um tema que lembra a música popular judaica, como símbolo da identificação de Shostakovich com a cultura judaica reprimida. No mesmo movimento, há também um tema derivado da ópera Lady Macbeth de Mstsensk, que, em 1936, causou a primeira denúncia do compositor ao regime soviético.

Em 1967, Shostakovich escreveu a Oistrakh, contando-lhe sobre a conclusão de seu Concerto para Violino nº 2. A saúde do compositor vinha se deteriorando há vários anos; no ano anterior, ele sofrera um ataque cardíaco. Em várias de suas últimas obras, há uma preocupação com a mortalidade, e o concerto exibe um tom sombrio e introspectivo semelhante, especialmente no Adagio central". 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - 

01. - I. Nocturne. Moderato
02. - II. Scherzo. Allegro
03. - III. Passacaglia. Andante
04. - IV. Burlesque. Allegro con brio – Presto
05. - I. Moderato
06. - II. Adagio
07. - III. Adagio – Allegro

Boston Symphony Orchestra
Andris Nelsons, regente
Baiba Skride, violino 

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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Violin Concerto in E Minor, Op. 64 e Antonín Dvorak (1841-1904) - Violin Concerto in A Minor, Op. 53

Quando pensamos em grandes concertos para violino e orquestra, certamente, surgem de imediato as obras de Brahms, Beethoven, Tchaikovsky, Bartok, Sibelius, Shostakovich, Schoenberg. Este disco apresenta dois outros compositores que escreveram concertos imortais e que estão presentes de forma recorrente nas salas de concerto. 

Esses concertos possuem uma espécie de magicidade, pois, sempre que os escutamos, uma percepção nova sempre aparece. O Concerto de Mendelssohn foi escrito entre os anos de 1838 e 1844. O Concerto de Dvorak foi escrito quase quarenta anos depois do Concerto de Mendelssohn, a saber, entre os anos de 1879 e 1880. 

Ambos os concertos são pilares do repertório romântico, mas refletem visões distintas. Mendelssohn, com sua sofisticação germânica, oferece um concerto de linhas elegantes, clássico em sua estrutura, ainda que inovador em detalhes. Dvorák, por sua vez, apresenta uma obra vibrante e enraizada em sua cultura natal, fazendo do violino um veículo da alma boêmia.

 Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01 - Violin Concerto in E Minor, Op. 64_ I. Allegro molto appassionato (Live)
02 - Violin Concerto in E Minor, Op. 64_ II. Andante (Live)
03 - Violin Concerto in E Minor, Op. 64_ III. Allegretto non troppo - Allegro molto vivace (Live)
04 - Violin Concerto in A Minor, Op. 53_ I. Allegro, ma non troppo - Quasi moderato (Live)
05 - Violin Concerto in A Minor, Op. 53_ II. Adagio, ma non troppo (Live)
06 - Violin Concerto in A Minor, Op. 53_ III. Finale. Allegro giocoso, ma non troppo (Live)

Swiss Festival Orchestra
Igor Markevitch, regente
Ernest Ansermet, regente
Nathan Milstein, violino 

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Josquin Desprez (c.1440-1521) - Stabat Mater, Motets


Eu sou um grande admirador da polifonia produzida ao longo da Renascença. A música produzida nesse momento da história, passava por um momento de transformação. Há uma lista com grandes compositores desse período - Palestrina, Lassus, Victoria, Machaut, Pérotin. A polifonia caracteriza-se pela sobreposição de várias linhas melódicas independentes, que, conectada à fé cristã, criou um dos movimentos musicais mais bonitos e sensíveis da história; criam-se texturas belíssimas e delicadas. 

Josquiz Desprez, certamente, foi um dos mestres do movimento polifônico. Aquilo que Palestrina representou para o século XVI, Desprez representou para as décadas anteriores ao compositor italiano. Desprez era francês. Ele pode ser considerado como um dos principais nomes da virada dos séculos XV para o XVI. É considerado por muitos como o nome mais importante entre Guilherme Dufay e o próprio Palestrina. 

O francês escreveu obras de grande beleza. Neste disco, por exemplo, encontramos alguns dos seus trabalhos. Em primeiro lugar, é importante ressaltar a importância e a beleza do seu Stabat Mater. Existem inúmeras versões desse texto medieval. Acontece que, nas mãos de Desprez, há um ganho em beleza, emoção e expressividade ao texto. Além do Stabat Mater, encontramos ainda alguns dos seus motetos. Vale ressaltar que o compositor escreveu mais de cem dessas obras. Um moteto é um gênero musical surgido no século XIII, em que se usam textos diferentes para cada voz. As vozes se entrelaçam com melancolia e precisão matemática, criando uma atmosfera solene, quase atemporal. É possível sentir o lamento. Johann Sebastian Bach, mais tarde, baseado nessa tradição, escreveu os seus belos motetos. 

Não deixe de ouvir este bonito e importante disco de Josquin Desprez, compositor cuja importância foi reverenciada até por Martinho Lutero. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Josquin Desprez (c.1440-1521) - 

01. Ave Maria
02. Stabat Mater Dolorosa
03. Salve Regina
04. Ave Nobilissima Creatura
05. O Bone Et Dulcissime Jesu
06. Usquequo, Domine, Oblivisceris Me
07. Miserere Mei, Deus

La Chapelle Royale
Philippe Herreweghe, regente 

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Frédéric Chopin (1810-1849) - Piano Sonatas Nos. 1, 2 & 3

 

Chopin foi daqueles compositores que acertou em tudo o que fez. Se ele tivesse reproduzido o som de uma caixa de fósforo ao piano, teria ficado bonito e emocionante. Suas produções são todas revestidas de grande sensibilidade e de uma profunda beleza. Talvez, uma das páginas mais ambiciosas da sua música seja a escrita dessas sonatas para piano. São obras complexas e constituem um desafio técnico para serem interpretadas. Elas foram escritas em momentos bem distintos da curta vida do compositor. Possuem, por isso, um grande significado.

A Sonata de No. 1 é do ano de 1828. É uma obra juvenil. Foi publicada de forma póstuma. A obra parece mais um exercício acadêmico do jovem compositor. À época da composição, Chopin possuía apenas dezoito anos. Já a Sonata No. 2 é de 1839. Trata-se nada mais nada menos do que uma das peças mais famosas da história do repertório pianístico. É nela que encontramos a famosa "Marcha Fúnebre", cuja melodia é uma das mais famosas da história da música ocidental. Disse Schumann que a música transmitia a ideia de que "um punhado de fantasmas que fogem". 

Já a Sonatas No. 3 é do ano de 1844. Possui uma linguagem altamente refinada. Ela combina virtuosismo, lirismo e equilíbrio estrutural. Não deixe de ouvir a excelente interpretação de Igor Tchetuev. Uma boa apreciação!

Frédéric Chopin (1810-1849) - 

01 - Piano Sonata No. 1 in C Minor, Op. 4_ I. Allegro maestoso
02 - Piano Sonata No. 1 in C Minor, Op. 4_ II. Menuetto. Allegretto - Trio
03 - Piano Sonata No. 1 in C Minor, Op. 4_ III. Larghetto
04 - Piano Sonata No. 1 in C Minor, Op. 4_ IV. Finale. Presto
05 - Piano Sonata No. 2 in B-Flat Minor, Op. 35 _Funeral March__ I. Grave - Doppio movimento
06 - Piano Sonata No. 2 in B-Flat Minor, Op. 35 _Funeral March__ II. Scherzo
07 - Piano Sonata No. 2 in B-Flat Minor, Op. 35 _Funeral March__ III. Marche funèbre. Lento
08 - Piano Sonata No. 2 in B-Flat Minor, Op. 35 _Funeral March__ IV. Finale. Presto
09 - Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58_ I. Allegro maestoso
10 - Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58_ II. Scherzo. Molto vivace
11 - Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58_ III. Largo
12 - Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58_ IV. Finale. Presto non tanto

Igor Tchetuev, piano 

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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Piano Concerto No.1 in C major, Op.15 e Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.19

As primeiras obras de Beethoven estavam revestidas pela influência de Mozart e Haydn. Essa influência se dava, pelo fato, de os dois serem as grandes referências do classicismo vienense. Qualquer compositor quisesse encontrar um lugar ao sol, deveria olhar para as bases fundadas pelos dois compositores. Os dois concertos iniciais do alemão estão inundados por essas referências, todavia já é possível perceber a magia, os altos ideais, que seriam uma marca da música do Beethoven.

Curiosamente, o chamamos de Concerto No. 1, deveria ser o Concerto No. 2; bem parecido com o que aconteceu com os concertos para piano e orquestra de Chopin. O 2 é um 1; e o 1 é o 2. Beethoven quando esboçou o que conhecemos como Concerto No. 2, tinha apenas dezessete anos; ou seja, a obra foi escrita entre 1787 e 1795. Já o No. 1 é do ano de  1797. São obras que indicam o virtuosismo característico.

O Concerto No. 1 é ousado e assertivo. O primeiro movimento possui um colorido orquestral bastante preponderante, seguido de um belo e beethoveano Adagio. É daquelas coisas singulares, indescritíveis, que tornam a vida um evento mais significativo e bonito. Já o Concerto No. 2 é elegante, ensolarado e espirituoso; carrega aquela atmosfera airosa do Classicismo. É algo para ouvir e se impressionar com uma das músicas mais bonitas da história da humanidade. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - 

Piano Concerto No.1 in C major, Op.15
01. I. Allegro con brio (15:07)
02. II. Largo (10:20)
03. III. Rondo. Allegro (9:08)

Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.19
04. I. Allegro con brio (13:54)
05. II. Adagio (8:19)
06. III. Rondo. Allegro molto (6:31)

Tapiola Sinfonietta
Osmo Vänskä, regente
Yevgeny Sudbin, piano 

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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Karen Khachaturian (1920-2011) - Violin Sonata in G Minor, Op. 1 e Aram Khachaturian (1903-1987) - Sabre Dance from Gayane Ballet, Dance, Lullaby from Gayane Ballet etc


Esse disco possui uma sonoridade bastante peculiar. Trata-se da música de dois compositores armênios bastante importantes. Particularmente, eu ainda não conhecia a música de Karen Khachaturian, que era sobrinho do tio famoso - Aram Khachaturian. Este último foi um dos mais importantes compositores armênios do século XX. Destacou-se por sua habilidade de fundir o folclore caucasiano com a grandiosidade orquestral do romantismo russo. Sua obra mais conhecida, o balé Spartacus, tornou-se símbolo do virtuosismo musical soviético, assim como a vibrante Dança do Sabre, do balé Gayaneh, que ultrapassou fronteiras e se popularizou mundialmente.

Karen Khachaturian, por sua vez, nasceu em Moscou. Foi aluno de Shostakovich e  Myaskovsky, dois gigantes da música russa, o que se reflete em sua linguagem musical sofisticada e densa. Karen destacou-se por seu quarteto de cordas, sua sonata para violino e piano - dedicada a David Oistrakh - e sua música incidental para teatro e cinema. Apesar de não ter alcançado a fama internacional de seu tio, sua produção é respeitada por músicos e estudiosos por sua integridade estilística e domínio técnico. 

Neste disco, encontramos algumas dos dois artistas. De Karem, encontramos sua famosa Sonata para violino, dedicada a David Oistrakh; de Aram, encontramos algumas aberturas e obras menores. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
 

01. Violin Sonata in G Minor, Op. 1: I. Allegro
02. Violin Sonata in G Minor, Op. 1: II. Andante
03. Violin Sonata in G Minor, Op. 1: III. Presto
04. Sabre Dance from Gayane Ballet
05. Dance
06. Lullaby from Gayane Ballet
07. Ayesha's Dance from Gayane Ballet
08. Song-Poem
09. Adagio from Spartacus Ballet
10. Andante sostenuto

Rubem Kosemyan, violino
Natalya Mnatsakanyan, piano 

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Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Sonatas & Partitas

 
 

"Bach era conhecido como um virtuose do cravo e do órgão, mas, de acordo com o testemunho de seu segundo filho, Carl Philipp Emanuel (1714-1788), ele era também um bom violinista:  “Desde a juventude até sua maturidade, ele tocou o violino de maneira pura e precisa, mantendo assim a orquestra mais organizada do que se tocasse o cravo. Ele compreendia completamente todas as possibilidades dos instrumentos de corda.”

Bach compôs grandes obras-primas para o violino, mas, sem dúvida, o auge de sua produção para o instrumento foram as seis peças para violino solo – três Sonatas e três Partitas – que completou em 1720.

As três Sonatas possuem uma estrutura em formato da sonata da chiesa (sonata de igreja), com quatro movimentos cujos andamentos se alternam em “lento-rápido-lento-rápido”, sendo a introdução e o terceiro movimentos mais líricos e expressivos; o segundo movimento sempre em forma de fuga; e, para terminar, um final vívido, no qual Bach acrescenta uma variedade tonal contrastante ao terceiro movimento.

Já as Partitas são geralmente leves em estilo e textura, com o formato mais livre, consistindo em uma coleção de danças com andamentos diferentes. As quatro danças centrais usadas na suíte barroca eram a Allemande, a Courante, a Sarabande e a Gigue, mas estas podiam ser substituídas por outras danças.

De modo geral, esses trabalhos se valem da maestria do solista na arte da ilusão. O violino é um instrumento melódico por excelência e, embora suas quatro cordas sejam capazes de emitir mais de uma nota simultaneamente, ele possui limitações rigorosas.

Nas peças para violino solo de Bach, o ouvinte pode perceber uma teia de contrapontos que está sendo somente sugerida ou subentendida na partitura. O compositor, primorosamente, oferece ao solista uma música repleta de desafios e possibilidades.

Nas palavras de Brahms, “Bach conseguiu extrair de um pequeno instrumento um universo de pensamentos profundos e sentimentos poderosos. Se eu sequer imaginasse ser capaz de criar, ou mesmo idealizar alguma dessas peças, tal experiência, emocionante e avassaladora, certamente me deixaria arrebatado!”.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Daqui 

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - 
    
01. Violin Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: I. Adagio (04:45)
02. Violin Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: II. Fuga (04:33)
03. Violin Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: III. Siciliana (03:24)
04. Violin Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: IV. Presto (03:05)
05. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: I. Allemanda (05:21)
06. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: II. Double (02:20)
07. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: III. Courante (02:40)
08. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: IV. Double (03:05)
09. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: V. Sarabande (03:42)
10. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: VI. Double (02:04)
11. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: VII. Tempo di Bourrée (02:48)
12. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: VIII. Double (03:08)
13. Violin Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: I. Grave (04:42)
14. Violin Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: II. Fuga (06:23)
15. Violin Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: III. Andante (05:31)
16. Violin Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: IV. Allegro (05:33)
17. Violin Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: I. Allemande (03:57)
18. Violin Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: II. Courante (02:17)
19. Violin Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: III. Sarabande (04:38)
20. Violin Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: IV. Gigue (03:42)
21. Violin Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: V. Chaconne (14:11)
22. Violin Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: I. Adagio (04:18)
23. Violin Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: II. Fuga (08:22)
24. Violin Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: III. Largo (04:07)
25. Violin Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: IV. Allegro assai (04:39)
26. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: I. Preludio (03:20)
27. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: II. Loure (04:38)
28. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: III. Gavotte en Rondeau (03:05)
29. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: IV. Menuett I (01:35)
30. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: V. Menuett II (02:15)
31. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: VI. Bourrée (01:15)
32. Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: VII. Gigue (01:41)

Augustin Hadelich, violino 

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domingo, 3 de agosto de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Symphonies Nos. 1-7, The Oceanides e Night Ride and Sunrise op.55

Sempre sonhei em visitar a Finlândia. Na língua nativa do país, o país é chamado de Suomi. O termo significa "terra dos pântanos" ou "terra dos mil lagos". De fato, Suomi é conhecida por sua exuberante natureza, lagos, florestas. Ou seja, é um dos países mais bonitos do mundo. Esse cenário embasbacante, leva o país a ter uma enorme reverência e respeito pela natureza. 

Jean Sibelius nascido nessa terra de fausto natural absorveu essa postura reverencial para com a natureza do seu país. Poucos compositores foram tão felizes em retratar em seus trabalhos esse espírito, traduzindo em som a paisagem, a identidade e o espírito de um povo como ele fez em suas sete sinfonias, escritas entre 1899 e 1924. 

Seus trabalhos sinfônicos foram responsáveis por consolidar uma posição nacionalista, principalmente com a Segunda. Todavia, não se deve ter apenas esse olhar unidimensional. Cada uma das sinfonias possui uma ideia, uma intenção. O que chama atenção é o hiato de silêncio entre a Sétima e a morte do compositor. A Sétima é do ano de 1924; o compositor morreria 33 anos após a sua composição. Falam os estudiosos que ele ficou por um período enorme fermentando a escrita dessa possível sinfonia. Especula-se até que ela tenha ido para o papel, mas, que o compositor, após uma crise, tenha-a incinerado. Sibelius teve problemas sérios com o álcool, além de graves problemas psicológicos. Um verdadeiro prejuízo para os admiradores dos seus trabalhos sinfônicos - eu, por exemplo.

Impressiona que em 25 anos ele tenha escrito sete sinfonias, mas que, em 33 anos, nada tenha sido fecundado; apenas a insegurança e o silêncio. Esse ciclo com Sir Simon Rattle é bem conhecido e famoso. Vale a pena ouvir. Não deixe de fazê-lo. Uma boa apreciação!

DISCO 01

Symphony No. 1 In E minor, Op 39
01. I. Allegro
02. II. Andante
03. III. Scherzo: Allegro
04. IV. Finale

Concerto For Violin And Orchestra In D minor, 0p.47
05. I. Allegro
06. II. Adagio
07. III. Allegro

DISCO 02

Symphony No.2 in D major, op.42
01. I. Allegretto
02. II. Tempo andante, ma rubato
03. III. Vivacissimo
04. IV. Finale: Allegro moderato

Symphony No.3 in C major, op.52
05. I. Allegro moderato
06. II. Andantino con moto, quasi allegretto
07. III. Moderato - Allegro, ma non tanto

DISCO 03

Symphony No.4 in A minor, op.63
01. I. Tempo molto moderato, quasi adagio
02. II. Allegro molto vivace
03. III. Il tempo largo
04. IV. Allegro

Symphony No.6 in D minor, op.104
05. I. Allegro molto moderato
06. II. Allegretto
07. III. Poco vivace
08. IV. Allegro molto

09. The Oceanides (Aallottaret), op.73

DISCO 04

Symphony No.5 in E flat major, op.82
01. I. Tempo molto moderato - Allegro mode…
02. II. Andante mosso, quasi allegretto
03. III. Allegro molto - Un pochettino lar…

04. Scene with Cranes (from Kuolema op.44)

Symphony No.7 in C major, op.105
04. I. Adagio
05. II. Un pochettino meno adagio - Vivacissim…
06. III. Allegro molto moderato -
07. IV. Vivace - Presto - Adagio

08. Night Ride and Sunrise op.55

DISCO 05

Symphony No.5 in E flat major, op.82*
01. I. Tempo molto moderato - Allegro mode…
02. II. Andante mosso, quasi allegretto
03. III. Allegro molto - Un pochettino lar…

City of Birmingham Symphony Orchestra
New Philharmonia Orchestra of London

Simon Rattle, regente
Nigel Kennedy – violino (Violin Concerto) 

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sábado, 2 de agosto de 2025

Alfred Schnittke (1934-1998) - Cello Concerto No. 1

 

Um trecho que exatifica a grandeza desse Concerto do compositor russo. Trecho extraído do trecho de apresentação da obra:

"Encomendado para a lendária violoncelista Natalia Gutman e escrito em 1985 após a morte de um derrame, este concerto inovador captura a intensidade crua da vida, da morte e do renascimento. Schnittke combina a gravidade emocional de Shostakovich com ecos assombrosos de Brahms e Bach. Cravo, violoncelo amplificado, cadências envolventes e orquestração ousada criam uma paisagem sonora marcante que une o barroco e o moderno. Abrindo com uma atmosfera nebulosa e citando a Sonata Op. 38 de Brahms, a obra rapidamente se eleva em intensidade emocional, com o violoncelo solo confrontando e envolvendo um rico cenário orquestral. Esta peça foi originalmente concebida como um concerto em três movimentos; um quarto movimento foi adicionado por Schnittke após acordar de um coma, formando uma conclusão profundamente espiritual". 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Alfred Schnittke (1934-1998) -

01. Cello Concerto No. 1: I. Pesante. Moderato
02. Cello Concerto No. 1: II. Largo
03. Cello Concerto No. 1: III. Allegro vivace
04. Cello Concerto No. 1: IV. Largo

MDR Leipzig Radio Symphony Orchestra

Dennis Russell Davies, regente
Matt Haimovitz, violoncelo  

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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Giovanni Paisiello (1740-1816) - Il Fanatico in Berlina

"Il Fanático in Berlina" é uma ópera cômica, escrita em 1774, por Giovanni Paisiello. Pelo que me lembro, essa é a primeira vez que o compositor aparece por aqui. A ópera estreou em Nápoles, período em que o compositor desfrutava de um enorme prestígio na corte napolitana. 

Essa ópera pertence ao gênero "ópera buffa", que tinha como característica enredos cômicos e sátiras políticas e sociais; em muitas situações, os personagens eram caricatos e havia a retratação de episódios do cotidiano. Paisiello foi um mestre incontestável nesse tipo de trabalho. e Il Fanatico in Berlina é um exemplo refinado de seu talento para equilibrar humor, crítica social e sofisticação musical.

O libreto é atribuído a Giovanni Battista Lorenzi. Os personagens representam tipos sociais reconhecíveis e que vivem situações cômicas e que criticam modelos adotados sem qualquer reflexão. A obra reflete o espírito iluminista do período, com um enredo que ridiculariza o fanatismo exagerado - não no sentido religioso, mas como uma obsessão por modas e ideias forasteiras. A "berlina" do título não é apenas um tipo de carruagem, mas também uma metáfora para a exposição pública ao ridículo, como se o fanático estivesse sendo "colocado em berlinda". 

O "fanático" do título é uma figura vaidosa e pretensiosa, que adota toda novidade estrangeira de forma cega e superficial - especialmente as vindas da França. O enredo explora os conflitos e os risos que surgem dessa atitude, opondo a ele outros personagens mais sensatos, ou igualmente caricaturais. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Giovanni Paisiello (1740-1816) - 

DISCO 01

01-sinfonia
02-introduzione
03-signorino-a-parla-schietto
04-donne-care
05-questo-vago-giovinetto
06-lo-trovai-per-accidente
07-parto-parto
08-di-questo-pianto
09-vedrai-vedrai
10-vorrei-dirle-ingrata-e-triste

DISCO 02

01-saria-bello-il-maritar
02-tutto-da-voi-dipende
03-voi-tornate-a-questo-seno
04-se-la-rabbia
05-quintetto-piano-piano
06-mustafa-di-trebisonda
07-quando-viene-lo-sposo-avanti
08-da-quel-parlar-comprendo
09-recitativo-e-marcia
10-finale-serba-bich-din-don

Orchestra del Conservatorio di Mantova
Elisabetta Masechio, regente 

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Claude Debussy (1862-1918) - Préludes

Compreender Claude Debussy (1862-1918) é muito mais complicado do que parece. Também é muito mais simples do que parece. É como fazer uma jornada cheia de labirintos pra chegar num lugar e, só então, perceber que tinha um atalho. Você, caso não conheça de música clássica, vai ouvir sons e vai achá-los mágicos. Daí vai tentar esmiuçar, compreender, dissecar, só pra depois perceber que a música de Debussy foi feita pra escutar. Escutar atentamente, claro. E então deixar-se levar pelas sensações. Aí está o atalho: a música dele é menos técnica e mais pura mágica. Não que ele seja fraco tecnicamente, sua orquestração e escrita para piano, para qualquer instrumentação, de fato, são perfeitas.

Era um compositor espetacular, conhecedor das velhas formas e um pianista excepcional - Igor Stravinsky conta que ele e Debussy fizeram uma audição privada da sua Sagração da Primavera numa versão de piano a 4 mãos, com Debussy praticamente lendo à primeira vista. Você só vai entender as intenções desse compositor ao escutá-lo um punhado de vezes. Eu acho que é por isso que as pessoas mais velhas se tornam à música clássica. Elas têm mais paciência. A obra de Debussy é episódica, você tem que apreciar os momentos. Aliás, vamos entender o 1º (e o 2º) Livro de Prelúdios como uma coletânea de contos. É só dividir esses contos em parágrafos: meio caminho andado. Ele foi um dos primeiros compositores modernos, saindo do romantismo. Enquanto que no romantismo as músicas são bem descritivas, ainda que apenas de sentimentos, no modernismo elas tendem a ser mais abstratas. É até interessante que Debussy tenha colocado títulos para cada prelúdio. Mas, na partitura, ele coloca o título no fim. Genial! Você deve ler a peça como se não soubesse do que se trata e, então, descobrir.

O que é um prelúdio? 

Nesse sentido usado por Debussy, trata-se de peças para piano com durações diversas (2 e pouco a quase 8 minutos) e com forma livre. Ou seja, a peça se desenvolve sem "ter que fazer" nada: ao gosto do compositor. Ele os compôs entre 1909 e 1910.

Johann Sebastian Bach escreveu O Cravo Bem Temperado, com 24 prelúdios e fugas, cada um em uma das tonalidades existentes. Depois compôs outro livro. Isso abriu precedente para que compositores, famosamente Frédéric Chopin, fizessem seus prelúdios. Chopin fez um livro de 24, respeitando a ideia das 24 tonalidades. Debussy fez 2 livros de 12. Mas ele não fez um para cada tonalidade. Os dele são bem livres. Cada um tem um título, que vem de algum poema (Baudelaire) ou simplesmente de uma alusão.

Daqui

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Claude Debussy (1862-1918) -

Préludes I

01. Danseuses de Delphes (3:09)
02. Voiles (3:39)
03. Le vent dans la plaine (2:05)
04. «Les sons et les parfums tournent dans l’air du soir» (3:19)
05. Les collines d’Anacapri (2:59)
06. Des pas sur la neige (4:20)
07. Ce qu’a vu le vent d’ouest (3:31)
08. La fille aux cheveux de lin (2:24)
09. La sérénade interrompue (2:42)
10. La cathédrale engloutie (6:51)
11. La danse de Puck (2:50)
12. Minstrels (2:33)

Préludes II

13. Brouillards (3:16)
14. Feuilles mortes (2:41)
15. La Puerta del Vino (3:39)
16. Les fées sont d’exquises danseuses (2:43)
17. Bruyères (2:43)
18. «General Lavine» — excentric (2:44)
19. La terrasse des audiences du clair de lune (4:23)
20. Ondine (2:58)
21. Hommage à S. Pickwick Esq. P.P.M.P.C. (2:10)
22. Canope (2:56)
23. Les tierces alternées (2:23)
24. Feux d’artifice (4:49)

Steven Osborne, piano

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quinta-feira, 31 de julho de 2025

George F. Handel (1685-1759) - Messiah (Highlights)

 
"O Messias", de Handel, é uma das obras mais importantes da história. Há trechos - como o "Hallelujah" - que são popularmente conhecidos; talvez, estejam entre uma das músicas mais conhecidas da história. Há obra foi escrita há quase trezentos anos, mas continua viva. Pode-se falar que a sua existência é um verdadeiro ato de grande genialidade. A escrita de "O Messias" ocorreu em apenas 24 dias, o que impressiona pela exiguidade do tempo e a complexidade da obra. Ela é uma das minhas obras favoritas da vida. Talvez, seja uma das que mais escutei ao longo dos anos. É sempre uma experiência agradável e que me emociona sempre que a escuto. 
 
Escrita em 1741, a obra é estruturada em três partes que descrevem a vida, a paixão e a ressurreição e glória de Jesus Cristo.  Diferente da ópera, o oratório não conta com o cenário nem com a teatralização característica. Toda a narrativa é conduzida por solistas, coro e orquestra, com libreto construído a partir de passagens bíblicas selecionadas por Charles Jenners, amigo e colaborador de Handel. A ausência de drama teatral não impede que a obra embriague o ouvinte de densa emoção. 
 
A obra é feita de genialidade e sofisticação. Neste disco, encontramos algumas das passagens mais famosas. Não acredito que seja necessário esse tipo de disco, pois a obra é bela por inteiro. Todavia, vale a pena ouvir. Não deixe de fazê-lo. Uma boa apreciação! 

George F. Handel (1685-1759) - 

01. Comfort ye my people - Ev'ry valley shall be exalted - And the glory of the Lord
02. But who may abide the day of his coming
03. Behold a virgin shall concieve - O thou that tellest good tidings
04. For unto us a child is born
05. Rejoice greatly, O daughter of Zion
06. Why do the nations so furiously rage together - Let us break their bonds asunder
07. Hallelujah
08. I know that my redeemer liveth
09. Behold I tell you a mystery - The trumpet shall sound
10. Worthy is the lamb that was slain

The Academy Of Ancient Music
Christopher Hogwood, regente 

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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Giuseppe Tartini (1692-1770) - Violin Concertos


O compositor italiano Giuseppe Tartini foi um nome importante da música do século XVIII. O compositor é lembrado, hoje, pelo desenvolvimento da técnica violinística, pois foi um conhecedor profundo do instrumento. O compositor começou a sua carreira estudando teologia e direito; mais tarde, migrou para a música. Tornou-se um virtuose do violino e acabou passando boa parte de sua vida em Pádua, na Itália. Nessa cidade, acabou fundando uma escola para violino. Ele também foi um pensador musical e escreveu tratados teóricos, sendo o mais famoso o Trattato di musica secondo la vera scienza dell’armonia (1754), que abordava a natureza do som e da harmonia com base em observações acústicas. 

O compositor escreveu mais de cem concertos para violino (sic). É possível observar nesses concertos virtuosismo técnico. Tartini foi um dos primeiros a explorar com profundidade as possibilidades técnicas do violino. Seus concertos incluem passagens de grande dificuldade, como duplos harmônicos, trilos rápidos, saltos intervalares largos e uso expressivo do vibrato. Outra característica de suas composições violinísticas é o lirismo melódico bastante refinado. Sua música mostra uma transição entre o Barroco e o estilo galante que viria a dominar no final do século XVIII. 

Um disco excelente para que se descubra a música desse extraordinário do compositor italiano. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Giuseppe Tartini (1692-1770) - 

01 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in E minor, D56- I. Allegro
02 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in E minor, D56- II. Adagio
03 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in E minor, D56- III. Allegro
04 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in A major, D96- I. Allegro
05 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in A major, D96- II. Largo andante
06 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in A major, D96- III. Presto
07 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in D minor, D45- I. Allegro assai
08 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in D minor, D45- II. Grave
09 - Giuseppe Tartini - Violin Concerto in D minor, D45- III. Presto
10 - Giuseppe Tartini - Concerto in G major- I. Allegro
11 - Giuseppe Tartini - Concerto in G major- II. Andante
12 - Giuseppe Tartini - Concerto in G major- III. Allegretto
13 - Giuseppe Tartini - Concerto in D minor, D44- I. Allegro assai
14 - Giuseppe Tartini - Concerto in D minor, D44- II. Grave
15 - Giuseppe Tartini - Concerto in D minor, D44- III. Allegro

Venice Baroque Orchestra
Andrea Marcon, regente
Chouchane Siranossian, violino 

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