Continuo entusiasmado a cada nova audição dessa caixa por dois motivos óbvios: (1) a música de Schubert. Como tenho reiterado, até mesmo com certa redundância, Schubert foi um compositor especial. Viveu pouco. Foram pouco mais de trinta anos febricitantes. Uma vida agitada, mas de produtividade e qualidade acima da média. Pesava contra Schubert a indisciplina. Começava vários projetos e os deixava inacabados. Para nossa sorte e deleite, o compositor escreveu, também quartetos de cordas - e como são especiais os quartetos de cordas de Schubert! (2) a qualidade das gravações desses discos do selo Naxos: a limpidez, a elegância, a sonoridade. São por essas e outras que você deve ouvir cada um desses discos. Uma boa apreciação!
Franz Schubert (1797-1828) -
DISCO 04
String Quartet No. 8 em grande plano B, op. 168, D. 112
01. I. Allegro ma non troppo
02. II. Andante sostenuto
03. III. Menuetto: Allegro
04. IV. Presto
Quarteto de Cordas n º 1 em Sol menor / B bemol maior, D. 18
05. I. Andante - Presto vivace
06. II. Menuetto
07. III. Andante
08. IV. Presto
String Quartet No. 4 em C maior, D. 46
09. I. Adagio - Allegro con moto
10. II. Andante con moto
11. III. Menuetto: Allegro
12. IV. Allegro
DISCO 05
String Quartet No. 6 in D major, D. 74
01. Allegro ma non troppo
02. Andante
03. Menuetto: Allegro
04. Allegro
Quarteto de Cordas n º 11 em Mi maior, op. 125, No. 2, D. 353
05. Allegro con fuoco
06. Andante
07. Menuetto: Allegro vivace
08. Rondo: Allegro vivace
String Quartet No. 2 in C major, D. 32
09. Presto
10. Andante
11. Menuetto: Allegro
12. Allegro con spirito
Você pode comprar este disco na Amazon (CD04 / CD05)
Kódaly Quartet
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01. I. Allegro ma non troppo
02. II. Andante sostenuto
03. III. Menuetto: Allegro
04. IV. Presto
Quarteto de Cordas n º 1 em Sol menor / B bemol maior, D. 18
05. I. Andante - Presto vivace
06. II. Menuetto
07. III. Andante
08. IV. Presto
String Quartet No. 4 em C maior, D. 46
09. I. Adagio - Allegro con moto
10. II. Andante con moto
11. III. Menuetto: Allegro
12. IV. Allegro
DISCO 05
String Quartet No. 6 in D major, D. 74
01. Allegro ma non troppo
02. Andante
03. Menuetto: Allegro
04. Allegro
Quarteto de Cordas n º 11 em Mi maior, op. 125, No. 2, D. 353
05. Allegro con fuoco
06. Andante
07. Menuetto: Allegro vivace
08. Rondo: Allegro vivace
String Quartet No. 2 in C major, D. 32
09. Presto
10. Andante
11. Menuetto: Allegro
12. Allegro con spirito
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Frequento o seu blogue que considero muito interessante. Mas, desculpe a pergunta, se é brasileiro porque está nos blogues de Portugal?
ResponderExcluirAntes de tudo, é sempre bom encontrar pessoas que apreciem música clássica (independentemente dos seus gostos pessoais por períodos, compositores, escolas interpretativas, etc.) e que partilhem as suas discotecas. Leio vezes de mais, discussões ridículas sobre intérpretes e até compositores: ridículas porque baseiam-se em simples critérios subjectivos, sem qualquer forma de argumentação lógica e histórica.
ResponderExcluirEm segundo lugar, Schubert foi de facto especial (como tantos outros) - cada grande compositor na sua essencial singularidade): morreu novo (como tantos outros), mas para o tentar compreender (como homem e como compositor) é necessário conhecer a sua história biográfica, o seu contexto sócio-económico e a sua densa complexidade psicológica. Schubert, por vários motivos que não cabem aqui discorrer, era inseguro e a sua falta de auto-confiança reflectia-se nas obras "incompletas". Não se tratava de ser indisciplinado no seu método criativo, mas antes inseguro e demasiado exigente consigo mesmo. Viveu miseravelmente, mesmo na pobreza, e foi explorado por vários empresários que pegavam numa melodia sua, anteviam o seu potencial mas não lhe pagavam de acordo com ele. Czerny foi um deles. Pagavam-lhe para poderem publicar um "lied" uma ninharia que depois rendia rios de dinheiro. Schubert, desinteressado e materialmente desapegado, não tinha o que hoje chamamos "espírito de iniciativa", "olho para o negócio" nem ferocidade capitalista.
A sua vida emocional e sentimental também não correu bem, vivendo sempre sozinho. Apenas alguns amigos faziam a diferença, acolhendo-o e alimentando-o quando necessário, além de lhe reconhecerem valor artístico - ficaram famosas as "Schubertíades" (serões musicais noite dentro entre amigos músicos e ligados às artes).
Pessoalmente, as características que mais admiro nas suas obras são o sentido intimista, a facilidade melódica de grande lirismo e uma textura tímbrica (principalmente na sua obra de câmara) simultaneamente calorosa, clara e translúcida. As suas últimas obras são brilhantes no sentido trágico do termo. Existem nelas um sentimento de angústia, revolta contida, de profunda injustiça e desilusão perante a vida.
Não conheço estas interpretações dos quartetos por esta formação, que agradeço desde já oportunidade de ouvir. A Naxos pratica preços imbatíveis, ainda que nem todas as interpretações sejam de excelência.
Saudações e boas essências musicais!