quarta-feira, 29 de abril de 2009

Philip Glass - Trilogia Qatsi - Koyaanisqatsi

Devo afirmar que há passionalidade nesta postagem. Não se trata da exposição de qualquer arquivo musical. Há mais do que música meramente envolvida. Trata-se de uma experiência de ordem superior, estética, poética e metafísica, a minha relação com esta obra . Afirmo isso pois pensei em postar uma obra de Bach no dia de hoje, mas ao ouvir a trilha sonora do filme Koyaanisqatsi composta por Philip Glass, eu mudei de ideia. Posso ficar ouvindo por horas e horas esta música poderosa, como fiz hoje à tarde. Queria convidar você a experimentar essa viagem de efeitos sonoros. A trilogia Qatsi (Koyaanisqatsi, Powaqqatsi e Naqoyqatsi) é um empreendimento do diretor Godfrey Reggio. O diretor fez uma reflexão profunda e pertinente sobre o dilema humano com música e imagens. Quem ficou com missão de criar a trilha sonora foi Philip Glass, músico contemporâneo, odiado por uns, admirado por outros. Devo afirmar que não possuo uma intimidade muito grande com Glass, afora a trilha sonora de Koyaanisqatsi, o primeiro dos filmes da série. Tenho alguns álbuns do compositor americano, mas ainda não tive a oportunidade de ouvir em sua integralidade. O termo Koyaanisqatsi significa "vida fora de equilíbrio", "vida que se desintegra" e foi empregado a partir do idioma Hopi, uma tribo indígena americana. Impossível ver ao filme e não se extasiar. A música está amalgamada às imagens soberbamente impressionáveis. Impossível apenas narrar com palavras. As palavras apenas dizem. É preciso ver ao filme para se impressionar e refletir a profundidade atordoante deste belessímo documentário de Reggio. Às vezes ponho o DVD do filme e fico silencioso a me embriagar com os efeitos espantosos da obra. Ouça a música e deixe-se levar por essa reflexão, principalmente a última faixa: "Prophecies".

Há algum tempo atrás escrevi um pequeno texto sobre o filme. Está AQUI.

Mais sobre Philip Glass: AQUI

Philip Glass (1937 - ) - Trilogia Qatsi - Koyaanisqatsi

01. Koyaanisqatsi 03:25
02. Organic 07:46
03. Cloudscape 04:32
04. Resource 06:39
05. Vessels 08:03
06. Pruit Igoe 07:52
07. The Grid 21:23
08. Prophecies 13:35

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terça-feira, 28 de abril de 2009

Beethoven - Walter - Sinfonia # 6

Serei lacônico com relação a esta postagem. Teria uma infinidade de palavras para escrever sobre à Sexta Sinfonia de Beethoven. Durante certo tempo, eu a ouvia grande parte do meu dia. Há quem não goste desta sinfonia por ser programática, trazendo elementos da natureza. Todavia, é justamente este aspecto desta obra histórica que me encanta. Revela justamente o aspecto essencial do Romantismo. Beethoven soube captar este espiríto da época. Fica aqui a promessa de que postarei outras versões desta peça. Esta é com Bruno Walter. Um gravação histórica, necessária.

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Symphony No. 6 in F major, op. 68 "Pastoral"

01. I. Erwachen heiterer (Allegro ma non troppo)
02. II. Szene am Bach (Andante con moto)
03. III. Lustiges Zusammensein der Landleute (Allegro)
04. IV. Gewitter, Sturm (Allegro).mp3
05. V. Hirtengesang. Frohe und dankbare Gefühle nach dem Sturm (Allegretto)

Orquestra Sinfônica da Columbia
Bruno Walter, regente

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Por Carlos Anônio M. Albuquerque
Have Joy!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Clint Mansell Requiem for a Dream

Resolvi postar este Cd, pois ele é uma desafio para mim. É importante deveras ser surpreendido por desafios aparentemente inexpugnáveis. Parafraseando Nietzsche posso afirmar que há músicas que são admitidas com o tempo. Ouvi há quase um ano este cd e a impressão primeira não foi boa. Voltei a ouvi-lo ontem e eis que fui acometido por sensações misteriosas. Confesso que desde ontem estou aturdido com as músicas deste CD. É música profunda, cheia de desafios assustadores, quase que fantasmágoricos. O CD é a compilação da trilha sonora do filme Réquiem para um sonho, que ainda não assisti. Todavia, li algumas informações sobre a produção e tive a curiosidade despertada. Se o filme for tão intenso e profundo quanto a trilha sonora, vale a pena ser visto. Tentarei consegui-lo com certa premência. A trilha foi composta por Clint Mansell que ainda não conhecia e o fantástico, prolífico, Quarteto Kronos. Esteticamente, sinto-me grávido de impressões confusas, distantes. Há música eletrônica, desvarios sonoros, paisagens cheias de efeitos e um cello que me transmite a ideia de um deserto desolado, afastado, silencioso, de sol amarelecido. É ouvir para conferir. Have Joy!

Clint Mansell & Kronos - Requiem for a Dream

1. Summer Overture 2:35
2. Party 0:28
3. Coney Island Dreaming 1:04
4. Party 0:36
5. Chocolate Charms 0:25
6. Ghosts of Things to Come 1:33
7. Dreams 0:44
8. Tense 0:37
9. Dr. Pill 0:42
10. High on Life 0:11
11. Ghosts 1:21
12. Crimin' & Dealin' 1:44
13. Hope Overture 2:31
14. Tense 0:28
15. Bialy & Lox Conga 0:45
16. Cleaning Apartment 1:26
17. Ghosts-Falling 1:11
18. Dreams 1:02
19. Arnold 2:35
20. Marion Barfs 2:22
21. Supermarket Sweep 2:14
22. Dreams 0:32
23. Sara Goldfarb Has Left the Building 1:17
24. Bugs Got a Devilish Grin Conga 0:57
25. Winter Overture 0:19
26. Southern Hospitality 1:23
27. Fear 2:26
28. Full Tense 1:04
29. The Beginning of the End 4:28
30. Ghosts of a Future Lost 1:51
31. Meltdown 3:56
32. Lux Aeterna 3:56
33. Coney Island Low 2:13

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Herbie Hancock - Tributo a Miles Davis

Postarei agora um CD visceral. Daqueles que você escuta cinco vezes seguidas fácil fácil. Este CD não é brincadeira. Tem-se nada mais nada menos do que Hancock interpretando Miles Davis. Estava ouvindo há pouco e senti uma necessidade imensa de compartilhá-lo. Já que o fim de semana está se aproximando, fica aqui o meu presente. Nesses dias frios e chuvosos, nada melhor do que uma bom Jazz para aquecer as nossas almas. Para os apreciadores da boa música, fica aí a promessa de um extraordinário álbum. É ouvi, apreciar, deleitar-se e entrar em comunhão com os elementos universais.

Herbie Hancock - A Tribute To Miles (1994)

01 So What (Live) - 10:19
02 RJ - 04:07
03 Little One - 07:20
04 Pinocchio - 05:44
05 Elegy - 08:42
06 Eighty One - 07:31
07 All Blues (Live) - 15:15

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Por Carlos Antônio M. Albuquerque

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Schoenberg (1874-1951) e Sibelius (1865 - 1957) - Concertos para Violino

Por estes dias eu tenho ouvido as peças de Bach. Tenho me disciplinado para ouvir as obras que tenho, pois se assim eu não fizer, não poderei apreciar o meu arsenal de música erudita. Hoje, acabei quebrando a minha disciplina, a minha regra auto-imposta. Bateu-me uma vontade medonha de ouvir o concerto para violino de Schoenberg. Acredito que o faço por uma boa causa. Trata-se de uma das peças mais importantes da história da música do século XX, e posso dizer, da história da música. É em certo sentido, a peça, um divisor de águas em todos os aspectos. Foi composta na década de 1930, logo após Arnold ter chegado aos Estados Unidos, fugido da megalomania hitlerista. Musicalmente, a peça é dodecafônica. A Wikipédia no verbete dodecafonismo afirma:

"O dodecafonismo (do grego dodeka: 'doze' e fonos: 'som') é um estilo composicional, englobado na música erudita e criado na década de 1920 pelo compositor austríaco Arnold Schoenberg. No Brasil um dos maiores nomes do estilo é o paranaense Arrigo Barnabé. O dodecafonismo é uma técnica de composição na qual as 12 notas da escala cromática são tratadas como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma relação ordenada e não hierárquica. Schoenberg foi o expoente da atonalidade no modernismo musical. Ainda que vários outros compositores experimentassem abandonar o esquema arraigado da tonalidade jamais o abandonaram completamente fosse pela bitonalidade ou pela politonalidade. Igor Stravinsky é exemplo dessas últimas. Schoenberg, porém, logo considerou a linguagem atonal, ou seja, a não estruturação da composição sobre um eixo harmônico central, demasiadamente sem regras. Construiu então um método para organizar os doze tons da escala cromática igualmente. Essa técnica foi apresentada como "sistema dos 12 tons" que logo ficou conhecida como dodecafonismo serial. Através de séries preestabelicidas de 12 sons diferentes e independentes entre si é que eram feitas as composições".

Outro aspecto da música é a angústia e a tensão constantes. Schoenberg parece prever o que aconteceria mais à frente. O CD ainda traz o compositor finlandês Jean Sibelius, que dispensa comentários. O seu concerto para violino é um dos mais conhecidos. A interpréte, a senhorita Hilary Hahn, é imensamente ousada e competente. Possui uns trejeitos juvenis, mas desvela o violino muito bem. Para tocar esse concerto [o de Schoenberg], de fato, tem que se ser um excelente músico pelo grau de dificuldade que a peça apresenta. Tenho um outro cd com ela tocando o Concerto para violino de Beethoven, op. 61 e o de Mendelssohn, op. 64 e posso afirmar que uma das grandes gravações que já ouvi para estes concertos. Fica a certeza de uma boa gravação. Certamente que o desvio da rota não foi negativo. Bach que me perdõe! Have Joy!

Arnold Schoenberg (1874 - 1951)
Violin Concerto, Op.36

1) 1. Poco Allegro 11:36
2) 2. Andante grazioso 7:30
3) 3. Finale. Allegro 10:38

Jean Sibelius (1865 - 1957)
Violin Concerto in D minor, Op.47

4) 1. Allegro moderato 17:20
5) 2. Adagio di molto 8:36
6) 3. Allegro, ma non tanto 7:16

Hilary Hahn
Swedish Radio Symphony Orchestra
Esa-Pekka Salonen

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Andres Segovia (1893 - 1987) - Recital Intimo

Como o objetivo desse espaço é a publicação de grandes obras que gosto, julguei acertado postar a obra que se segue. Trata-se nada mais nada menos do que Andres Segovia. Ouvi 2 vezes o CD que vou postar. Segovia pode ser considerado como o homem que enobreceu o violão. Achei um excelente texto abordando os aspectos mais importantes da vida de Segovia e sua importante influência em músicos como Villa-Lobos, Turina, John Willians e outros:
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Pouquíssimas vezes podemos afirmar em toda a história da música que somente uma pessoa tenha impulsionado um instrumento até o ponto de resultar no desenvolvimento decisivo do mesmo.
Segóvia, aliás, enobreceu o violão, um instrumento mal visto no mundo da música séria e que quase não se cultivava dentro dele - estava mais limitado ao campo da música popular e do flamengo, e confinado portanto em festas e tavernas - convertendo-o em respeitável todas as partes, habitual e até imprescindível nos conservatórios e escolas de música do mundo inteiro. E, não bastando, impulsionou decisivamente a composição de peças pensadas expressamente para o violão, cuja literatura era muito escassa: Castelnuovo-Tedesco, Falla, Hindemith, Ibert, Jolivet, F. Martin, Milhaud, Moreno Torroba, Ponce, Rodrigo, Roussel, Tansman, Turina e Villa-Lobos são alguns dos grandes compositores que escreveram, graças ao estimulo de Segóvia, para o violão. Além disso, Segóvia transcreveu para o violão uma grande quantidade de obras compostas originalmente para alaúde, cravo e inclusive para piano (páginas de Chopin, Mendelssohn, Brahms, Grieg, Granados, Albéniz, Acriabin, Debussy, etc.). Andrés Segóvia nasceu em Linares (Jaén) em 21 de fevereiro de 1893. Aos 5 anos teve a ocasião de escutar pela primeira vez um violão, tocado por um músico flamengo; a primeira impressão que lhe produziu - ele mesmo contou - em um tosco rasgueado foi desagradável, mas logo seu canto o seduziu irremediavelmente. Em seus anos mais maduros, Segóvia afirmou:"Me gusta mucho el flamenco auténtico, que se toca com dedos fuertes, con brusquedad, pero desde dentro del alma", sin embargo, "la guitarra clásica y la flamenca son caras opuestas de la misma montaña, pero nunca se encuentram". Horrorizada, sua familia, frente à forte inclinação que o garoto sentia por um instrumento tão "vulgar", tentaram desviar sua atenção para o violino, o violoncelo ou o piano, mas tudo foi inútil. Aos 10 anos, e com a oposição familiar, mas com a absoluta determinação que sempre o caracterizaria, comprou seu primeiro violão e recebeu as primeiras lições: fora do Conservatório de Granada onde aprendia teoria musical, já que ali não se ensinava o violão. Lições que forçosamente foram muito breves, pois o pouco que podiam ensinar-lhe o aprendeu em poucas semanas. Assim, para seu bem, se viu forçado a ser autodidata, e conforme ele mesmo ressaltou, "no hubo serias desavenencias entre profesor y alumno". O único grande guitarrista que pode aprender algo diretamente, quando sua personalidade já estava bem formada, foi Miguel Llobet, discípulo de Tárrega. Em pouco tempo, Segóvia desenvolveu uma técnica incomparável; aos 16 anos deu seu primeiro recital em Granada, com tão grande êxito que pode apresentar-se sucessivamente em outras cidades espanholas, culminando o ano de 1912 em Madrid, e levando-o em 1916 a um giro pela América do Sul. Sua apresentação em Paris, em 1924, graças ao apoio de Pablo Casals, causou verdadeira sensação, inclusive nos assistentes tão ilustres e exigentes como Paul Dukas e Manuel de Falla: assombraram,sobretudo, suas reveladores interpretações de Bach (transcrições feitas por ele mesmo), um patriarca da música, embora até então não suficientemente conhecido. E o fizeram enveredar pelo amplíssimo campo do repertório barroco que potencialmente se abria para o violão, o que foi se tornando uma realidade nos anos seguintes. Nesse mesmo ano tocou pela primeira vez em Londres, logo por toda a Europa - Rússia incluída - e em 1928 fez sua estréia nos Estados Unidos. Os triunfos foram sucedendo-se e sua fama se estendeu por todo o mundo. Em 1927 gravou em Londres seus primeiros discos - o primeiro violonista clássico que o fazia. Exatamente 50 anos depois gravaria em Madrid os últimos. cultivava o repertório, em boa parta esquecido, de seus predecessores espanhóis, virtuosos do violão de celebridade efêmera, e acertou em absorver suas técnicas, até então irreconciliáveis: Dionísio Aguado usava somente as unhas da mão direita, enquanto que Fernando Sor e Francisco Tárrega a ponta dos dedos. Segóvia compreendeu que, para obter toda a gama de sonoridades que o violão escondia, não podia limitar-se a uma ou a outra, senão combina-las. Assim, a riqueza de seu som, "de ferro e de veludo", como foi descrito, e com todos os graus e tonalidade de cor entre um e outro, foi algo sem precedentes...e é preciso reconhecer que nenhum de seus discípulos ou seguidores tem conseguido iguala-se neste aspecto. Para a plena realização deste alcance, também compreendeu Segóvia que seria preciso trabalhar estreitamente com os mais competentes construtores de violão (como Ramirez e Hauser), estimulando-lhes e aconselhando-lhes até conseguir violões capazes de uma maior suavidade ao invés de uma voz rotunda. A partir da Segunda Guerra Mundial, aprovou o uso, adotando ele mesmo, das cordas de nylon. Em seus inumeráveis recitais ao longo de todos os continentes, Segovia tocava não somente em salas reduzidas, mas também em grandes auditórios, nos quais conseguia um clima de recolhimento e atenção que foi batizado como "o silêncio Segovia". Mas sempre se negou a amplificar seu som; em realidade, e diferentemente de outros, não necessitava. "La guitarra no suena poco, sino lejos", costumava dizer. Seu primeiro casamento foi com Paquita Madriguera, pianista discipula de Granados, tiveram dois filhos, Andrés e Beatriz. Mais de meio século depois, aos 77 anos de idade, Segovia engendrou seu terceiro filho, Carlos Andrés, com sua segunda esposa, Emilia del Corral. Em 3 de junho de 1987, Andrés Segóvia morria em Madrid depois de ter conseguido do mundo musical um reconhecimento tão alto e tão unanime como muito poucas vezes alguem tenha obtido. Basta somente um testemunho, de um dos maiores violinistas da primeira metade do século 20. Fritz Kreisler, quem afirmou que no século XX soube somente de dois interpretés verdadeiramente grandes, Pablo Casals e Andrés Segóvia (ambos espanhóis, curiosamente). De uma lucidez fora do comum até os seus últimos anos, Segovia continuou até o final ativo como concertista - sua última aparição publica foi em Miami, na primavera de 1978 (78 anos dando concertos) - e como pedagogo: as últimas aulas que ministrou foram em Nova York somente 3 meses antes de morrer. Quando, em uma ocasião, um amigo lhe perguntou porque não diminuia sua intensa atividade em uma idade tão avançada, respondeu: "Terei toda uma eternidade para descansar..." Distantes de terem perdido sua referencia depois de seu desaparecimento, permanece viva e extraordinariamente ativa em seus discípulos - Laurindo Almeida, Siegfried Behrend, Ernesto Bitetti, Carlos Bonell, Julian Bream, Leo Brouwer, Alirio Díaz, Eduardo Fernándz, Eliot Fisk, Oscar Ghiglia, Sharon Isbin, Alexandre Lagoya, Christopher Parkening, Ida Presti, Konrad Ragossnig, Pepe e Ángel Romero, John Williams, Kazukito Yamashita, Narciso Yepes... - e indiretos todos os demais, pois não há violonista clássico que não parta dele; inclusive no campo da música "ligeira" não lhe faltam alunos triunfantes como Chet Atkins e Charlie Byrd; até os Beatles disseram uma vez que "Segovia foi nosso papa". O inquestionável é que, graças a Segovia, o violão é hoje um instrumento popular e respeitado em todo o mundo.

Extraído DAQUI

Andres Segovia (1893 - 1987) - Recital Intimo

01 - Weiss – Bourre
02 - Benda - Sonatina en Re Mayor
03 - Benda - Sonatina en Re Mayor
04 - Bach - Tres movimientos Suite Nº1 para cello
05 - Scarlatti - Dos Sonatas
06 - Sor - Andante Largo en Do Menor
07 - Sor - Minueto en La Mayor
08 - Sor - Minueto en Do Mayor
09 - Asencio – Dipso
10 - Ponce - Preludio en Mi Mayor
 

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Have Joy!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Dmitri Shostakovich - Symphony No. 5 in D minor, op. 47


Hoje estou sem paciência e inspiração para escrever. Por isso, o texto sobre a postagem será lacônico, sem maiores delongas. Fica apenas a certeza de que se trata de uma grande obra - diria uma das maiores do século XX. A Sinfonia # 5 de Shosta, para quem quer conhecer a obra desse extraordinário soviético, deve ser a porta de entrada. Have Joy!

Dmitri Shostakovich (1906-1975)
Festive Overture, op. 96
Symphony No. 5 in D minor, op. 47

London Symphony Orchestra
Maxim Shostakovich, regente.

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Have Joy!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pergolesi - Stabat Mater

Dando continuidade ao ciclo de postagens em comemoração à Semana Santa, segue o Stabat Mater de Pergolesi. Acerca do compositor e da obra, a Wikipédia assim afirma:


" Giovanni Battista Pergolesi (Jesi, 4 de Janeiro de 1710 – Pozzuoli, 16 de Março de 1736) foi um prolífico compositor, violinista e organista italiano do período Barroco, um dos mais importantes compositores da Opera Buffa. Pergolesi também escreveu música sacra e deixou uma das mais importantes versões do Stabat Mater (1736). Vários compositores escreveram arranjos no texto da sequência ordinária do Stabat Mater, mas a versão de Pergolesi é a mais usada de todas.

Pergolesi foi comissionado pela Confraternità dei Cavalieri di San Luigi di Palazzo (os monges da irmandade de San Luigi di Palazzo) para trocar o repertório deles que antes usava a versão do texto com a música de Alessandro Scarlatti. Nas operas, Pergolesi começou escrevendo intermezzo que seriam tocado no intervalo de ópera serias de dois atos e recebia suporte de amigos como, por exemplo, Jean-Philippe Rameau. Pergolesi também escreveu diversas árias italianas no estilo canzone, de muito bom gosto lírico.Pergolesi publicou um catálago de suas óperas, cuja edição ainda se encontra à venda, hoje em dia. A maior parte de seu trabalho estreou em Nápoles, mas L'Olimpiade foi em Roma. O restante de seu trabalho foram os mais publicados no século XVIII, e muitos foram usados por outros compositores, que fizeram arranjos sobre temas dele. Inclusive Johann Sebastian Bach que usou a base do seu Salmo , Tilge, Höchster, meine Sünden, BWV 1083. Outros gêneros de composições por Pergolesi incluem sonatas e concertos para violinos"


FONTE: AQUI


Giovanni Battista Pergolesi (1710 - 1736) - Stabat Mater


1. Stabat Mater: I. Stabat Mater

2. Stabat Mater: II. Cujus animam gementem

3. Stabat Mater: III. O Quam tristis et afflicta

4. Stabat Mater: IV. Quae moerebat et dolebat

5. Stabat Mater: V. Quis est homo

6. Stabat Mater: VI. Vidit suum dulcem Natum

7. Stabat Mater: VII. Eja, mater

8. Stabat Mater: VIII. Fac ut ardeat cor meum

9. Stabat Mater: IX. Sancta mater

10. Stabat Mater: X. Fac ut portem

11. Stabat Mater: XI. Inflammatus et accencus

12. Stabat Mater: XII. Quando corpus

13. Salve Regina: I. Salve Regina

14. Salve Regina: II. Ad te clamamus

15. Salve Regina: III. Eja ergo

16. Salve Regina: IV. Et Jesum

17. Salve Regina: V. O clemens


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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Joseph Haydn - Stabet Mater

Aproveitando o ensejo da Semana Santa, resolvi postar peças com conotação religiosa. Já havia postado o Réquiem de Brahms, que por si só constitui um monumento sacro. Ontem tive a oportunidade de ouvi o Stabet Mater de Haydn. Fui acometido pela sacralidade da música que me motivou a realizar o que estou prestes a fazer - inclusive agora estou ouvindo o Stabet Mater do compositor austríaco.
Stabat Mater é o poema medieval composto por Jacopone Todi no século XIII e que reverencia Maria, mãe de Jesus durante a crucificação do Filho. Ou seja, sua agonia, sofrimento e angústia são postos no poema. A capa do álbum indica a mãe sendo consolada enquanto olha para o Filho - que não aparece - na cruz. Stabat Mater significa "Estava a Mãe". Vários compositores já musicaram o Stabat Mater: Pendereck, Scarlatti, Rossini, Dvorak, Vivaldi, Haydn entre outros. Postarei o Stabat Mater de Haydn e amanhã o de Pergolesi. Na sexta-feira, dia 10, dia em que a cristandade reflete a morte do Messias, disponibilizarei duas outras obras: A Paixão segundo São João de Bach e o Messias de Handel. A gravação é excelente. Trevor Pinnock dirige o English Concert.

Joseph Haydn (1732-1809) STABAT MATER for soloists, chorus and orchestra 

01. Stabat Mater (Tenor & Chorus) 9:10 
02. O quam tristis (Mezzosoprano) 6:30 
03. Quis est homo (Chorus) 2:38 
04. Quis non posset (Soprano) 6:20 
05. Pro peccatis (Bass) 2:35 
06. Vidit suum (Tenor) 6:55 
07. Eia mater (Chorus) 2:55 
08. Sancta mater (Soprano, Tenor) 7:54 
09. Fac me vere tecum (Mezzosoprano) 6:27
10.Virgo virginium (Quartet & Chorus) 7:01 
11. Flammis orci (Bass) 1:58 
12. Fac me cruce custodiri (Tenor) 2:55 
13a.Quando corpus morietur (Soprano, Mezzosoprano & Chorus) 2:10 
13b. Paradisi gloria / Amen (Soprano & Chorus) 3:03

CHOIR OF THE ENGLISH CONCERT THE ENGLISH CONCERT on authentic instruments Leader Simon Standage Directed by TREVOR PINNOCK 
Patricia Rosario, Soprano 
Catherine Robbin, Mezzosoprano 
Anthony Rolfe Johnson, Tenor 
Cornelius Hauptmann, Bass 


Have Joy!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Brahms - Réquiem Alemão


Johannes Brahms (Hamburgo, 7 de maio de 1833 – Viena, 3 de abril de 1897) foi um compositor alemão, uma das mais importantes figuras do Romantismo musical europeu do século XIX.
Hans von Bülow faz referência de Brahms como um dos "três Bs da música", apelidando a sua primeira sinfonia como décima, fazendo referência à sua sucessão a Beethoven.

Biografia
No dia 7 de maio de 1833, em Hamburgo, nasceu Johannes Brahms. Seu pai, Johan Jacob, era contrabaixista e ganhava a vida tocando nos bares e nas tavernas da cidade portuária. Logo ele percebeu os dotes incomuns do filho e quando este completava 7 anos, contratou o excelente professor Otto Cossel para dar-lhe aulas de piano. Aos 10 anos, fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven. Também aos 10 anos, frequentava tabernas com seu pai e tocava lá durante parte da noite.
Não tardou em receber um convite para tocar nas cervejarias da noite hamburguesa, ao lado de seu pai. Enquanto trabalhava como músico profissional, Johannes tinha aulas com Eduard Marxsen, regente da Filarmônica de Hamburgo e compositor. Foi Marxsen quem lhe deu as primeiras noções de composição, para sua grande alegria.
Na noite, Brahms conhece Eduard Reményi, violinista húngaro que havia se refugiado em Hamburgo. Combinam um torneio pela Alemanha. Foi um sucesso, mas por causa dos excessivos malabarismos de Reményi. Johannes não fica muito contente com esta postura, mas usufrui a viagem - acaba conhecendo Joseph Joachim, famoso violinista, que se tornaria um de seus maiores amigos, Liszt e, principalmente, os Schumann.
Em sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann o receberam como gênio. Robert logo tratou de recomendar as obras de Brahms aos seus editores e escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado Novos Caminhos, onde era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". Quanto à Clara, existem muitas hipóteses de que os dois teriam tido um relacionamento amoroso, mas nenhuma prova - ambos destruíram cartas e outros documentos que poderiam afirmar isso. Restou apenas a dúvida.
Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, "fixando-se" em duas residências - a de Joachim em Hannover e a de Schumann em Düsseldorf. Esta vida de errante haveria de terminar em 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold.
Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do futuro". Embora Brahms nunca fosse afeito a polêmicas, acabou entrando nessa, o que lhe valeu a pecha de reacionário, derrubada apenas no nosso século pelo famoso ensaio de Schoenberg: Brahms, o Progressista.

Então, três anos mais tarde, resolve morar em Viena. Seu primeiro emprego na capital austríaca foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do relativo sucesso que obteve, pediu demissão em um ano, para poder dedicar-se à composição. A partir daí, sempre conseguiu sustentar-se apenas com a edição de suas obras e com seus concertos e recitais.
Em Viena, conseguiu o apoio e admiração do importante crítico Eduard Hanslick (mais um Eduard em sua vida!), mas isso não era suficiente para garantir-lhe fama. Foi só a partir da estréia do Réquiem Alemão, em 1868, que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor. O reflexo disso é que, em 1872, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical vienense. Ficaria lá até 1875.
Em 1876, um fato marcante: estréia sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada. Foi um grande sucesso e Brahms ficou marcado como sucessor de Beethoven - o maestro Hans von Bülow até apelidou a sinfonia de Décima.
Como alguém já observou, a vida de Brahms vai-se ralentando em razão contrária de sua produção. Os anos que se seguem são tranquilos, marcados pela solidão (manteve-se solteiro), pelas estréias de suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens (principalmente à Itália).
Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte, encontra-se com o clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento, escreve inúmeras obras de câmara para clarinete.
Sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente despede-se da vida. Ele deu a coletânea a si mesmo de presente no aniversário de 1896. Johannes Brahms viria a morrer um ano depois, em 3 de Abril de 1897.

Obras
Brahms dedicou-se a todas as formas, exceto balé e ópera, que não lhe interessavam - seu domínio era realmente a música pura, onde reinou absoluto em seu tempo. Podemos dizer que Brahms ocupou o espaço deixado por Wagner, que se dedicava à ópera, e com ele dominou a música da segunda metade do século XIX.
A obra brahmsiniana representa a fusão da expressividade romântica com a preocupação formal clássica. Em uma época onde a vanguarda estava com a música programática de Liszt e o cromatismo wagneriano, Brahms compôs música pura e diatônica, e ainda assim conseguiu impor-se. Talvez este seja um de seus maiores méritos. Em contrapartida, um fator que faz com que Brahms seja de certa forma inovador, é o seu estilo de modulação, sendo que, muitas vezes, Brahms usa de modulações repentinas dentro do discurso harmônico de suas obras, sempre trilhando caminhos de intervalos de terça.
Porém, a contragosto, Brahms viu-se no meio da querela entre os conservadores, capitaneados pelo crítico Hanslick, e os "modernistas", principalmente Hugo Wolf, sendo adotado pelo lado "reacionário". Como os wagnerianos acabaram por dominar a maior parte da crítica na virada do século, demorou muito para que a obra de Brahms fosse colocada no lugar que merecia.
Um dos que mais contribuíram para mudar esse estado de coisas foi Arnold Schoenberg, pai do dodecafonismo. Ele expôs, em uma conferência realizada nos Estados Unidos, em 1933, o quanto Brahms era inovador e até mesmo revolucionário. Hoje em dia, esta é a idéia predominante, e Brahms é um dos compositores mais conhecidos.
Os estudiosos dividem em quatro fases a obra brahmsiniana. A primeira é a juventude, onde apresenta um romantismo exuberante e áspero, como no primeiro Concerto para Piano. Ela vai até 1855. A segunda corresponde à fase de consolidação como compositor, que culmina no triunfo do Réquiem Alemão, em 1868. Aqui, ele toma gosto pela música de câmara e pelo estudo dos clássicos. A terceira fase é a maturidade, das obras sinfônicas e corais. Brahms atinge a perfeição formal e grande equilíbrio. O último período começa em 1890, quando, no final da vida, pensa em parar de compor. As obras tornam-se mais simples e concentradas, com destaque para a música de câmara e pianística. O Quinteto para Clarinete é exemplo típico dessa fase outonal.
Música de Piano

Brahms dedicou grande parte de sua obra ao piano, principalmente na juventude e na velhice. As obras juvenis, como as três sonatas (em Fá Sustenido Maior, Dó Maior e Fá Menor), são vigorosas e apaixonadas, superabundantes em termos temáticos.
Resolvidos os desafios da sonata, Brahms entrou no gênero em que se revelaria um mestre: a variação. O primeiro conjunto publicado foi a das Dezesseis Variações sobre um Tema de Schumann, escritas em 1854, onde já demonstra seu domínio técnico. Mas foi com as 25 Variações e Fuga sobre um Tema de Handel que Brahms atingiu o máximo no campo. Outras obras-primas são os dois grupos de Variações sobre um Tema de Paganini, de dificílima execução, e as Variações sobre um Tema de Haydn, para dois pianos, que ficariam célebres em sua versão orquestral.
No campo das formas mais livres, destacam-se na produção pianística de Brahms as Baladas op. 10, da juventude, os Intermezzos op. 117 e as Klavierstücke op. 118 e 119, da velhice.

Música de câmara

Este foi o gênero brahmsiniano por excelência, tendo exemplares em todas suas quatro fases. Entre as primeiras, destacam-se o ardente Trio op. 8, que seria revisado 35 anos mais tarde, o impressionante Sexteto de Cordas no. 1 e o exuberante Quarteto para Piano op. 25 - o último seria orquestrado por Schoenberg, que queria demonstrar as potencialidades sinfônicas da obra.
Mais maduros, os dois Quartetos de Cordas op. 51 demonstram a capacidade de síntese e concentração que viria a caracterizar a maturidade artística de Brahms. O terceiro quarteto, opus 67, seria menos tenso. Composto já no final da vida, o Quinteto de Cordas op. 111, considerado perfeito pelo compositor, é mais vigoroso e alegre.
Este Opus 111 levou Brahms a ensaiar uma aposentadoria, mas ela não veio. Ainda comporia mais quatro obras camerísticas, todas dedicadas ao clarinete. Destaque para o quinteto e para as duas sonatas compostas para o instrumento, suas últimas peças no gênero.
No campo da sonata de câmara, Brahms compôs três grandes sonatas para violino e piano (a primeira é a mais conhecida) e duas sonatas para violoncelo e piano.

Música vocal
Brahms foi um grande compositor de canções. Numericamente, os lieder formam a maior parte da obra brahmsiniana. Entre os ciclos mais conhecidos encontram-se Romanzen aus Magelone e as Quatro Canções Sérias, este último sua obra derradeira.
Na música coral de Brahms, destacam-se o Réquiem Alemão, talvez sua obra mais famosa, que o consagrou definitivamente, a Canção do Destino e a Rapsódia para Contralto, magnífica peça que encantou até Hugo Wolf, habitual crítico.

Música orquestral
Brahms levou relativamente um longo tempo para compor suas obras orquestrais: apenas na sua fase madura é que o gênero é explorado em peças de fôlego.
Sua primeira obra-prima no campo é o majestoso Concerto para Piano no. 1, que tem um caráter quase de sinfonia. As duas serenatas, opus 11 e 16, são bem mais leves e têm um sabor clássico.
Mas foram as Variações sobre um Tema de Haydn em sua versão orquestral que realmente impulsionaram Brahms no gênero e abriram terreno para sua Primeira Sinfonia. Solene e dramática, esta sinfonia tem forte afinidade com as similares de Beethoven, principalmente com a Terceira e Quinta.
Já a Segunda Sinfonia é mais mozartiana e pastoral - chega a lembrar a Sexta de Beethoven - com sua orquestração leve e brilhante. A Terceira, com dois movimentos lentos e um finale sombrio, que retoma as idéias do início, é, das suas sinfonias, a mais pessoal e enigmática.
A Quarta Sinfonia é a mais conhecida delas, e talvez a maior de todas. Sua orquestração compacta e a monumental chacona do finale remetem o ouvinte à música pré-clássica, principalmente Bach.
Além das sinfonias, Brahms escreveu também duas aberturas. A Abertura Festival Acadêmico é uma obra alegre e circunstancial, em contraste com a a Abertura Trágica, composta ao mesmo tempo, uma obra de uma nobreza quase sombria.
No campo do concerto, a primeira obra da maturidade é o Concerto para Violino, de difícil execução mas de grande expressividade. É uma de suas peças mais populares. O segundo Concerto para Piano remete ao primeiro, composto 23 anos antes, em seu caráter sinfônico, com seus grandiosos quatro movimentos.

A última obra orquestral de Brahms é o Concerto Duplo, para Violino e Violoncelo. É uma de suas obras mais apaixonantes. O diálogo entre os solistas no movimento lento é um dos pontos altos de toda a produção brahmsiniana, e vale como um resumo de sua obra: os mais complexos e contraditórios sentimentos são aqui pintados em delicados meios-tons.
Como bem disse Romain Goldron, "nada é deixado ao acaso nessas páginas onde reinam as penumbras, os meios-tons, os mistérios da floresta, na qual, a todo instante, parece que vamos nos perder".

FONTE: AQUI

Brahms - Um Réquim Alemão

1. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 1. Chor: “Selig sind, die da Leid tragen”
2. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 2. Chor: “Denn alles Fleisch, es ist wie Gras”
3. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 3. Solo (Bariton) und Chor: “Herr, lehre doch mich”
4. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 4. Chor: “Wie lieblich sind deine Wohnungen, Herr Zebaoth!”
5. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 5. Solo (Sopran) und Chor: “Ihr habt nun Traurigkeit”
6. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 6. Solo (Bariton) und Chor: “Denn wir haben hie keine bleibende Statt”
7. Ein deutsches Requiem, Op.45 - 7. Chor: “Selig sind die Toten, die in dem Herrn sterben”

Dorothea Roschmann, soprano
Thomas Quasthoff, baritone
Rundfunkchor Berlin. Chorus master: Simon Halsey
Berliner Philharmoniker
Sir Simon Rattle, conductor

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Os 4 Concertos para trompa de Mozart


Durante 200 anos, os estudiosos deste instrumento conheceram o rico repertório que Mozart deixou com um total de quatro concertos, escritos para o trompista Joseph Leutgeb, amigo de infância do compositor. Três dos concertos foram compostos em mi bemol maior e o quarto em dó maior, o que levou Benjamin Perl a examiná-los nota por nota e chegar à conclusão que Mozart não é autor dos quatro concertos, mas de apenas três deles.
O musicólogo acredita que o concerto em dó maior, "K412", não pode ser incluído entre os trabalhos do gênio, mas que outra pessoa o compôs e o próprio Mozart o editou posteriormente. Apesar das dúvidas criadas pelo fato de que o manuscrito original da composição ainda está em bom estado e foi escrito por Mozart, Perl explica que se trata de um obstáculo inicial puramente psicológico. "Quando se examina a composição musical, não há nenhum obstáculo: investigações realizadas nos últimos anos determinaram que Mozart não compôs uma série inteira de trabalhos, embora constem seus manuscritos. Estes trabalhos eram cópias que fez e que em muitos casos revisou e embelezou", ressalta o artigo do "Ha'aretz".
Até agora, o concerto para trompa em dó maior não tinha sido incluído nessa lista e era considerado autêntico, e todos os estudos realizados nos últimos 150 anos nunca duvidaram de sua autoria. No entanto, Perl suspeitou que algo não casava bem na composição, porque está escrita em um estilo peculiar e tosco. As suspeitas do musicólogo israelense cresceram após 1987, quando Alan Tyson, um especialista em datar manuscritos, examinou os pentagramas da Jagiellonian Library na Cracóvia, na Polônia, e determinou que a obra tinha sido composta nos últimos anos da vida de Mozart, inclusive no ano de sua morte. Perl diz que durante esse período Mozart não escreveu composições simples como as deste concerto, um sinal de que não é original, mas talvez uma revisão do trabalho de outra pessoa. Além disso, o pesquisador ressalta que Mozart nem sequer finalizou o rondó e que o manuscrito que sobreviveu até hoje é somente um fragmento, um material tosco que devia ser refinado antes de ser interpretado.
O estudante de Mozart, o famoso Sussmayr (conhecido por supostamente ter completado o "Requiem"), também contribuiu com este trabalho, segundo Perl. E, ao contrário de Requiem", a que o estudante foi o mais fiel possível aos ditados do compositor, no concerto para trompa em dó maior Sussmayr se desviou completamente da composição original e elaborou um rondó seguindo seus próprios gostos. Com base nestas deduções, Perl propõe uma história alternativa à criação do concerto. Em primeiro lugar, que Mozart não é o compositor original, e sim o trompista Leutgeb. Perl também se baseia no fato de que este músico era um velho amigo tanto de Mozart como de seu pai Leopold, e se sabe que este emprestou dinheiro a Leutgeb quando deixou Salzburgo para morar em Viena, onde abriu uma loja de queijos.
Perl sugere que Leutgeb compôs o concerto para seu próprio uso, e em algum momento o mostrou ao jovem Mozart (24 anos mais novo), e pediu a ele que fizesse algumas alterações.Assim, o manuscrito de Mozart não é mais que uma revisão de um trabalho menor, escrito por um músico profissional, mas que ainda era um compositor iniciante.
"Se for correta a hipótese de Perl, Sussmayr não adaptou o fragmento deixado por Mozart, mas transcreveu diretamente o original, a primeira versão escrita pelo trompista e vendedor de queijo, Joseph Leutgeb", afirma o jornal israelense.

Fonte: AQUI

Mozart - Quatro Concertos para Trompa

01 Horn Concerto No 1 D K 412 1 Allegro 
02 Horn Concerto No 1 D K 412 2 Rondo (Allegro)
03 Horn Concerto No 2 Es K 417 1 Allegro Maestoso
04 Horn Concerto No 2 Es K 417 2 Andante
05 Horn Concerto No 2 Es K 417 3 Rondo
06 Horn Concerto No 3 Es K 447 1 Allegro
07 Horn Concerto No 3 Es K 447 2 Romanza (Larghetto)
08 Horn Concerto No 3 Es K 447 3 Allegro
09 Horn Concerto No 4 Es K 495 1 Allegro Moderato
10 Horn Concerto No 4 Es K 495 2 Romanza (Andante)
11 Horn Concerto No 4 Es K 495 3 Rondo (Allegro Vivace)
12 Concerto Rondo Es K 371