quarta-feira, 30 de abril de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Missa Solemnis em Dó menor, K. 139 (Waisenhausmesse)

A Missa Solemnis (K.139) é a materialização do gênio de Mozart. A peça foi escrita quando o compositor tinha inacreditáveis 12 anos de idade, ou seja, no ano de 1768. Pode-se falar que se trata de um dos seus grandes feitos - se é que podemos falar algo assim quando o que está em jogo em a genialidade do compositor. 

A Missa foi composta por ocasião da consagração da capela do orfanato imperial (Waisenhauskirche) em Viena. A credita-se que tenha sido encomendada pelo imperador José II. Mozart não apenas compôs a obra como também conduziu a estreia pessoalmente, o que, aos 12 anos, garantiu-lhe prestígio na corte vienense e reafirmou sua fama como menino prodígio. 

Apesar da juventude do compositor, o trabalho apresenta uma complexidade que surpreende. A escrita vocal demonstra o controle do estilo barroco tardio. Bach e Handel se fazem presentes na influência. Além disso, pode-se mencionar a escrita napolitana que dominava o a música de igreja que dominava o sul da Europa. 

A Missa K. 139 é uma missa solene (missa solemnis), ou seja, uma composição de caráter grandioso e cerimonial, apropriada para ocasiões especiais e festividades religiosas. Sua linguagem musical é ao mesmo tempo espiritual e teatral, refletindo o gosto vienense por cerimônias espetaculares, mas com uma sensibilidade musical que já antecipa os traços melódicos e harmônicos que marcarão a maturidade de Mozart.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) -

01. Kyrie
02. Gloria
03. Credo
04. Sanctus-Benedictus
05. Agnus Dei

Collegium Aureum
Knabenchor Hannover

Heinz Hennig, regente

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terça-feira, 29 de abril de 2025

J.S. Bach (1685-1750) - Partita in E major, BWV 1006a, Manuel M. Ponce (1882-1948) - Sonata romantica (Homage to F. Schubert), Francisco Tárrega (1852-1909) - Danza mora etc, Stjepan Sulek (1914-1986) - The Troubadours e William Walton (1902-1983) - 5 Bagatelles


Ana Vidovic é um talento extraordinário com dons formidáveis, ocupando seu lugar entre os músicos de elite do mundo atualmente. Ana vem da pequena cidade de Karlovac, próxima a Zagreb, na Croácia, e começou a tocar violão aos 5 anos de idade; aos 7, já havia feito sua primeira apresentação pública. Aos 11 anos, ela já se apresentava internacionalmente, e aos 13 tornou-se a estudante mais jovem a frequentar a prestigiosa Academia Nacional de Música em Zagreb, onde estudou com o professor Istvan Romer. A reputação de Ana na Europa levou a um convite para estudar no Conservatório Peabody em Baltimore, EUA, com Manuel Barrueco, onde se formou em maio de 2003.

Próxima dos 40 anos de idade, ela conquistou inúmeros prêmios em competições internacionais. Podem ser citados o Albert Augustine em Bath, Inglaterra; Fernando Sor em Roma, Itália; e Francisco Tárrega em Benicasim, Espanha.

Neste disco imensamente agradável, ela varia do repertório barroco à música contemporânea, o que demonstra versatilidade. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

J.S. Bach (1685-1750) -

Partita in E major, BWV 1006a

01) Prelude (3:24)
02) Loure (3:46)
03) Gavotte en Rondeau (2:33)
04) Menuett I and Menuett II (3:20)
05) Bourree (1:28)
06) Gigue (1:50)

Manuel M. Ponce (1882-1948) -

Sonata romantica (Homage to F. Schubert)

7) I. Allegro moderato (5:37)
8) II. Andante epressivo (4:34)
9) III. Allegretto vivo (2:25)
10) IV. Allegro non troppo e serioso (5:17)

Francisco Tárrega (1852-1909)-
11. Danza mora (2:52)
12. Capricho arabe (4:13)
13. Vals (1:50)

Stjepan Sulek (1914-1986) -

The Troubadours

14) Melancholy (3:38)
15) Sonnet (4:06)
16) Celebration (3:21)

William Walton (1902-1983) -

5 Bagatelles

17) I. Allegro (3:16)
18) II. Lento (3:13)
19) III. Alla Cubana (1:39)
20) IV. Sempre espressivo (2:03)
21) V. Con slancio (2:10)

Ana Vidovic, violão

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Franz Schubert (1797-1828) - Piano Trio No. 1 in B flat major, D898, Johannes Brahms (1833-1897) - String Quintet No. 2 in G major, Op. 111, Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002 e W. A. Mozart (1756-1791) - Rondo for Violin and Orchestra in C, K373

Sou suspeito para falar das obras camerísticas de Schubert e Brahms. Posso ainda acrescentar - Beethoven, Mendelssohn e Shostakovich a esse time. Neste disco, encontramos o Piano Trio No. 1, de Schubert. Há alguns dias eu postei o Trio No. 2. Os dois são verdadeiras obras-primas. O Trio No. 1 é do ano de 1827, ou seja, um ano antes da morte do compositor.  Trata-se de uma obra produzida em sua maturidade plena. O lirismo melódico conectado a uma profunda habilidade incomum do controle da estrutura formal são as tônicas do trabalho. São salientáveis a melancolia e a doçura características dessa fase final da vida do compositor. Não é uma obra sombria como outras dessa fase. Há uma delicadeza característica que permeia toda a obra.

Já o Quinteto No. 2, Brahms, foi composto bem mais tarde - 1890. Esta obra foi pensada inicialmente como seu último trabalho. Ele chegou a anunciar a aposentadoria após a sua escrita. A obra foi composta para duas violas, dois violinos e um violoncelo, o que confere uma riqueza harmônica bem destacada. A obra possui uma atmosfera vibrante. Há quem a associe à música popular húngara ou cigana. O segundo movimento - "Adagio" - é de grande beleza nostálgica. É curioso que, mesmo sendo uma das últimas obras do compositor, ela prescinda de um vento sombrio, de nuvens cinzentas. A obra é afirmativa e dançante. Não há pessimismo. Há alegria e celebração.

Ainda surgem duas obras no excelente disco - uma de Bach e outra de Mozart. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Franz Schubert (1797-1828) -

Piano Trio No. 1 in B flat major, D898

01. I. Allegro moderato
02. II. Andante un poco mosso
03. III. Scherzo. Allegro
04. IV. Rondo. Allegro vivace - Presto

Eugene Istomin, piano  
Isaac Stern, violino
Leonard Rose, violoncelo

Johannes Brahms (1833-1897) -

String Quintet No. 2 in G major, Op. 111

05. I. Allegro non troppo, ma con brio
06. II. Adagio
07. III. Un poco allegretto
08. IV. Vivace ma non troppo presto

Isaac Stern, violino
Cho-Liang Lin, violino
Jaime Laredo, viola
Michael Tree, viola
Yo-Yo Ma, violoncelo

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -

Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: V. Sarabande - VI. Double

09. Violin Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002_ V. Sarabande - VI. Double

Isaac Stern, violino

W. A. Mozart (1756-1791) -


Rondo for Violin and Orchestra in C, K373

10. Rondo in C Major, K. 373

Franz Liszt Chamber Orchestra Liszt
Isaac Stern, violino
Ferenc Kamarazenekar, regente

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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Sinfonia nº 1 em dó menor, Op. 3 e Sinfonia nº 25 em ré bemol maior, Op. 69 - vol. 1

Nikolay Myaskovsky foi um compositor imensamente importante para a história da música russa. Geralmente, quando falamos dos grandes sinfonistas daquele país, lembramo-nos imediatamente de Shostakovich, Tchaikovsky, Rachmaninov, Korsakov ou Glazunov. Esquecemos a importância das contribuições do compositor. Myaskovsky é muitas vezes chamado de o "pai da sinfonia soviética". Compôs ao todo 27. Neste disco encontramos duas delas. São excelentes. 

A primeira delas é a Sinfonia No. 1, escrita nos anos de 1907 e 1908. À época, Myaskovsky era estudante no Conservatório de São Petersburgo. O país fervia com as tensões políticas. Havia ocorrido a Revolução de 1905 e a Revolução de 1917 não demoraria a acontecer. Vale lembrar que Shostakovich escreveu a Sinfonia No. 11 para homenagear os eventos do anos de 1905. A música russa seguia a influência dos grandes orquestradores - Korsakov, Tchaikovsky e Glazunov. Começava a se abrir, também, para uma influência germânica. Grandes sinfonistas como Bruckner e Mahler começavam a ser grandes influências para os novos compositores. 

Em 1907, Myaskovsky tinha 28 anos de idade. Já revelava certa maturidade. A Sinfonia No. 1 é fortemente influenciada pelas convenções europeias. Possui quatro movimentos e segue o modelo clássico-romântico. A atmosfera é dramática e melancólica, refletindo o caráter introspectivo do compositor, característica que o marcaria. Há uma linguagem sombria em seus trabalhos, estruturada em uma orquestração densa e um desenvolvimento temático intenso. A Sinfonia No. 1 não é uma obra-prima definitiva, mas revela algumas das características que lançaram as bases de sua carreira. 

Já a Sinfonia No. 25 possui característica completamente diversa (escuto-a pela segunda vez enquanto escrevo essas parcas palavras). Ela é melancólica, repleta de uma introspecção quieta; mas está alicerçada em um otimismo bruxuleante.  Escrita em 1946, no período inicial do pós-Segunda Guerra, seu país passava por uma transformação. A União Soviética buscava se afirmar, se reconstruir, aproveitar o otimismo da vitória contra as forças nazistas. Nikolay Myaskovsky já era um músico consagrado, mas era considerado pelas autoridades do estado soviético como demasiado "pessimista". Era preciso ter uma música afirmativa, esfuziante, capaz de elevar o Partido diante do povo. Não era o que Myaskovsky costumava realizar.

Desse modo, a 25ª de Myaskovsky é serena, lírica, quase pastoral, e, mesmo em face desse cenário de enlutamento pela Guerra, a esperança é indicada de forma tímida, com uma luz tímida, mas com potencial para se afirmar em um grande sol. Ela é bela, repleta de sutilezas.

Minha intenção é postar as 27 sinfonias do compositor. Seguem as duas primeiras. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) -

(01) Premiere Symphony(1908) in c-moll op.3- Lento, ma non troppo
(02) Premiere Symphony(1908) in c-moll op.3- Larghetto, guasi andante
(03) Premiere Symphony(1908) in c-moll op.3- Allegro assai e molto risoluto
(04) Symphony No. 25(1946) in Des-dur op.69- Adagio
(05) Symphony No. 25(1946) in Des-dur op.69- Moderato
(06) Symphony No. 25(1946) in Des-dur op.69- A metro impetuso

The Russian State Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regente

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Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Musikalisches Opfer, BWV 1079

"Musikalisches Opfer, BWV 1079" - "Oferenda Musical" - é uma das obras mais enigmáticas e geniais de Bach. Foi escrita, em 1747, no auge de sua maturidade musical. É, simplesmente, arrebatadora por tudo aquilo que a envolve. A obra surgiu após o encontro de Bach com o rei Frederico II da Prússia, em Potsdam. O monarca, estudioso da flauta, apresentou um tema musical e desafiou o compositor a improvisar sobre ele. A partir do tema sugerido por Frederico, o compositor elaborou uma série altamente sofisticada de composições contrapontísticas. 

A obra é composta por diferentes partes. Não é estruturada de maneira contínua como uma suíte ou sonata tradicional. Trata-se de uma coleção, baseada em uma investigação, das possibilidades do contraponto. Coisa de gênio!

Esteticamente a obra pode ser inserida no barraco tardio. Essa característica pode ser observada em decorrência da sofisticação da elaboração e pelo jogo simbólico com que a obra é construída.  Bach, já no final de sua vida, demonstra aqui uma verdadeira "arte do contraponto" levada ao limite, em que a matemática e a sensibilidade coexistem harmoniosamente. De certa forma, o compositor constrói uma espécie de "charada musical". 

A obra é considerada, por conta desse aspecto estrutural, como um dos grandes monumentos do pensamento musical ocidental. Uma reflexão do próprio gênio de Bach sobre a natureza da música como ciência e uma arte. Religioso como era e preocupado em esculpir catedrais que apontassem para o seu Deus, Bach certamente cria uma engenharia musical que, pela perfeição, pela inspiração, pela grandiosidade, por extensão, é dedicado ao grande Rei Divino. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -

01 - Ricercar a 3
02 - Fuga canonica in Epidiapente
03 - Canon perpetuus super Thema Regium
04 - Sonata sopr’il Soggetto Reale_ I. Largo
05 - Canon 1 a 2 cancrizans
06 - Canon 2 a 2 violini in unisono
07 - Canon 3 a 2 per Motum contrarium
08 - Sonata sopr’il Soggetto Reale_ II. Allegro
09 - Canon 4 a 2 per Augmentationem, contrario motu
10 - Canon 5 a 2. Per tonos
11 - Sonata sopr’il Soggetto Reale_ III. Andante
12 - Canon a 2 _Quaerendo invenietis” a
13 - Canon a 2 _Quaerendo invenietis” b
14 - Sonata sopr’il Soggetto Reale_ IV. Allegro
15 - Canon perpetuus
16 - Canon a 4
17 - Ricercar a 6

Cindy Castillo, órgão

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domingo, 27 de abril de 2025

Giuseppe Sinopoli & Staatskapelle Dresden - Mahler, R. Schumann, R. Strauss, Liszt, Weber, Wagner etc

Giuseppe Sinopoli foi um desses artistas raros que parecem carregar mundos dentro de si. Nascido em Veneza, em 1946, ele nunca foi apenas um maestro — era também compositor, médico, psiquiatra e até arqueólogo amador. A música para ele era uma parte de algo maior: uma busca incessante pelo mistério da alma humana.

Começou sua jornada estudando composição em Veneza, ao lado de Bruno Maderna, e depois regência em Viena, sob o lendário Hans Swarowsky. No início, Sinopoli mergulhou no mundo da música contemporânea, compondo obras de vanguarda. Mas foi na regência que ele encontrou seu verdadeiro palco — onde podia canalizar toda a sua energia, seu intelecto e seu coração.

A fama internacional veio nos anos 80. Com a Deutsche Oper Berlin e, depois, com a Filarmônica de Dresden, ele se tornou uma presença magnética no cenário musical europeu. Sinopoli parecia ter uma ligação quase espiritual com o repertório alemão — especialmente com Mahler, Wagner e Richard Strauss, que aparecem nesta postagem. Não era só sobre a música; era sobre a psique por trás de cada nota. Como bom psiquiatra que era, ele explorava as obras como se fossem labirintos emocionais, cheios de segredos a serem desvendados.

Seus concertos e gravações, especialmente das sinfonias de Mahler e das óperas de Verdi e Wagner, são até hoje comentados. Ele tinha um estilo muito próprio: tempos mais lentos, atenção minuciosa aos detalhes e uma maneira quase hipnótica de construir a tensão interna das obras. Para alguns, ele era um gênio da introspecção; para outros, um maestro excessivamente cerebral. Ninguém saía indiferente de uma apresentação sua. Eu escuto com atenção tudo que encontro dele.

O mais bonito é que Sinopoli nunca se limitou à música. Ele se aventurou seriamente na arqueologia, participou de escavações, escreveu artigos, estudou medicina. A sede dele por conhecimento era quase insaciável. Era como se ele quisesse entender não só as partituras, mas toda a história humana.

Sua vida foi intensa até o último momento. Em 2001, enquanto regia uma apresentação de Aida, de Verdi, em Berlim, ele sofreu um ataque cardíaco fatal. Morreu no palco, fazendo o que mais amava — um desfecho dramático, mas de certa forma coerente com a vida vibrante que levou.

Hoje, quando ouvimos uma gravação de Sinopoli, sentimos mais do que uma execução técnica impecável. Sentimos uma mente brilhante e um coração imenso pulsando em cada compasso. Ele não apenas interpretava a música — ele a vivia. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

DISCO 01

01. Oberon, J. 306: Overture (Live)
02. Ein Heldenleben, Op. 40, TrV 190 (Live)
03. Rienzi, WWV 49: Overture (Live)

DISCO 02

01. Symphonic Poem No. 4, S. 98 "Orpheus" (Live)
02. Pour un livre à Venise: II. Hommage a Costanzo Porta (Live)
03. Tombeau d'armor III (Live)
04. Symphonisches Fragment aus "Lou Salome" (Live)
05. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version): I. Ziemlich langsam - Lebhaft [Live]
06. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version): II. Romanze. Ziemlich langsam [Live]
07. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version): III. Scherzo. Lebhaft [Live]
08. Symphony No. 4 in D Minor, Op. 120 (1851 Version): IV. Langsam - Lebhaft [Live]

DISCO 03

01. Symphony No. 9 in D Major: I. Andante comodo (Live)
02. Symphony No. 9 in D Major: II. Scherzo (Live)
03. Symphony No. 9 in D Major: III. Attaca rondo. Burleske (Live)

DISCO 04

01. Symphony No. 9 in D Major: IV. Finale. Sehr langsam und noch zurückhaltend (Live)
02. Tod und Verklärung, Op. 24, TrV 158 (Live)

DISCO 05

01. Symphony No. 4 in G Major: I. Bedächtig, nicht eilen (Live)
02. Symphony No. 4 in G Major: II. in gemächlicher Bewegung, ohne Hast (Live)
03. Symphony No. 4 in G Major: III. Ruhevoll (Live)
04. Symphony No. 4 in G Major: IV. Wir geniessen die Himmlischen Freuden. Sehr behaglich (Live)
05. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 1 (Live)
06. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 2 (Live)
07. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 3 (Live)
08. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 4 (Live)
09. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 5 (Live)
10. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 6 (Live)
11. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 7 (Live)
12. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 8 (Live)
13. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 9 (Live)
14. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 10 (Live)
15. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 11 (Live)
16. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 12 (Live)
17. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 13 (Live)
18. Giuseppe Sinopoli's Introductory Commentary on Gustav Mahler's Fourth Symphony, Pt. 14 (Live)

Staatskapelle Dresden
Giuseppe Sinopoli, regente

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sábado, 26 de abril de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Johannes Passion BWV245

A Paixão Segundo São João é daquelas obras que, a cada vez que a escutamos, assustamo-nos com sua beleza, com sua delicadeza, com sua profundidade. Ela diverge da Paixão Segundo São Mateus pelo aspecto mais intimista. Enquanto São Mateus é grande, faraônica, a São João utiliza um conjunto mais enxuto, o que a torna mais serena, reflexiva e enfatiza o lado místico apontado por João em seu evangelho.

A obra foi escrita em 1724, na Igreja de São Nicolau, em Leipzig, no contexto da liturgia da Sexta-Feira Santa. Bach procura enfatizar a cristologia elevada encontrada no texto de João. O sentido central é que Jesus se "fez Verbo" - "Verbo Encarnado". Jesus é, na concepção de João, a eternidade entre os homens. Pois, o Verbo de Deus, que também é Deus, aporta na história a fim de se entregar como oferta para que os homens sejam redimidos. Bach enfatiza o drama da crucificação, mas isso é embebido em esperança redentora. 

João é um evangelho místico, o que difere dos outros três - Mateus, Marcos e Lucas. Bach procura retratar esse aspecto sagrado da origem de Jesus de forma lírica. Concentra esse esquema no recitativo. As árias possuem uma importância grandiosa para criar asa passagens mais serenas. O coral surge para criar uma atmosfera de prece. Os diálogos também são importantes. Desse modo, Bach cria várias camadas que se cruzam e criam uma dinâmica teatral. É belíssimo! Para mim, trata-se de uma das obras mais bonitas e profundas já escritas na história da humanidade.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -

DISCO 01

01. Herr, unser Herrscher
02. Jesus ging mit seinen Jüngern
03. O große Lieb, o Lieb ohn' alle Maße
04. Auf daß das Wort erfüllet würde
05. Dein Will gescheh, Herr Gott, zugleich
06. Die Schar aber und der Oberhauptmann
07. Von den Stricken meiner Sünden
08. Simon Petrus aber folgete Jesus nach
09. Ich folge dir gleichfalls
10. Derselbige Jünger war dem Hohepriester bekannt
11. Wer hat dich so geschlagen
12. Und Hannas sandte ihn gebunden
13. Ach, mein Sinn
14. Petrus, der nicht denkt zurück
15. Christus, der uns selig macht
16. Da führeten sie Jesum
17. Ach großer König, groß zu allen Zeiten
18. Da sprach Pilatus zu ihm
19. Betrachte meine Seel
20. Erwäge, wie sein blutgetränkter Rücken

DISCO 02

01. 21. Und die Kriegsknechte flochten eine Krone
02. 22. Durch dein Gefängnis, Gottes Sohn
03. 23. Die Jüden aber schrieen und sprachen
04. 24. Eilt, ihr angefochtnen Seelen
05. 25. Allda kreuzigten sie ihn
06. 26. In meines Herzens Grunde
07. 27. Die Kriegsknechte aber
08. 28. Er nahm alles wohl in acht
09. 29. Und von Stund an nahm sie der Jünger
10. 30. Es !ist vollbracht
11. 31. Und neiget das Haupt und verschied
12. 32. Mein teurer Heiland, laß dich fragen
13. 33. Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriß
14. 34. Mein Herz, indem die ganze Welt
15. 35. Zerfliesse, mein Herze
16. 36. Die Jüden aber, derweil es der Rüsttag war
17. 37. O hilf, Christe, Gottes Sohn
18. 38. Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia
19. 39. Ruhet wohl, ihr heiligen Gebeine
20. Ach Herr, lass dein lieb Engelein

Thomanerchor Leipzig
Gewandhausorchester

Hans-Joachim Rotzsche, regente

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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Jazz - Chet Baker (1928-1988) - Strings & Ensemble (Recorded 1953-1956)

Disquinho de jazz para deixar a sexta à noite mais agradável. No caso em questão, temos os discos que marcaram a primeira fase do trompetista Chet Baker, gravando com uma orquestra de cordas. São registros com a música inconfundívelOs dois discos apresenta nomes como Zoot Sims, Herb Geller, Jack Montrose, Bud Shank e Bob Gordon. Além disso, ainda há uma apresentação do artista com uma "big band", realizada no ano de 1956.

Registro com a musicalidade inconfundível de Chet Baker; com a elegância característica. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

DISCO 01

Chet Baker & Strings (1954):
01. You Don't Know What Love Is
02. I'm Thru With Love
03. Love Walked In
04. You Better Go Now
05. I Married An Angel
06. Love
07. I Love You
08. What A Diff'erence A Day Made
09. Why Shouldn't
10. A Little Duet For Zoot And Chet
11. The Wind
12. Trickleydidlier

Bonus tracks (from Chet Baker Big Band, 1956):
13. Mythe
14. Worryin' The Life Out Of Me
15. Chet
16. Not Too Slow
17. Phil's Blues
18. Dinah
19. V-line

DISCO 02

Chet Baker Ensemble (1954):

01. Bockhanal
02. Ergo
03. Moonlight Becomes You
04. Headline
05. A Dandy Line
06. Little Old Lady
07. Goodbye
08. Pro Defunctus

Bonus Album: Chet Baker Sextet (1954):
09. Little Man, You've Had A Busy Day
10. Dot's Groovy
11. Stella By Starlight
12. Tommyhawk
13. I'm Glad There Is You
14. The Half Dozens
15. Dot's Groovy
16. Stella By Starlight

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Arnold Schoenberg (1874-1951) - Suite, Op. 29, Chamber Symphony No. 1 in E Major, Op. 9 e Kaiser-Walzer, Op. 437 (Arr. A. Schoenberg for Chamber Ensemble)

 
Disco excelente com a música de Schoenberg. Destaque para a Suite, Op. 29, escrita nos anos de 1925 e 1926. No período em que escreveu a obra, o compositor se encontrava imensamente envolvido com o sistema dodecafônico. Trata-se de uma das primeiras obras em que ele usou o método. É uma obra complexa e que desafia o nosso senso de percepção.  

Já a Chamber Symphony No. 1 é do ano de 1906. A obra é um marco nas produções do compositor, pois sugere um período de mudança estética. O compositor afastava-se das concepções da música do século XIX e passava a assumir uma linguagem que desembocaria na atonalidade. A Chamber Symphony é escrita para 15 instrumentos, o que confere uma sonoridade camerística, mas com características marcadamente orquestrais. 

As obras estão separadas por vinte anos e indicam momentos bem diferentes da vida do compositor. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Arnold Schoenberg (1874-1951) -

01 - Suite, Op. 29_ I. Ouverture. Allegretto
02 - Suite, Op. 29_ II. Tanzschritte. Moderato
03 - Suite, Op. 29_ III. Thema mit Variationen
04 - Suite, Op. 29_ IV. Gigue
05 - Chamber Symphony No. 1 in E Major, Op. 9
06 - Kaiser-Walzer, Op. 437 (Arr. A. Schoenberg for Chamber Ensemble)

Wien Concert-Verein
Martin Sieghart, regente
Käte Wittlich, piano
Harald Ossberger, piano

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Fryderyk Chopin (1810-1849) - Piano Concerto No. 2 in F minor, Op. 21 e Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2

Chopin é daqueles compositores cuja música é sempre bonita, sempre emotiva e sempre produz uma sensação de indizível bem-estar. Gosto muito de suas composições. Neste disco há pelo menos duas obras bem expressivas. A primeira delas é o Concerto para piano No. 2, escrito nos anos de 1829 e 1830. A obra apresenta as características identificáveis do romantismo e a estrutura clássica. O segundo movimento é de grande beleza. É possível perceber quase o desenvolvimento de um "noturno" por causa de tão grande delicadeza.

A outra singular obra do disco é "Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2", escrita em 1827, mas estreada em 1828. É uma obra solo para piano, estruturada em sete variações. Revela a perspectiva do compositor polonês em relação à obra de Mozart. As variações revelam a forma reverente com o qual o compositor interpreta a obra do austríaco. Todavia, possível notar o virtuosismo utilizado para exprimir a grandiosidade do espírito clássico. Chopin nunca decepciona.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Fryderyk Chopin (1810-1849) -

01 - Piano Concerto No. 2 in F minor, Op. 21 - I. Maestoso
02 - Piano Concerto No. 2 in F minor, Op. 21 - II. Larghetto
03 - Piano Concerto No. 2 in F minor, Op. 21 - III. Allegretto vivace
04 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Introductio...
05 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Theme Alle...
06 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Variation 1...
07 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Variation 2...
08 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Variation 3...
09 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Variation 4...
10 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Variation 5...
11 - Variations on 'La ci darem' from Mozart's 'Don Giovanni', Op. 2 - Alla polacca
12 - Andante spianato and Grande polonaise brillante in E flat major, Op. 22 - And...
13 - Andante spianato and Grande polonaise brillante in E flat major, Op. 22 - Gra...

Warsaw Philharmonic Orchestra
Antoni Wit, regente
Eldar Nebolsin, piano 

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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Joseph Haydn (1732-1809) - Symphony No. 101 in D major - "The Clock" e Johannes Brahms (1833-1897) - Symphony No. 4 in E minor, OP. 98


Este é um daqueles discos com o selo “jurássico”. Confesso que gosto bastante desses registros mais antigos. O disco traz dois trabalhos separados por quase cem anos. A Sinfonia No. 101, de Haydn, foi composta em 1794. Já a Sinfonia No. 4, de Brahms, foi escrita em 1884 e 1885. Cada um dos trabalhos revela as concepções estéticas da época em que foram criadas.

A Sinfonia No. 101, também conhecida como “O Relógio”, foi escrita após a visita de Haydn a Londres. Faz parte do ciclo de sinfonias denominado de “Sinfonias de Londres” (de 93 a 104). Ela recebeu esse apelido, pois, o segundo movimento, faz lembrar o onomatopeico tique-taque de um relógio antigo. O trabalho possui as características iluministas do classicismo vienense de ordem e razão, conjugado ao charme e à imaginação.

Já A Sinfonia No. 4, de Brahms, é outro universo. É repleta da robusta densidade emocional tão característica do romantismo brahmsiano. O compositor une a complexidade da forma a uma profunda reflexão. A Quarta de Brahms se destaca pelo aspecto sombrio, pela força introspectiva; pelas harmonias ricas, pela sobreposição de temas. Brahms não é piegas em sua reflexão, apesar do senso de tragédia e da melancolia austera preponderantes ao longo de toda jornada sinfônica. É daquelas obras-primas que sempre renovam o seu senso de beleza a cada vez que a escutamos.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

01 - Adagio – Presto
02 - Andante
03 - Menuetto. Allegretto
04 - Finale. Vivace
05 - Allegro non troppo
06 - Andante moderato
07 - Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I
08 - Allegro energico e passionato – Piú Allegro 

Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks
Otto Klemperer, regente

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terça-feira, 22 de abril de 2025

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) - Symphony No. 1, Op. 10 e Symphony No. 7, Op. 81


 Passando por aqui apenas para realizar esta postagem rápida. São duas sinfonias do compositor polaco com alma soviética Mieczyslaw Weinberg, figura que tem aparecido por aqui com certa recorrência. A Sinfonia No. 1 foi escrita, em 1942, período de imensas dificuldades para o compositor. Com apenas 23 anos de idade, viu-se obrigado a fugir para União Soviética, pois seu país havia sido destroçado pelos nazistas. A obra o ajudou a se consolidar como um grande sinfonista. De início, já foi apadrinhado e acolhido por Shostakovich. De certa forma, a obra faz lembrar, em alguns momentos, os trabalhos iniciais de Shosta. É uma obra fortemente expressiva. Sua finalidade é exprimir o grito de resistência do compositor à barbárie da Guerra. 

Já A Sinfonia No. 7 é do ano de 1964. O cenário já era completamente outro. A obra aponta um compositor maduro e com uma visão estética bem diferente. Escrita para orquestra de câmara com um grupo de sete instrumentos de sopro solistas, ela representa uma mudança na abordagem orquestral de Weinberg, mais íntima, refinada e econômica nos meios. A obra, em alguns momentos, possui uma atmosfera melancólica, com toques de ironia e resignação. Revela o poder criativo do compositor.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Mieczyslaw_Weinberg (1919-1996) -

(01)_Symphony_No._1_-_I._Allegro_moderato_-_Doppio_piu_lento_-_Larghetto_-_Doppio_...
(02)_II._Lento
(03)_III._Vivace_-_Allegretto_grazioso_-_Tempo_I
(04)_IV._Allegro_con_fuoco
(05)_Symphony_No._7_-_I._Adagio_Sostenuto_-
(06)_II._Allegro_-_Adagio_sostenuto_-
(07)_III._Andante_-
(08)_IV._Adagio_Sostenuto_-
(09)_V._Allegro_-_Adagio_Sostenuto

Gothenburg Symphony Orchestra
(The National Orchestra of Sweden)

Thord Svedlund, regente

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segunda-feira, 21 de abril de 2025

Franz Schubert (1797-1828) - Piano Trio in E-Flat Major, D. 929, Op. 100 e Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67

 Disquinho maravilhoso. Traz dois trios escritos em períodos bem díspares. O primeiro é de 1827, escrito por Franz Schubert, um ano antes de sua morte. É um trabalho cuja beleza revela a genialidade do compositor. É um dos trios mais bonitos da história da música. O segundo movimento ficou imortalizado pela obra-prima "Barry Lyndon", de Stanley Kubrick. O segundo movimento é uma espécie de marcha fúnebre, que evoca uma tristeza contemplativa. É para ficar ouvindo por longos períodos. Tudo é contido, repleto de solenidade, mas carregado de tristeza. 

Já a segunda obra do disco é o Trio para piano no. 2, de Shostakovich. Foi escrito em 1944, no auge da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de uma obra intensa, dramática, triste. O  compositor procura dirigir a obra tanto para um lamento pessoal - pois, seu amigo próximo (Ivan Sollertinsky) havia morrido -, quanto o sofrimento coletivo causado pelas agruras da guerra. A sonoridade é quase fantasmagórica em algumas passagens. Um discaço! Gosto de coisas assim. Escutei-o por duas vezes. Não deixe de fazê-lo. Uma boa apreciação!

01. Schubert- Piano Trio in E-Flat Major, D. 929, Op. 100- I. Allegro
02. Schubert- Piano Trio in E-Flat Major, D. 929, Op. 100- II. Andante con moto
03. Schubert- Piano Trio in E-Flat Major, D. 929, Op. 100- III. Scherzo
04. Schubert- Piano Trio in E-Flat Major, D. 929, Op. 100- IV. Allegro moderato
05. Shostakovich- Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67- I. Andante - Moderato
06. Shostakovich- Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67- II. Allegro con brio
07. Shostakovich- Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67- III. Largo
08. Shostakovich- Piano Trio No. 2 in E Minor, Op. 67- IV. Allegretto - Adagio

Trio Zeliha

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domingo, 20 de abril de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Late Quartets

Os chamados "Lates Quartets" (últimos quartetos de cordas) de Beethoven são assim denominados, pois foram escritos em sua fase madura. O compositor encontrava-se no auge de sua concretude artística. As obras são uma das maiores realizações da música de câmara de todos os tempos. Foram escritas, pois, entre os anos de 1824 e 1826; período este, em que o compositor já se encontrava completamente surdo. Elas são famosas tanto pelas reflexões filosóficas quanto pela dimensão da estrutura musical. 

Classificam-se os quartetos do compositor em três fases, a saber: fase inicial - marcada pela influência de Haydn e Mozart e, portanto, marcadamente clássica; fase intermediária - de expansão formal e expressiva; e fase final - marcada pela inovação, introspecção e profundidade filosófica. De certa forma, essas obras finais de Beethoven apontaram para as mudanças que ocorreriam no século XX com Bartók, Schoenberg e Shostakovich, mestres inomináveis da música de câmera. 

Neste postagem temos gravações com quase cem anos. Foram gravadas entre os anos 30 e início da década 40 do século passado. A gravação possui as marcas do tempo, mas são de boa qualidade. Escutei o disco ao longo da semana. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

01 - Beethoven Quartet 7 - 1st mvt. - Allegro
02 - Beethoven Quartet 7 - 2nd mvt. - Allegretto vivace e sempre scherzando
03 - Beethoven Quartet 7 - 3rd mvt. - Adagio molto e mesto
04 - Beethoven Quartet 7 - 4th mvt. - Theme Russe
05 - Beethoven Quartet 12 - 1st mvt. - Maestoso - Allegro
06 - Beethoven Quartet 12 - 2nd mvt. - Adagio, ma non troppo e molto cantabile
07 - Beethoven Quartet 12 - 3rd mvt. - Scherzando vivace
08 - Beethoven Quartet 12 - 4th mvt. - Finale
09 - Beethoven Quartet 13 - 1st mvt. - Adagio ma non troppo - Allegro
10 - Beethoven Quartet 13 - 2nd mvt.- Presto
11 - Beethoven Quartet 13 - 3rd mvt. - Andante con moto, ma non troppo
12 - Beethoven Quartet 13 - 4th mvt. - Alla danza tedesca (Allegro assai)
13 - Beethoven Quartet 13 - 5th mvt. - Cavatina (Adagio molto espressivo)
14 - Beethoven Quartet 13 - 6th mvt. - Finale (Allegro)
15 - Beethoven Quartet 14 - 1st mvt. - Adagio
16 - Beethoven Quartet 14 - 2nd mvt. - Allegro molto vivace
17 - Beethoven Quartet 14 - 3rd mvt. - Allegro moderato
18 - Beethoven Quartet 14 - 4th mvt. - Andante ma non troppo e molto cantabile
19 - Beethoven Quartet 14 - 5th mvt. - Presto
20 - Beethoven Quartet 14 - 6th mvt. - Adagio quasi un poco Andante
21 - Beethoven Quartet 14 - 7th mvt. - Allegro
22 - Beethoven Quartet 15 - 1st mvt. - Assai sostenuto - Allegro
23 - Beethoven Quartet 15 - 2nd mvt. - Allegro ma non tanto
24 - Beethoven Quartet 15 - 3rd mvt. - Molto adagio
25 - Beethoven Quartet 15 - 4th mvt. - Alla Marcia, assai vivace
26 - Beethoven Quartet 15 - 5th mvt. - Allegro appassionato
27 - Beethoven Quartet 16 - 1st mvt. - Allegretto
28 - Beethoven Quartet 16 - 2nd mvt. - Vivace
29 - Beethoven Quartet 16 - 3rd mvt. - Lento assai cantate e tranquillo
30 - Beethoven Quartet 16 - 4th mvt. - Grave - Allegro, Grave ma non troppo tratto - Allegro

The Busch String Quartet

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sábado, 19 de abril de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Violin Concerto in E Minor, Op. 64 e Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) - Violin Concerto in D Major, Op. 35

Nesta postagem estão dois dos mais importantes e cultuados concertos para violino do repertório orquestral. São duas verdadeiras joias; duas obras-primas. O primeiro deles é o de Mendelssohn. Talvez, tenha sido o primeiro concerto para violino pelo qual me apaixonei. A entrada triunfal do violino, apaixonada, densa, carregada de energia, no primeiro movimento, deixava-me com a sensação de algo sublime. Até hoje é um dos meus prediletos. Mendelssohn o escreveu entre os anos de 1838 e 1844 e o dedicou ao violinista Ferdinand David, seu grande amigo. O Op. 64 estabelece um marco entre o Romantismo e o Classicismo. A obra busca equilibrar o refinamento clássico com o lirismo apaixonado do período romântico, sem exibicionismo, permitindo que o violino flua, afirme a sua voz com clareza e emoção. Há um senso de economia por parte da orquestra a fim de permitir que o violino explore timbres leves, claros, quase transparentes. É uma verdadeira joia. 

O segundo Concerto, o Op. 35, de Tchaikovsky é outra obra extraordinária do período romântico. Foi escrito, em 1878, em um período de recuperação emocional do compositor. Ele encontrava-se na Suíça. Buscava recobrar as forças. Enfrentara uma separação dolorosa e turbulenta. Em meio às paisagens tranquilas, o compositor se sentiu inspirado. De início, houve críticas pouco receptivas à obra. Hanslick - como era próprio de sua férula (inclusive, era um desafeto de Bruckner e da música wagneriana) - afirmou que o Op. 35 "cheirava carne queimada". Tudo aquilo que não seguisse os parâmetros da música de Mozart, Beethoven, Schumann e Brahms era descartável para o crítico. Hoje, a obra é uma das mais belas obras do repertório violinístico. É, simplesmente, apaixonante. A obra é de difícil interpretação. É vibrante. Contagiante. 

Ouvi-la é mergulhar numa jornada emocional intensa. É a alma romântica sendo apresentada em estado puro. Este disco do selo Naxos traz uma interpretação à altura dos dois concertos. Excelente violinista esse Guido Sant’Anna. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Mendelssohn: Violin Concerto in E Minor, Op. 64, MWV O14: I. Allegro molto appassionato -
02. Mendelssohn: Violin Concerto in E Minor, Op. 64, MWV O14: II. Andante -
03. Mendelssohn: Violin Concerto in E Minor, Op. 64, MWV O14: II. Allegretto non troppo - III. Allegro molto vivace
04. Tchaikovsky: Violin Concerto in D Major, Op. 35: I. Allegro moderato
05. Tchaikovsky: Violin Concerto in D Major, Op. 35: II. Canzonetta. Andante
06. Tchaikovsky: Violin Concerto in D Major, Op. 35: III. Finale. Allegro vivacissimo

São Paulo Symphony Orchestra
Thierry Fischer, regente
Guido Sant’Anna, violino

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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Gottfried August Homilius (1714-1785) - Johannespassion

"A Paixão Segundo São João", de Homilius, é uma das obras religiosas mais expressivas do período iluminista alemão. É também uma das obras mais importantes do compositor alemão Gottfried August Homilius. Trata-se de uma paixão tardia, cuja composição reflete uma explícita influência da música barroca, ou seja, apontando para os predecessores - principalmente, Bach - mas, afinando-se às novas tendências estéticas do período clássico. 

Ela foi escrita por volta de 1775. Bach morrera 25 anos antes. Homilius foi organista e maestro na Capela de Kreuzkirche, em Dresden, e boa parte de suas produções são religiosas. No final do ano passado, postei outra obra dele, a "Paixão segundo São Mateus". Sua "Paixão segundo São João" procura intensificar o drama do texto bíblico, ao mesmo tempo que adota uma clareza harmônica e melódica, bem típica do estilo galante. Dessa forma, o compositor procura retratar a profundidade emocional do barroco e a sensibilidade, a clareza do classicismo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Gottfried August Homilius (1714-1785) -

DISCO 01

01. Teil 1. Choral Der Fromme stirbt
02. Recitativo Da Jesus solches geredet hatte
03. Choral Mitten wir im Leben sind
04. Recitativo Als nun Jesus wusste alles
05. Aria (B) Nun kommt die Stunde meiner Leiden
06. Recitativo Da fragte er sie abermal
07. Choral Christe, aller Welt Trost
08. Recitativo Da hatte Simon Petrus ein Schwert
09. Aria (A) Wer kann den Rat der Liebe fassen
10. Recitativo Simon Petrus aber folgete Jesum nach
11. Aria (T) Dein Wort ist Geist und Kraft und Segen
12. Recitativo Da er aber solches redete
13. Choral Was macht denn nur die wuste Not
14. Recitativo Simon Petrus aber stund
15. Recitativo Dich zu bekennen, Herr
16. Aria (S) Vor dir, dem Vater
17. Recitativo Da fuhreten sie Jesum
18. Choral Gloria sei dir gesungen
19. Recitativo Da sprach Pilatus zu ihm
20. Arioso (T) Den Morder, Barrabam
21. Aria (T) Herr, mach dich auf
22. Choral Unter deinen Schirmen

DISCO 02


01. Teil 2. Choral Weg, Welt, mit deinen Freuden
02. Recitativo Da nahm Pilatus Jesum
03. Aria (A) Ich zage, Herr
04. Recitativo Pilatus spricht zu ihnen
05. Aria (B) Ich bin der Allmachtge
06. Recitativo Darum, der mich dir uberantwortet hat
07. Aria (S) Der Sohn soll sterben
08. Recitativo Sie nahmen aber Jesum
09. Choral Selig sind, die aus Erbarmen
10. Recitativo Darnach, als Jesus wusste
11. Duetto (SS) Wir weinen dir und deiner Tugend
12. Recitativo Die Juden aber
13. Choral Schreibe deine blutgen Wunden
14. Recitativo Und der das gesehen hat
15. Aria (T) Wenn, Heiland, die dich schmahn
16. Recitativo Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia
17. Coro O Gottes Lamm

Dresdner Barockorchester
Dresdner Kreuzschor

Roderich Kreile, regente

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Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Easter Oratorio, BWV. 249 e Ascension Oratorio, BWV. 11

Aquilo que veio a ser conhecido como "Easter Oratorio" ("Oratório de Páscoa) foi composto em 1725. No entanto, ele passou por algumas revisões. A mais conhecida é do ano de 1738. Inicialmente, foi composto com a intenção de ser uma cantata. Acabou sendo expandido para um oratório, que possui uma estrutura mais elaborada. A obra narra os eventos ocorridos na manhã de Páscoa, quando as mulheres vão ao túmulo à procura de Jesus e não o encontram; além disso, aborda o encontro de Jesus com João Pedro. A obra possui uma atmosfera de júbilo, de celebração, pois há a concretude da ressurreição de Jesus. Bach emprega melodias vibrantes, ritmos animados e harmonias que procuram transmitir a emoção do texto.

Já o "Ascensio Oratorio" ("Oratório de Ascensão"), composto em 1735, enfatiza a subida de Jesus aos céus, conforme narrado pelo livro de Atos dos apóstolos, atribuído a São Lucas. A obra é dividida em duas partes, abrangendo a despedida de Jesus dos discípulos e a promessa do Espírito Santo. A obra alterna entre reflexão e exultação e isso pode ser observado pelos recitativos, pelas árias; duetos que reproduzem os diálogos e coros poderosos e belos - bem ao estilo Johann Sebastian Bach. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -

Easter Oratorio, BWV. 249
01. Sinfonia
02. Adagio
03. Chorus & Duetto: Kommt, eilet und laufet
04. Recitativo: O kalter Männer Sinn
05. Aria: Seele, deine Spezereien
06. Recitativo: Hier ist die Gruft
07. Aria: Sanfte soll mein Todeskummer
08. Recitativo: Indessen seufzen wir
09. Aria: Saget, saget mir geschwinde
10. Recitativo: Wir sind erfreuet
11. Chorus: Preis und Dank

Ascension Oratorio, BWV. 11
12. Chorus: Lobet Gott in seinen Reichen
13. Evangelist: Der Herr Jesus hub seine Hände auf
14. Recitativo: Ach, Jesu, ist dein Abschied schon so nah?
15. Aria: Ach, bleibe doch, mein liebstes Leben
16. Evangelist: Und ward aufgehoben zusehends
17. Chorale: Nun lieget alles unter dir
18. Evangelist: Und da sie ihm nachsahen gen Himmel fahren
19. Recitativo: Ach ja! So komme bald zurück
20. Evangelist: Sie aber beteten ihn an
21. Aria: Jesu, deine Gnadenblicke
22. Chorale: Wenn soll es doch geschehen

Retrospect Ensemble

Matthew Halls, regente
Carolyn Sampson, soprano
Iestyn Davies, contratenor
James Gilchrist, tenor
Peter Harvey, baixo

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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Jazz - The Dave Brubeck Quartet - "Paper Moon"

 

"Paper Moon" foi lançado em 1981. É, portanto, um disco tardio do lendário pianista Dave Brubeck. Para gravá-lo, o jazzista renovou o seu quarteto. O disco é um retorno ao estilo lírico e cheio de "swing" bem característicos das décadas anteriores. O álbum foi gravado com o saxofonista Jerry Bergonzi, o baixista Chris Brubeck (filho de Dave) e o baterista Randy Jones. Diferentemente da formação clássica com Paul Desmond, esse novo quarteto apresenta uma sonoridade mais contemporânea, mas sem perder a elegância e a leveza características do grupo. A presença de Chris Brubeck no baixo elétrico também traz uma pegada um pouco mais moderna para algumas faixas. 

O repertório de "Paper Moon" é formado por clássicos "standards" do jazz americano. Ao regravá-los, o quarteto realiza recriações com arranjos criativos, improvisações características e uma pulsação rítmica com nível elaborado de refino. Um disco imensamente agradável para ouvir a qualquer momento. Não deixe de fazê-lo. Uma boa apreciação!

01. Music, Maestro, Please! (08:56)
02. I Hear a Rhapsody (06:06)
03. Symphony (05:09)
04. I Thought About You (05:21)
05. It's Only a Paper Moon (05:33)
06. Long Ago and Far Away (08:02)
07. St. Louis Blues (03:11)

The Dave Brubeck Quartet

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Leopold Mozart (1717-1787) - Kindersinfonie e Die musikalische Schlittenfahrt, W. A. Mozart (1756-1791) - Ein musikalischer Spass F-Dur KV 522

Este disco de musicalidade agradável e espirituosa traz Mozart pai e Mozart filho. Apresenta-nos duas obras do pai e uma obra do filho. A primeira delas é a famosa “Sinfonia dos brinquedos”. Há certos questionamentos sobre a autoria da obra, mas atribui-se a Leopold Mozart. O fato é que a obra é bastante incomum. Ela foi escrita por volta de 1755. Sua principal característica é a inclusão de brinquedos como instrumentos musicais – apitos, tamborins, guizos e pequenos trompetes. Esses instrumentos conferem à obra um caráter brincalhão e inusitado. Cria-se com isso um ambiente festivo, descontraído.

Leopold ao usar tais instrumentos, talvez, quisesse agradar ao ambiente cortesão, já que recebia encomendas musicais de famílias ricas. A música é galante, acessível, divertida, com intenções de agradar aos pagantes.

A outra obra famosa de Leopold é o “Passeio de Trenó Musical”. Foi escrita em 1756, o ano de nascimento do seu filho famoso. Trata-se de música programática. Leopold era imbatível na construção de histórias ou de descrições por meio de sons. No caso em questão, ele descreve um passeio de trenó através da neve, com a música imitando o trotar cavalos, o tilintar dos sinos, o vento cortante do inverno. A obra procura enfatizar os efeitos descritivos por meio do colorido orquestral. Com isso, procura-se retratar, como era comum, no século XVIII, a representação de cenas campestres, ao ar livre.

A terceira obra do disco é o KV 522, de Wolfgang A. Mozart (“Um divertimento musical” ou “Uma brincadeira musical”). A peça é uma paródia das composições malfeitas de músicos menos talentosos. Mozart utiliza de propósito erros de harmonia, modulando de forma abrupta, com temas pobres e repetitivos, além de cadências forçadas e mal resolvidas.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação.

01 Kindersinfonie- I. Allegro
02 Kindersinfonie- II. Menuetto
03 Kindersinfonie- III. Finale, Allegro
04 Die Bauernhochzeit- I. Marcia villanesca
05 Die Bauernhochzeit- II. Menuet
06 Die Bauernhochzeit- III. Andante
07 Die Bauernhochzeit- IV. Menuet
08 Die Bauernhochzeit- V. Finale, Molto Allegro
09 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 1 Ouverture, Resolution
10 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 2 Die Verwirrung in den Stallen- Allegro
11 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 3 Die Schlittenfahrt- Allegretto
12 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 4 Das Schutteln der Pferde- Largo
13 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 5 Aufzug, Marsch
14 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 6 Festmusik- Allegro
15 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 7 Aufzug, Marsch
16 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 8 Die Schlittenfahrt- Allegretto
17 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 9 Das vor Kalte zitternde Frauenzimmer- Andante
18 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 10 Des Balles Anfang- Menuett
19 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 11 Der Kehraus- Allegro
20 Die musikalische Schlittenfahrt- Nr. 12 Die Schlittenfahrt- Allegretto
21 W.A.Mozart_Ein musikalischer Spass F-Dur KV 522- I. Allegro
22 W.A.Mozart_Ein musikalischer Spass F-Dur KV 522- II. Menuetto, Maestoso
23 W.A.Mozart_Ein musikalischer Spass F-Dur KV 522- III. Adagio cantabile
24 W.A.Mozart_Ein musikalischer Spass F-Dur KV 522- IV. Presto

Kammerorchester Berlin
Helmut Koch, regente
Staatskapelle Dresden
Otmar Suitner

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