sábado, 27 de fevereiro de 2010

Igor Stravinsky (1882-1971) - Pulcinella - Ballet avec chante en un acte, Suite No. 1 e Suite No. 2

Como estou com uma estafa mental impressionante, desejo me abster de qualquer esforço no sentido de escrever ou produzir alguma coisa. Passei a maior parte do dia lendo. Tomei emprestado o texto sobre o belé e suíte Pulcinella de Stravinsky. A Suite Pulcinella, com sua elegância e originalidade, é o coroamento da fase em que Stravinsky permaneceu retirado em seu refúgio na Suíça, quando dedicou-se particularmente à criação de uma grande e inspirada série de obras de câmara. Isto se deu um ano antes de sua mudança para Paris. Terminada a 20 de abril de 1920 e estreada com enorme sucesso a 15 de maio do mesmo ano, Pulcinella nasceu não só da encomenda de Sergei Diaghilev para o seu balé russo, mas foi também a realização, para Stravinsky, de um antigo sonho de trabalhar com Picasso, com quem há muito se identificava esteticamente. Já de seus encontros com o genial pintor espanhol nos idos de 1917, em Roma e Nápoles (onde Stravinsky estivera para reger Pássaro de Fogo e Fogos de Artifício com o balé russo), nascera o acordo entre os dois de trabalharem juntos no resgate de antigas aquarelas italianas para o palco das "commedia dell"arte" renascentistas. A encomenda de Diaghilev vinha de encontro a uma fase em que Stravinsky se ocupava intensamente com música antiga. Diaghilev sabia disso e não perdeu a oportunidade de se aproveitar destas condições favoráveis ao descobrir, em Nápoles e Londres, a música de Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736), que o encantou e seduziu. A ela juntou o texto escolhido de um compêndio composto por várias comédias do folclore napolitano, manuscrito datado de 1700 e encontrado em Nápoles, do qual foram excluídos os nomes dos autores. O texto chamava-se Os Quatro Pulcinellas Iguais e contava a história de Pulcinella, um rapaz aventureiro, amado por todas as moças do lugar e odiado pelos noivos destas. Então três destes enciumados rapazes se fantasiaram de Pulcinella e se apresentaram às suas noivas como tal, aproveitando-se da situação para atacar e se ver livre do que eles achavam ser o verdadeiro Pulcinella. Só que aquele que eles deixam estirado no chão como morto, pensando com isto terem se livrado de seu rival, não era outro senão um sósia que Pulcinella colocara em seu lugar ao perceber toda a trama. Pulcinella, então, fantasia-se de mágico, faz uma cena como que ressuscitando o morto e acaba casando os três noivos com três das noivas, tomando para si próprio a Pimpinella como mulher, a quem ele queria. Para o balé de oito cenas, Stravinsky escreveu 15 números musicais, que contaram não só com a sua genialidade, mas também com a de Picasso – que se encarregou dos cenários e dos costumes, a de Massine, responsável pela coreografia, e a de Diaghilev, dirigindo o balé russo. A Suite Pulcinella é uma forma concertante, portanto reduzida, do balé, a qual teve sua revisão definitiva em 1949. A fonte pode ser encontrada AQUI. Aparecem ainda as Suítes números 1 e 2. É ouvir e se deleitar com essa maravilha.

Igor Stravinsky (1882-1971) - Pulcinella - Ballet avec chante en un acte, Suite No. 1 e Suite No. 2

Pulcinella - Ballet avec chante en un acte*
01. Overture
02. Mentre l'erbetta pasce l'agnella
03. Contento forse vivere
04. Con queste paroline
05. Sento dire no'nce pace
06. Una te falan zemprece
07. Se tu m'ami
08. Gavotta
09. Variation 1
10. Variation 2
11. Pupillette fiammette

Suite No. 1
12. Andante
13. Napolitana
14. Española
15. Balalaïka

Suite No. 2
16. Marche
17. Valse
18. Polka
19. Galop

Northen Sinfonia Orchestra
Simon Rattle, regente
*Jennifer Smith, soprano
*John Fryatt, tenor
*Malcolm King, baixo

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Richard Strauss (1864-1949) - Sinfonia Alpina, Op. 64 e Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Concerto para violino em D major, op. 61

Tenho uma paixão toda especial pelo Opus 61 de Beethoven, por isso não me canso de postá-lo. Apresento dessa vez uma gravação ao vivo executada no ano de 2005, realizada sob a batuta do regente Christian Thielemann; o violinista é Leonidas Kavakos. A Munich Philharmonic Orchestra realiza um bom trabalho. Entusiasma. Este concerto é de grande beleza e sensibilidade. É um dos concertos para violino que mais admiro, juntamente com o opus 64 de Mendelssohn e o opus 35 de Tchaikovsky. Depois vem o de Schoenberg e Sibelius. Devo afirmar que falta o de Shostakovich (opus 77). O outro registro fantástico do CD é a Sinfonia dos Alpes ou Sinfonia Alpina de Richard Strauss. Não deveríamos chamá-la de sinfonia, pois trata-se de um poema sinfônica de proporções impressionáveis. Strauss o compôs entre os anos de 1911 e 1915. O programa ilustra uma excursão de um dia subindo os Alpes Bávaros, recordando na magistral orquestração a experiência duma escalada realizada pelo próprio compositor quando ele tinha catorze anos. A música cumpre um programa (expressa em partes) narrado pelo compositor: neste caso, a subida a um pico do Alpes Bávaros e o retorno ao vale. O compositor considerava esta peça musical como o seu mais perfeito trabalho de orquestração, que inclui até máquinas que produzem sons de trovões. Os primeiros esboços datam de 1911. Em 1914, Richard Strauss dedicou-se com mais intensidade a essa obra e, após 100 dias de muito trabalho, a partitura foi concluída em 8 de fevereiro de 1915. A primeira execução da obra foi no dia 28 de outubro de 1915, com a Orquestra de Dresden, em Berlim, sob a regência do próprio compositor. A Sinfonia Alpina está dividida em 23 partes, a saber:

1. Noite;
2. O nascer do sol
3. A ascensão
4. Entrada na floresta;
5. Caminhando às margens do regato;
6. A queda d'água;
7. Aparição;
8. Nos prados floridos;
9. Nos pastos;
10. Perdido na espessura;
11. Na geleira;
12. Momentos perigosos;
13. O cume;
14. Visão;
15. Aparecem nuvens;
16. O sol se escurece pouco a pouco;
17. Elegia;
18. Calma antes da tormenta;
19. Temporal e tempestade;
20. A descida;
21. O pôr-do-sol;
22. Ressonâncias;
23. Noite.

É ouvir e se deleitar com esse trabalho fantástico. Faz-me lembrar de minha infância nos rincões pernambucanos. Acredito que Strauss quis resgatar justamente o sentido da infância que se mescla à natureza neste trabalho. Somente quem experienciou algo assim pode entender.

P.S. Algumas informações foram extraídas da wikipédia.

Mais informações AQUI.

Richard Strauss (1864-1949) - Sinfonia Alpina, Op. 64 (An Alpine Symphony)
01.Nacht (Night)
02. Sonnenaufgang (Sunrise)
03. Der Anstieg (The Ascent)
04. Eintritt in den Wald (Entry into the Wood)
05. Wanderung neben dem Bache (Wandering by the Stream)
06. Am Wasserfall (At the Waterfall)
07. Erscheinung (Apparition)
08. Auf blumigen Wiesen (On Flowering Meadows)
09. Auf der Alm (On the Alpine Pasture)
10. Durch Dickicht und Gestrupp auf Irrwegen (Straying through Thicket and Undergrowth)
11. Auf dem Gletscher (On the Glacier)
12. Gefahrvolle Augenblicke (Dangerous Moments)
13. Auf dem Gipfel (On the Summit)
14. Vision
15. Nebel steigen auf (Mists rise)
16. Die Sonne verdustert sich allmahlich (The Sun gradually darkens)
17. Elegie
18. Stille vor der Sturm (Calm before the Storm)
19. Gewitter und Sturm, Abstieg (Thunder and Storm, Descent)
20. Sonnenuntergang (Sunset)
21. Ausklang (Final Sounds)
22. Nacht (Night)


Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Concerto para violino em D major, op. 61
23. Allegro ma non troppo
24. Larghetto
25. Rondo

Munich Philharmonic Orchestra
Christian Thielemann, regente
Leonidas Kavakos, violino

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Alexander Konstantinovich Glazunov (1865-1936) - Sinfonia No. 3 in D Major, Op. 33 e Sinfonia No. 4 in E-Flat Major, Op. 48

Vamos a mais duas sinfonias de Glazunov. Verifiquei que as duas primeiras que foram postadas, tiveram um número significativo de downloads. Ao meu modo de ver, a melhor de todas as sinfonias de desse russo é a de número 2. Aparecem aqui as de número 3 e 4. A número 3 foi composta em 1890. A sinfonia foi composta em homenagem a Tchaikovsky. Já a número 4 é do ano de 1893. Há uma inflexão interessante com relação à sinfonia número 4. Nas três sinfonias anteriores, Glazunov havia lidado com temas eminentemente nacionalistas. Na de número 4, o compositor partiu de impressões pessoais, livres, subjetivas. A estréia dela foi realizada por nada mais nada menos do que por Rinsky-Korsakov. Já disse isso antes, mas tenho uma admiração toda especial pela música russa. Nietzsche disse certa vez aforismaticamente: "Os homens maus não têm canções. Como é que os russos têm canções?" Paremos por aqui! Uma boa apreciação!

Alexander Konstantinovich Glazunov (1865-1936) - Sinfonia No. 3 in D Major, Op. 33 e Sinfonia No. 4 in E-Flat Major, Op. 48

Sinfonia No. 3 in D Major, Op. 33
01. Allegro
02. Scherzo, Vivace
03. Andante
04. Finale: Allegro moderato

Sinfonia No. 4 in E-Flat Major, Op. 48

05. Andante - Allegro moderato
06. Scherzo, Allegro vivace
07. Andante - Allegro

Você pode comprar este CD na Amazon

Moscow Radio Symphony Orchestra

Vladimir Fedoseyev, regente

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk, Op. 29

Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk é um dos trabalhos mais expressivos de Shostakovich. Shosta começou a compor a ópera ainda no ano de 1930. Outra das suas óperas - O Nariz (de 1928) - havia recebido críticas acerbas do estado soviético. Destemidamente, Shosta, aos 24 anos, começa a compor Lady Macbeth, baseado numa novela do escritor Nikolai Leskov, seu patrício. Dmitri não goza de tempo disponível para terminá-la, o que fará somente em 1932. Sua condição financeira não era das melhores. Assim, reservava a maior parte do tempo a escrever trilhas sonoras para filmes e para encenações teatrais. A ópera estreiou somente em 1934. O sucesso foi imediato. Trata-se de um trabalho de um Shosta ainda bastante moço, mas com uma verve de ousadia impressionante. A década de 1930 ficou conhecida na União Soviética, como a época dos "espurgos stalinistas". Outro dia assistir a um documentário sobre Shostakovich em que várias autoridades russas - da História e da música - davam seus depoimentos. Valery Gergiev, por exemplo, diz a certa altura do documentário que na noite em que a ópera estreiou, Stálin estava no teatro. Ele não ficou no teatro para ver a conclusão da obra. Fora "atacado" pelo trabalho. No dia seguinte, surgiu no Pravda (jornal do Estado), um artigo anônimo depreciando o trabalho. Muitos atribuíram o texto ao próprio Stálin. No ano de 1936, a ópera foi proibida de ser apresentada na URSS, ficando mais de 30 anos sob censura. A história do libreto escrito por Alexander Preiss está cheia de sensualidade e realismo. Conta a história de Katarina que se apaixona por um dos empregados da fazenda, trai o marido e assassina o sogro. A partir disso desfecha-se agudização da consciência ferida - sem arrependimento. O desfecho a levará ao suícidio no rio Volga. É ouvir e viajar por esse mundo literário trágico. Boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk, Op. 29

Disco 1

01. Akh, Ne Spitsya Bol'se, Poprobuyu
02. Gribli Segodnya Budut?
03. Govori/ Zacem Ze Ti Uyezzayes', Khozyain/ Vot, Papa, Posmotri/ Proscay, Katerina...
04. Interlude
05. Ay! Ay! Ay! Ay, Besstiziy, Oy, Ne Scipli/ Otpustite Babu
06. Mnogo Vi, Muziki, O Sebe Vozmectali/ Cto Eto?
07. Interlude
08. Spat' Pora. Den' Prosol
09. Zerebyonok K Kobilke Toropitsya
10. Kto Eto, Kto, Kto Stucit?/ Proscay/ Uydi Ti, Radi Boga, Ya Muznyaya Zena
11. Cto Znacit Starost': Ne Spitsya
12. Proscay, Katya, Proscay!/ Stoy! Gde Bil?/ Smotri, Katerina, Zanyatnoye Zrelisce
13. Ustal - Prikazete Mne Postegat?/ Progolodalsya Ya
14. Vidno, Skoro Uz Zarya. Ekh!/ Gde Tut Umirayut?/ Batya, Ispovedat'sya/ ...
15. Interlude
Disco 2
01. Sergey, Seryoza! Vsyo Spit
02. Opyat' Usnul/ Katerina L'vovna, Ubiyca!/ Nu? Cego Tebe?/ Andante(Orchestra)
03. Slusay, Sergey, Sergey!/ Katerina! - Kto Tam?/ Teper' Sabas
04. Cto Ti Tut Stois?/ U Menya Bila Kuma/ Interlude
05. Sozdan Policeyskiy Bil Vo Vremya Ono/ U Izmaylovoy Seycas Pir Goroy/ Vase Blagorodiye!/ ...
06. Interlude
07. Slava Suprugam, Katerine L'vovne I Sergeyu Filippicu, Slava!/ Nikogo Net Krase Solnca V Nebe?/ ...
08. Vyorsti Odna Za Drugoy Dlinnoy Polzut Verenicey
09. Stepanic! Propusti Menya
10. Ne Legko Posle pocota Da Poklonov Pered Sudom Stoyat
11. Moyo Pocten' Ye!/ Dostanu! Katya!/ Is, Zver'!/ Adagio
12. V Lesu, V Samoy Casce, Yest' Ozero/ Znayes Li, Sonetka, Na Kogo S Toboy Mi Pokhozi?
13. Vstavay! Po Mestam! Zivo!
Na Amazon

Bastille Opera Orchestra
Myung-Whun Chung, regente
Carlos Alvarez, barítono
Philippe Duminy, barítono
Aage Haugland, baixo
Anatoly Kotcherga, baixo
Johann Tilli, basse, et al.


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Ludwig van Beethoven - Sonata No.28 A-dur, Op.101, Sonata No.30 E-dur, Op.109, Sonata No.31 As-dur, Op.110 e Sonata No.32 c-moll, Op.111 - final

Apresentamos, finalmente, o último CD da integral com as 32 sonatas para piano de Ludwig van Beethoven. Wilhelm Kempff nos conduziu por esse mundo de fantasia e grandiosidade artística. Trata-se de um empreendimento majestoso. Recebi, percebo, críticas em tons sinuosos por causa do pianista. Uma escusa: sei que essa gravação com o Kempff não é uma das melhores. Não sei ao certo se existe uma gravação que possamos afirmar que as 32 sonatas saíram impecáveis. Se fosse para falarmos em virtuosismo interpretativo, teríamos que escolher vários pianistas para fazermos uma seleção bem feita. Por exemplo, gosto bastante da Apassionata com o Gilels. Por sua vez, Gulda dá uma demonstração de grande habilidade na Sonata ao Luar. Ou seja, não devemos falar em interpretação, mas em interpretações. Andei a pensar se seria válido reiniciar um outro ciclo com as sonatas de Beethoven, trazendo dessa vez Gulda, Brendel, Gilels ou Jandó. Ouvir o trabalho que eles fizeram e muito gostei. Mas é apenas uma possibilidade que estou estudando. Por enquanto fica como está. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonata No.28 A-dur, Op.101, Sonata No.30 E-dur, Op.109, Sonata No.31 As-dur, Op.110 e Sonata No.32 c-moll, Op.111

Sonata No.28 A-dur, Op.101
01. Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung. Allegretto ma non troppo
02. Lebhaft, marschmäßig. Vivace alla marcia
03. Langsam und sehnsuchtsvoll. Adagio, ma non troppo, con affetto
04. Geschwinde, doch nicht zu sehr und mit Entschlossenheit. Allegro

Sonata No.30 E-dur, Op.109
05. Vivace, ma non troppo
06. Prestissimo
07. Gesangvoll, mit innigster Empfindung (Andante molto cantabile ed espressivo)

Sonata No.31 As-dur, Op.110
08. Moderato cantabile molto espressivo
09. Allegro molto
10. Adagio, ma non troppo - Fuga. Allegro, ma non troppo

Sonata No.32 c-moll, Op.111
11. Maestoso - Allegro con brio ed appassionato
12. Arietta. Adagio molto semplice e cantabile

Wilhelm Kempff, piano

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Trio in B flat major, K.502, Trio in G major, K.496 e Divertimnento in B flat major, K.254

Confesso que a minha intenção não era postar este CD. Queria trazer à tona alguma coisa do Shostakovich, que já estava separado. Todavia, as circuntâncias não possibilitaram. Não faz mal! Ficará para amanhã! O registro ora apresentado é formidável. Traz dois trios e um divertimento do grande Mozart. É aquele tipo de música simples, suave, agradável, que nos puxa para dentro dela e nos faz ouvir repetidamente sua melodia doce sem qualquer titubeio. Não é música que enjoa, que causa antipatias. Ela desperta sensações agradáveis da primeira à última nota. Somente Mozart para proporcionar esta viagem. Então, é ouvir e se deliciar. Boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Trio in B flat major, K.502, Trio in G major, K.496 e Divertimnento in B flat major, K.254

Trio in B flat major, K.502
01. I. Allegro
02. II. Larghetto
03. III. Allegretto

Trio in G major, K.496
04. I. Allegro
05. II. Andante
06. III. Allegretto - Var. I - VI

Divertimnento in B flat major, K.254
07. I. Allegro assai
08. II. Adagio
09. III. Rondeau-Tempo di Menuetto

Maria João Pires, piano
Augustin Dumay, violino
Jian Wang, violoncelo

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Ah! perfido' - 'Per pieta', Op. 65, Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, Missa em C maior, Op. 86

A Missa em C maior, Op. 86, foi composta em 1807. Ou seja, bem antes Missa Solemnis (que qualquer dia aparecerá por aqui), que seria escrita quinze anos depois. Aquela foi escrita por encomenda para os Esterhazy, família de nobres, que teve sua gênese ainda na Idade Média. Era comum os Esterházy solicitarem esse tipo de trabalho todos os anos sempre que havia uma data comemorativa que fizesse referência à família. Quem geralmente fazia esse trabalho era o velho Haydn. Todavia, após o ano de 1802, Haydn viu-se gradualmente com o estado de saúde fragilizado, o que impediu o compositor de aceitar o trabalho. A tarefa foi encomendada, assim, a Beethoven, que gozava de grande prestígio. Mas, parece que o trabalho não foi bem aceito pelos Esterhazy, o que gerou sensações inamistosas em Beethoven. Fica aqui a certeza de uma grande obra. Vale a apreciação pela monumental obra que é. Aparece ainda Ah! perfido' - 'Per pieta', Op. 65 e Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, de grande beleza e grandeza orquestral. Boa fruição!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Ah! perfido' - 'Per pieta', Op. 65, Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, Missa em C maior, Op. 86

Ah! perfido' - 'Per pieta', Op. 65 - Ária para soprano e orquestra
01. Ah! perfido' - 'Per pieta', Op. 65

Charlotte Margiano, soprano

Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112
02. Meeresstille und gluckliche Fahrt

Missa em C maior, Op. 86
03. Kyrie
04. Gloria
05. Credo
06. Sanctus-Benedictus
07. Agnus Dei

Orchestre Revolutionnaire et Romantique
The Monteverdi Choir
John Eliot Gardiner, regente
Charlotte Margiono, soprano
Catherine Robin, mezzo-soprano
William Kendall, tenor
Alastair Miles, baixo

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Benjamin Britten - The Young Person's Guide to the Orchestra, Op. 34, Four Sea Interludes, Op. 33A, Passacaglia, Op. 33B, e etc

Após alguns dias de ausência, estamos de volta. Passei alguns dias visitando pessoas queridas. Estava sem acesso à net, por isso não postei nada na última semana que passou. E o fato é que nem quis me lembrar disso. Mas agora voltamos à base de dados, à sala de confabulações. A postagem que resolvir fazer esta noite, estava separada desde o mês de janeiro. Trata-se de um registro de Britten regendo Britten. Não sou um profundo conhecedor desse compositor, mas tudo que ouvir dele me atraiu. Com este registro não é diferente. Não é para menos, o presente trabalho é um dos mais conhecidos do compositor. Foi escrito em 1946 com finalidades educativas. Ele possui os mesmos elementos lúdicos de Pedro e o Lobo de Prokofiev ou o Carnaval dos Animais, de Camille Saint-Säens. Youg Person's Guide to the Orchestra é uma série de variações de um tema de Purcell. O trabalho é agradável pela beleza imaginativa que proporciona, já que tinha por escopo, originalmente, revelar o colorido que uma orquestra pode proporcionar. Boa apreciação!

Benjamin Britten (1913-1976) - The Young Person's Guide to the Orchestra, Op. 34, Four Sea Interludes, Op. 33A, Passacaglia, Op. 33B, Soirées musicales, Op. 9, Matinées musicales, Op. 24

The Young Person's Guide to the Orchestra, Op. 34
01. Young Person's Guide To The Orchestra

Four Sea Interludes , Op. 33A
02. 4 Sea Interludes, Op. 33A - 1-Dawn
03. 4 Sea Interludes, Op. 33A - 2-Sunday Morning
04. 4 Sea Interludes, Op. 33A - 3-Moonlight
05. 4 Sea Interludes, Op. 33A - 4-Storm

Passacaglia, Op. 33B
06. Passacaglia, Op. 33B

Soirées musicales, Op. 9
07. 1. March
08. 2. Canzonetta
09. 3. Tirolese
10. 4. Bolero
11. 5. Tarantella

Matinées musicales, Op. 24
12. 1. March
13. 2. Nocturne
14. 3. Waltz
15. 4. Pantomine
16. 5. Moto Pepetuo

London Symphony Orchestra
Orchestra of the Royal Opera House, Covent Garden
Benjamin Britten, regente

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

W. A. Mozart - Concertos para 2 pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a), C. Corea - Fantasia p/ dois pianos e F. Gulda - Ping Pong

Um CD incrível, diferente, ótimo. Gulda, Chick Corea e Harnoncourt fazem um trio fabuloso nestes concertos de grande magnitude e versatilidade. Clássico e jazzístico se fundem - se é que devemos utilizar esta classificação. Chick Corea é um jazzista americano polivalente. Suas habilidades com o repertório erudito é fato patente desde a mais tenra infância do moço. Dizem que aprendeu a tocar piano aos 4 anos. Suas primeiras lições foram com obras de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Scarlatti e outros. Cresceu com propensões paras as fusões musicais. Tocou com Miles Davis, Gilliespie, Hancock, Burton. Chegou a tocar em bandas de jazz-rock. Como se pode ver o homem é um excursionista musical. Um David Bowie do jazz. Isso apenas realça o grande músico que é. Neste CD, Chick (apelido que ganhou da tia enquanto era menino ainda - "bochechudo"), está ao lado de Gulda, outra figura da versatilidade. Ao final da obra de Mozart, temos duas peças, uma do Chick e outra do Gulda. Um registro imperdível. A regência como antecipei é do grande Nikolaus Harnoncourt maestro, que ao meu modo de ver, dispensa maiores apresentações pela competência que lhe é peculiar. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Concertos para dois pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a), Chick Corea (1941 -) - Fantasia para dois pianos, Friedrich Gulda (1930-2000) - Ping Pong

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) -
Concertos para dois pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a)
01. Allegro [10:15]
02. Andante [8:00]
03. Rondeaux: Allegro [6:48]

Chick Corea (1941 -) -
Fantasia para dois pianos

04. Fantasia para dois pianos [11:46]

Friedrich Gulda (1930-2000) -
Ping Pong [9:56]

Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Nikolaus Harnoncourt, regente
Friedrich Gulda, piano
Chick Corea, piano

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Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) - Concertos para violino

Il prete rosso ("padre vermelho"), era assim que chamavam Antonio Lucio Vivaldi. Denominavam-no assim por ser uma sacerdote de cabelos ruivos. O padre foi um prolífico compositor. Compôs e compôs muito. Otto Maria Carpeaux, um diletante em matéria de música, disse certa vez que Vivaldi compôs 400 peças de 400 maneiras diferentes. Terrível. Vivaldi era um gênio. Claro, não em acepção bachiana. Mas em perspectivas vivaldianas. Escreveu quase 800 obras. Fato curioso em torno do "moço vermelho", realça esquisitices e lendas. Dizem que foi excomungado porque certa vez durante a missa, ocorrendo-lhe uma bela melodia, correu para a sacristia para notá-la, abandonando o altar no momento sacrossanto da transubstanciação eucarística. Não se sabe ao certo se isso se deu. Fica aqui certeza de um ótimo registro com Menuhin ao violino, instumento na qual Vivaldi era um gênio. Uma boa apreciação!

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) - Concertos para violino

Disco 1

Violin Concerto, Op.3 No 12, RV 265 E-dur
01. Allegro
02. Largo
03. Allegro

Violin Concerto, Op.3 No 6, RV 356 a-moll
04. Allegro
05. Largo
06. Presto

Violin Concerto, Op.8 No 7, RV 242 d-moll
07. Allegro
08. Largo
09. Allegro

Violin Concerto, Op.3 No 3, RV 310 G-dur
10. Allegro
11. Largo
12. Allegro

Violin Concerto, Op.8 No 12, RV 178 C-dur
13. Allegro
14. Largo
15. Allegro

Violin Concerto, Op.8 No 9, RV 236 d-moll
16. Allegro
17. Largo
18. Allegro

Violin Concerto, Op.3 No 9, RV 230 D-dur
19. Allegro
20. Larghetto
21. Allegro

Disco 2

Concerto for 2 Violins, RV 529 B-dur*
01. Allegro
02. Largo
03. Allegro 2

Concerto for 2 Violins, Op.3 No.5, RV 519 A-dur
04. Allegro
05. Largo
06. Allegro 2

Concerto for Violin and Cello, RV 547 B-dur#
07. Allegro
08. Andante
09. Allegro molto

Concerto for Violin and Cello, RV 546 A-dur
10. Allegro
11. Andante
12. Allegro 2

Concerto for Violin and Oboe, RV 548 B-dur
13. Allegro
14. Largo
15. Allegro 2

Concerto for Violin and Organ, RV 542 F-dur+
16. Allegro
17. Lento
18. Allegro 2

Concerto for Violin and Organ, RV 541 d-moll+
19. Allegro
20. Grave
21. Allegro

Polish Chamber Orchestra
Jerzy Maksymiuk (CD1), diretor
Yehudi Menuhin (CD2), diretor
Yehudi Menuhin, violino
*Leland Chen, violino
#Truls Mork, viloncelo . Neil Black, oboé
+David Bell, órgão . John Constanble, cravo

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sinfonias nos. 3 ("Heróica"), 5 e 7

Das nove sinfonias compostas por Beethove, seis estão na lista das minhas peças favoritas. São elas a 1, 3, 5, 6, 7 e 9. Entre estas seis, fazendo um refinamento, posso afirmar que as de número 3, 6, 9 são insuperáveis. Elas marcaram a minha existência em um dado momento de minha vida. Talvez os acontecimentos singulares com as quais elas me marcaram, justifiquem a minha predileção. Neste CD fabuloso que ora posto sob a condução de Solti, encontramos três das seis sinfonias supra mencionadas - as de número 3, 5 e 7. É uma gravação primorosa como as peças de Beethoven merecem. Antes de postar, ouvir duas vezes. É música pura, plena, absoluta. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sinfonias nos. 3 ("Heróica"), 5 e 7

Disco 1

Sinfonia No. 3 in E-flat major, op. 55 - "Heróica"
01. 1. Allegro Con Brio
02. 2. Marcia Funebre - Adagio
03. 3. Scherzo - Allegro Vivace
04. 4. Finale_ Allegro Molto

Disco 2

Sinfonia No. 5 in C minor, op. 67
01. 1. Allegro Con Brio
02. 2. Andante Con Moto
03. 3. Scherzo - Allegro
04. 4. Allegro

Sinfonia No. 7 in A major, op. 92
05. 1. Adagio Molto, Allegro Con Brio
06. 2. Allegretto
07. 3. Scherzo
08. 4. Allegro Molto

Wiener Philharmoniker
Georg Solti, regente

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Richard Strauss - Assim Falou Zaratustra (Also Sprach Zarathustra), Jean Sibelius - Valsa Triste e Sinfonia No. 2 in D major, Op. 43

Há músicas e compositores que possuem um poder inebriador, enfeitiçador, sobre cada um de nós. Há, por sua vez, outros que não chamam a atenção. Com relação a isso, poço afirmar que já tentei ouvir dezenas de vezes a música de Rossini, Johann Strauss e um pouco de Wagner. E olhe que cheguei até a comprar CDs dos três compositores, para que ninguém diga que é uma implicação boba. Acho-os chatões de galocha. O mais suportável deles é o Rossini. Johann Strauss é enfadonho; e Wagner é um "mastodonte megalomaníaco", que entedia nos primeiros acordes. Claro, peço perdão àqueles que gostam desses compositores. Esboço aqui um ponto de vista pessoal. Para se ter uma ideia, possuía um outro compositor em minha lista de sacrílegos - Rachmaminov -, mas após ouvi-lo com mais atenção, o russo saiu do purgatório. Ainda não entrou no paraíso, mas já começa a ser cotejado pelos anjos que guardam os portões da eternidade. Mais uma vez: uma opinião pessoal. Com relação às peças que nos marcam, posso afirmar que há nesta postagem duas delas. O poema sinfônica Assim falou Zaratustra de um outro Strauss, o Richard, e a Sinfonia no. 2 de Jean Sibelius. Com relação à peça de Richard Strauss, acredito que seja uma das mais conhecidas e celebradas no século XX. É só assistir à película 2001, uma odisséia no espaço, de Kublick. Strauss compôs a peça no ano de 1896. É um dos primeiros trabalhos feitos para homenagear Nietzsche - embora este estivesse com uma paralisia geral à essa época. Mas, ele deve ter ouvido as notícias referentes a essa homenagem feito pelo compositor. A filosofia do futuro avivava-se. Com relação à outra peça da postagem - a sinfonia no. 2 de Sibelius - tenho uma relação de carinho para com ela. Começou a ser composta em 1900. É um trabalho belíssimo que exalta o seu país, a Finlândia. O trabalho enfoca a luta do povo finlândes contra a opressão russa. Ficou conhecida, alternativamente, como Sinfonia da Independência. É uma sinfonia de espiríto grandioso, de exaltação. A condução desses dois registros é executada por Mariis Jansons, um maestro letão, de extraordinário nível. A gravação é ao vivo. Uma boa pareciação!

Richard Strauss (1864-1949) - Assim Falou Zaratustra (Also Sprach Zarathustra)

01. Einleitung (Introdução), ou nascer do sol
02. Von den Hinterweltlern (Dos Antigos Homens)
03. Von der großen Sehnsucht (Da Grande Saudade)
04. Von den Freuden und Leidenschaften (Das Alegrias e Paixões)
05. Das Grablied (O Túmulo-Canção)
06. Von der Wissenschaft (Da Ciência)
07. Der Genesende (A Convalescença)
08. Das Tanzlied (A Dança-Canção)
09. Nachtwandlerlied (Canção do Sonâmbulo)

Jean Sibelius (1865-1957) - Valsa Triste
10. Valsa Triste

Sinfonia No. 2 in D major, Op. 43
11. Allegretto - Poco allegro - Tranquillo, ma poco a poco revvivando il tempo al allegro
12. Tempo andante, ma rubato - Andante sostenuto
13. Vivacissimo - Lento e suave - Largamente
14. Finale: (Allegro moderato)

Bavarian Radio Symphony Orchestra
Mariss Jansons, regente

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Johann Sebastian Bach (1685-1770) - Solo & Double Violin Concertos - RE-UPLOAD

Hoje como me encontro num processo de preguiça mórbida, o texto ficará sem maiores delongas explicativas. Uma questão que deve ser considerada é que já existe uma gravação da Julia Fischer, com essas mesmas peças que ora apresento com Manze. É um registro extraordinário que merece ser ouvido - tanto aquele como este. Por isso, não deixe de baixar! Boa apreciação!

* Apresentava erros no momento de des-compactar o arquivo. Link consertado!

Johann Sebastian Bach (1685-1770) - Solo & Double Violin Concertos

Concerto in D Minor for Two Violins BWV 1043
01. Vivace
02. Largo ma non tanto
03. Allegro

Concerto in A Minor for Violin BWV 1041
04. Allegro
05. Andante
06. Allegro Assai

Concerto in E Major for Violin BWV 1042
07. Allegro
08. Adagio
09. Allegro assai

Concerto in D Minor for Two Violins BWV 1060
10. Allegro
11. Adagio
12. Allegro

The Academy of Ancient Music
Andrew Manze . Rachel Podger
Andrew Manze, diretor

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Por Carlos Antônio M. Albuquerque
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Réquiem in D menor, K. 626

(...) As circunstância que envolveram a composição do Réquiem de Mozart são bastante conhecidas. Em julho de 1791, recebeu uma encomenda do Conde Franz Walsegg zu Stuppach para a composição de uma Missa de Réquiem. O Conde desejava celebrar a morte recente da esposa com a presentação de uma obra desse tipo, que reivindicaria como sendo sua. Para encomendar a música, enviou seu ajudante Franz Anton Leutgeb até Mozart e pagou adiantado 60 ducados, com a promessa de pagar mais após a conclusão da obra. No segundo semestre de 1791, Mozart estava bastante atarefado. Sua ópera alemã Die Zauberflöe [A Flauta Mágica], estava para ser encenada no início de setembro, ao mesmo tempo em que Praga encomendara uma ópera sobre a coroação, La Clemenza di Tito, o que envolvia uma viagem à capital da Bohemia em setembro. Em maio fora nomeado assistente do diretor-musical da Catedral de St. Stephen, sem remuneração, com direito à sucessão do velho titular. Constanze Mozart afirmaria mais tarde que o marido tinha uma premonição de que o Réquiem era um presságio da própria morte que se aproximava, uma declaração à qual pode-se atribuir crédito, por mais atraente que a história possa parecer à imaginação romântica. Mozart parecia, no início do verão de 1791, muito mais animado do que já estivera, pois sua sorte parecia ter mudado para melhor. Em novembro, entretanto, adoeceu e dentro de quinze dias veio a falecer. Sua morte foi atribuída pelo médico à febre, mas foi assunto de muita especulação. Em 4 de dezembro, sentia-se suficiente bem para cantar com os amigos partes do Réquiem, que ainda estava incompleto. Benedikt Schack, O Tamino em Die Zauberflöe, canta a prte do soprano, em falsete, Mozart foi o contralto, o violinista Hofer, marido da irmã de Constanze, Josefa, a Rainha da Noite, foi o tenor e Franz Geri, cuja esposa representou Papagena, enquanto ele interpretava o papel de Sarastro, foi o baixo. Dizem que Mozart caiu em lágrimas e não conseguiu continuar quando faltavam cinco minutos para uma hora da manhã de 5 de dezembro, para ser enterrado uma dia depois ou no seguinte em um túmulo não identificado. Ao morrer, Mozart deixou sua parte musical do Réquiem incompleta. A viúva Constanze esperava que a tarefa de concluir essa obra coubesse ao aluno do marido, e constante companheiro, Franz Xaver Süssmayer. Em vez disso, aparentemente desmotivada, pediu a Josef Eybler para concluir a composição e orquestração. Mais tarde ele desistiu da tarefa e a partitura inacabada finalmente foi parar nas mãos de Süsmayer, de modo que a forma mais conhecida do Réquiem é a versão iniciada por Mozart, continuada brevemente por Eybler e completada por Süsmayer. Outros compositores nos últimos anos substituíram esses acréscimos e remodelaram o trabalho a partir das anotações originais de Mozart. Mozart completara a composição e orquestração do Introito e Kyrie, usados por Süsmayer para o Communion final, Lux aeterna. A grande Sequence, Dies Irae, foi nitidamente esboçada até o verso Lacrimosa, dies illa, ponto em que Eybler abandonou sua tentativa de trabalhar para a partitura. Süsmayer continuou a Lacrimosa, completando-a após acrescentar 22 compassos. Mozart escrevera as partes da voz e o baixo do Ofertório, como já fizera com a maior parte do Dies ira, que foi completado por Süsmayer. O Sanctus, Benedictus e agnus Dei foram compostos por Süsmayer. Poderia ser acrescentado que o Conde Walsegg não desistiu de sua intenção original e em 14 de dezembro de 1793 promoveu a apresentação do Réquiem como se fosse sua própria composição, um embuste que o divertia imensamente.

P.S. O texto foi extraído do encarte do CD, com uma gravação feita pelo Zdenek Kosler à frente da Slovak Philharmonic, realizado pelo Naxos.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Réquiem in D menor, K. 626

01 - Requiem - Kyrie
02 - Dies Irae
03 - Tuba Mirum
04 - Rex Tremendae
05 - Recordare
06 - Confutatis
07 - Lacrimosa
08 - Domine Jesu
09 - Hostias
10 - Sanctus
11 - Benedictus
12 - Agnus Dei - Lux Aeterna

Wiener Philharmoniker Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor, Norbert Balatsch, dir.
Edith Mathis, soprano
Julia Hamari, contralto
Wieslaw Ochman, tenor
Hans Haselbock, órgão
Karl Ridderbusch, baixo
Karl Bohm, regente

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Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 1 em Ré major - "Titã" - RE-UPLOAD

Sei que já há uma gravação da Sinfonia No. 1, "Titã", de Mahler aqui no blogger. Não faz mal surgir outra. A "Titã" é sempre necessária. E quanto mais versões, melhor. A primeira vez ela surgiu com Kubelik. Mas após ouvir a versão com Maazel e a Filarmônica de Viena, senti que deveria postá-la. A "Titã" de Mahler é o próprio Mahler. Um dos visitantes aqui do blogger me sugeriu um livro sobre esta extraordinária sinfonia. Chama-se Sinfonia Titã - Semântica e Retórica. Um trabalho de mestrado baseado nesta peça viva, repleta de implicações filósoficas. Adquiri-o recentemente e não vejo a hora de lê-lo. Andei dando uma olhadela na obra e fiquei com água na boca. O autor decompõe o discurso musical mahleriano em quatro dimensões - formal, retórico, psicológico e filósofico -, revela-nos um universo metalingüístico repleto de ironia, cinismo, bufonaria e citações, não apenas musicais, mas também literárias, pictóricas e filöficas (da contra-capa do livro). Trata-se de um trabalho minuncioso e competente. Enquanto não leio ao livro, ouço Mahler e essa é uma das mais fantásticas experiências. Pois, trata-se de um mergulho no interior da alma e do existir humano. Um boa apreciação!

Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 1 em Ré major - "Titã"

Movement I
01. Langsam. Schleppend [3:48]
02. Immer Sehr Gemachlich [12:48]

Movement II
03. Kraftig Bewegt, Doch Nicht Zu Schnell [4:17]
04. Trio Recht Gemachlich [3:13]
05. Tempo Primo [1:26]

Movement III
06. Feierlich Und Gemessen, Ohne Zu Schleppen [5:42]
07. Sehr Einfach Und Schlicht Wie Eine Volksweise [2:19]
08. Wieder Etwas Bewegter, Wie Im Anfang [3:39]

Movement IV
09. Sturmisch Bewegt [20:35]

Wiener Philharmoniker
Lorin Maazel, regente

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Camille Saint-Säens (1841-1904) - Piano Concertos 1 - 5

Salomão diz no livro de Eclesiastes que há dias para tudo debaixo do céu. Dia para está alegre e dia para está triste; dia para chover e dia para fazer sol; dia se aproximar e dia para se afastar; e assim por diante. Hoje, diferente de outros dias, estou numa morbidez de amargar. Trata-se de uma langor, uma letargia, uma moleza que me priva de interesses. Estou de passagem por aqui apenas para postar esse CD muito bom com os cinco concertos para piano e orquestra de Camille Saint-Säens. Apesar de ter motivos para fazer uma arrazoado considerável desses concertos "enxutos", tecnicamente impecáveis, no que tange à técnica, deixarei de fazê-lo. Não deixe de ouvir as peças desse francês lisztiano. Uma boa apreciação!

Camille Saint-Säens (1841-1904) - Piano Concertos 1 - 5

CD1

Piano Concerto No.1 in D, Op.17
01. Andante - Allegro assai
02. Andante sostenuto quasi adagio
03. Allegro con fuoco

Piano Concerto No.2 in G minor, Op.22
04. Andante sostenuto
05. Allegro scherzando
06. Presto

Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29
07. Moderato assai - piu mosso (Allegro maestoso)

CD2

Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29
01. Andante
02. Allegro non troppo

Piano Concerto No.4 in C minor, Op.44
03. Allegro moderato - Andante
04. Allegro vivace - Andante - Allegro

Piano Concerto No.5 in F, Op.103 "Egyptian"
05. Allegro animato
06. Andante
07. Molto allegro
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London Philharmonic Orquestra
Charles Dutoit, regente
Pascal Regé, piano

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Franz Joseph Haydn (1732-1809) - Three Favourite Concertos

Este é um daqueles CDs agradáveis que deve ser ouvido muitas e muitas vezes. O compositor é bom; a música é boa; os intérpretes são de boa qualidade. Em suma: dispensa maiores comentários. Numa noite de domingo ficamos com aquela melancolia típica. Parece banzo de fim de viagem. Mas nunca é desapropriado ouvir uma boa música. Nos três concertos aqui postados, vemos um Haydn leve, poeta e compositor de grande beleza. Acredito que as peças postadas estão entre os maiores para cada um dos instrumentos para as quais foram compostas. No concerto para trompete, uma das peças mais belas conheço - principalmente o segundo movimento -, enxemo-nos de um sorriso nos olhos, como diz o Fernando Pessoa. Paremos por aqui. É preciso apreciar. Faça-o sem moderação!

Franz Joseph Haydn (1732-1809) - Three Favourite Concertos

Trumpet Concerto in E flat major, H. 7e/1

01. Allegro
02. Andante
03. Allegro

National Philharmonic Orchestra
Wynton Marsalis, trompete

Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2, Op. 101
04. Allegro moderato
05. Adagio
06. Allegro

English Chamber Orchestra
Yo-Yo Ma, violoncelo

Concerto in C Major for Violin and String Orchestra, Hob. VIIa, No. I
07. Allegro
08. Adagio
09. Presto

Minnesota Orchestra
Cho-Liang Lin, violino

Na Amazon

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Concerto para violino No. 1 em A menor, Op. 77 e Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor

Confesso que cada peça que escuto sob a condução de Valéry Gergiev, mais faz amadurecer dentro de mim uma admiração inconteste por esse grande nome da regência da atualidade. O maestro russo tem realizado um trabalho de competência notável à frente do Teatro Mariinsky em seu país. Em Londres, rege a Sinfônica daquela cidade. É o principal regente, ainda, do Metropolitan Opera, em Nova York. Organiza o Festival Noites Brancas em São Petersburgo, Rússia. Ou seja, pode se verificar que o maestro Gergiev possui uma agenda cheia e muita competência. Desde o dia de ontem, eu já ouvir umas três vezes as duas peças postadas nestre registro. Trata-se de duas peças de dois dos meus compositores favoritos - Shostakovich e Mahler. Ou seja, não há o que se possa contestar nesse sentido. O concerto para violino de Shostakovich é um assombro. Os momentos iniciais provocam arrepio. O tom carregado, taciturno, infenso, revela uma postura reflexiva que estraçalha nossas mais tenras esperanças. Shostakovich o compôs nos anos de 1947 e 1948. Infelizmente, não pôde apresentá-lo de imediato por causa da censura stalinista. Foi somente no ano de 1955, que o Concerto pôde vir à tona sob a regência de Yevgeny Mravinsky à fente de sua Leningrado Filarmônica Orquestra. Imagine só como deve ter sido?! Já a sinfonia no. 5 de Mahler é aquele espetáculo que todos nós já conhecemos. As duas gravações são ao vivo. Pode se ouvir tosses, pigarros, desencatarroamentos, respiração agônica e tudo mais. Uma boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Concerto para violino No. 1 em A menor, Op. 77
01. Noturno: Moderato
02. Scherzo: Allegro
03. Passacaglia: Andante
04. Burlesque: Allegro con brio - Presto

Gustav Mahler (1860-1911) - Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor

05. Trauermarsch. In gemessenem Schritt. Streng. Wie ein Kondukt
06. Stuermisch bewegt. Mit groesster Vehemenz
07. Scherzo. Kraeftig, nicht zu schnell
08. Adagietto. Sehr langsam
09. Rondo-Finale. Allegro - Allegro giocoso. Frisch

Mariinsky Theatre Orchestra, St. Petersburg

Sergei Khachatryan, violino

Valery Gergiev, regente


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Ludwig van Beethoven - Sonatas para piano nos. 20, 21("Waldstein Sonata"), 22, 23("Appassionata"), 24, 25, 26("Lex Adieux"), 27 e 29 - CDs 6 e 7

Nesta postagem há uma overdose de sonatas beethovianas. Entre elas temos 4 sonatas que, ao meu modo de ver, estão entre as peças mais belas que já foram compostas até o hoje. São elas: a de número 21, conhecida também como "Sonata Waldstein", composta entre os anos de 1803 e 1804. É um trabalho de magnitude incomparável; a de número 23, também conhecida como "Appassionata", escrita por Ludwig nos anos de 1804 e 1805 e que dispensa comentários. O primeiro movimento (allegro assai) é sucedido por uma segundo movimento de beleza e calma arrebatadores; a terceira é a número 26, conhecida como "Les Adieux", composta pelo mestre Beethoven nos anos de 1809 e 1810; e a quarta é 29, composta nos anos de 1817 e 1818. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Sonatas para piano nos. 20, 21("Waldstein Sonata"), 22, 23("Appassionata"), 24, 25, 26("Lex Adieux"), 27 e 29

Disco 6

Sonata no. 20 em G maior, Op. 49 no. 2
01. Allegro, ma non troppo
02. Tempo di Minuetto

Sonata No. 21 em C maior, Op. 53 - "Waldstein Sonata"
03. Allegro con brio
04. Introduzione. Adagio molto - attaca:
05. Rondo. Allegretto moderato

Sonata No. 22 em F maior, Op. 54
06. In tempo d'un Menuetto
07. Allegretto

Sonata No. 23 in F maior, Op. 57 - "Appassionata"
08. Allegro assai
09. Andante con moto - attaca:
10. Allegro, ma non troppo - Presto

Sonata No. 24 em F sustenido maior, Op. 78
11. Adagio cantabile - Allegro, ma non troppo
12. Allegro vivace

Disco 7

Sonata No. 25 em G maior, Op. 79
01. Presto alla tedesca
02. Andante
03. Vivace

Sonata No. 26 em E bemol maior, Op. 81a - "Les Adieux"
04. Das Lebewohl. Adagio - Allegro
05. Abwesenheit. Andante espressivo
06. Das Wiedersehn. Vivacissimamente

Sonata No. 27 em E menor, Op. 90
07. Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
08. Nicht zu geschwind und sehr singbar vorzutragen

Sonata No. 29 em B sustenido maior, Op. 106 - "Grosse Sonate für das Hammerklavier"
09. Allegro
10. Scherzo. Assai vivace
11. Adagio sustenuto. Apass
12. Largo. Molto risoluto

Wilhelm Kempff, piano

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Sinfonias Nos. 4, 5 e 6 - "Patética".

Vamos a mais uma daquelas postagens que dispensam comentários: Evgeny Mravinsky conduzindo a Leningrado Filarmônica Orquestra (LPO). Um assombro. Acredito que seja a melhor versão que já ouvir dessas três sinfonias de Tchaikovsky. Tenho uma grande admiração pelas sinfonias e pelas obras orquestrais de Tchaikovsky. Inclusive, enquanto digito essas letras, escuto o Capricho Italino do mesmo Tchaikovsky. Das sinfonias do compositor, tenho uma predileção toda especial pela de número 5 - que com Mravinsky torna-se um atrativo a mais. Outro destaque é a sinfonia número 6 - "Patética". Já havia duas boas versões aqui no blogger. Uma com o Haitink e outra com o Masur. Mas quando ouvimos esta sinfonia com o Mravinsky é como se ela cochichasse em nossos ouvidos: "Dá licença! Eu sou mais eu". Em suma, é música para aturdir. É quedar-se ao sofá, aumentar o volume do som e viajar com o som refinado e raivoso da LPO, conduzida pelo sisudo Evgeny Mravinsky! Uma boa apreciação!

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) - Sinfonias Nos. 4, 5 e 6 - "Patética".

Disco 1 [68:17]

Sinfonia No. 4 em F menor, Op. 36
01. I. Andante sostenuto - Moderato con anima - Moderato assai, quasi Andante - Allegro vivo
02. II. Andantino in modo di canzone
03. III. Scherzo. Pizzicato ostinato. Allegro
04. IV. Finale. Allegro con fuoco

Sinfonia no. 5 em E menor, Op. 64
05. I. Andante - Allegro con anima
06. II. Andante cantabile, con alcuna licenza - Moderato con anima - Andante nosso - Allegro non troppo - Tempo I

Disco 2 [60:34]

07. III. Valse. Allegro moderato
08. IV. Finale. Andante maestoso - Allegro vivace - Molto vivace - Moderato assai e molto maestoso - Presto

Sinfonia no. 6 em B menor, 74 - "Patética"
09. I. Adagio - Allegro non troppo
10. II. Allegro con grazia
11. III. Allegro molto vivace
12. IV. Finale. Adagio lamentoso

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky, regente

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Marcus Llerena - Noturno Brasileiro

O texto sairá curto. Tenho apenas duas coisas para dizer: (1) Estou com certa pressa. Arrumei um pedaço de tempo para fazer esta postagem. Não postaria nada hoje à noite, mas após ouvir este CD, mudei de ideia. Este post estava separada desde o início de janeiro e somente agora resolvo fazê-lo. (2) Este CD é de grande beleza e reúne grandes nomes da música brasileira. Busca realçar aspectos que são tão comuns ao Brasil - a terra, os rios, a alegria, o calor que identifica a nossa terra, o povo. Portanto, não deixe de ouvir estas canções "empaturradas" de brasilidade. Uma boa audição.

P.S. O calor aqui na Capital do Brasil está terrível, algo típico da identidade tropical brasileira.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) - Sexto Místico (1917)
01. Sexto Místico

César Guerra-Peixe (1914-1993) - 7 Lúdicas Para Violão e Cordas (1980)
02. I. Notas Repetidas
03. II. Organum Acompanhado
04. III. Diferencias Brasileñas
05. IV. Diálogo
06. V. Dança Negra
07. VI. Modinha
08. VII. Urbana

Ernst Mahle (1929-) - Diálogo Para Violão e Cordas (1971)
09. I. Largo
10. II. Vivo

Marcus Llerena (1955 -) - Aurora 'Impressões De Viagem' (1978)
11. Aurora 'Impressões De Viagem'

Orquestra Brasil Consort
David Chew, direção
Marcus Llerena, violão

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Franz Liszt (1811-1886) - Sinfonia Fausto

Há muito tempo que eu pensava em postar alguma coisa de Franz Liszt. Não sabia o que ao certo. Após ouvir este CD com a "Sinfonia Fausto", sob a regência de Bernstein, eu me decidir rapidamente. Liszt foi uma das primeiras personalidades da música a ter aquela "presença artística", que arrebata o público. O seu atrativo não dependeu das suas faculdades como pianista - para qual não havia competidores - entrementes, da sua elegante presença, modos exagerados (perfomáticos ou não) e até dos seus atavios; tudo isso estava amarrado por uma técnica pianística conseguida no século XIX, talvez não superada até hoje. Na infância estudou com Salieri. Fez grande amizades - Chopin, Berlioz. Como estou com certa pressa, as informações sobre esse homem complexo e fascinante ficarão para uma próxima ocasião. Fato curioso é que Liszt, com uma personalidade que possuía fortes elementos "tenebrosos" e "escuros", no final da vida se tornou um clérigo. A Sinfonia Fausto foi estreada no ano de 1857 em homenagem a Goethe e Schiller. A obra é longa, possuindo aproximadamente 70 minutos de duração. Boa apreciação!

Franz Liszt (1811-1886) - Sinfonia Fausto

01. Faust [29:41]
02. Gretchen (Margherita) [23:02]
03. Mephistopheles - Schlußchor 'Alles Vergängliche ist nur ein Gleichnis' (Te... [24:18]

Boston Symphony Orchestra
Tanglewood Festival Chorus
Leonard Bernstein, regente
Kenneth Riegel, tenor

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Alexander Konstantinovich Glazunov (1865-1936) - Sinfonia no. 1 em E maior, Op. 5 e Sinfonia no.2 em F sustenido maior - "Em memória de Liszt"

Glazunov é um daqueles compositores que provocam sensações glaciais em mim. Explico. Ouvi pouca coisa desse russo que foi professor de Shostakovich, um dos meus compositores favoritos. Por sua vez, Glazunov teve como preceptor o grande Rinsky-Korsakov, que lhe deu um sólida formação. As peças de Glazunov são "vagas" - não em sentido negativo. Cheiram àquelas regiões inóspitas da Ásia Central. Tem o mesmo colorido das tundras da Sibéria ou da Floresta de Taiga. Possui as ressonâncias dos silêncios boreais. Dos mistérios que habitam os raios anêmicos de sol que douram com timidez a sua terra. Gosto de Glazunov. Ele é uma espécie de Elgar russo. Um Vaughan Williams embriagado, mais pesado. Nesta postagem (que não tinha intenção de fazer), encontram-se duas sinfonias do compositor - as de número 1 e 2. Destaco aqui a de número 1, que possui características identificadamente schumannianas. Imagine só! Quando Glazunov a compôs, gozava apenas 16 anos de idade. A peça fez uma sucesso retumbante. Aturdiu os ouvintes que, assustados, mal acreditaram quando viram um jovem com uniforme escolar subir ao palco e pegar o arco do violino para tocar. A sinfonia foi composta em 1881. Não foi para menos, o jovem músico despertou a atenção de Tchaikovsky e Balakirev. Já a sinfonia número 2 ("Em memória de Liszt"), por quem tenho uma relação de afeto, eu já a ouvi muitas vezes em outras ocasiões. Eu costumava ouvi-la num programa chamado "Clássicos de Todos os Tempos", que passa aqui em Brasília todas as noites, na emissora Brasília Super Rádio FM. Páro por aqui. Ouçamos o moço. Permitamos que ele se explique com a sua música "vaga", mas precisa. Uma boa apreciação!

Alexander Konstantinovich Glazunov (1865-1936) - Sinfonia no. 1 em E maior, Op. 5 e Sinfonia no.2 em F sustenido maior - "para a memória de Liszt"
Sinfonia no. 1 em E maior, Op. 5 - "Sinfonia Eslava"01. Allegro
02. Scherzo:Allegro
03. Adagio
04. Finale

Sinfonia no.2 em F sustenido maior - "Em memória de Liszt"
05. Andante maestoso - Allegro
06. Andante
07. Allegro vivace
08. Introduction e Finale

Moscow Radio Symphony Orchestra
Vladimir Fedoseyev, regente

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